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Vôo das aves

billshcot

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Nov 10, 2010
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A pena é o principal fator para as aves poderem voar. O corpo das aves é aerodinamico e proporcionalmente leve, em virtude da estrutura do esqueleto e da presença de numerosas câmaras de ar, em várias regiões do corpo. A musculatura peitoral, que fornece a força motriz para as asas, é bastante desenvolvida, e o sistema respiratório atinge um alto grau de eficiência, no que se refere rápida troca de gases e a refrigeração.

FUNÇÃO DA CAUDA E DAS ASAS NO VÔO


A mecânica de voo é um assunto complicado, que se relaciona com a aerodinâmica e, como tal, tem sido objeto de considerável estudo, nos últimos anos. Os mesmos princípios usados na aviação aplicam-se ao Vôo das Aves.

As asas de uma ave e de um avião são, de certa maneira, comparáveis. Ambas são aerodinâmicas de maneira a reduzir a resistência ao ar e ambas possuem um abaulamento, com a superfície dorsal convexa, de maneira que a pressão inferior excede a superior.

A metade mais interna da asa de uma ave, entretanto, está primariamente relacionada com a elevação, enquanto a metade mais externa, do "pulso" até a extremidade, deve agir como força propulsora, do mesmo modo que as partes da asa de um avião.

Enquanto as hélices de um avião fazem um círculo completo, a parte distal da asa de uma ave limita-se a exceder um semicírculo. A parte externa da asa, contudo, é muito versátil; não só é capaz de produzir um avanço, como também o inverso, funcionando como as pás de um helicóptero para levantamento vertical ou para planar, e desempenha a mesma função da parte interna de uma asa.

Estudos sobre movimentos das asas durante o voo mostram que os movimentos comuns são: para baixo e para frente no movimento para baixo e para cima e para trás no movimento para cima. Além disso, no movimento para cima, a asa é parcialmente dobrada de modo a reduzir a resistência ao ar.

Durante o pouso, as aves fazem uso das bordas, como o avião, ao aterrisar. Isto é obtido aumentando-se rapidamente o ângulo da asa de maneira que a parte de trás fique dirigida para baixo. Isto aumenta a elevação, temporariamente, a uma velocidade reduzida e termina, quando os pés tocam o chão.

Durante o voo , as aves precisam de órgãos dos sentidos muito eficientes para detectar a velocidade e a direção das correntes de ar. Estudos experimentais recentes com Carduelis, que estavam voando num túnel de vento, demonstraram que as penas peitorais servem como um importante órgão para a percepção de correntes de ar.

As aves com estas penas imobilizadas mostram um aumento no números de batimentos das asas por segundo. Aparentemente, estas penas, quando livres, em associação com os mecanorreceptores em suas bases, funcionam como órgãos para a percepção de correntes de ar, necessária para um voo eficiente.

As aves, que voam a grandes altitudes ou planam, devem fazer uso de correntes de ar ascendentes. Na terra, o vento se eleva, quando é defletido por objetos, tais como montes ou montanhas. O ar também se eleva, quando aquecido próximo do solo. Isto produz correntes térmicas ascendentes, que são usadas por muitas aves de rapina. Aves marinhas planadoras, como o albatroz, fazem uso semelhante de correntes de ar que segundo se acredita, resultam do movimento das ondas, na superfície do oceano.

Algumas aves quase sempre voam sozinhas, mas outras voam em grupos ou em bandos de vários tipos. Os bandos podem ter vários tipos de formações em linha, simples e composta, como os pelicanos, os biguás, patos e gansos ou váiras formações grupais, como Agelaius, estorninhos, pombos e tordos americanos.

A formação de bandos pode ter relacionamento a vários fatores. Geralmente, são formados para proteção contra predadores fornecendo detecção visual maior e confundindo o inimigo ao se dispersarem, sendo que a chance de ser predado diminui. Outros especialistas argumentam que a formação em bandos ajuda a aerodinâmica do voo , comunicação e orientação.

As asas também são usadas para a natação. Exemplo mais claro é o do Pingüins, que usam os apêndices anteriores como remo. As asas são feitas de penas modificadas e achatadas que parecem escamas. Estas asas não servem para voar, mas apenas para propulsão submarina.

Algumas aves natatórias como os biguás e mergulhões, os pés são usados para nadar, o que dá a essas espécies uma maior mobilidade embaixo da água do que as asas o fariam. Isto é uma vantagem onde há vegetação aquática e outros.


Porque as aves voam

As aves não são os únicos animais que voam (insetos e morcegos também sabem voar), mas, sem a menor sombra de dúvida, são as melhores.

Isto porque as principais adaptações das aves estão relacionadas ao vôo: conseguiram reduzir o peso (penas leves, perda de dentes e mandíbulas, redução de ossos por fusão, ossos ocos preenchidos com ar - os chamados ossos pneumáticos, quilha ou esterno - osso situado no meio do peito muito desenvolvido para segurar os potentes músculos das asas e com formato aerodinâmico que ajuda a cortar o ar durante o vôo, oviparidade - as fêmeas não ficam mais pesadas durante a gestação, sacos aéreos, digestão rápida e eficiente) e aumentaram a energia metabólica (homeotermia, plumagem isolante, digestão rápida e eficiente, sacos aéreos que ajudam a respiração e a dissipação de calor, coração grande e circulação sanguínea rápida).

As asas de uma ave permitem a elevação do mesmo modo que as asas de um avião. À medida que a ave avança, o ar passa por cima da superfície superior da asa mais rapidamente do que pela superfície inferior. Este fato deriva da asa não ser achatada, mas ligeiramente convexa na parte superior criando assim uma diferença de pressão entre as duas superfícies da asa. Sabendo que o ar que se move mais devagar exerce maior pressão, a força resultante é ascendente, o que empurra a ave para cima. Esta força ascensional é tanto maior quanto maior for a dimensão da asa e a velocidade inicial.

As aves voam de duas formas principais: ativamente, batendo as asas, ou planando. Algumas aves, como os colibris, são até capazes de voar para trás.

No primeiro caso, as aves utilizam a força do movimento para frente para criar a diferença de pressão que as impulsiona para cima, enquanto que, no segundo caso, são utilizadas as correntes de ar quente ascendente. No vôo planado a ave consome pouca energia, mas vai perdendo altitude e velocidade, a não ser que mude de direção e apanhe outra corrente de ar quente - as famosas térmicas. Os campeões de vôo planado que pude observar por aqui são os urubus - sobem tanto que eu quase os perco de vista sem que eles dêem uma única batidinha de asa

A forma das asas e da cauda também é importante para o vôo: aves que devem levantar vôo rapidamente para fugir de predadores têm asas largas e arredondadas, que lhes dão aceleração; aves que voam durante muito tempo têm asas longas; voadores rápidos e poderosos (como as aves de rapina, por exemplo) têm asas longas e curvas, de extremidades pontiagudas para reduzir o atrito; aves que mudam bruscamente de direção em pleno vôo têm caudas profundamente bifurcadas.

Apesar das vantagens que o vôo possa ter, muitas aves perderam essa capacidade, geralmente em locais onde a falta de predadores e a abundância de alimento não o exigia. Outras aves optaram pela força e pela velocidade no solo, como as corredoras (avestruzes, nandus e emas). O que dizer dos pingüins? Criaram uma densa cobertura de plumas, uma espécie de super-edredon para enfrentar baixas temperaturas? Sei lá, só sei que é a ave mais estranha que conheço depois do ornitorrinco - mistura genética de mamífero, réptil e ave, um produto transgênico criado pela própria Natureza!
 
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