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Complicações durante a gravidez

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GF Ouro
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Durante a gravidez podem surgir vários tipos de complicações, umas mais graves que outras, mas todas elas requerendo uma adequada assistência médica.

* Cistite
* Pielonefrite
* Polaquíuria
* Gravidez ectópica
* Cérvix incompetente
* Hemorragias vaginais
* Descolamento prematuro da placenta
* Placenta prévia
* Aborto espontâneo


Cistite

É uma infecção da bexiga, caracterizada pelo aparecimento de pús, com bactérias e, por vezes, sangue na urina. Os sintomas são: vontade frequente de urinar, dor e ardor durante a micção. Se não for tratada pode degenerar em pielonefrite.

Pielonefrite

É uma infecção dos rins. Os sintomas são: febre, arrepios, dores lombares e micções dolorosas e frequentes.

Polaquíuria

Consiste na vontade constante de urinar, e é mais frequente a partir da segunda metade da gravidez. Como o bebé vai aumentando progressivamente de peso, ele vai pressionar a bexiga que, ficando com menos espaço, tem de ser esvaziada com maior frequência.

Gravidez ectópica

É, felizmente, uma situação rara, que surge apenas em cerca de 1% das gestações.

Verifica-se quando o embrião se implanta fora do útero, em regra numa das trompas de Falópio. A trompa tem uma dimensão reduzida e, ao acompanhar o crescimento do embrião, dilata-se. Porém, quando o embrião atinge um determinado tamanho, causa a ruptura da trompa.

A dilatação da trompa provoca dores num dos lados da parte inferior do abdómen e do ombro, hemorragias vaginais e sensação de desmaio ou mesmo perda de consciência. Se não existir uma intervenção médica atempada, dá-se o rompimento da trompa, em regra por volta da 6ª semana.

É uma situação de alto risco, que provoca uma dor intensa, estado de choque, pulsação rápida mas fraca, hemorragia intra-abdominal, que pode provocar a morte da grávida. Nestes casos, é necessária uma intervenção círurgica imediata para extirpação da trompa afectada. Contudo, a remoção de uma das trompas não impede a mulher de engravidar novamente.

A gravidez ectópica é causada por anomalias ao nível da permeabilidade das trompas, que impedem que o ovo chegue ao útero, acabando por ficar bloqueado numa das trompas. Estas anomalias podem ser causadas pela endometriose, anomalias congénitas, cicatrizes de doenças sexualmente transmissiveis, ou ainda por um DIU (dispositivo intra uterino) mal adaptado.

Uma gravidez ectópica é diagnosticada através de ecografias, análises ao sangue ou exame pélvico.

Cérvix incompetente


Significa que o cérvix está mais mole e fraco do que o normal, e abriu prematuramente. À medida que o bebé cresce e aumenta de peso, aumenta também a pressão sobre o cérvix, que se dilata, podendo provocar o aborto espontâneo durante o segundo trimestre ou um parto prematuro.

Não existem métodos de diagnóstico infalíveis para descobrir esta complicação, mas através das ecografias é possível medir a extensão do cérvix, e a própria história clínica da grávida pode fornecer dados importantes.

A fim de evitar a dilatação prematura, pode ser feita uma intervenção círurgica, que pretende justamente evitar o aborto espontâneo. A recuperação desta cirurgia dura apenas cerca de 24 horas, mas é recomendável que evite fazer esforços e que repouse o mais possível.

Hemorragias vaginais

Algumas mulheres têm hemorragias vaginais durante a gravidez, especialmente durante o segundo trimestre. Sempre que isso aconteça, a grávida deve consultar imediatamente o médico. Não é obrigatório que se esteja sempre perante uma situação perigosa, mas pode ser um indício de que algo de grave se passa.

Durante o primeiro trimestre, as hemorragias podem ser um sinal de gravidez ectópica ou de um aborto espontâneo. Se se verificarem no final da gravidez, pode ser um sinal de descolamento da placenta ou de uma placenta prévia.

Descolamento prematuro da placenta


Consiste, tal como o próprio nome indica, na separação prematura da placenta em relação ao útero.

O descolamento é mais comum nas grávidas que fumam, que ingerem álcool, que se drogam, que têm uma idade mais avançada ou que sofrem de hipertensão.

O sintoma mais evidente de um descolamento prematuro da placenta são as hemorragias vaginais, que variam consoante a gravidade do descolamento. Esta é uma complicação muito preocupante, que requer um acompanhamento médico constante.

Se for um caso de descolamento moderado da placenta, o repouso total - só levantar da cama para usar a casa de banho - oferece bons resultados.
Mas de estivermos perante um descolamento severo, em que mais de metade da placenta se encontra separada do útero, é necessária uma intervenção médica rápida o que, em alguns casos, significa ter de se fazer o parto imediatamente.

Placenta prévia

Há uma situação de placenta prévia quando a placenta cobre total ou parcialmente o orifício interno do colo do útero.
A placenta prévia pode provocar sérias hemorragias, ainda que não dolorosas. Surge, sobretudo, no final do segundo trimestre, ou mais tarde.

Os sinais de alerta mais comuns são, justamente, as hemorragias vaginais que se verificam no fim do segundo trimestre ou já no terceiro trimestre. Porém, em muitos casos, não existem sinais de alerta, pelo que esta complicação é identificada através das ecografias de rotina que se fazem durante a gravidez.

As grávidas de gémeos, as mulheres que já fizeram cesarianas, ou aquelas a quem, em gestações anteriores, foi diagnosticada placenta prévia, têm uma maior probabilidade de desenvolver esta complicação.

As grávidas que fumam e têm placenta prévia estão em maior risco de perder o bebé.

O tratamento desta complicação depende do tempo de gestação e da existência ou não de hemorragias.
Se a placenta prévia for diagnosticada depois da 20ª semana de gestação e se não houver hemorragias, a grávida terá de reduzir o seu nível de actividade diária e repousar o mais possível. Se houver uma forte hemorragia, a grávida terá de ser hospitalizada até que a sua situação e a do bebé estabilizem. Se a intensidade da hemorragia diminuir ou cessar, a grávida deverá, ainda asim, permanecer de cama em repouso absoluto. Se a hemorragia não parar ou se provocar o parto prematuro, em regra o médico intervém e efectua uma cesariana.

Aborto espontâneo

Consiste na perda espontânea do feto. Ocorre numa em cada seis gestações e, em 45% dos casos, verifica-se durante as primeiras semanas de gravidez. É uma situação que afecta, sobretudo, as mulheres com mais de 35 anos.
Os sinais de aborto são as hemorragias vaginais, dores nas costas, desaparecimento dos vómitos e cessação do aumento do volume dos seios.

As causas que podem estar na origem dos abortos espontâneos são vários, e vão desde o consumo de drogas e de álcool pela mãe, à diabetes materna e à exposição a poluentes como o formaldeído e o chumbo, passando pelas anomalias genéticas do feto.
Caso a grávida tenha uma ameaça de aborto ou antecedentes desta natureza, o médico poderá recomendar repouso total.

De facto, as complicações que podem surgir durante a gravidez são várias, e, para além das atrás descritas pode ocorrer ainda a chamada diabetes gestacional, a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia.
 
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