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Os Corais e a Biodiversidade

xicca

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Corais ou recife de corais ou ainda antozoários são animais cnidários e uma das maravilhas do mundo submarino. Os corais constituem colônias coloridas e de formas espantosas que crescem nos mares e podem formar recifes de grandes dimensões que albergam um ecossistema com uma biodiversidade e produtividade extraordinárias.

O maior recife de coral vivo encontra-se na Grande Barreira de Coral, na costa da Queensland, Austrália.

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Grande Barreira do Coral​


Ele também é considerado o maior indivíduo vivo da Terra. Porém, devido à poluição e aquecimento marinho, está morrendo. A maioria dos corais desenvolve-se em águas tropicais e subtropicais, mas podem encontrar-se pequenas colónias de coral até em águas frias, como ao largo da Noruega.


Biologia dos corais

Os corais são os membros da classe Anthozoa que constroem um "esqueleto" que pode ser de matéria orgânica ou de carbonato de cálcio. Os restantes membros desta classe que não formam exosqueleto são as anêmonas.

Quase todos os antozoários formam colônias, que podem chegar a tamanhos consideráveis (os recifes), mas existem muitas espécies em que os pólipos vivem solitários.

Os pólipos têm a forma de um saco (o celêntero) e uma coroa de tentáculos com cnidócitos (células urticantes) na abertura, que se chama arquêntero. Os antozoários não têm verdadeiros sistemas de órgãos: nem sistema digestivo nem sistema circulatório, nem sistema excretor, uma vez que todas as trocas de gases e fluidos se dão no celêntero, uma vez que a água entra e sai do corpo do animal através de correntes provocadas pelos tentáculos.

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Pólipos​


No entanto, esta classe de celenterados tem algumas particularidades na sua anatomia:

Uma faringe, denominada neste grupo actinofaringe que liga a “boca” ao celêntero e que, muitas vezes, contem divertículos chamados sifonoglifos, com células flageladas, em posições diametralmente opostas, dando à anatomia do pólipo uma simetria bilateral.
Os mesentérios - um conjunto de filamentos radiais que unem a faringe à parede do pólipo.
O grupo inclui os importantes construtores de recifes, conhecidos como corais hermatípicos, encontrados nos oceanos tropicais. Os últimos encontrados, são conhecidos como corais de pedra, visto que o tecido vivo que cobre o esqueleto é composto de carbonato de cálcio. Os corais hermatípicos obtêm muitos nutrientes para suas necessidades.




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A Importância dos Corais

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Os recifes de corais têm uma grande importância no ambiente marinho, que assim como os mangues, fornecem abrigo, alimento para a maioria dos peixes, crustáceos e invertebrados, e funcionam como um grande filtro da água do mar, já que os corais se alimentam também por filtração da água, retirando dela os nutrientes necessários.

Uma grande quantidade de corais alimenta-se de pequenos animais e plâncton, possuindo mecanismos impressionantes de captura. Esta ultima forma de alimentar-se é facilmente observada em aquários bem equilibrados, onde podemos adicionar uma porção de artêmias salinas (pequenos camarões que vivem em regiões de salinas) e verificar este impressionante comportamento dos animais que ai se transformam, projetando alem de seus corpos, tentáculos para a captura do alimento. Um espetáculo emocionante.

Alem dos corais temos uma infinidade de organismos que retiram da água o seu alimento como as esponjas que são verdadeiros filtros marinhos, no oceano pacífico é possível encontrar em algumas regiões uma espécie de esponja gigante que chega ter mais de dois metros de altura, estas, tem o formato de um grande pote de barro com um orifício na parte superior. Esta espécie, que na verdade é uma colônia de milhares de indivíduos, “suga” a água pelas laterais da colônia e expele água pelo grande orifício superior com uma vazão tal que é capaz de empurrar um mergulhador desavisado.

As rochas que formam um recife coralino são na sua grande maioria compostas de carbonato de cálcio, que normalmente são parte de corais mortos, e tem sua estrutura muito porosa proporcionando abrigo para uma infinidade de formas de vida que também estarão se alimentando de toda esta massa orgânica dispersa na água. Poderíamos dizer grosso modo, que um recife de corais seria uma usina de reciclagem e produção de alimento muito eficiente.

Neste processo de reciclagem dos recifes de corais, participam quase todos os habitantes desta comunidade. Os peixes, ao consumirem plantas ou animais (inclusive corais) excretam substâncias ricas em fósforo e nitrogênio, que são assimilados pelas plantas e muitas outras formas de vida como ofiuros, moluscos, esponjas, poliquetas, crinóides, holotúrias, gorgônias, as anêmonas e as espécies de peixe-palhaço, que vivem em simbiose com elas, etc. Similar ao que acontece em florestas tropicais húmidas, esta reciclagem acelerada de nutrientes em grande escala é a principal explicação para a manutenção de grandiosa produtividade em ambientes relativamente pobres em nutrientes.


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Esponjas



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Peixe-Palhaço



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Poliquetas



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Crinóides​



Os peixes que habitam os recifes por sua vez vão servir de alimento para outras espécies marinhas de maior porte, e assim continuando o ciclo alimentar da natureza, que é muito mais sábia do que o homem imagina.






br.geocities
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Ponto da Situação: Que Futuro para os Corais de Recife?


Reprodução em cativeiro é alternativa para salvá-los da extinção

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Os recifes de corais em todo o mundo continuam em constante declínio, sendo que até o ano 2000, 27% de todos os corais estavam definitivamente perdidos, segundo a Rede de Monitoramento Global de Recifes de Coral (GCRMN - Global Coral Reef Monitoring Network).

É um declínio causado principalmente pela variação do clima no planeta, dentre outros fatores. Somente em nove meses do fenômeno El Niño e El Niña, foram destruídos nada menos que 16% dos recifais, números alarmantes, mas há ainda a capacidade de regeneração dos corais, o que poderemos considerar que metade poderá se regenerar lentamente, porém os demais estão definitivamente perdidos. Estima-se que 40% irão desaparecer até 2010 e mais 20% em 20 anos.



Mudanças climáticas como esta, furacões, tempestades, dentre outros, alheias à vontade humana, seriam decisivas por si só na continuidade de inúmeras espécies marinhas. Porém há ainda um segundo fator, causador de 11% nas perdas dos recifes - este sim, com uma ação direta do ser humano. A retirada de corais para construções, a pesca com cianeto/dinamite, loteamentos na orla marítima (onde da deposição de sedimentos) e por último, a retira para aquariofilia de corais, amplamente usados hoje nos chamados Mini-Reefs, os famosos aquários marinhos de corais.

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Várias ONGs e OGs (organizações não-governamentais e governamentais), tem se dedicado inteiramente ao estudo das causas mais freqüentes de mortes em corais, bem como a conscientização da população e dos governos dos países, onde há incidência de recifes, que só acontecem em uma estreita faixa em todo o globo. Apesar do esforço sobre-humano realizado por estes órgãos, a tragédia por que passam os recifes tende a se alongar por muito tempo ainda.


Coral3.jpg


Um dos maiores complicadores de toda essa situação, é que exatamente em zonas de maior concentração de recifes de corais, encontramos alguns países com má distribuição ou baixíssima renda - que são também as áreas mais afetadas , a exemplo da Arábia/Golfo da Pérsia, Kenya, Tanzânia, Ilhas Seichelles, Maldivas, Chagos, Sri Lanka, wider Indias Ocean, partes do sudeste da Ásia, Vietnam, Filipinas, Taiwan e Palau. Nesses casos vemos ignorância/necessidade/falta de legislação/falta de fiscalização/descaso, mistura altamente explosiva de efeito devastador em qualquer meio ecológico, que levou a extinção milhares de espécies em nosso planeta - não somente de corais, desde a estada do homem na Terra.




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