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O Complexo de Édipo

Luana

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Complexo de Édipo

Alguns conceitos em psicologia são particulares de algumas abordagens psicológicas e o complexo de Édipo é um conceito fundamental para a psicanálise, entendido, inclusive, como sendo universal e, portanto, característico de todos os seres humanos. O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta ideia permanece, apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentais ou aos representantes delas. A ideia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir protecção e amor total, o que é reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe pela sua condição frágil. Esta protecção é relacionada, de maneira mais significativa, à figura materna. Mais ou menos aos três anos, a criança começa a entrar em contacto com algumas situações em que sofre interdições. Estas interdições são facilmente exemplificadas pelas proibições que começam a acontecer nesta idade. A criança não pode mais fazer certas coisas porque já está “grandinha”, não pode passa mais a noite inteira na cama dos pais, andar nú pela casa ou na praia, é incentivada a sentar de forma correcta e controlar os esfíncteres(controle do xixi e do cócó), além de outras cobranças. Neste momento, a criança começa a perceber que não é o centro do mundo e precisa renunciar ao mundo organizado em que se encontra e também à sua ilusão de protecção e amor total. O complexo de Édipo é muito importante porque caracteriza a diferenciação do sujeito em relação aos pais. A criança começa a perceber que os pais pertencem a uma realidade cultural e que não se podem dedicar somente a ela porque possuem outros compromissos, como é o caso do trabalho, de amigos e de todas as outras actividades. A figura do pai representa a inserção da criança na cultura, é a ordem cultural. A criança também começa a perceber que o pai pertence à mãe e por isso dirige sentimentos hostis a ele. Estes sentimentos são contraditórios porque a criança também ama esta figura que hostiliza. A diferenciação do sujeito é permeada pela identificação da criança com um dos pais. Na identificação positiva, o menino identifica-se com o pai e a menina com a mãe. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo tem “ódio” pelo ciúme da mãe. A menina é hostil à mãe porque ela possui o pai e ao mesmo tempo quer se parecer com ela para competir e tem medo de perder o amor da mãe, que foi sempre tão acolhedora. Na identificação negativa, o medo de perder aquele a quem hostilizamos faz com que a identificação aconteça com a figura de sexo oposto e isto pode gerar comportamentos homossexuais. Nesta fase, a repressão ao ódio e à vontade de permanecer em “berço esplêndido” é muito forte e o sujeito desenvolve mecanismos mais racionais para sua inserção cultural. Com o aparecimento do complexo de Édipo, a criança sai do reinado dos impulsos, dos instintos e passa para um plano mais racional. A pessoa que não consegue fazer a passagem da ilusão de superprotecção para a cultura, psicotiza.

"in Cola da Web"
 
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