Alemão da Toyota projecta ambições para esta temporada
Depois de na sua primeira temporada completa de Fórmula 1 ter conseguido um pódio, Timo Glock espera que a sua segunda época ao serviço da Panasonic Toyota Racing seja uma evolução da anterior, conseguindo pontuar de uma forma consistente, em vez dos altos e baixos que teve em 2008.
“O objectivo para este ano será dar outro passo em frente, melhorar em relação aos pódios que conseguimos no ano passado. E dar outro passo em frente seria terminar regularmente no top cinco/top seis. Claro que a equipa estabeleceu como meta a sua primeira vitória, e vou tentar trabalhar para que isso seja conseguido. Há, no entanto, que contar com as mudanças de regulamento e como cada um conseguir aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo regulamento”, começa por dizer o alemão.
“Uma das novidades permitidas pela nova aerodinâmica são as asas dianteiras flexíveis. É algo que poderemos explorar e que, eventualmente, poderá fazer diferença no acerto geral do carro, que sinceramente ainda tenho de conhecer mais profundamente o carro. O mais importante é fazer com que o conjunto funcione e dê os resultados pretendidos, nomeadamente um maior número de ultrapassagens. E isso é o que, na teorida, o novo pacote aerodinâmico promete. Veremos se cumpre o que se diz e se permite a equipas mais do meio da tabela andarem mais perto daquelas que estiveram no topo a época passada”, prossegue Glock.
A aparência estética dos novos F1, nomeadamente do TF109, não incomoda o germânico, sendo mais importante que se adapte às novidades técnicas mais rapidamente do que em 2008. “Na época passada admito que senti alguns problemas no começo com a minha adaptação ao carro. Depois de o fazer consegui tirar mais partido dele, mas estou confiante de que, apesar das grandes novidades para este ano poderei evoluir mais rapidamente. Espero que seja como nos meus tempos de GP2, onde havia mais equilíbrio entre as equipas mas onde era possível realizar ultrapassagens. Já falei com alguns pilotos e o novo carro já dá problemas a esse nível. Na F1 há novas regras, pneus slicks e sinceramente espero que com estes novos monolugares seja, de facto, possível andar perto dos adversários e discutir posições travando mais tarde ou optando pela melhor trajectória”, considera.
Aproveitar bem os testes
Timo Glock não sabe muito bem o que irá fazer quando existir mais do que uma semana entre os grandes prémios, por via da proibição de testes durante a temporada: “Essa é, de fecto, uma nova realidade para nós. No ano passado estávamos sempre muito ocupados, saltando das corridas para testes e vice-versa, mas agora vamos ter mais tempo. No meu caso não sei bem como farei. Sinceramente ainda não pensei no assunto. Talvez aproveite parte do tempo para ir para o ginásio preparar-me fisicamente, e talvez me dedique mais à minha família, o que também é importante para mim, sobretudo em termos emocionais”.
O alemão considera também que, por via da limitação de testes a equipa vai ter de aproveitar mais as semanas que antecedem o começo do campeonato. “Temos de rentabilizar ao máximo o tempo disponível, perceber como funciona o conjunto, o KERS e tudo resto nas semanas que nos separam para Melbourne. Mas tenho fé na equipa, que agora conheço melhor, irá fazer tudo para que possamos lutar pelos objectivos. É muito trabalho, mesmo para nós, mas acredito que o podemos fazer”, afirma.
Sobre o KERS Glock prefere não se pronunciar, pois é algo que desconhece, mas, tal como Trulli, espera que o sistema valha o investimento a que obrigou: “Espero sinceramente que dê os resultados em termos de performance que promete, pois obrigou a um gasto suplementar de dinheiro que vai contra a redução de custos. Isto apesar de não sabermos exactamente se o iremos utilizar. Acredito que possa ser uma vantagem, mas tenho mais fé num equilíbrio de andamentos com a nova aerodinâmica. Mas ao certo não o sabemos, tal como, espero eu, os nossos adversários”.
Relativamente à sua relação com o companheiro de equipa, o alemão da Toyota diz que sempre foi bom e que não há razão alguma para que o não seja. “No ano passado devo dizer que esperava aprender com o Jarno, face à sua enorme experiência na Fórmula 1, mais até do propriamente andar ao seu nível em termos de resultados. Mas os seus conselhos ajudaram-me a progredir e a conseguir bons desempenhos. Foi bom termos tido performances muito idênticas, porque isso só confirma que somos uma dupla muito forte e isso só pode ajudar a equipa a evoluir e a conseguir mais este ano do que na época anterior”, acrescentou.