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História das Cidades de Portugal

Satpa

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Um breve resumo sobre a origem e a importância de algumas cidades de Portugal na nossa História!!
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História de Abrantes

Abrantes e o seu castelo foram conquistados por D. Afonso Henriques, em 1148, aos Mouros. Recebeu foral em 1179, em recompensa da resistência oferecida aos sitiantes marroquinos de Abem Jacob, os quais tiveram de retirar com pesadas baixas. Em 1510 o foral de Abrantes foi reformado por D. Manuel I.

Em 1807, foi tomada pelo general francês Junot no decorrer das Invasões Francesas. Junot recebeu o título de Duque de Abrantes.

Abrantes foi elevada à categoria de cidade em 1916, pela lei nº 601, de 14 de Junho. Hoje engloba oficialmente quatro freguesias: Rossio ao Sul do Tejo, São João, São Vicente e Alferrarede.

Pensa-se que a cidade terá origem celta. O nome Abrantes virá do latim Aurantes (ao que parece na região haveria muito ouro).


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Albufeira

História de Albufeira

A área actual do concelho de Albufeira encontra-se ocupada pelo homem pelo menos desde o ano 2000 a.C. Os Romanos deram-lhe a designação de Baltum, e os Árabes. que ocuparam em 716, denominaram-na Albuar e Albuhera («pelo mar», «lagoa»; segundo outros especialistas «castelo do oceano», donde provém o topónimo.

O seu castelo, praticamente inexpugnável devido à sua posição estratégica, foi o último reduto árabe a cair nas mãos do rei Afonso III de Portugal, que assinalou a vitória com a prática de crueldades desnecessárias. Submetida Albufeira em 1249, logo em 1250 foi doada à ordem de Avis.

Findos os cinco séculos de presença árabe podemos falar de uma profunda alteração da realidade urbana e rural que ainda hoje constituem verdadeiro legado árabe. Foram os decisivos avanços nas técnicas agrícolas (nora, açudes, hortas, etc.) são por outro lado, as casas brancas com açoteias e as ruas tortuosas, para além de inúmeras influências linguísticas.

D. Manuel I outorgou-lhe foral novo a 20 de Agosto de 1504. Albufeira ficou quase totalmente destruída pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755: uma grande onda submergiu totalmente a parte baixa da vila, onde ficaram em pé 27 casas e essas prestes a ruir, quando o mar se retirou os sobreviventes acorreram à igreja, localizada perto da vila, um novo abalo, porém fez ruir a vasta nave que sepultou sob os seus escombros os seus 227 ocupantes. Uma nova calamidade ocorreu em Albufeira, no século XIX, devido à maldade humana, na ocasião das lutas liberais a guerrilha miguelista do Remexido cercou os militantes da guerrilha libral refugiados nesta vila à qual foi posto impiedoso cerco que culminou com incêndio devastador e a morte, a 27 de Julho de 1833, de 174 membros da população de todas as idades e condições sociais.

A partir da década de 1960, Albufeira tornou-se numa grande estância turística de renome internacional.

Albufeira foi elevada a cidade através de lei de 23 de Agosto de 1986.


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Alcobaça

História de Alcobaça

A actual cidade de Alcobaça cresceu nos vales do rio Alcoa e do rio Baça.

A área do actual concelho de Alcobaça foi habitada pelos Romanos, mas a denominação ficou-lhe dos Árabes, cuja ocupação denota uma era de progresso a julgar pelas numerosas terras adjacentes que os recordam, tais como Alcobaça, Alfeizerão, Aljubarrota, Alpedriz e ainda outros topónimos.

Quando Alcobaça foi reconquistada, a localidade tinha acesso ao mar que perto formava um grande lago que atingia Cós e permitia navegarem as embarcações que transportavam para o resto do País os frutos deliciosos produzidos na região graças à técnica introduzida pelos monges de Cister.

Afonso Henriques doou-lhes a 8 de Abril de 1153 as Terras de Alcobaça, com a obrigação de as arrotearem; as doações feitas ao longo dos diversos reinados vieram a constituir um vastíssimo território - Os Coutos de Alcobaça - que ia desde São Pedro Muel a São Martinho do Porto e de Aljubarrota a Alvorninha, tendo conhecido o seu auge no reinado de D. João I.

Os monges de Cister chegaram a ser senhores de 13 vilas e três portos de mar: os de Alfeizerão, Paredes e Pederneira.

Os monges de Alcobaça, além da sua actividade religiosa e cultural- tiveram aulas públicas desde 1269 e nelas, além de Humanidades, Lógica e Teologia, ensinaram técnica agrícola - desenvolveram uma acção colonizadora notável e perdurável, pondo em prática as inovações agrícolas experimentadas além-Pirenéus e graças ás quais arrotearam as terras, secaram pauis, introduziram culturas adequadas a cada terreno e organizaram explorações ou quintas, criando praticamente a partir do nada uma região agrícola que se manteve até aos nossos dias como uma das mais produtivas de Portugal. Vieira de Natividade refere-se aos monges de Alcobaça, como os monges-agrónomanos.

A área dos concelhos de Alcobaça e Nazaré, nem como parte da dos concelhos das Caldas da Rainha e Marinha Grande, foi arroteada e administrada pelos monges alcobacenses.

Alcobaça recebeu foral de D. Manuel I em 1514.

Eram 13 os coutos de Alcobaça:

* Alcobaça
* Alfeizerão
* Aljubarrota
* Alvorninha*
* Cela
* Cós
* Évora de Alcobaça
* Maiorga
* Paredes
* Pederneira
* Santa Catarina
* São Martinho do Porto
* Turquel


Em 1567, Alcobaça separou-se da casa-mãe em França, para se tornar cabeça da Congregação Independente Portuguesa, por bula de Pio V.

Em meados do século XVII, a maioria das terras dos coutos de Alcobaça pertencia já às vilas e aos seus habitantes; é dessa época o plano de expansão do mosteiro, que entretanto tinha crescido perto da confluência dos rios Alcoa e Baça.

Com a extinção das ordens religiosas decretada em 1834 - em virtude da vitória liberal na guerra civil, o mosteiro esteve a saque durante 11 dias em 1833 - o Mosteiro de Alcobaça foi vendido em hasta pública. Das 13 vilas-concelhos apenas Alcobaça se manteve como sede de concelho, todos os outros foram extintos.

Nos antigos coutos, administrados pelos monges cistercienses durante quase 700 (setecentos) anos, subsistem, para além da actividade agrícola por eles introduzida, a profusão de elementos arquitectónicos sobretudo manuelinos, alguns pelourinhos e muitas casas rurais e anexos agrícolas, como lagares de varas que no século XVII e século XIX foram utilizados para a extracção do azeite a partir dos olivais da Serra dos Candeeiros.

A 30 de Agosto de 1995, Alcobaça foi elevada a cidade.

Até 12 de Julho de 2001, fazia também parte do município a freguesia da Moita, a qual entretanto foi transferida para o vizinho concelho da Marinha Grande.


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Alcácer do Sal

História de Alcácer do Sal


Alcácer do Sal é uma das mais antigas cidades da Europa, fundada antes de 1000 a.C. pelos fenicios.

Assim como as vizinhas e também fenícias Lisboa e Setúbal, fornecia sal, peixe salgado, cavalos para exportação e alimentos para os barcos que comerciavam estanho com a Cornualha.

Durante o domínio árabe foi capital da província de Al-Kassr. D. Afonso Henriques conquistou-a em 1158. Reconquistada pelos mouros, só no reinado de D. Afonso II, e com o auxílio de uma frota de cruzados, a cidade foi definitivamente conquistada, tornando-se cabeça da Ordem de Santiago.

Foi elevada a cidade a 12 de Julho de 1997.


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Almada

História de Almada

A designação de Almada é proveniente das palavras árabes Al-Madan, a Mina, pelo motivo de que, aquando do domínio árabe da Península Ibérica, os árabes procediam à exploração do jazigo de ouro da Adiça, no termo do Concelho. A zona de Almada foi igualmente escolhida pelos árabes para a construção de uma fortaleza no promontório natural, sendo esta destinada à defesa e vigilância da entrada no Rio Tejo, em frente de Lisboa, desenvolvendo-se a povoação nos domínios da defesa militar, da agricultura e da pesca.

Almada, uma das principais praças militares árabes a sul do Tejo, foi conquistada pelas forças cristãs de D. Afonso Henriques em 1147, ficando posteriormente na posse dos Cavaleiros de Santiago, por carta assinada por D. Sancho I, em 26 de Outubro de 1186. Em 1190, D. Sancho I outorgou o primeiro foral aos moradores de Almada. No entanto, em 1191 ocorre uma nova invasão árabe sob o comando de Yusuf al-Mansur, com origem em Sevilha. Esta invasão adquire lentamente uma expressão significativa, alcançando e tomando Alcácer do Sal, marchando sobre Palmela e Almada, sendo esta abandonada pelos cavaleiros da Ordem Militar de Almada. A povoação ficou grandemente destruída pela acção das forças árabes.

O povoamento de Almada é realizado de forma lenta mas contínua, reconstituindo-se parcialmente o modo de vida praticado anteriormente. No início do século XIII, a sociedade vive um período de organização e estabilização segundo os direitos e deveres consignados no código foraleiro, complementados pelos antigos usos e costumes do direito consuetudinário.

Local de falecimento de Fernão Mendes Pinto, escritor português, autor da Peregrinação, em 1583.


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Amadora

História da Amadora

A Amadora constituiu-se em torno do lugar da Porcalhota, servida pela Capela de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, sede de irmandade própria que dispunha de avultados bens.

A região da Amadora serviu durante vários séculos de estância de veraneio para famílias abastadas de Lisboa. A salubridade do sítio, a proximidade da capital, as facilidades de comunicações e vasta área disponível para urbanização estão na base do desenvolvimento espectacular de construções, que , em determinadas zonas, ainda tem habitações clandestinas.

Em 1907, a população local pediu ao rei D. Carlos que permitisse a mudança de nome, situação a que o Ministério do Reino deu despacho, renomeando a povoação de Amadora em 28 de Outubro de 1907.

Foi elevada a freguesia dentro do concelho de Oeiras em 17 de Abril de 1916, e foi elevada a vila em 24 de Junho de 1937.

O município da Amadora viria a ser criado em 11 de Setembro de 1979, por secessão da Amadora e da Venteira, do nordeste do concelho de Oeiras. Dias depois, 17 de Setembro de 1979, foi elevada a cidade, e dividida nas freguesias de Alfragide, Brandoa, Buraca, Damaia, Falagueira-Venda Nova, Mina e Reboleira. Na ocasião agregou a si partes das freguesias de Queluz e de Belas, pertencentes ao concelho de Sintra, e tendo cedido a localidade de Presa que passou a fazer parte da freguesia de Odivelas, actual concelho de Odivelas.

Em 1997, foram enfim criadas as freguesias de Alfornelos, Falagueira, Venda Nova e São Brás, prefigurando assim a actual divisão municipal.

Entre os seus símbolos contam-se o Aqueduto das Águas Livres, bem como os campos de aviação que tiveram tanta importância na emergência da aviação em Portugal. Ambos figuram nas armas da cidade.


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Amarante

História de Amarante

Amarante teve provavelmente a sua origem nos povos primitivos que habitaram a serra da Aboboreira (habitada desde a Idade da Pedra), embora se desconheça exactamente o nome dos seus fundadores. Contudo, só começou a adquirir importância e visibilidade após a chegada de São Gonçalo (1187-1259), nascido em Tagilde, Guimarães, que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém. A este santo se atribui a construção da velha ponte sobre o Rio Tâmega.

Amarante torna-se alvo de peregrinações e a povoação foi crescendo. Já no Século XVI, D. João III ordena a construção do Mosteiro de São Gonçalo sobre a capela junto à ponte sobre o Rio Tâmega, onde segundo a tradição São Gonçalo terá vivido e foi sepultado.

Em 1763, ocorre a derrocada da velha Ponte de São Gonçalo devido às cheias do Rio Tâmega. Nos anos seguintes foi reconstruída com o aspecto que ainda hoje apresenta.

No início do Século XIX, Napoleão Bonaparte tenta invadir Portugal e sobre Amarante passaram também estas invasões francesas, sendo palco do heróico episódio da Defesa da Ponte de Amarante que valeu ao General Silveira o título de Conde de Amarante e a própria vila de Amarante teve a honra de ser agraciada com o colar da Ordem Militar da Torre e Espada que reflecte no seu brasão municipal. Após este episódio criam-se planos para a reconstrução da vila, pois os franceses tinham incendiado quase a totalidade das casas.

As reformas liberais do século XIX reorganizaram administrativamente o território e em 1855 extinguiram-se os municípios de Gouveia, Gestaço e Santa Cruz de Ribatâmega, tendo o de Amarante recebido a maioria das suas freguesias e ainda algumas de Celorico de Basto.

O apogeu cultural dá-se nos inícios do Século XX, graças a amarantinos como Teixeira de Pascoaes nas letras e Amadeo de Souza-Cardoso na pintura.

Amarante adquiriu estatuto de cidade a 8 de Julho de 1985, sendo esta também a data do seu feriado municipal.


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Aveiro

História de Aveiro

No documento de doação testamentária efectuada pela condessa Mumadona Dias, ao mosteiro de Guimarães em 26 de Janeiro de 959, consta a referência a "Suis terras in Alauario et Salinas", sendo esta a mais antiga forma que se conhece do topónimo Aveiro.

No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República, vindo esse templo a ser demolido em 1835.

Mais tarde, D. João I, a conselho de seu filho, Infante D. Pedro, que, na altura, era donatário de Aveiro, mandou rodeá-la de muralhas que, já no século XIX, foram demolidas, sendo parte das pedras utilizada na construçào dos molhes da barra nova.

Em 1434, D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual que chegou aos nossos dias e é conhecida por Feira de Março.

Em 1472, a filha de D. Afonso V, Infanta D. Joana, entrou no Convento de Jesus, onde viria a falecer, em 12 de Maio de 1490, efeméride recordada actualmente, no feriado municipal. A estada da filha do Rei teve importantes repercussões para Aveiro, chamando a atenção para a vila e favorecendo o seu desenvolvimento.

O primeiro foral conhecido de Aveiro é manuelino e data de 4 de Agosto de 1515, constando do Livro de Leituras Novas de Forais da Estremadura.

A magnífica situação geográfica propiciou de Aveiro, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as pescas e o comércio marítimo factores determinantes de desenvolvimento.

Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto (veja Porto de Aveiro) e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filípina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.

Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, e 1547 , por D. João III. Por essa razão à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro. Esse nome foi mais tarde abandonado, voltando a cidade à denominação anterior.

Em 1774, a pedido de D. José, o papa Clemente XIV instituiu uma nova diocese, com sede em Aveiro.

No século XIX, destaca-se a activa participação de aveirenses nas Lutas Liberais e a personalidade de José Estêvão Coelho de Magalhães, parlamentar que desempenhou um papel determinante no que respeita à fixação da actual barra e no desenvolvimento dos transportes, muito especialmente, a passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, obras estas de capital importância para o desenvolvimento da cidade, permitindo-lhe ocupar, hoje em dia lugar de topo no contexto económico nacional."


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História do Barreiro

A cidade portuguesa de Barreiro teve origem numa «pobra» ou aldeia ribeirinha, repovoada após a reconquista, sob a égide dos Cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada.

Os seus povoadores dedicavam-se às actividades piscatórias e da extracção do sal.

A paróquia de Santa Cruz do Barreiro remonta aos século XIII-XIV, tendo sido comenda da Ordem de Santiago da Espada.

Terra de pescadores e de gentes do campo levou vida obscura, se bem que tivesse sido elevada a vila em 1521. No esteiro do rio Tejo que no Barreiro entra pelo Rio Coina encontrava-se Vale de Zebro, onde outrora de erguiam fornos que fabricavam os biscoitos que abasteciam as naus que saíam de Lisboa, rumo à Índia e ao Brasil.

Nas duas margens dos esteiros funcionavam moinhos de maré que fabricavam a farinha para os biscoitos. os celeiros, fornos e moinhos subsistiram até ao século XIX. O concelho so Barreiro, ao ser extinto o de Alhos Vedros a 24 de Outubro de 1855, passou aintegrar na sua área as freguesias de Palhais e de Lavradio.

O desenvolvimento do Barreiro teve início em 1861, com a exploração das linhas férreas até Vendas Novas (57 km) e até Setúbal (13 km). A sua expansão deve-a, contudo, a partir de 1906, com a adjudicação a um grupo de industriais do Caminho de Ferro, Sul-e-Sueste, inicialmente entre o Barreiro, e Vendas Novas. Com o surgimento deste meio de transporte, este haveria de despoletar um processo histórico, que viria a ser determinante, não só para o Concelho, como para o país. A implementação de industrias pela Companhia União Fabril (CUF), desde 1898 dirigida pelo dinâmico e empreendedor empresário que foi Alfredo da Silva.

Desde então o Barreiro tornar-se-ia uma “moderna vila industrial e operária", transformando por completo o antigo aspecto da vila, tanto social, económica, como urbanisticamente, o Barreiro transfigurava-se. A malha urbana cresceria além dos limites do próprio concelho, até à vizinha Moita. Os vestígios deste passado são ainda hoje uma marca da cidade, através das Oficinas da CP, dos Bairros Operários, e em especial do ainda presente parque industrial-empresarial da Quimiparque (actual nome da antiga CUF, e QUIMIGAL).

O Barreiro ascendeu ao título de cidade em 28 de Junho de 1984.

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Braga

História de Braga

Braga foi a primeira cidade portuguesa, por outras palavras, quando Portugal foi fundado no seu território apenas existia uma cidade, Braga. A cidade é também uma das mais antigas cidades do território português, fundada no tempo dos romanos como Bracara Augusta, conta com mais de 2000 anos de História como cidade. É ainda também uma das cidades cristãs mais antigas. No entanto os vestígios de aglomerados populacionais em Braga vêm de há milhares de anos, estando comprovados a partir da Idade do Bronze.

A história bracarense pode-se dividir em três partes: a Pré-História, Bracara Augusta e Braga.


[B]Pré-História

Os vestígios da presença humana na região vem de há milhares de anos, como comprovam vários achados no região. Em Braga um dos achados mais antigos é a Mamoa de Lamas, um monumento megalítico edificado no período Neolítico. A sua descoberta revelou várias informações sobre o passado da região. No entanto apenas se consegue provar a existência de aglomerados populacionais em Braga na Idade do Bronze. Caracterizam-se por fossas e cerâmicas encontradas no Alto da Cividade, local onde existiria uma povoação e por uma necrópole que terá existido na zona dos Granjinhos.

Na Idade do Ferro, desenvolveram-se os chamados “castros", próprios de povoações que ocupavam locais altos do relevo. Em Braga conhecem-se vários Castros de pequena e média dimensão: Castro do Pedroso e Castro do Monte de Vasconcelos em Adaúfe, Castro de Cabanas em Dume, Castro da Santa Marta das Cortiças (Imóvel de Interesse Público) em Esporões, Castro do Monte Redondo (Monumento Nacional) em Guisande, Castro do Monte da Consolação (Imóvel de Interesse Público) em Nogueiró, Castro da Sola em Palmeira, Vinha de Laje - Castro Agrícola em Pousada, Castro do Monte das Caldas em Sequeira, Castro Máximo (Imóvel de Interesse Público) em São Vicente, Castro de Vimieiro em Vimieiro. Apesar destes serem os únicos castros que chegaram até hoje, e que provam a sua existência, existe ainda um grande castro, a Cividade.

A Cividade, nome que deriva de grande Castro, situa-se no coração da cidade de Braga. Apesar de não estar provado que ali tenha existido um castro, certos historiadores defendem a existência de um Castro no alto da colina. A teoria baseia-se principalmente em que Bracara Augusta foi construída sobre um castro destruído pelas guerras entre os povos locais e os romanos, aproveitando o material existente, o que eliminara grande parte dos vestígios anteriores. Castro esse que fora a evolução natural do povoado que existiu no local na Idade do Bronze. Bracara Augusta situa-se no topo de uma colina, e não à beira rio ou perto de campos férteis condições típicas nas fundações de cidades romanas, essas condições existem a poucos quilómetros na zona ribeirinha do rio Cávado. Os historiadores de opinião contrária criticam esta teoria, pois a colina de Cividade é de relevo suave a Sul, não possuindo grande desnível. O astrónomo e geógrafo grego Claudius Ptolemeu (c. 85 – c. 165), em meados do século II, referiu na sua obra - Geografia (8 v.) -, que a cidade de Bracara Augusta era anterior à dominação romana. Recentemente a descoberta ao acaso de um Balneário pré-romano em Maximinos (freguesia adjacente) relançou a questão. No entanto, esta questão está longe de ser resolvida, dado que o presumível castro situa-se no centro histórico de Braga sob Monumentos Nacionais o que impede a realização de pesquisas arqueológicas profundas. É também de relevo o facto do local ser habitado continuamente há mais de dois mil anos, e palco de grandes guerras e destruições, o que alterou substancialmente o local.

Nos séculos anteriores ao nascimento de Cristo, na área ocupada actualmente pela cidade de Braga instalaram-se os Celtas, conhecidos por Brácaros ou Bracai (daí a denominação de Bracara, a actual Braga).

Bracara Augusta

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Fonte do Ídolo

Cidade Romana

Fundação (136 a. C. a 14 d. C.)

As primeiras explorações militares ao noroeste da península Ibérica realizaram-se entre os anos 138 a 136 antes de Cristo (século II a.C.), comandadas pelo cônsul romano D. Junius Brutos. Nessa altura realizou-se uma grande batalha entre romanos e brácaros (povos locais descendentes dos Celtas), provavelmente nas imediações da futura Bracara Augusta. Após a conquista definitiva do noroeste peninsular (guerras franco-cantábricas), o imperador Augusto ordena a reorganização administrativa. A reorganização consistia principalmente na integração das populações no mundo romano, fundação de cidades, construção de vias e o comércio a nível inter-regional. É nesta política que entre o ano 20 a 10 antes de Cristo foi fundada a cidade Bracara Augusta sobre um possível povoado indígena local. A finalidade da fundação foi de carácter religioso e difusão cultural do império sobre os povoados nas proximidades. Também é provável que a cidade desde o início teria importantes funções jurídicas e económicas.

Dinastia Júlio-Cláudio (14 a 68 d. C.)

As primeiras décadas da cidade foram marcadas por grande crescimento. Foram construídos os primeiros edifícios públicos (Domus, templo…), abriram-se estradas (vias XVI, XVII e XIX), desenvolveram-se as actividades económicas (metalurgia, olaria e comércio), a criação de novos bairros. Foram formadas condições para que inúmeros indígenas, militares e imigrantes se deslocassem para ali viver. A cidade desenvolveu-se em forma ortogonal (ruas alinhadas) orientada Noroeste/Sudeste, e era dividida por quarteirões. Nos anos 50 d. C. o comércio já desempenhava um papel fulcral na cidade e na região.

A cidade Flávio-Antonina (68 a 192 d. C.)

A cidade sofre reestruturações, devido à dimensão que terá atingido, mais de 48 hectares. São reparadas as vias e a construção da Via Nova (Geira). Continuam as construções de edifícios públicos como teatro, termas, templos, senado, e a “monumentalização” da cidade. Aumentam os bairros e assiste-se à instalação de pessoas abastadas na zona oriental da cidade. Verificou-se a promoção jurídica de peregrinos à cidadania romana, das elites da cidade e da região envolvente. O forte comércio é caracterizado pelas importações de vidro, cerâmica e objectos de adorno, alguns produtos importados eram de grande qualidade e gosto refinado, o que sugere a existência de uma poderosa elite. As exportações eram marcadas pela cerâmica de qualidade e metais. A cidade no Alto Império era já de referência a nível peninsular.

Século III

O terceiro século de existência é marcado pelo abrandamento do crescimento devido à crise instalada na Hispânia, e consequentemente a construção da muralha citadina. A muralha circulava a cidade por completo, e continha torreões. Dada a localização peninsular e a dependência local na sobrevivência, Bracara Augusta ficou fora das agitações de então, o que permitiu uma plenitude vida urbana. É criada “Hispania Nova Citerior Antonina” (futura Galécia). Visita dos imperadores Galieno (253 a 268 d. C.) e Claúdio II (268 a 270 d. C.).

Baixo-império (285 a 409 d. C.)

Por ordem de Diocleciano é criada a Galécia, e Bracara Augusta sua capital. A Galécia integra os três conventos do Noroeste peninsular e parte do convento Clunia. Com esta decisão, a cidade sofre uma nova expansão urbana, reestruturam-se e criam-se edifícios públicos, requalifica-se as vias, introduz-se melhoramentos na cidade, enriquecimento da população, inclusão de zona de banhos e pavimento de mosaicos nas vivendas privadas. O comércio intensifica-se fortemente e aparecem os ateliers de cerâmica. A decretal do Papa S. Sirício em 385 faz referência à metropolitana de Bracara Augusta, sugerindo que Bracara Augusta possuía já um bispado. A cidade assume a centralidade do Noroeste peninsular.

Alta Idade Média

O reino Suevo

Após a conquista do império romano, Bracara Augusta tornou-se na capital política e intelectual do reino dos Suevos, que abarcava a Galiza e se prolongava até ao Rio Tejo. Posteriormente foi dominada pelos Godos, durante mais de três séculos. ([1])

Invasões Muçulmanas

No ano de 715, os Mouros conquistaram a cidade, mas foram, pouco tempo depois, obrigados a render-se ao Rei de Leão, D. Afonso III. Braga foi nessa altura oferecida como dote, por Afonso VI de Castela, à sua filha D. Teresa, no seu casamento com D. Henrique de Borgonha, Conde de Portugal.

Braga

Baixa Idade Média

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Mapa medieval da cidade

Cerca de 1070, a Diocese é reorganizada desenvolvendo-se a urbe em volta da Sé Catedral, ficando restringida ao perímetro amuralhado.

Idade Moderna

No século XVI, o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa modifica-a profundamente. Do século XVI ao século XVIII, os edifícios de traça romana vão sendo apagados e substituídos por edifícios de Arquitectura religiosa.

No século XVIII, Braga por intermédio da inspiração artística de André Soares (Arquitecto 1720- 1769) transforma-se no Ex-Libris do Barroco em Portugal.

Idade Contemporânea

Nos fins do século XVIII surge em várias edificações o Neoclássico com Carlos Amarante (Engenheiro e Arquitecto 1742-1815). Nos cem anos que se seguem, irrompem conflitos devidos às invasões francesas e lutas liberais. O centro da cidade deixa a área da Sé de Braga e passa para a Avenida Central.

No século XX, dá-se a revolução dos transportes e das infra-estruturas básicas, reformula-se a Avenida da Liberdade, de onde se destaca o Theatro Circo e os edifícios do lado nascente. No final do século, Braga sofre um grande desenvolvimento e converte-se na terceira cidade do País.


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Bragança

História de Bragança

A área do actual concelho de Bragança era já uma povoação importante durante a ocupação romana. Durante algum tempo teve a designação de Juliobriga dada a Brigantia pelo imperador Augusto em homenagem a teu seu tio Júlio César.

Destruída durante as guerras entre cristãos e mouros, encontrava-se em território pertencente ao mosteiro beneditino de Castro de Avelãs quando a adquiriu, por troca, em 1130, D.Fernando Mendes, cunhado de D. Afonso Henriques. Reconstruída no lugar de Benquerença, D. Sancho I concedeu-lhe foral em 1187 e libertou-a em 1199 do cerco que lhe impusera Afonso IX de Leão, pondo-lhe então definitivamente o nome de Bragança.

O regente D. Pedro, em 1442, elevou Bragança a cabeça de ducado concedido a seu irmão ilegítimo D: Afonso, 8º conde de Barcelos e que fora denro de D. Nuno Álvares Pereira.

Em 1445, Bragança recebeu a concessão de uma feira franca e em 1446 D. Afonso V elevou-a à categoria de cidade.

A 5 de Março de 1770, Bragança tornou-se sede uma diocese; passou a ter unida a si, desde 27 de Setembro de 1780, a diocese de Miranda (criada a 22 de Maio de 1545). ficando a sede em Bragança - por isso a designação oficila da diocese é de «Bragança e Miranda».


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Castelo Branco

História de Castelo Branco

Castelo Branco deve o seu nome à existência de um castro luso-romano, Castra Leuca, no cimo da Colina da Cardosa, em cuja encosta se desenrolou o povoamento da área.

Da história antes de 1182 pouco se sabe. Existe, porém, um documento, desta data, de doação aos Templários de uma herdade Vila Franca da Cardosa, emitido por Fernandes Sanches, um nobre. Em 1213 recebeu foral de Pedro Alvito, cedido pelos Templários, em que aparece a denominação Castel-Branco. O Papa Inocêncio III viria, em 1215, confirmar esta posse, dando-lhe o nome de Castelobranco.

Por volta desta altura ter-se-iam mandado edificar, pelos Templários, as muralhas e o castelo, entre 1214 e 1230. No interior desta delimitação encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Aqui se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares, até ao século XIV.


Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo mais tarde o título de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de comarca notável e das melhores da Beira Baixa. O actual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até 1946, abrindo como museu em 1971.

Em 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881.

O Paço Episcopal (anexo ao actual Museu Francisco Tavares Proença Júnior) é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos de Castelo Branco.

A 6 de Novembro de 1954 a cidade é assolada por um tufão infligindo danos consideráveis nas infraestruturas.

A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo Branco e em 14 de Dezembro de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública, passo importante para o desenvolvimento da cidade. Com efeito, a cidade viria a tornar-se capital do distrito em 1959.


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História de Chaves

Os vestígios presentes na região de Chaves, legados da Pré-História, levam a admitir a existência de actividade humana no Paleolítico. São em grande quantidade os achados provenientes do Neolítico, do Calcolítico de Mairos, Pastoria, S.Lourenço,etc e das civilizações proto-históricas, nomeadamente nos múltiplos castros situados no alto dos montes que envolvem toda a região do Alto Tâmega.

As legiões romanas, que há dois milénios, conquistaram aquelas terras instalaram-se de essencialmente no vale, fértil do Tâmega. Exactamente onde hoje se ergue a cidade e, construíram fortificações pela periferia, aproveitando alguns dos castros existentes.

Construíram muralhas protegendo o aglomerado populacional; construíram a majestosa ponte de Trajano; fomentaram o uso das águas quentes mínero-medicinais, implantando balneários Termais; exploraram minérios, filões auríferos e outros recursos naturais. Tal era a importância deste núcleo urbano, que foi elevado à categoria de Município no ano 79 dC. quando dominava Vespasiano o primeiro César da família Flavia. Daqui advem a antiga designação Aquae Flaviae, actual cidade de Chaves.

Calcula-se pelos vestígios encontrados que núcleo e centro cívico da cidade se situava no alto envolvente da área hoje ocupada pela Igreja Matriz. Ainda hoje lembra a traça romana, com o Forum, o Capitólio e a Decumana que seria a rua Direita. Foi nesta área que foram e ainda são (2006) encontrados os mais relevantes vestígios arqueológicos, expostos no Museu da Região Flaviense, como o caso de uma lápide alusiva a um combate de gladiadores.


O auge da dominação romana verificou-se até ao início do século III, até á chegada gradual dos vulgarmente apelidados Bárbaros. Eram eles os Suevos, Visigodos e Alanos, provenientes do leste europeu e puseram termo à colonização romana. As guerras entre Remismundo e Frumário que disputavam o direito ao trono, tiveram como consequência uma quase total destruição da cidade, a vitória de Frumário e a prisão do Idácio, notável Bispo de Chaves. O dominio bárbaro durou até que os mouros oriundos do Norte de África, invadiram a região e venceram Rodrigo, o último monarca visigodo, no início do século VIII.

Com os árabes, também o islamismo invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo o que determinou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas a noroeste com inevitáveis destruições. As escaramuças entre mouros e cristãos duraram até ao século XI. A cidade começou por ser reconquistada aos mouros no século IX, por D. Afonso, rei de Leão que a reconstruiu parcialmente. Porém, logo depois, no primeiro quartel do século X, voltou a cair no poder dos mouros, até que no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar novamente de muralhas.

Foi então por volta de 1160 que Chaves integra o país que já era então Portugal, com a participação dos lendários Ruy Lopes e Garcia Lopes tão intimamente ligados à história desta terra. Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque de invasores e como medida de protecção D. Dinis (1279-1325), mandou levantar o castelo e as muralhas que ainda hoje dominam grande parte da cidade e a sua periferia. Cenário de vários episódios bélicos no século XIX celebra a 20 de Setembro de 1837, a Convenção de Chaves, após o combate de Ruivães, que pôs termo à revolta Cartista de 1837, ou revolta dos marechais.

A 8 de Julho de 1912 travou-se o combate entre as forças realistas de Paiva Couceiro e as do governo republicano, chefiadas pelo coronel Ribeiro de Carvalho, de que resultou o fim da 1ª incursão monárquica.

A 12 de Março de 1929 Chaves foi elevada à categoria de cidade.


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Coimbra

História de Coimbra

Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, Coimbra foi berço de nascimento de seis réis de Portugal e da Primeira Dinastia, assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa.

Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina sobre o Rio Mondego, Aeminium. Mais tarde, com o aumento da sua importância passou a ser sede de Diocese, substituindo a cidade romana Conímbriga, donde derivou o seu novo nome. Em 711 os mouros chegaram à Península Ibérica, e Coimbra não foi esquecida. Torna-se, então, um importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 871 torna-se Condado de Coimbra mas apenas em 1064 a cidade é definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão.

Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnando. Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Teresa fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas muralhas que iria nascer o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, que faz dela a capital do condado, substituindo Guimarães (é aliás esta mudança da capital para os campos do Mondego que se virá a revelar vital para viabilizar a independência do novo país, a todos os níveis: económico, político e social). Qualidade que Coimbra conservará até 1255, quando a capital passa a ser Lisboa.

No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes, e a Baixa, do comércio, do artesanto e dos bairros ribeirinhos.

Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo a desaparecer com a reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal.

A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e Massena, durante a invasão francesa e, posteriormente, a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo eléctrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego.

Com a Universidade como referência inultrapassável, desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer cultural, quer social. Muitos desses movimentos e entidades não resistiram ao passar dos anos, mas outros ainda hoje resistem com vigor ao passar dos anos. Da Universidade surgiram e resistem ainda hoje em plena actividade primeiro o Orfeon Académico de Coimbra, em 1880, o mais antigo coro do país, a própria Associação Académica de Coimbra, em 1887, e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em 1888. Com o passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo. Com presença em três séculos e um peso social e cultural imenso, o Orfeon Académico de Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes, levando a música coral portuguesa e o Fado de Coimbra a todo o mundo.


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Faro

História de Faro

Faro, primitivamente denominado Ossónoba, terá surgido por volta do século VIII a.C., durante a colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. Tinha então um carácter de entreposto comercial, integrado num vasto sistema mercantilista baseado na troca de produtos agrícolas, pescado e minérios, situação que se manteve nos períodos grego e cartaginês.


Período fenício, grego e cartaginês

Formação (século VIII a.C. - século III a.C.)

Nome: Ossónoba

Características: Estabelecimento de um Entreposto Comercial Integrado no Sistema Mercantilista Mediterrânico.

A situação dos terrenos em que assenta a actual cidade de Faro era então diferente. O nível médio das águas do mar encontrava-se dois a três metros acima do actual, originando uma linha de costa muito recortada e inundável.

A configuração deste território era resultante de um sistema de colinas ou morros (o da Sé, onde se estabelecera o referido entreposto, o dos Artistas, Santo António do Alto e o conjunto de colinas que vão de São Pedro ao Alto Rodes, designadas por Alto da Caganita, Alto da Atalaia e Alto da Esperança), separados por canais ou ribeiras e sujeitos, com as marés, à subida e descida das águas do mar.

Dos canais, destacamos uma linha de água principal que corria desde a actual Ribeira das Lavadeiras, percorrendo a Estrada de São Luís até ao Lethes, daqui para a Praça Alexandre Herculano onde formava um lago - Alagoa - bifurcando, junto ao palácio Belmarço, para contornar o morro da Sé por ambos os lados.

Período romano e visigótico

De entreposto a urbe (século III a.C. - século VIII d.C.)

Nome: Ossónoba e mais tarde Santa Maria de Ossónoba

Características: estruturação da Vila-a-Dentro (núcleo primitivo), expansão extramuros em dois núcleos, descentralização dos poderes para as Villae, cristianização da cidade, apogeu e destruição de Ossónoba.

No século III a.C., altura em que Cartagineses e Romanos lutavam pelo domínio do Mediterrâneo, Roma invade a Península Ibérica, governando-a até ao século V d.C.

Mais tarde, com as invasões bárbaras, os Visigodos mantiveram o desenvolvimento da cidade até às invasões árabes, que lhe alteraria o nome para Santa Maria de Ossónoba.

Período árabe

Densificação Urbana (século VIII - século XIII)

Nome: Santa Maria de Ossónoba, depois Santa Maria do Ocidente e depois Santa Maria Ibn Harun (ou Šanta Māria al-Hāarun)

Características: alargamento, densificação e consolidação do núcleo primitivo e regressão e densificação dos núcleos extramuros.

A invasão árabe da Península Ibérica inicia-se no ano 711 quando Tarik atravessa o Estreito de Gibraltar e vence as tropas de Rodrigo na Batalha de Guadalete, conquistando de seguida a capital dos Godos - Toledo. No ano seguinte, Mussa Ben Nossair comanda a segunda invasão, conquistando Sevilha e Ossónoba. Com ele vem um poderoso destacamento de árabes iemenitas, comandados por Al-Yamani, a quem é entregue o governo da Província de Ossónoba. A cidade sofre grandes destruições, em virtude também dos efeitos de vários sismos que ocorreram naquela altura.

A cidade que os Árabes vão reconstruir tem por base a Vila-a-Dentro, que manterá a sua estrutura fundamental, se bem que densificada, adquirindo um traçado mais sinuoso - dois eixos, uma circular interior e uma área central a que correspondia apenas parte do actual Largo da Sé, mais concretamente, a zona situada entre o edifício da Câmara Municipal de Faro e a Sé Catedral, já que a restante área era ocupada por construções.

No local do antigo Templum é construída a Mesquita principal, a uma cota de nível mais elevada (cerca de três metros acima).

Extramuros opera-se uma regressão urbana dos seus arrabaldes, que se densificam, mantendo-se os dois núcleos já existentes anteriormente.

A cidade contém, neste período, uma forte comunidade de cristãos e moçárabes, descendentes dos Romanos e Visigodos, havendo notícia da sua participação em concílios de Bispos. É provável a manutenção de locais de culto dedicados a Santa Maria.

No ano 870 eclodiram as revoltas moçárabes no Ocidente do Andaluz. O partido Muladi, composto por antigos cristãos islamizados, os Moçárabes (do árabe Nuss-Arabi - meio árabe), com o apoio da comunidade cristã, toma o poder, tornando-se independente do Emirato de Córdoba, por mais de 50 anos.

Ao revoltoso Yahia Ben Bakr sucede seu filho Bakr Ben Yahia, que executa importantes melhoramentos na cidade. Constroem-se as actuais muralhas, guarnecidas por portas em chapa de ferro, aumentando-se o perímetro da Vila-a-Dentro. Terá sido nesta altura colocada entre as ameias a imagem de Santa Maria, como nos canta Afonso X de Castela, o Rei Sábio. É de crer que neste período a cidade tenha adoptado o nome de Santa Maria do Ocidente ou simplesmente Santa Maria (Xanta Maria).

A revolta Muladi seria esmagada pelo Califa Abd-Al-Rahman III.

Os anos seguintes são marcados pelo poder do Hajibe Almançor, primeiro Ministro do Califa Hixame II, que obtém importantes vitórias sobre os cristãos.

A dinastia Omíada de Córdoba cai no ano de 1016, fraccionando-se o Al-Andaluz em vários principados independentes - os Reinos das Taifas. A Taifa de Santa Maria é governada por Abu Othman Said Ibn Harun. A cidade passa a designar-se por Santa Maria Ibn Harun.

Em 1092 o governador da Taifa de Sevilha, Al-Muatamid, natural de Beja e ex-governador de Silves, pede ajuda aos Berbereses de Marrocos aquando da luta contra as tropas cristãs de Afonso VI de Castela. Yusuf Ibn Tasfin comanda então a invasão Almorávida, derrota as hostes cristãs e conquista todos os Reinos das Taifas, unificando-os de novo e sujeitando-os a Marrocos.

Quando D. Afonso Henriques vence os Almorávidas na batalha de Ourique, sucedem-se os segundos Reinos das Taifas, com o governo da família Banu Mozaíne, em Santa Maria Ibn Harun.

É durante este período que Al-Idrissi, geógrafo árabe ao serviço do Rei de Palermo, em visita de espionagem ao Gharb, descreve a cidade: Santa Maria do Ocidente está edificada na orla do mar e o mar vem bater nos seus muros. É de tamanho mediano e muito bonita. Tem uma Mesquita principal e Assembleia de Notáveis. Pelo seu porto entram e saem navios.

Em 1156 os Almóadas unificam de novo a Península, fazendo a fronteira regressar ao Vale do Tejo.

Seguem-se os terceiros Reinos das Taifas, prenúncio da reconquista cristã.

Poucos vestígios ficaram daquela época, apesar dos Mouros terem permanecido séculos em Faro. De registar no entanto neste campo, a introdução de centenas de vocábulos, especialmente referentes à toponímia e ao comércio, o que prova uma certa renovação em determinados sectores. Mas, sobretudo, o período árabe deixou-nos vasta obra literária, principalmente poesia. Citaremos alguns grandes poetas de Faro desse tempo: Abu Al-Hassan Ibn Harun (século XI), Ibn Al-Alam Al-Xantamari e Ibn Salih Al-Xantamari (século XII) e Ibn Al-Murahal (século XIII).

Período cristão - Reconquista

Estruturação urbana (século XIII - século XV)

Nome: Santa Maria de Faaron

Características: criação de novas áreas extramuros e integração das novas áreas na orgânica global da cidade

A cidade de Santa Maria de Faaron é tomada, no ano de 1249, pelas tropas de D. Afonso III, que lhe viria a conceder duas cartas de Foral. A primeira, em 1266 e a segunda, destinada aos Mouros residentes, em 1269.

Não se sabe ao certo se a conquista de Faaron teve um carácter violento ou negociado. Há no entanto notícias de que são executadas obras de reparação no castelo e em alguns panos arruinados da muralha.

Os portugueses vão estabelecer a sua cidade na Vila-a-Dentro, cuja estrutura mantém os seus aspectos fundamentais, apesar de uma simplificação no traçado das vias secundárias, à semelhança de outros aglomerados urbanos da época.

A mesquita é "purificada" e adaptada, provisoriamente, a igreja, após o que sofre obras de reconstrução, dando lugar, em 1277, à Igreja de Santa Maria.

Sobre a Porta da Vila surge a Capela de Nossa Senhora de Entrambalas Águas, mais tarde de Nossa Senhora do Ó, quem sabe se no local onde anteriormente fora colocada a imagem de Santa Maria.

No sítio da actual implantação do edifício da Câmara Municipal de Faro, foram construídas as Casas da Câmara, edificação em forma de "L", com escadaria exterior.

Extramuros, processa-se uma considerável expansão do tecido edificado motivada pela criação dos bairros da Mouraria e da Judiaria, situados, respectivamente, a norte e sul da Rua de Santo António. A Mouraria ocupava a área definida pelo quarteirão que hoje integra o cinema Santo António, constituindo uma importante zona de hortas. A Judiaria, situada a sul, confinava com a Alagoa e continha ainda no século XIX duas sinagogas.

Ao cimo da Rua de Santo António do Alto, no local da Praça da Liberdade, ficavam as Alcassarias, principal mercado da cidade, explorado por essas duas comunidades.

A Ribeira, bairro muito ligado às actividades da pesca e da construção naval, desenvolveu-se no sentido nascente, e continha provavelmente uma igreja.

A principal artéria comercial e industrial era a Rua da Sapataria, actuais Ruas 1º de Dezembro e Tenente Valadim. A actividade portuária desenvolvia-se no local onde hoje se encontra a doca e a Praça D. Francisco Gomes, dispondo de um cais acostável, junto às muralhas da Vila-a-Dentro.

O sistema defensivo de Faro era completado com duas torres de atalaia - o Alto da Atalaia, situado no cimo da actual Rua da Boavista e Santo António do Alto, no local onde ainda hoje existe uma torre.

No final deste período os arrabaldes integram-se na orgânica da cidade, deixando de constituir áreas marginais. Inicia-se um processo de estruturação global com base na articulação de vários elementos da composição urbana, como os eixos viários, as massas edificadas e os condicionamentos naturais - hortas e canais.

Da Renascença à Restauração

Desenvolvimento Urbano (século XV - finais do século XVII)

Nome: Farão

Características: expansão urbana, edificações, estruturação dos espaços urbanos, construção da segunda cerca e integração das hortas no perímetro extramuros

De meados do século XV aos finais do século XVII, Faro conhece um período de grande desenvolvimento urbano, com a expansão significativa da sua área edificada e com a construção de importantes edifícios religiosos. Os descobrimentos e consequente aumento da actividade comercial são determinantes neste processo de expansão.

No dia 7 de Setembro de 1540, a vila de Faro é elevada a cidade pelo foral de D. João III, e em 1577 a sede do Bispado, até então em Silves, é transferida para ali por decisão de D. Sebastião.

Em 1596, durante o período de ocupação de Portugal por Castela, as tropas do conde de Essex desembarcaram no lugar de Ferrobilhas e dirigiram-se para a cidade de Faro, que irão pilhar e incendiar. A população foge para Loulé e os ingleses fazem grandes destruições nos principais edifícios, nomeadamente em igrejas e conventos.

Toda a área interior à primeira circunvalação (Rua Aboim Ascenção) estava, no século XVII, integrada no tecido edificado, contendo diversas hortas urbanas, como as de S. Francisco, Ferragial, Colégio, Mouraria, S. Pedro e Capuchos. São urbanizadas a zona do Pé da Cruz e a encosta de S. Pedro.

Este processo culmina em 1660 com a construção da segunda cerca, linha abaluartada em estilo Vauban, adaptada ao uso da artilharia, que a defendia do lado de terra e a envolvia a norte e nascente. Era constituída por cinco baluartes e dois meios baluartes e dispunha de um fosso circundante. Os vestígios que hoje restam dessa cerca resumem-se a um pequeno troço situado nas traseiras do antigo convento de S. Francisco. No entanto a sua presença é visível na configuração de alguns quarteirões e no traçado das vias, reflectindo-se até nos limites de propriedades.

Na expansão e estruturação da cidade é determinante o traçado dos eixos das vias de acesso ao centro e demais ligações entre si, que constituem geralmente os arruamentos onde se desenvolve maior actividade comercial e industrial. Destacamos a Rua da Sapataria (actual 1º de Dezembro), a Rua de Santo António do Alto, a Rua da Cordoaria (actual Rua do Bocage) e a Rua Direita (actual Conselheiro Bivar).

As Praças e Rocios eram também pólos de actividade e situavam-se, geralmente, na confluência das vias mais importantes. Salientamos a Praça da Rainha (actual D. Francisco Gomes), situada junto ao porto, e as Alcassarias (no local da Praça da Liberdade e estacionamento da Pontinha), que constituíam um importante mercado.

Neste período são construídos alguns dos principais edifícios da cidade. No século XVI os conventos das Freiras e de S. Francisco, o colégio dos Jesuítas (actual Teatro Lethes), a Igreja e o Hospital da Misericórdia e as Igrejas de S. Pedro e de Nossa Sr.ª da Esperança.

No século XVII, o Convento de Santo António dos Capuchos, a Igreja do Pé da Cruz, a Ermida de S. Sebastião e inicia-se a construção do Paço Episcopal. É no século XVII que fica definida a área da cidade antiga, marcando também o fim de uma expansão orgânica, resultado das necessidades próprias de cada momento.


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Fundão

História do Fundão

Na Idade do Ferro, desde o ano 1000 a.C. até à sua destruição pelos Romanos, houve no topo do Monte de São Brás um Castro lusitano. Este foi substituído por uma villa ou núcleo de edifícios agriculturais no tempo do Império Romano (por baixo da Rua dos Quintãs). Julga-se que a villa foi substituída por uma mansão senhorial fortificada na Alta Idade Média.

O topónimo do local Fundão foi pela primeira vez referido em documento de 1307, e depois 1314 e 1320 referindo 32 casas. Nessa altura ficava aquém em população e influência, a várias aldeias que hoje fazem parte do seu concelho, como a do Souto da Casa.

A história do Fundão enquanto centro urbano preeminente é condicionada desde o inicio pelos Cristãos-Novos, assim como a dos concelhos vizinhos de Belmonte e da Covilhã. Após a expulsão dos judeus espanhóis (sefarditas) em 1492 pelos Reis Católicos Fernando e Isabela, grande numero de refugiados veio a estabelecer-se na Cova da Beira, onde já havia minorias judaicas significativas. Foram estes imigrantes, fundando bairros dos quais o mais importante situava-se em volta da Rua da Cale (Rua do Encontro ou da Sinagoga em Hebraico, que permitiram ao local Fundão assumir as dimensões de uma verdadeira cidade. O influxo de mercadores e artesãos judeus transformaria a cidade num centro importante para o comércio e a industria. Com o estabelecimento da Inquisição, começaram as perseguições aos judeus e cristão-novos, tendo sido numerosas as expropriações, as torturas e as execuções. Ainda hoje são frequentes os nomes dos cristão-novos nos habitantes da região. A cidade perdeu assim nessa altura grande parte do seu dinamismo económico.

Em 1580 os notáveis da cidade deram o seu apoio ao Prior do Crato D. António, contra as pretensões do Rei de Espanha D. Filipe II (Filipe I de Portugal). Nesse ano elevaram unilateralmente eles próprios o Fundão ao estatuto de Vila. O concelho foi fundado em 1747 por ordem de D.Maria I, emancipando-o da Covilhã.

No período do Iluminismo do fim do Século XVIII, o então Primeiro Ministro do reino, o Marquês de Pombal, após equiparar legalmente os cristão-novos aos cristão-velhos, procurou restaurar a preeminência económica da cidade fundando a Real Fábrica de Laníficios, onde hoje está situada a Câmara Municipal. Nessa altura voltaram a ser exportados em quantidade os tecidos de lã do Fundão. A cidade foi saqueada durante as Invasões Francesas, e voltou a sofrer durante a Guerra Civil entre os Liberais pró-D. Pedro II e os Conservadores pró-D. Miguel.

O Fundão foi elevado a Cidade em 19 de Abril de 1988.


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Gouveia

História de Gouveia

Diz-se que Gouveia terá sido povoada pelos Túrdulos no século VI a.C. e, posteriormente pelos Luso-Romanos. A rainha D. Teresa doou-a em couto, no ano de 1125, os freires da Ordem de São João de Jerusalém, radicados no Mosteiro de Águas Santas, na Maia.

D. Sancho I, ao vê-la abandonada, outorgou-lhe foral em 1186 enchendo de privilégios os seus moradores, tentando desta forma assegurar o seu repovoamento.

D. Afonso II renovou-lhe foral em 1217, aumentando-lhe ainda mais as suas ragalias. Recebeu foral novo manuelino em 1510.

Foi senhor de Gouveia D. Manique da Silva, filho dos 4.ºs condes de Portalegre, mordomo-mor de Filipe IV de Espanha, que o fez marquês de Gouveia a 20 de Janeiro de 1625; o 5º marquês deste título, D. José de Mascarenhas, veio a ser o 8º duque de Aveiro tendo morrido executado de um modo cruel em Lisboa a 13 de Janeiro de 1759, e por esse motivo Gouveia foi anexada aos bens da Coroa.

Gouveia foi elevada a cidade por lei de 1 de Fevereiro de 1988.


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Guimarães

História de Guimarães

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Praça da Oliveira, no Centro histórico de Guimarães, com o Padrão do Salado


A cidade de Guimarães está historicamente, associada à fundação da nacionalidade e identidade Portuguesa. Guimarães (entre outras povoações) antecede e prepara a fundação de Portugal, sendo conhecida como "O Berço da Nação Portuguesa". Aqui tiveram lugar em 1128 os principais acontecimentos políticos e militares, que levariam à independência e ao nascimento de uma nova Nação. Por esta razão, está inscrito numa das torres da antiga muralha da cidade “Aqui nasceu Portugal”, referência histórica e cultural de residentes e visitantes nacionais.

Pré e Proto-História

A região em que Guimarães se integra, é de povoamento permanente desde pelo menos o Calcolítico Final nacional, como atestam a presença , no concelho, das citânias de Briteiros e de Sabroso ou a Estação arqueológica da Penha.

A Ara de Trajano, denuncia a utilização, pelos romanos das águas termais da vila de Caldas das Taipas, assim como a actual freguesia de São João de Ponte era um ponto de intersecção de várias vias romanas.

Da fundação de Guimarães à fundação de Portugal

A fundação medieval da actual cidade, tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes mandou construir, na sua propriedade de Vimaranes, um mosteiro dúplice, que se tornou num pólo de atracção e deu origem à fixação de um grupo populacional conhecido como vila baixa. Paralelamente e para defesa do aglomerado, Mumadona construiu um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação na vila alta. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.

No século XI Guimarães era, a seguir a Coimbra, conjuntamente com o Porto a maior cidade[1] a norte do vale Rio Tejo, sendo que o seu recinto amuralhado ocupava a área de 3 hectares.[2]

Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Real Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes com preces e promessas.

A outorgação, pelo Conde D. Henrique, do primeiro foral nacional (considerado por alguns historiadores anterior ao de Constantim de Panóias), em data desconhecida, mas possivelmente em 1096[3], atesta a importância crescente da então vila de Guimarães, escolhida ainda como capital do então Condado Portucalense.

Aqui se daria, a 28 de Junho de 1128, a Batalha de São Mamede.

Idade média

Como a vila foi-se expandindo e organizando, foi rodeada parcialmente por uma muralha defensiva no reinado de D. Dinis. Entretanto as ordens mendicantes instalam-se em Guimarães e ajudam a moldar a fisionomia da cidade. Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e após o derrube da muralha que separava os dois núcleos populacionais no reinado de D. João I, a vila intramuros já pouco mudará, embora se expandisse extramuros com a criação de novos arruamentos como a Rua dos Gatos.[4]

Idade moderna e contemporânea

Haverá ainda a construção de algumas igrejas, conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (actual Largo João Franco) em finais do século XVII e inícios do XVIII, mas a sua estrutura não sofrerá grande transformação. Será a partir de finais do século XIX, com as novas ideias urbanísticas de higiene e simetria, que a vila, elevada a cidade, pela Rainha D. Maria II, por decreto de 23 de Junho de 1853[5], irá sofrer a sua maior mudança.

Será autorizado e fomentado o derrube das muralhas, haverá a abertura de ruas e grandes avenidas como o actual Largo de Martins Sarmento, o Largo da Condessa do Juncal e a Alameda de São Dâmaso, e a parquização da Colina da Fundação. No entanto, quase tudo foi feito de um modo controlado, permitindo assim a conservação do seu magnífico Centro Histórico.

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Satpa

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Cacém

História de Agualva-Cacém

Apesar da designação oficial ser "Agualva-Cacém", toda a população a designa globalmente por "Cacém".

Assim, em termos práticos, quando uma pessoa diz "moro no Cacém", pode estar a referir-se a qualquer uma das 4 freguesias que compõem a cidade.

Até recentemente, este nome pertencia a uma freguesia com 16 km² de área.

Em 2001 ainda existia, e o censo realizado nesse ano contou 81 845 habitantes, o que dava uma densidade demográfica de 7789,6 h/km².

A freguesia foi elevada a cidade em 12 de Julho de 2001, tendo sido administrativamente desdobrada nas freguesias de Agualva, Cacém, Mira-Sintra e São Marcos no dia 24 do mesmo mês.

Após a elevação de Agualva-Cacém a cidade, esta passou por vários projectos de beneficiação por parte da Câmara Municipal de Sintra, mas também por parte do famoso Programa Polis (projecto para a requalificação das cidades europeias).

No primeiro trimestre do ano de 2006, contaram-se em Agualva cacém , cerca de 180.000 habitantes, numero que tende a aumentar nos próximos anos, podendo atingir os 200.000 habitantes em 2010 segundo um estudo, tornando-se assim a segunda maior cidade da área metropolitana de
Lisboa e a quinta de Portugal.

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Almeirim

História de Almeirim


A ocupação humana da actual área do concelho de Almeirim é muito antiga.

Terão sido a proximidade do rio Tejo e a riqueza natural os factores que terão contribuído para a instalação de homens nesta região.

Existem vestígios da presença humana desde a pré-história até à época romana, por todo o vale do Tejo. Exemplos da presença humana no concelho são o concheiro epipaleolítico do vale da Fonte da Moça, os marcos miliários recentemente identificados, pertencentes à via romana que ligava Lisboa a Mérida e ainda a villa romana de Azeitada em Benfica do Ribatejo.


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