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COGEN Portugal promove Dia Nacional da Cogeração

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COGEN Portugal promove 3ª feira Dia Nacional da Cogeração

A Associação Portuguesa para a Eficiência Energética e Promoção da Cogeração (COGEN Portugal) promove terça-feira, com uma conferência no Porto, o National COGENeration Day para divulgar a cogeração como «a tecnologia mais eficiente na produção de energia útil».
Inserido num conjunto de acções semelhantes já realizadas por toda a Europa, o National COGENeration Day conta com o apoio da COGEN Europe e visa mostrar as potencialidades da cogeração como medida de eficiência energética que permite produzir electricidade com maior eficiência, adianta a COGEN Portugal em comunicado.

Actualmente responsável por 12 por cento da electricidade consumida em Portugal, a cogeração é o processo de produção e utilização combinada de calor e electricidade em que mais de 70 por cento da energia térmica proveniente dos combustíveis fósseis utilizados é aproveitada.

Segundo a COGEN Portugal, a cogeração distingue-se da produção convencional de energia eléctrica com combustíveis fósseis pelo facto de nesta se desperdiçar «uma parte muito significativa», normalmente superior a 60 por cento, do calor resultante da combustão.

«Em sentido lato, a cogeração deve ser entendida como uma medida de eficiência energética que permite produzir electricidade com maior eficiência», explica a associação.

De acordo com a COGEN, para a implantação de uma cogeração é necessária a existência de consumidores de energia térmica (calor ou frio) que é disponibilizada pela unidade de produção combinada de calor e electricidade, assegurando a cogeração «o dobro de aproveitamento da energia primária relativamente à produção de electricidade e de calor com base em equipamentos convencionais».

«A cogeração responde às políticas energéticas comunitárias e nacionais porque é uma tecnologia que permite racionalizar o consumo de combustíveis necessários à produção de energia útil e responde também a medidas ambientais porque para fornecer a mesma energia final é utilizada menos energia primária, o que significa que as emissões para o ambiente são significativamente reduzidas», destaca.

Segundo a COGEN Portugal, os sectores de actividade com condições mais propícias à instalação de unidades de cogeração são as indústrias ou serviços que consomem grandes quantidades de energia térmica, como a refinação, petroquímica e químicam pasta e papel, cerâmica, têxtil e alimentar.

No sector terciário a cogeração está normalmente associada à climatização em edifícios ou empreendimentos de serviços de grandes dimensões e com climatização centralizada, como centros comerciais, hospitais, hotéis, piscinas e centros de lazer, hiper e supermercados e ainda urbanizações com climatização centralizada.

Em Portugal, da potência em cogeração actualmente instalada 34 por cento provém da indústria de pasta e papel, 26 por cento da indústria química, 18 por cento do têxtil, 7 por cento da indústria alimentar, e 4 por cento da indústria da madeira e da indústria de vidro e cerâmica.

No total, a potência instalada em cogeração em Portugal é de cerca de 1.200 megawatts e a produção anual corresponde a cerca de 12 por cento do consumo anual de electricidade no país.

Por cada megawatt de electricidade produzido em cogeração, pode, segundo a COGEN Portugal, reduzir-se a emissão de dióxido de carbono do sistema eléctrico convencional em aproximadamente 150 kg, pelo que, se uma unidade de cogeração tiver uma potência de 1 megawatt e funcionar 7.000 horas por ano, a redução que induz ultrapassa as 1.000 toneladas anuais.

No âmbito da conferência que assinala o COGEN Day, a COGEN Portugal pretende debater a questão da legislação europeia relevante para a cogeração e avaliar as soluções tecnológicas que o mercado tem disponibilizado ao sector, destacando as intervenções de Thomas Bouquet, Director de Projecto da COGEN Europe, e Jens Norrgard, Director de Produto de Conversões a Gás da Wartsila Finland Oy.

Diário Digital / Lusa
 
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