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Mondim de Basto: Quercus denuncia «atentado ambiental»

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Mondim de Basto: Quercus denuncia «atentado ambiental»

A Associação Nacional de Conservação da Natureza - Quercus denunciou hoje um «atentado ambiental» às portas da vila de Mondim de Basto, onde há cerca de um ano se depositam ilegalmente entulhos.

«Trata-se de uma deposição ilegal de inertes (entulhos e outros) que, desde há cerca de um ano, tem vindo a ser feita num terreno classificado de uso florestal tipo II», disse à Lusa Manuel Fernandes, do núcleo da Quercus de Vila Real.

O responsável adiantou que o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR identificou o autor desta deposição «ilegal», tendo aplicado contra-ordenações que «não surtiram qualquer efeito até à data».

Fonte do SEPNA de Vila Real confirmou à Lusa que foram levantados três autos de contra-ordenação por «alteração de cota e relevo natural», que foram remetidos para a câmara de Mondim de Basto.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Pinto de Moura, esclareceu que a autarquia aplicou as coimas mas que o visado recorreu da decisão. O caso já se arrasta há «vários meses» no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela e nesta terça-feira a autarquia foi contactada pelo Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre a deposição ilegal de inertes.

O testemunho de um morador em Mondim de Basto refere que a cerca de um quilómetro da vila de Mondim de Basto, junto à estrada e numa zona com uma «paisagem deslumbrante de verde, água e casas, que se estendem pela encosta e perfeitamente enquadradas na paisagem», se «aterra num aterro».

Numa área de 5.500 metros quadrados foram despejados inertes, alguns resultantes de obras de construção civil, podendo observar-se toneladas de terra, pedras, ferros, pneus, latas ou plásticos.

Trata-se de uma zona florestal protegida tipo II, com forte declive e terreno não edificante, que se situa fora da área de expansão urbana do Plano Director Municipal (PDM) local.

Manuel Fernandes diz que o terreno confina com uma linha de água, que é um dos afluentes do rio Tâmega.

«É uma zona onde não é permitido efectuar alterações ao terreno como as que estão a ser feitas e que são claramente visíveis para quem passa na zona«, frisou.

O responsável teme que este aterro »seja o primeiro passo« para a consolidação de »projectos imobiliários« no local.

Manuel Fernandes diz ainda que a »utilização do terreno na região do vale do Tâmega está cheio destes atentados ambientais«.


Diário Digital / Lusa
 
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