• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Primeira central de compostagem do Alentejo abre em Julho

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Primeira central de compostagem do Alentejo abre em Julho

A primeira central de compostagem do Alentejo, que pretende transformar resíduos biodegradáveis em adubos orgânicos, prevê criar 55 postos de trabalho na zona de Portalegre, revelou hoje a empresa promotora.

O administrador-delegado da empresa multimunicipal Valnor - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, Pinto Rodrigues, adiantou à agência Lusa que a central deverá começar a funcionar em meados de Julho, com testes tecnológicos.

«As obras estão a decorrer de acordo com o previsto. Neste momento, temos a convicção de que a obra será entregue a 15 de Julho, altura em que vamos efectuar testes tecnológicos no equipamento», explicou.

Para Agosto, segundo o mesmo responsável, está previsto o início do curso de formação para os primeiros 40 postos de trabalho, seguindo-se os restantes 15.

Com um investimento de 16 milhões de euros e uma comparticipação de 40 por cento de fundos da União Europeia, a central está a ser construída junto ao aterro sanitário da Valnor, numa área que abrange os concelhos de Avis e Fronteira, no distrito de Portalegre.

«Em Setembro, teremos esta unidade a trabalhar em velocidade cruzeiro», previu o administrador-delegado da Valnor.

O projecto deste centro de valorização orgânica pretende transformar os resíduos biodegradáveis, como restos de comida, relvas e cortes de árvores, em adubos naturais.

Para a empresa responsável pela gestão, valorização e tratamento dos lixos produzidos nos 15 municípios de Portalegre, assim como nos de Mação, Sardoal e Abrantes (Santarém) e Vila de Rei (Castelo Branco), a central assume especial importância.

A fábrica é «essencial para o cumprimento das metas europeias no que respeita aos lixos», assegurou Pinto Rodrigues, estimando que a unidade capte «cerca de 60 por cento» dos resíduos orgânicos daqueles 19 municípios que, actualmente, são depositados em aterro.

«Entram no aterro 60 mil toneladas anuais de resíduos, que são enterradas controladamente. Com o centro de valorização orgânica, vamos conseguir tratar 35 mil toneladas, passando a enterrar apenas 25 mil», disse.

Os materiais biodegradáveis encaminhados para a central de compostagem serão transformados, através de um processo mecânico e biológico, em adubos orgânicos, isentos de químicos.

«Poderemos produzir adubo natural para utilizar na agricultura biológica ou nos jardins e plantas», sublinhou, acrescentando que a Valnor pretende criar uma «imagem de marca» para comercializar esse mesmo produto.

As estimativas da empresa apontam para uma produção de cerca de mil toneladas por ano de adubo normal, destinado ao consumidor doméstico que, após certificação do produto, o poderá comprar, embalado, em supermercados da região.

Já o adubo para a agricultura, a produção deve cifrar-se nas dez mil toneladas, numa primeira fase, pretendendo a Valnor duplicá-la nos anos seguintes.

Com a diminuição da quantidade de resíduos orgânicos depositados, a produção de biogás e de águas contaminantes no aterro «também são reduzidas», com impactos positivos na emissão de gases com efeito de estufa.

A Empresa Geral de Fomento, detida pela Águas de Portugal, é a principal accionista da Valnor, com 51 por cento do capital, cabendo aos 19 municípios os restantes 49 por cento.


Diário Digital / Lusa
 
Topo