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Estudo relaciona intoxicação por chumbo na infância com comportamentos violentos em adulto
Um estudo científico norte-americano divulgado hoje revela que as crianças que sofrem intoxicação por chumbo têm uma maior probabilidade de terem comportamentos violentos ou criminais quando chegam a adultos.
O estudo da Universidade de Cincinnati, Ohio, publicado na revista Plos Medicine, decorreu ao longo de trinta anos e envolveu 250 indivíduos de bairros desfavorecidos desta cidade, onde as casa têm uma forte concentração de chumbo. Os cientistas avaliaram os efeitos a longo prazo de uma intoxicação por chumbo acompanhando as mães durante a gravidez. Depois mediram os níveis de chumbo regulamente nas crianças até atingirem os seis anos e meio.
Estes dados foram cruzados com os respectivos registos criminais após os 18 anos, tendo descoberto que, do total de pessoas estudadas, 55 por cento foram presas pelo menos uma vez, uma taxa considerada elevada.
"O aumento de dos níveis de chumbo no sangue antes do nascimento e durante a pequena infância estão associados a mais processos judiciais por qualquer razão e por crimes violentos", informa no trabalho a equipa de investigadores conduzida por Kim Dietrich, da Universidade de Cincinnati.
Os testes médicos foram realizados no Cincinnati Children's Hospital Medical Center, de Cincinnati, Ohio, e os dados oficiais sobre o total de detenções e ofensas envolvendo violência foram recolhidos junto dos registos criminais de Ohio. O chumbo é um metal tóxico que danifica o sistema nervoso quando ingerido ou inalado e está presente na natureza pelo seu uso disseminado no passado em tintas, canos de água e gasolina.
Os autores discutem também algumas limitações do seu próprio estudo, como, por exemplo, de que não inclui todos os comportamentos criminais, porque a maioria dos comportamentos criminais não conduzem a uma detenção, nem foi estudada a possibilidade de o chumbo prejudicar a inteligência - o que converteria as vítimas em seres mais vulneráveis a acções criminais.
No entanto, as descobertas sugerem que uma redução dos níveis de exposição ao chumbo das crianças é uma forma importante para reduzir os crimes violentos. Muitos estudos anteriores têm associado como factores de risco para comportamentos anti-sociais ser homem, a exposição ao fumo do tabaco antes do nascimento, ter pais com comportamentos anti-sociais e pertencer a uma família pobre.
Neste estudo participaram ainda John Paul Wright, Stephanie D. Wessel, Mary N. Rae, M. Douglas Ris, Richard W. Hornung, Bruce P. Lanphear e Mona Ho, de vários departamentos da Universidade de Cincinnati.
Um estudo científico norte-americano divulgado hoje revela que as crianças que sofrem intoxicação por chumbo têm uma maior probabilidade de terem comportamentos violentos ou criminais quando chegam a adultos.
O estudo da Universidade de Cincinnati, Ohio, publicado na revista Plos Medicine, decorreu ao longo de trinta anos e envolveu 250 indivíduos de bairros desfavorecidos desta cidade, onde as casa têm uma forte concentração de chumbo. Os cientistas avaliaram os efeitos a longo prazo de uma intoxicação por chumbo acompanhando as mães durante a gravidez. Depois mediram os níveis de chumbo regulamente nas crianças até atingirem os seis anos e meio.
Estes dados foram cruzados com os respectivos registos criminais após os 18 anos, tendo descoberto que, do total de pessoas estudadas, 55 por cento foram presas pelo menos uma vez, uma taxa considerada elevada.
"O aumento de dos níveis de chumbo no sangue antes do nascimento e durante a pequena infância estão associados a mais processos judiciais por qualquer razão e por crimes violentos", informa no trabalho a equipa de investigadores conduzida por Kim Dietrich, da Universidade de Cincinnati.
Os testes médicos foram realizados no Cincinnati Children's Hospital Medical Center, de Cincinnati, Ohio, e os dados oficiais sobre o total de detenções e ofensas envolvendo violência foram recolhidos junto dos registos criminais de Ohio. O chumbo é um metal tóxico que danifica o sistema nervoso quando ingerido ou inalado e está presente na natureza pelo seu uso disseminado no passado em tintas, canos de água e gasolina.
Os autores discutem também algumas limitações do seu próprio estudo, como, por exemplo, de que não inclui todos os comportamentos criminais, porque a maioria dos comportamentos criminais não conduzem a uma detenção, nem foi estudada a possibilidade de o chumbo prejudicar a inteligência - o que converteria as vítimas em seres mais vulneráveis a acções criminais.
No entanto, as descobertas sugerem que uma redução dos níveis de exposição ao chumbo das crianças é uma forma importante para reduzir os crimes violentos. Muitos estudos anteriores têm associado como factores de risco para comportamentos anti-sociais ser homem, a exposição ao fumo do tabaco antes do nascimento, ter pais com comportamentos anti-sociais e pertencer a uma família pobre.
Neste estudo participaram ainda John Paul Wright, Stephanie D. Wessel, Mary N. Rae, M. Douglas Ris, Richard W. Hornung, Bruce P. Lanphear e Mona Ho, de vários departamentos da Universidade de Cincinnati.