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Hermitage: Cancelada exposição no Porto
Lisboa, 18 Jun (Lusa) - O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, anunciou hoje que este ano não haverá qualquer exposição do Museu Hermitage no Museu Soares dos Reis, no Porto, como estava previsto num protocolo de intenções assinado em 2006.
No final de uma audiência parlamentar da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, o ministro explicou à agência Lusa que foi por decisão do Museu Hermitage que se cancelou a exposição que estaria prevista para inaugurar este ano no Museu Soares dos Reis.
Esta exposição no Porto seria a segunda do Museu Hermitage em Portugal, depois de uma mostra com obras daquele museu russo em Lisboa, realizada entre Outubro de 2007 e Fevereiro passado, no âmbito de um protocolo firmado entre o Hermitage e o Instituto dos Museus e Conservação, quando Isabel Pires de Lima ocupava a pasta da Cultura.
Esse mesmo protocolo previa uma terceira exposição em 2009 e a possibilidade da criação de um pólo do Hermitage em Portugal em 2010.
Segundo disse Pinto Ribeiro à Lusa, a hipótese de uma exposição em 2009 está ainda em aberto.
"Há um protocolo de intenções e nos verificamos se esse protocolo é susceptível de ser cumprido ou não", disse o ministro, sublinhando que esse protocolo será avaliado à medida que o Hermitage estiver disponível para o executar.
Esta questão foi abordada hoje pelos deputados na comissão parlamentar, no âmbito das audiências regulares do ministro no Parlamento.
Dando como exemplo a iniciativa do Hermitage em mostrar as suas colecções fora da Rússia, o ministro sugeriu que a cultura portuguesa também poderia "afirmar-se lá fora por via museológica".
Na audiência parlamentar, a terceira desde que tomou posse, o ministro foi questionado pelos deputados sobretudo por matérias relacionadas com património e museologia.
Sobre o espólio de Fernando Pessoa, que corre o risco de ir parar ao estrangeiro, Pinto Ribeiro garantiu que o Estado português "está interessado na sua aquisição".
"Estamos determinados para que o espólio seja mantido em Portugal", referiu o ministro, adiantando que o espólio deveria ficar na Biblioteca Nacional.
Sobre o Museu do Mar da Língua Portuguesa, José António Pinto Ribeiro admitiu que será muito difícil lançar um concurso público até ao final do ano, mas a criação daquele museu "não deixou de ser um objectivo político" da tutela.
A parte museológica do futuro museu não está ainda tratada e, segundo o ministro, dificilmente se conseguirá fazê-lo até ao final do ano para que consiga ainda financiamento europeu.
"Os fundos [comunitários] serão aplicados noutros meios", disse.
O tutelar da Cultura garantiu ainda que o Ministério da Cultura está à procura de um local para acolher a biblioteca e o acerto do antigo Instituto Português de Arqueologia, mas terá que ser uma escolha em parceria com outras entidades.
"O ministério não dispõe de um sítio para colocar o acervo", disse, sublinhando a sua riqueza museológica, "muito mais interessante que o Indiana Jones".
Questionado pelos deputados sobre as candidaturas do Fado e da cultura galaico-portuguesa a património da Humanidade, Pinto Ribeiro alertou que "é preciso que as candidaturas sejam fortes e credíveis", porque podem correr o risco "de perder credibilidade junto da UNESCO".
O ministro da Cultura revelou ainda que a tutela irá elaborar contratos a termo para o Verão, de modo a colmatar as férias dos funcionários dos serviços do MC e para responder, no caso dos museus e espaços museológicos, a um maior afluxo de visitantes.
Sobre o funcionamento interno do ministério que tutela, Pinto Ribeiro referiu que está a ser feito um levantamento de todas as deficiências de gestão, administrativas e financeiras de todos os serviços dependentes do MC.
SS.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Lisboa, 18 Jun (Lusa) - O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, anunciou hoje que este ano não haverá qualquer exposição do Museu Hermitage no Museu Soares dos Reis, no Porto, como estava previsto num protocolo de intenções assinado em 2006.
No final de uma audiência parlamentar da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, o ministro explicou à agência Lusa que foi por decisão do Museu Hermitage que se cancelou a exposição que estaria prevista para inaugurar este ano no Museu Soares dos Reis.
Esta exposição no Porto seria a segunda do Museu Hermitage em Portugal, depois de uma mostra com obras daquele museu russo em Lisboa, realizada entre Outubro de 2007 e Fevereiro passado, no âmbito de um protocolo firmado entre o Hermitage e o Instituto dos Museus e Conservação, quando Isabel Pires de Lima ocupava a pasta da Cultura.
Esse mesmo protocolo previa uma terceira exposição em 2009 e a possibilidade da criação de um pólo do Hermitage em Portugal em 2010.
Segundo disse Pinto Ribeiro à Lusa, a hipótese de uma exposição em 2009 está ainda em aberto.
"Há um protocolo de intenções e nos verificamos se esse protocolo é susceptível de ser cumprido ou não", disse o ministro, sublinhando que esse protocolo será avaliado à medida que o Hermitage estiver disponível para o executar.
Esta questão foi abordada hoje pelos deputados na comissão parlamentar, no âmbito das audiências regulares do ministro no Parlamento.
Dando como exemplo a iniciativa do Hermitage em mostrar as suas colecções fora da Rússia, o ministro sugeriu que a cultura portuguesa também poderia "afirmar-se lá fora por via museológica".
Na audiência parlamentar, a terceira desde que tomou posse, o ministro foi questionado pelos deputados sobretudo por matérias relacionadas com património e museologia.
Sobre o espólio de Fernando Pessoa, que corre o risco de ir parar ao estrangeiro, Pinto Ribeiro garantiu que o Estado português "está interessado na sua aquisição".
"Estamos determinados para que o espólio seja mantido em Portugal", referiu o ministro, adiantando que o espólio deveria ficar na Biblioteca Nacional.
Sobre o Museu do Mar da Língua Portuguesa, José António Pinto Ribeiro admitiu que será muito difícil lançar um concurso público até ao final do ano, mas a criação daquele museu "não deixou de ser um objectivo político" da tutela.
A parte museológica do futuro museu não está ainda tratada e, segundo o ministro, dificilmente se conseguirá fazê-lo até ao final do ano para que consiga ainda financiamento europeu.
"Os fundos [comunitários] serão aplicados noutros meios", disse.
O tutelar da Cultura garantiu ainda que o Ministério da Cultura está à procura de um local para acolher a biblioteca e o acerto do antigo Instituto Português de Arqueologia, mas terá que ser uma escolha em parceria com outras entidades.
"O ministério não dispõe de um sítio para colocar o acervo", disse, sublinhando a sua riqueza museológica, "muito mais interessante que o Indiana Jones".
Questionado pelos deputados sobre as candidaturas do Fado e da cultura galaico-portuguesa a património da Humanidade, Pinto Ribeiro alertou que "é preciso que as candidaturas sejam fortes e credíveis", porque podem correr o risco "de perder credibilidade junto da UNESCO".
O ministro da Cultura revelou ainda que a tutela irá elaborar contratos a termo para o Verão, de modo a colmatar as férias dos funcionários dos serviços do MC e para responder, no caso dos museus e espaços museológicos, a um maior afluxo de visitantes.
Sobre o funcionamento interno do ministério que tutela, Pinto Ribeiro referiu que está a ser feito um levantamento de todas as deficiências de gestão, administrativas e financeiras de todos os serviços dependentes do MC.
SS.
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