- Entrou
- Abr 10, 2008
- Mensagens
- 3,080
- Gostos Recebidos
- 1
Banhos desaconselhados nas praias da cidade
Análises deram resultados negativos em três quilómetros de frente marítima
Mais de três quilómetros de praias das frentes urbanas norte e sul de Vila do Conde registaram análises más. Os banhos são desaconselhados pelas autoridades que desvalorizam, no entanto, a situação, argumentando que é pontual.
A Câmara acredita que os maus resultadosdas análises, conhecidos na quinta-feira passada, se deveram a uma "situação excepcional" e o Centro Regional de Saúde Pública do Norte (CRSP-N) considera não existir motivo para interditar as praias. Nos mais de três quilómetros de praias, no pico da época balnear, ontem, a maior parte dos veraneantes desconheciam o alerta da CCDR-N: os banhos devem ser evitados.
As duas zonas balneares, que se estendem desde a foz do rio Ave até à Póvoa de Varzim, apresentaram, nas últimas análises do INAG (Instituto Nacional da Água), classificação de "má", com elevados índices de coliformes totais (mais de 10 mil acima do valor guia. ou seja, 500 por 100 mililitros). A CCDR-N mandou colocar, nos mais de uma dúzia de apoios de praia, o letreiro: "Desaconselhada a prática balnear". Mas nas praias nem cheiro de placas no areal.
No concessionário da Praia dos Barcos, junto ao mercado das Caxinas, Olga Bompastor garante não haver perigo: "Já foi quase há uma semana que fizeram as análises. Foi uma situação pontual. Agora já não tem nada", afirma, explicando que, no dia da colheita, segunda-feira, "notou-se logo", até porque, junto com a corrente vieram plantas características do rio.
A Câmara também acredita que tudo não passou de uma "situação excepcional", relacionada com a mudança de correntes. Ao JN, o vereador do Ambiente, Vítor Costa, lembra que, desde o início da época balnear - em Vila do Conde a 15 de Junho -, as duas zonas balneares tiveram três análises "boas", duas "aceitáveis" e, até agora, nenhuma "má".
"Foi uma mudança das correntes, que normalmente vão de norte para sul e que, nesta altura do ano, excepcionalmente, são de sul para norte, trazendo alguma carga poluente do Rio Ave, que afectou as praias da frente urbana", explicou Vítor Costa.
O vereador explicou ainda que a CRSP-N entendeu não haver justificação para proibir os banhos nas praias e, a nível local, o delegado de Saúde considerou também não haver motivo para fazer análises à salmonela, que, em Vila do Conde, são feitas apenas na Praia de Árvore (interdita a banhos) e no Mindelo.
Recorde-se que, na vizinha Póvoa, a delegada de Saúde - considerando que os dois concelhos não dispõem de ETAR e que os esgotos (o mais provável foco contaminador das águas por salmonelas) são lançados no mar - faz análises quinzenais à salmonela em todas as praias da cidade.
Vítor Costa acrescenta ainda que Câmara e CRSP-N estão convencidos de que "se trata de um episódio que não se repetirá" nas próximas análises, cujos resultados serão conhecidos na quinta-feira.
JN
Análises deram resultados negativos em três quilómetros de frente marítima
Mais de três quilómetros de praias das frentes urbanas norte e sul de Vila do Conde registaram análises más. Os banhos são desaconselhados pelas autoridades que desvalorizam, no entanto, a situação, argumentando que é pontual.
A Câmara acredita que os maus resultadosdas análises, conhecidos na quinta-feira passada, se deveram a uma "situação excepcional" e o Centro Regional de Saúde Pública do Norte (CRSP-N) considera não existir motivo para interditar as praias. Nos mais de três quilómetros de praias, no pico da época balnear, ontem, a maior parte dos veraneantes desconheciam o alerta da CCDR-N: os banhos devem ser evitados.
As duas zonas balneares, que se estendem desde a foz do rio Ave até à Póvoa de Varzim, apresentaram, nas últimas análises do INAG (Instituto Nacional da Água), classificação de "má", com elevados índices de coliformes totais (mais de 10 mil acima do valor guia. ou seja, 500 por 100 mililitros). A CCDR-N mandou colocar, nos mais de uma dúzia de apoios de praia, o letreiro: "Desaconselhada a prática balnear". Mas nas praias nem cheiro de placas no areal.
No concessionário da Praia dos Barcos, junto ao mercado das Caxinas, Olga Bompastor garante não haver perigo: "Já foi quase há uma semana que fizeram as análises. Foi uma situação pontual. Agora já não tem nada", afirma, explicando que, no dia da colheita, segunda-feira, "notou-se logo", até porque, junto com a corrente vieram plantas características do rio.
A Câmara também acredita que tudo não passou de uma "situação excepcional", relacionada com a mudança de correntes. Ao JN, o vereador do Ambiente, Vítor Costa, lembra que, desde o início da época balnear - em Vila do Conde a 15 de Junho -, as duas zonas balneares tiveram três análises "boas", duas "aceitáveis" e, até agora, nenhuma "má".
"Foi uma mudança das correntes, que normalmente vão de norte para sul e que, nesta altura do ano, excepcionalmente, são de sul para norte, trazendo alguma carga poluente do Rio Ave, que afectou as praias da frente urbana", explicou Vítor Costa.
O vereador explicou ainda que a CRSP-N entendeu não haver justificação para proibir os banhos nas praias e, a nível local, o delegado de Saúde considerou também não haver motivo para fazer análises à salmonela, que, em Vila do Conde, são feitas apenas na Praia de Árvore (interdita a banhos) e no Mindelo.
Recorde-se que, na vizinha Póvoa, a delegada de Saúde - considerando que os dois concelhos não dispõem de ETAR e que os esgotos (o mais provável foco contaminador das águas por salmonelas) são lançados no mar - faz análises quinzenais à salmonela em todas as praias da cidade.
Vítor Costa acrescenta ainda que Câmara e CRSP-N estão convencidos de que "se trata de um episódio que não se repetirá" nas próximas análises, cujos resultados serão conhecidos na quinta-feira.
JN