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Vila do Conde: Banhos desaconselhados nas praias da cidade

xicca

GF Ouro
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Banhos desaconselhados nas praias da cidade
Análises deram resultados negativos em três quilómetros de frente marítima


Mais de três quilómetros de praias das frentes urbanas norte e sul de Vila do Conde registaram análises más. Os banhos são desaconselhados pelas autoridades que desvalorizam, no entanto, a situação, argumentando que é pontual.

A Câmara acredita que os maus resultadosdas análises, conhecidos na quinta-feira passada, se deveram a uma "situação excepcional" e o Centro Regional de Saúde Pública do Norte (CRSP-N) considera não existir motivo para interditar as praias. Nos mais de três quilómetros de praias, no pico da época balnear, ontem, a maior parte dos veraneantes desconheciam o alerta da CCDR-N: os banhos devem ser evitados.

As duas zonas balneares, que se estendem desde a foz do rio Ave até à Póvoa de Varzim, apresentaram, nas últimas análises do INAG (Instituto Nacional da Água), classificação de "má", com elevados índices de coliformes totais (mais de 10 mil acima do valor guia. ou seja, 500 por 100 mililitros). A CCDR-N mandou colocar, nos mais de uma dúzia de apoios de praia, o letreiro: "Desaconselhada a prática balnear". Mas nas praias nem cheiro de placas no areal.

No concessionário da Praia dos Barcos, junto ao mercado das Caxinas, Olga Bompastor garante não haver perigo: "Já foi quase há uma semana que fizeram as análises. Foi uma situação pontual. Agora já não tem nada", afirma, explicando que, no dia da colheita, segunda-feira, "notou-se logo", até porque, junto com a corrente vieram plantas características do rio.

A Câmara também acredita que tudo não passou de uma "situação excepcional", relacionada com a mudança de correntes. Ao JN, o vereador do Ambiente, Vítor Costa, lembra que, desde o início da época balnear - em Vila do Conde a 15 de Junho -, as duas zonas balneares tiveram três análises "boas", duas "aceitáveis" e, até agora, nenhuma "má".

"Foi uma mudança das correntes, que normalmente vão de norte para sul e que, nesta altura do ano, excepcionalmente, são de sul para norte, trazendo alguma carga poluente do Rio Ave, que afectou as praias da frente urbana", explicou Vítor Costa.

O vereador explicou ainda que a CRSP-N entendeu não haver justificação para proibir os banhos nas praias e, a nível local, o delegado de Saúde considerou também não haver motivo para fazer análises à salmonela, que, em Vila do Conde, são feitas apenas na Praia de Árvore (interdita a banhos) e no Mindelo.

Recorde-se que, na vizinha Póvoa, a delegada de Saúde - considerando que os dois concelhos não dispõem de ETAR e que os esgotos (o mais provável foco contaminador das águas por salmonelas) são lançados no mar - faz análises quinzenais à salmonela em todas as praias da cidade.

Vítor Costa acrescenta ainda que Câmara e CRSP-N estão convencidos de que "se trata de um episódio que não se repetirá" nas próximas análises, cujos resultados serão conhecidos na quinta-feira.



JN
 

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Salmonelas interditam praia da Lagoa a banhos



A Praia da Lagoa, junto ao Novotel Vermar, na Póvoa de Varzim, está interdita a banhos, desde ontem, devido à presença de salmonela. João Nunes, o concessionário da praia, não se conforma e contesta a decisão.

A colheita bacteriológica, diz João Nunes, é do dia 23 de Julho. Entretanto, até já foi feita nova colheita, seis dias depois, mas só agora interditam a praia.

"Tenho dois filhos, de oito e 15 anos. Queria era saber no dia. Não é passado 10 dias, quando a água já está boa", frisou, explicando, ao JN, que o concessionário até já recebeu as últimas análises do INAG - químicas e não bacteriológicas -, cuja colheita foi feita no dia 29 de Julho e que classificam a água como "boa".

Na passada sexta-feira, já o concessionário se preparava para fechar quando recebeu a notícia: a delegada de Saúde, por fax enviado às 18,33 horas, informava a Capitania poveira da presença da bactéria nas águas da Praia da Lagoa, com base na análise do dia 23, e, por decisão do Centro Regional de Saúde Pública do Norte (CRSP/Norte), ordenava a interdição da praia a banhos.

"É tratamento que se dê aos banhistas? Passados 10 dias?", questionou, indignado, João Nunes. Ao lado, um dos muitos banhistas da praia concorda: "Queria ter sido informado era no dia".

O concessionário explica que, no dia 23, a praia da Lagoa teve uma "praga" de alforrecas. Com as águas paradas, João Nunes limpou a água das centenas de alforrecas. Provavelmente, será essa a explicação para o resultado positivo à salmonela. No dia seguinte, a corrente mudou e já com o mar mais batido, diz, o problema "desapareceu".

Dez dias depois, chega a interdição, ao final da tarde de sexta-feira, no primeiro fim-de-semana de Agosto, e sabendo que "os resultados das análises do dia 29 saem segunda-feira", nota João Nunes. O concessionário não se conforma e faz um alerta: "Estão a enxotar o turismo".

O facto é que, pelo menos até amanhã, os banhos estão proibidos na Lagoa, mas, ontem, muitos eram os que, apesar do edital afixado mesmo à entrada da praia, iam a banhos.

Com a classificação de "boa" das análises do INAG ao lado da interdição, alguns ficaram confusos com as contradições, outros, dizem, acreditam na palavra de quem, há anos, vigia a praia poveira.



JN
03.08.08
 
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