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Jazz e música cabo-verdiana na inauguração do Teatro Constantino Nery em Matosinhos

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Cultura: Jazz e música cabo-verdiana na inauguração do Teatro Constantino Nery em Matosinhos


Porto, 31 Jul (Lusa) - Concertos da cantora de jazz Maria João, do cabo-verdiano Mário Lúcio e da Orquestra de Jazz de Matosinhos são alguns dos destaques na programação inaugural do Teatro Constantino Nery (Matosinhos) que reabre a 15 de Novembro, foi hoje anunciado.


Segundo o vereador da Cultura, Fernando Rocha, a Orquestra de Jazz de Matosinhos propôs criar para a festa de inauguração do teatro um projecto especial.

A iniciativa consiste na encomenda, a quatro compositores (dois nacionais e dois estrangeiros), de quatro peças originais para a orquestra de Jazz de Matosinhos, com a duração de 15/20 minutos cada.

No concerto irão participar como solistas convidados o tenor e barítono Chris Cheek, o tenor e soprano Koshua Redman e o tenor Mark Turner.

O concerto terá música original e direcção de Carlos Azevedo, Johyn Hollenbeck, Ohad Talmor e Pedro Guedes.

Segundo Fernando Rocha, no dia da inauguração haverá "uma intensa programação", que será pormenorizada posteriormente.

Contudo, está já confirmado que haverá teatro de rua, que contará com a participação das companhias Balleteatro, Academia Contemporânea do Espectáculo e Artelier.

Na área da música, para a temporada 2009, a Câmara de Matosinhos encomendou um total de oito obras, sete quartetos de cordas e uma obra para a Orquestra Sinfónica e Quarteto de Cordas.

A programação do Constantino Nery integrará ainda ciclos de concertos e conferências sobre jazz, cinema, dança contemporânea e workshops pelas companhias Clara Andermatt, Balleteatro - Né Barros e Olga Roriz, teatro clássico, contemporâneo e alternativo, em produção própria, co-produções e acolhimento.

Haverá ainda um Festival de Teatro Lusófono, um encontro de teatro amador e será estabelecida uma parceria com o FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica.

As obras de reconstrução do Cine-Teatro Constantino Nery, em Matosinhos, orçadas em 3,5 milhões de euros, iniciaram-se há cerca de um ano.

O edifício foi adquirido pela Câmara de Matosinhos em 2001, por 360 mil euros, quando se encontrava em adiantado estado de degradação.

A remodelação apoiou-se num projecto do arquitecto e professor universitário Alexandre Alves Costa, que decidiu manter apenas a volumetria e a fachada do actual cineteatro.

A sala principal, a situada no segundo de dois pisos, terá capacidade para 240 pessoas e as cadeiras serão amovíveis, permitindo adaptá-la a qualquer tipo de espectáculos.

No piso inferior fica uma pequena sala polivalente para conferências, exposições e pequenos concertos.

A cobertura do renovado teatro será em bronze e, no cimo da torre, com 14 metros de altura, haverá uma luz, uma espécie de farol que funcionará como símbolo do novo espaço.

O Cine-Teatro Constantino Nery, que durante decénios foi a única casa de espectáculos de Matosinhos, abriu em 1906 e fechou nos anos 80 do século passado.

Em Matosinhos havia nessa altura uma forte tradição teatral patente, sobretudo, no largo número de grupos de teatro amador existentes, que o Constantino Nery acolheu.

Foi também nesta casa de espectáculos que se realizaram, logo no ano da sua inauguração (1906), as primeiras exibições cinematográficas em Matosinhos e que consistiam essencialmente na projecção de pequenos documentários.

Durante as décadas de 50 e 60 esta sala viveu o seu período áureo com uma programação cinematográfica regular e diversificada onde se destacaram os grandes êxitos do cinema da época, nomeadamente os filmes de aventuras de origem americana e os dramas históricos italianos.

A partir dos anos 70 a actividade comercial de exibição cinematográfica começou a entrar em decadência, por ter deixado de fazer parte do circuito de exibição dos filmes em estreia.

Na década de 80, a casa entrou num processo progressivo de degradação e decadência que culminou no seu encerramento e abandono.


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