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USP cria sistema contra 'Síndrome dos Edifícios Doentes'

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USP cria sistema contra 'Síndrome dos Edifícios Doentes'


Rinites, irritação nos olhos, dor de cabeça, fadiga e náuseas são alguns dos sintomas associados à Síndrome dos Edifícios Doentes, que afectam cerca de 20% da população que trabalha em ambientes climatizados e tem como principal causa a falta de manutenção e limpeza adequadas dos sistemas de ar condicionado.

No Brasil, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabeleceu regras para que esses sistemas não sejam uma ameaça à saúde.

O que faltava (sistemas de ar condicionado mais eficientes, de fácil limpeza e manutenção) foi desenvolvido pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP).

Em dois ambientes da Poli, estão instalados sistemas de ar condicionado que representam uma quebra de paradigmas em relação aos modelos convencionais.

Um deles possui serpentinas de água gelada, instaladas no tecto, que irradiam frio para o ambiente; o outro possui uma câmara-de-ar resfriado debaixo do piso, por onde também sai o ar.

Ambos foram desenvolvidos pela professora Brenda Chaves Coelho Leite, do Departamento de Engenharia de Construção Civil (PCC) da Poli, e têm várias vantagens.

Além da facilidade de limpeza e manutenção, os sistemas oferecem total conforto térmico, são silenciosos e económicos no uso de energia. "Os dois sistemas conseguem uma distribuição uniforme de temperatura, sem correntes de ar turbulentas.

Graças a um conjunto de sensores, que enviam informações à central de automação, os ajustes programados por softwares são feitos de modo a manter o equilíbrio e o conforto térmico no ambiente", explica a professora Brenda.

Ar que sai pelo piso

Em um dos ambientes está instalado o "Sistema de Distribuição de Ar pelo Piso, com Fluxo por Deslocamento". O ar é resfriado em uma máquina que fica no pavimento superior e conduzido por um tubo até o vazio do piso elevado (plenum), que se torna uma câmara-de-ar resfriado e pressurizado.

O ar frio passa por diferença de pressão, através de difusores, para o ambiente. Ao entrar em contacto com as fontes de calor (pessoas e equipamentos), o ar se aquece e sobe lentamente para o tecto por convenção natural, de onde sai através de grelhas.

Para o trabalho de limpeza e manutenção, basta remover algumas placas do piso para se ter acesso ao plenum.

"Como o sistema dispensa tubos secundários, a limpeza e manutenção também fica restrita ao tubo principal", acrescenta Brenda.

Outra vantagem é a flexibilidade para mudança de layout do escritório, já que as placas, com e sem difusores, podem ser facilmente redistribuídas.

A economia de energia é de 34% em relação aos sistemas convencionais. Agora, a professora Brenda está analisando o potencial do sistema para a remoção de poluentes.

A água resfria o ar

O outro sistema - denominado "Condicionamento por Teto Radiante" - emprega painéis instalados no teto, formados por placas de forro metálico perfurado, nas quais são acopladas serpentinas de água gelada que irradiam o frio para o ambiente.

Como conta também com ar resfriado, esse sistema pode ser definido como híbrido. Ele também é economizador ou "verde", pois a água é mais eficiente que o ar na troca de calor, exigindo menor quantidade de energia para resfriar o ambiente.

"No tecto, fizemos uma composição das placas metálicas; com e sem serpentina, onde também foram incorporadas as iluminarias, os difusores e as grelhas, de acordo com as necessidades do ambiente".

O sistema conta com grupos de tubagens que conduzem a água fria até as serpentinas. E de tubagem de retorno, que retiram a água que absorveu o calor e leva de volta para o resfriamento.

Por meio de um sistema de automação, o ambiente é dividido em zonas e cada circuito hidráulico tem uma válvula que trabalha separadamente.

"Dessa maneira, é possível criar diferentes zonas de conforto: quando a sala está parcialmente ocupada, trabalha-se com pressões de água diferenciadas, de modo a manter a homogeneidade da temperatura na sala e, com isso, economizar energia", explica Brenda.


Redacção Terra
 
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