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Arquitectos e paisagistas portugueses participam em encontro luso-brasileiro sobre ja

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Brasil: Arquitectos e paisagistas portugueses participam em encontro luso-brasileiro sobre jardins históricos

Rio de Janeiro, Brasil, 13 Ago (Lusa) -- A Fundação Casa Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, está a realizar o II Encontro Luso-Brasileiro de Museus-Casas Jardins do Século XIX e pretende levantar as memórias dos jardins históricos no Brasil.

Segundo o presidente da Fundação Rui Barbosa, José Almino de Alencar, o encontro, que ocorre até dia 14, reúne especialistas de diversas áreas como museólogos, arquitectos, paisagistas brasileiros e convidados portugueses.

"É muito importante reunir diversos especialistas, pois este é um assunto sub-estudado. Temos uma rede de jardins históricos espalhados no Brasil que não são devidamente conhecidos, mapeados e estudados", disse à Agência Lusa o pesquisador.

Almino destaca que "há pouquíssimos especialistas na questão", e considera que sobretudo com a temática deste encontro interdisciplinar é possível abrir um "bom caminho para a integração".

O pesquisador disse que falta mais "circulação no meio académico" ao referir-se à necessidade de estreitar os laços entre ambos os países. "Nós poderiamos ter mais relações com Portugal."

O arquitecto e historiador português da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, em Lisboa, Helder Carita, veio ao Rio de Janeiro especialmente a convite da Casa Rui Barbosa para proferir uma palestra sobre a arte paisagística portuguesa dos séculos XVII e XVIII.

Carita concorda com Almino e realça ser "raro" este tipo de evento. Ele defende a necessidade de haver mais encontros interdisciplinares que reunam pasagistas e arquitectos.

"Na área dos jardins penso que é uma novidade, é sempre importantíssimo a participação e o alaragamento de pontos de vista. Seria preciso manter esse espírito e termos contacto com os brasileiros assim como os brasileiros conosco", defendeu o historiador.

Segundo o pesquisador, nos jardins brasileiros do século XIX, há "elementos com fundo cultural de influéncia portuguesa".

"Pode haver algumas situações que o espírito português atravessou o século XIX e tenha chegado ao Brasil".

O cônsul-geral de Portugal no Rio, António Almeida Lima, por seu lado, realça que "as iniciativas de intercambio luso-brasileiro revelam a necessidade desta proximidade entre Brasil e Portugal".

Segundo Almeida Lima, é importante o que "os agentes técnicos, políticos, sociais e culturais estão a organizar para que esta mais valia, este conhecimento mútuo através da nossa língua e da nossa história comum não se perca".

Almeida Lima disse à Lusa que este ano das comemorações do bicentenário da chegada da Família Real ao Brasil reforça o nivel de intercámbio e a presença portuguesa no Rio de Janeiro.

"Iniciativas como este encontro vem reafirmar aquilo que constatamos que há também um grande interesse dos agentes culturais ligados ao património".

De acordo com o cônsul, as instituições devem se inserir nas celebrações para promover este tipo de intercámbio.

"É útil para o Brasil e é util para Portugal. Nós temos experiéncias comuns e paralelas na gestão pública, mas também na vida cultural, económica e social", salientou Almeida Lima.

E avalia que "estamos em um patamar muito elevado nesta proximidade cultural e de intercámbio" e que a comemoração dos 200 anos é importante para a "revisitação da nossa história comum".

Até o final desta semana, a Casa Rui Barbosa abriga diversas palestras sobre jardins históricos, palacios e palacetes.

O coordenador do Museu para a Emigração e das Comunidades de Fafe, Miguel Monteiro, também estará presente no Rio para falar sobre as marcas arquitectónicas do brasileiro na paisagem do Minho.

Além disso, o administrador delegado da Fundação Cultursintra, o arquitecto João Cruz Alves, irá falar ao público de interessados sobre a Quinta da Regaleira, em Sintra.


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