Wall Street inverte tendência e negoceia em queda
As bolsas norte-americanas inverteram a tendência de ganhos com que iniciaram a sessão e seguem agora a negociar em terreno negativo. A medida da Reserva Federal norte-americana para ajudar o mercado de crédito não se mostrou assim suficiente para estabilizar o mercado de capitais. Na abertura da sessão de hoje estiveram alguns presidentes executivos portugueses.
O Dow Jones perde 0,53% para os 9.902,53 pontos e o Nasdaq desvaloriza 0,70% para os 1.849,83 pontos.
A Reserva Federal norte-americana, invocando poderes de emergência, vai criar um fundo especial para comprar papel comercial nos Estados Unidos, num esforço para garantir as necessidades de financiamento das empresas.
Esta notícia impulsionou a abertura de Wall Street uma vez que “é exactamente disto que o mercado precisa” afirmou jack Ablin da Harris Private Bank citado pela Bloomberg.
Ablin acrescenta que esta medida surge numa altura em que a confiança está muito fraca e que é uma forma de a fortalecer.
No entanto a medida da Fed não se está a mostrar suficiente para a estabilização do mercado accionista. Os EUA estão a acompanhar a volatilidade que se vive hoje na Europa, negociando agora em queda depois de terem registado ganhos superiores a 1% nos primeiros minutos da sessão.
O mercado europeu também iniciou a sessão em alta mas inverteu a tendência devido a notícias que confirmam o agravamento da crise financeira na Europa. No entanto o anúncio da Fed contribuiu para que os índices do velho continente registassem ganhos superiores a 1,5%.
O sector financeiro é o que mais está a penalizar com o Citigroup a perder 1,15% para os 17,21 dólares, depois de ter estado a valorizar mais de 3%, e o JPMorgan a desvalorizar 2,09% para os 43,08 dólares.
Também a pressionar está o Bank of America ao perder mais de 11% para os 28,60 dólares depois de ter anunciado uma quebra de 68% dos lucros do terceiro trimestre e de ter cortado o dividendo em 50%. O banco, que comprou o Merrill Lynch, anunciou ainda um aumento de capital de 10 mil milhões de dólares (7,27 mil milhões de euros), através de emissão de novas acções.
Jornal de Negócios