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Virgílio Castelo estreia-se como escritor num livro que idealiza um Portugal em 2044

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Literatura: Virgílio Castelo estreia-se como escritor num livro que idealiza um Portugal monárquico em 2044

Lisboa, 13 Out (Lusa) - O actor Virgílio Castelo estreia-se como escritor com "O último navegador", um romance que situa Portugal em 2044, vivendo uma monarquia constitucional, com a capital, Lusitânia, situada entre a Beira Baixa e o Ribatejo.

Em declarações à Lusa, Virgílio Castelo afirmou que "desde a adolescência tinha vontade de escrever sobre Portugal", até que em 2000 em Goa lhe surgiu "a estrutura do romance".

"Esta aventura de escrever tem a ver com um desejo que vem da adolescência. Ainda antes de ser actor tinha a vontade de falar de Portugal, mas não sabia como. Era uma ideia que me perseguia e, em 2000, quando estava em Goa, a estrutura do romance surgiu-me claramente. Eu percebi como podia falar de Portugal que era uma coisa que queria desde os meus 17/18 anos", disse.

A concretização foi possível o ano passado quando a Esfera dos Livros, que edita a obra, o convidou para escrever depois de uma entrevista em que o actor confessou que se "atreveria a escrever se tivesse unhas para isso".

"O último navegador" foi escrito entre Maio do ano passado e Julho deste ano e será apresentado quinta-feira ao final da tarde no Palácio da Independência, em Lisboa.

Benjamim é a personagem central que vive amargurado por ser acusado de um crime que não cometeu, assistiu ao suicídio do irmão e vive um amor não correspondido, até que encontra Rosa.

"Eu acredito que estas personagens se cruzam connosco na rua", disse o actor que reconhece que o romance traduz o que pensa politicamente.

"A minha convicção é que Portugal está à deriva desde que morreu D. João II [1482]. Isto é o que eu penso politicamente. D. Manuel I foi um grande Rei mas aproveitou aquilo que foi plantado por D. João II e desde essa altura que não temos um desígnio nacional. Temos andado a perder a identidade", disse.

"As queixas que nós temos - acrescentou - não são do Estado Novo, da I República, do Liberalismo, vêm de muito mais atrás e começa com a tomada de poder dos [duques de] Bragança, primeiro, subrepticiamente, com as guerras surdas que fizeram a D. João II e depois, mais claramente, a partir da IV dinastia [1640]".

Para o autor, "Portugal tinha alguma saída se o país fosse o que era no tempo de D. João II que foi Rei de um Portugal que não tinha medo de enfrentar qualquer espécie de adversidade".

Actor, encenador e produtor, Virgílio Castelo estreou-se como actor profissional em 1974 na revista "Pides na grelha" no Teatro Adoque, em Lisboa.

Além deste livro projecta escrever outros dois: "um sobre Deus e outro sobre o amor".


NL.
Lusa/Fim
 
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