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Detectados dois genes que causam cancro do pulmão

xicca

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Estudo francês muito abrangente ontem publicado culpa os genes TERT e CRR9 de contribuírem seriamente para o desenvolvimento do cancro do pulmão. Uma predisposição genética que poderá ajudar a perceber por que razão tantos não fumadores vêm a sofrer desta patologia

Maior estudo até agora feito sobre a genética e o cancro do pulmão

Por que razão alguns fumadores sobrevivem ao cancro do pulmão? E o que faz as pessoas que nunca adquiriram o vício do tabaco sucumbirem à doença? Embora sejam dois exemplos radicais, encaixam nas conclusões de um estudo ontem tornado público, que incrimina dois dos genes já conhecidos pela ciência - o TERT e CRR9 - no desenvolvimento do cancro do pulmão.

Esta predisposição genética para o cancro do pulmão foi identificada por uma equipa de investigadores de 18 países, que se debruçaram sobre as variantes do ADN entre 15 mil pessoas, noticiou, ontem, a Nature Genetics, uma revista especializada do grupo britânico Nature.

Apresentado como o maior estudo genético desenvolvido para o cancro do pulmão até hoje, foi organizado pelo Centro Internacional de Investigação sobre o Cancro (CIRC) em Lyon, França, e o Centro Nacional de Genotipagem (CNG) em Evry, com o apoio do Instituto Nacional do Cancro.

Do universo de 15 mil pessoas estudadas, seis mil estavam diagnosticadas com cancro do pulmão e nove mil não possuíam a doença, especifica o comunicado do CIRC.

Esta nova região cromossómica identificada fica situada no quinto cromossoma e contém dois genes conhecidos, o TERT e o CRR9, que poderão, de acordo com os investigadores, estar directamente implicados nesta predisposição, embora se saiba que o TERT é "o candidato mais provável" para provocar a patologia.

O director do CNG, Mark Lathrop, diz que se trata de "um gene que codifica em parte a telomerase, uma enzima associada ao desenvolvimento do cancro". As variações destes dois genes aumentam o risco de cancro do pulmão até aos 60% ao longo da vida, seja a pessoa fumadora ou não. No entanto, nota o CIRC, um aumento do risco é "decorrente, de acordo com o risco do cancro do pulmão provocado pelo tabaco". Os resultados agora obtidos "dão melhor compreensão" do cancro do pulmão, cujo tratamento é muito limitado, faz notar Paul Brennan, que dirige o grupo de investigação do CIRC, desejando que este estudo "ajude a melhorar o diagnóstico e a dar melhores possibilidades de tratamento".

Imunidade reforçada

É a nível celular que muitas investigações da oncologia decorrem. Investigadores americanos conseguiram agora, numa pequena escala, reforçar o potencial imunitário das células, o que ajudou metade de um grupo de doentes tratados a combater os tumores cancerosos. Também publicado ontem no Nature Medicine, o estudo conduzido pelo investigador Malcolm Brenner do Colégio de Medicina Baylor de Houston (Texas) acrescentou um receptor artificial aos linfócitos T (glóbulos brancos), reforçando a capacidade de combater o neuroblastoma, cancro que ataca o sistema nervoso. Os glóbulos brancos duram pouco tempo na forma natural, não dispondo de moléculas que ataquem as células cancerosas dos tumores.

Primeiro, foram seleccionadas células imunitárias estimuladas por um vírus inofensivo, o Epstein-Barr. Em seguida modificaram as células para as tornarem receptivas a proteínas que estão nas células do neuroblastoma. "Os linfócitos T saíram do vírus para o tumor", sublinhou Malcolm Brenner. Nos ensaios feitos em 11 doentes com neuroblastoma, entre três e dez anos, as células imunitárias estimuladas pelo vírus Epstein- -Barr duraram 18 meses.



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