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Cães: Os Perigos do Frio

Satpa

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Cães: Os Perigos do Frio

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Temos tendência a assumir que os cães lidam bem com as temperaturas baixas por serem cobertos de pêlo. Mas na verdade, os cães também têm frio e apesar de o pêlo oferecer alguma protecção, em muitos casos isso não é suficiente.

Existem raças apuradas para viver no frio, mas outras são particularmente afectadas pelas temperaturas baixas, independentemente de serem cães de interior ou exterior.

Apesar de o nosso país ter uma costa de temperaturas temperadas, existem regiões interiores onde o termómetro desce com frequência abaixo de zero. Apenas determinadas raças nascem para suportar temperaturas negativas,como por exemplo, os cães nórdicos.

Os cães necessitam de tempo para se aclimatizarem e por isso não é saudável para eles passarem de um ambiente interior para um exterior bruscamente. Os cães que passam noites no exterior não devem ser trazidos para dentro de casa durante o dia ou alternar entre noites no interior e no exterior.

Estas mudanças de temperatura são perigosas para os animais que podem facilmente desenvolver problemas respiratórios. Contudo, neste último caso, pode e deve abrir excepções em dias ou noites particularmente frios, ventosos ou chuvosos.

Os cães mais adaptados ao nosso clima são as raças portuguesas, mas nem todas se adaptam à vida no exterior. A variedade pequena do Podengo Português, por exemplo, com 4 a 5 kg, não é indicada para viver no exterior. Já o Cão da Serra da Estrela adapta-se perfeitamente ao frio.

Cães de interior

Os cães que habitam dentro de casa, não sofrem tanto com o frio que se faz sentir no exterior. Existem mesmo assim alguns cuidados que os donos devem ter com os cães.

Passeios

* Comprar agasalhos para as raças mais pequenas e de pêlo raso, como por exemplo o Chihuahua – Certifique-se que os agasalhos têm uma “gola subida”, que protegem a barriga e que chegam até ao topo da cauda;
* Se passeados na neve, aparar os pêlos entre os dedos para evitar que se formem bolas de gelo nessa região;
* Os cachorros são mais sensíveis ao frio – temperaturas abaixo de 0ºC podem tornar mais complexa a tarefa de educar o cão a fazer as necessidades na rua. Em vez disso, pode dedicar-se, numa primeira fase, a ensiná-lo a fazer no jornal.
* Se levou o cão a caminhar na neve, limpe as patas com água morna para proteger as almofadas. Faça o mesmo nas outras partes do corpo que pareçam ter sido particularmente afectadas pela neve, como por exemplo, orelhas compridas e peludas;
* Na neve, os cães perdem o rasto mais facilmente, por isso mantenha-os sempre de trela.
* Não deixe o cão dentro do carro por longos períodos de tempo. No Verão, o carro torna-se num forno, mas no Inverno, o carro acumula frio e pode funcionar como arca frigorífica.


Em casa

* Escove o cão regularmente para evitar que o ar seco das casas aquecidas artificialmente seque o pêlo e a pele do cão.

* Nunca tosquie o cão nos meses mais frios e em casos de excepção, dê-lhes um agasalho adequado.

* Nestas alturas os cães de interior tornam-se menos activos e pode ser necessário reduzir a quantidade de ração dada. Fale com o veterinário antes de tomar alguma decisão.

* Crie um sítio aconchegante e quente para o cão. As superfícies impermeáveis, como a tijoleira, por exemplo, podem-se tornar muito frias no Inverno.

* Não dê banho ao cão no Inverno – Caso tenha de o fazer, seque bem a pelagem e mantenha o cão longe de correntes de ar.

Cães de Exterior

Cães pequenos ou sem subpêlo não devem passar as noites no exterior, pois não suportam tão bem o frio como as raças de grande porte ou de densa pelagem. As raças de grande porte que têm duas camadas de pêlo com a camada exterior comprida e densa são as que melhor se adaptam ao frio. Mas isto não quer dizer que o dono não tenha de ter cuidados especiais.

Todos os cães que vivem no exterior devem ter:

* Uma casota – Deve ser suficientemente grande para que o cão consiga virar-se sobre si e manter-se em pé dentro da casota, mas não maior do que isso. Nas casotas demasiado grandes, o calor dispersa-se. A casota deve ser colocada sobre um estrado para evitar que a água da chuva entre.

* Um local abrigado – A casota deve ser colocada num local abrigado, sem correntes de ar e protegido da chuva, para o cão possa permanecer fora da casota para se exercitar e comer.

* Água fresca – Em certas regiões do nosso país, a água chega a gelar. Os cães devem ter acesso constante a água em estado líquido, caso contrário podem sofrer de desidratação. Ao contrário do que acontece dentro de casa, os recipientes fundos e em plástico são os mais aconselháveis nestas condições, pois o plástico não é tão bom condutor da temperatura como o metal e a profundidade da água permite que não congele tão facilmente.

* Ração – Os cães no exterior podem necessitar de uma maior dose de alimentos para se manterem quentes. Fale com o veterinário, antes de fazer alterações.

* Não deixe um cachorro no exterior no Inverno – Ao contrário dos cães adultos, os cachorros têm maior dificuldade em manterem a temperatura do corpo.

* Não tosquie um cão de exterior no Inverno.


Se pretende adquirir um cão para viver no exterior tenha atenção não só à capacidade de se adaptar ao frio, mas também ao calor. Se sente que o cão está desconfortável no exterior, traga-o para dentro de casa. Não deixe contudo de passear o cão durante o Inverno. Os passeios são parte fundamental para a libertação de energias do cão. Com as devidas precauções e um incentivo correcto, os cães geralmente gostam de passear e aproveitam a chuva até para brincar.


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