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Desinfectar Terrários

Satpa

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Desinfectar Terrários

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A limpeza dos terrários e aquaterrários é vital para a sobrevivência dos animais. Mas existem sempre dúvidas em relação à eficácia e toxicidade dos produtos usados.

Limpar e desinfectar não são sinónimos: limpar é remover a matéria orgânica, tais como fezes, urina e restos de comida, enquanto que desinfectar é eliminar bactérias. Podemos ir ainda mais longe e esterilizar um terrário, eliminando assim todos os organismos, bactérias incluídas, que aí se encontravam. Antes de desinfectar deve limpar o terrário, já que a maioria dos desinfectantes não consegue eliminar matéria orgânica.

Limpar

Para limpar um terrário, o melhor a utilizar é água bem quente e sabonetes sem cheiro. Os sabonetes sem cheiro funcionam na remoção de matéria orgânica, tais como fezes e restos de comida. Não causam problemas aos répteis desde que as superfícies sejam bem enxaguadas. Pode utilizar umas gotas de detergentes da loiça desde que estes não contenham fenol ou amónia. Caso contrário terá de passar as superfícies limpas abundantemente por água.

Uma outra alternativa é a limpeza a vapor. Existem vários equipamentos domésticos disponíveis no mercado de limpeza a vapor. Esta não causa qualquer problema a animais, desde que a limpeza não seja feita com o animal por perto, para não causar queimaduras por causa do vapor quente. É mais eficaz que a água quente e elimina os organismos que não resistem a temperaturas elevadas.

Desinfectar

A desinfecção de um terrário passa por remover bactérias, vírus ou fungos, mas não é eficaz contra ácaros. Os melhores produtos a utilizar são os desinfectantes especificamente produzidos para os equipamentos de répteis. Estes são sem dúvida os mais seguros para o seu animal.

Outros produtos utilizados:

Lixívia

A lixívia é uma das formas mais comuns de desinfectantes aplicados na limpeza dos terrários. Actua sobre a grande maioria de bactérias e vírus, mas a sua eficácia não é total. Existem bactérias que resistem à lixívia, bem como fungos, que sobrevivem incólumes.

A eficácia da lixívia é anulada com o depósito de fezes ou restos de comida. A luz ultravioleta vai também fragilizar a sua actuação, bem como propiciar a evaporação.

Nas clínicas veterinárias é frequente o uso de lixívia como desinfectante, sobretudo porque é barata, fácil de aplicar e por ter um espectro de acção bastante alargado, eliminando inclusivamente o parvo vírus que ataca os cães, mas não os répteis. As clínicas são também espaços abertos e os vapores libertados pela lixívia não chegam a ser suficientes para poderem causar irritação na pele e olhos. Contudo, em espaços fechados, os vapores libertados são tóxicos tanto para humanos como animais. No metal, a lixívia é corrosiva.

Se utilizar lixívia para desinfectar terrários, deve lavar bem as superfícies após aplicar o produto e arejá-las até que o cheiro desapareça. Em terrários de madeira ou aquaterrários para anfíbios é preciso muito cuidado para que não haja resíduos de lixívia quando o animal for colocado novamente no terrário.

Álcool

O álcool pode ser eficaz no combate a algumas bactérias e vírus, mas é necessário que permaneça em contacto com estes durante 15 a 30 minutos. O álcool pode corroer superfícies em plástico e borracha ou cola. Os vapores que larga podem causar irritação nos olhos e pele. Devido ao elevado tempo que tem de permanecer em contacto com a superfície e a necessidade de esta ser muito bem lavada antes de ser exposta ao réptil, não é uma das soluções mais aconselhadas.

Dióxido de cloro

Um dos usos mais conhecidos do dióxido de cloro é o tratamento das águas municipais, ou seja, da “água da torneira”. Tal como a lixívia, as fezes e restos de comida eliminam a sua eficácia. Contudo, o dióxido de cloro é considerado mais seguro, pois não produz agentes cancerígenos. A exposição à luz do sol, ou lâmpadas similares também reduzem a eficácia deste produto.

Clorexidina

É um antiséptico que actua sobre mircrorganismos e é eficaz em particular contra as bactérias. Usado em soluções de limpeza bocal (PerioGard, da Colgate) na limpeza da pele antes de cirurgias, entre outros. Em pequenas quantidades, não é tóxico para a pele ou olhos. Mas exposto em grandes quantidades ao olho pode provocar úlceras e ao ouvido provocar surdez. Em animais, é usado na limpeza de feridas.

É eficaz na presença de fezes e restos de comida, mas não abrange muitas bactérias nem vírus. Em contacto com outros produtos, como por exemplo, pasta dos dentes, perde a eficácia. Existem desinfectantes fabricados para equipamentos de répteis que utilizam este produto, devido à sua eficácia e segurança e porque não liberta vapores mesmo que sejam deixados resíduos.

Iodo

O iodo é utilizado numa solução, iodofor, para limpeza. Um dos usos mais comuns é na limpeza de garrafas para vinho. A vantagem é a de os iodofores passam directamente do estado sólido para o gasoso, não deixando vestígios. Antes de ser usado, geralmente é diluído em água.

Estas soluções geralmente não são tóxicas, mas pode deixar manchas em superfícies de plástico, por exemplo. É eficaz contra bactérias, alguns fungos e vírus. É mais caro do que os outros produtos e não deve ser ingerido ou entrar em contacto com a pele. Geralmente perdem a eficácia em contacto com fezes e restos de comida.

Fenol

O ácido carbólico é encontrado em muitos desinfectantes. Contudo, sabe-se que são também tóxicos em répteis e gatos. Se utilizar este tipo de produtos, passe depois as superfícies abundantemente por água e deixe secar antes de voltar a tornar acessível para estes animais.

Sal de amónio quaternário

Estes sais são difíceis de remover das superfícies por completo e podem permanecer vestígios tóxicos para os animais. São bastante agressivos e devem ser bem lavados após a utilização. Estão presentes em detergentes para roupa para máquinas de lavar e muitas vezes em detergentes da loiça. Sabão, fezes e restos de comida tornam estes sais ineficazes. As tartarugas e os anfíbios são mais sensíveis a estes produtos.



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