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Dor crónica e Composição Corporal Afectam o Quotidiano dos Doentes Reumáticos
No ano em que comemora 60 anos, o Instituto Português de Reumatologia organiza as suas XVI Jornadas Internacionais, que decorrerão entre os dias 11 e 12 de Dezembro, no Centro de Congressos de Lisboa. Durante estes dois dias, vão ser abordados os mais recentes avanços e estudos na área das doenças reumáticas, tais como: as terapêuticas biotecnológicas, calçado e doença reumática, tabagismo e doença reumática ou a correlação entre a dor crónica e a composição corporal com as alterações na qualidade de vida dos doentes.
As vantagens e os riscos da utilização de terapêutica biotecnológica em doenças reumáticas, novas evidências dos “antigos” fármacos e as dificuldades de escolha serão alguns dos temas que pautarão a discussão na mesa-redonda “Na Era dos Biotecnológicos”.
Para além disso, serão apresentados dois estudos co-relacionados que avaliam a “Incapacidade e qualidade de vida e dor nas Doenças Reumáticas ” e a “Influência da composição corporal na qualidade de vida dos doentes reumáticos ”, respectivamente.
Os dados do primeiro estudo, que pretendeu avaliar o impacto da dor na incapacidade e qualidade de vida dos doentes reumáticos, indicam que a dor crónica tende a afectar mais o dia-a-dia dos doentes que sofrem de fibromialgia. Sendo que a incapacidade física é superior nos doentes que têm artrite reumatóide.
Por seu lado, o segundo estudo avaliou a (in)capacidade física decorrente da composição corporal dos doentes reumáticos, bem como o seu impacto na qualidade de vida dos mesmos.
Concluiu-se que as doenças reumáticas estudadas apresentam diferenças de peso, de massa gorda abdominal e de massa magra do membro superior direito. Enquanto que os doentes que sofrem de artrite reumatóide, fibromialgia e osteoartrose tendem a apresentar um défice de massa magra corporal, o que lhes dificulta o dia-a-dia, os doentes que sofrem de espondiloartropia vêem a sua capacidade funcional comprometida, devido a valores superiores de massa gorda.
As patologias sob avaliação em ambos os estudos foram a osteoartrose, a artrite reumatóide, a fibromialgia e a espondiloartropia, sendo que a osteoporose também foi incluída no primeiro estudo.
A partilha de conhecimentos sobre o impacto da dor crónica nos doentes reumáticos será ainda aprofundada num simpósio-workshop que pretende dar a médicos e doentes directrizes sobre como lidar com a dor.
Fonte:Grupogci