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Perigo ambiental

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Mais de mil activistas e responsáveis de plataformas ambientais das regiões espanholas de Extremadura e Andaluzia manifestaram-se este sábado em Santa Olall Del Cala contra a construção da refinaria Balboa, proposta para a região de Badajoz. De acordo com o projecto de construção, a refinaria de petróleo deverá ser construída a cerca de cem quilómetros da fronteira portuguesa, uma localização que poderá ter impactes ambientais negativos não só para Espanha mas também para Portugal, segundo alertas de ambientalistas.

Na acção de protesto, contra a refinaria de petróleo e o necessário oleoduto, que terminou ao final da tarde e decorreu de forma pacífica, muitos participantes percorreram a pé três quilómetros, desde os arredores da localidade situada na província de Huelva (Andaluzia), onde começou a manifestação, até à Praça da Constituição, onde se concentraram.

Os participantes empunhavam cartazes e gritavam, entre outras palavras de ordem, "Termicas no", "Refíneria no", "No queremos refíneria" e "O Povo Unido Jamais será vencido".

Nos cartazes podia ler-se também "Viva Portugal luta contra a refinaria contamina o Guadiana" e "No a mas muertes y catástrofes por el cambio climático".

Para Leonardo Clemente, da Plataforma "Refinéria No", este é um projecto "caduco e obsoleto" criado "em pleno século XXI", explicando que lutam há quatro anos e meio para evitar o seu avanço.

O responsável adiantou que "a Andaluzia tem de se sensibilizar como a Extremadura" para este projecto e apelou à união das duas regiões espanholas no sentido de darem o passo definitivo para parar este projecto.

Leonardo Clemente referiu-se ainda ao "duplo discurso" dos governos regionais da Extremadura e Andaluzia, que "falam de mudança climática e na realidade querem montar um projecto de refinaria" de petróleo na região.

"A saúde dos cidadãos é o que mais importa, e, por isso, nunca vamos permitir que este projecto avance", salientou.

Os participantes no protesto de Santa Olalla del Cala, onde deverá passar o oleoduto, exigiram o fim deste projecto.

A manifestação, segundo os promotores, pretendeu chamar a atenção para os impactes ambientais negativos que se prevê vir a existir para Espanha e Portugal caso este projecto industrial avance.

O protesto contou com o apoio das plataformas "Sereno" de Sevilha, "Oleoduto No" de Huelva, e "Refinéria No" da Extremadura e integrou uma delegação portuguesa da Quercus.

Também a encabeçar a luta contra a construção da refinaria, e na manifestação de hoje esteve a Associação para a Defesa da Natureza e dos Recursos da Extremadura (ADENEX).

O primeiro-ministro português, José Sócrates, mostrou-se sexta-feira convicto de que a refinaria Balboa não deverá ser construída "se puser em causa os valores ambientais" na zona portuguesa de Alqueva, no Alentejo.

"Nada será feito se puser em causa os valores ambientais desta zona (Alqueva)", disse José Sócrates, ao ser questionado pelos jornalistas sobre se o empreendimento de Alqueva seria compatível com a construção de uma refinaria em Badajoz, a poucos quilómetros da fronteira portuguesa.

Do lado espanhol, Ignacio Sánchez Amor, antigo vice-presidente da Junta da Extremadura (PSOE), espera que o Governo português apoie a construção da refinaria, à semelhança do que sucedeu no passado com investimentos nacionais, como a barragem do Alqueva.

O estudo de impacto ambiental do projecto está em consulta pública em Portugal até ao próximo dia 24, e só após essa data o governo português de pronunciará, disse à Lusa fonte do Ministério do Ambiente.

Os activistas contestam igualmente o que dizem ser a postura contraditória do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) - que governa as duas regiões espanholas - por promover o combate às alterações climáticas e, ao mesmo tempo, "apostar num projecto contaminante".

Plataformas ambientais portuguesas e espanholas têm promovido várias acções nos últimos meses contra o polémico projecto.

Representantes das plataformas espanholas deverão deslocar-se quarta-feira a Bruxelas para expor os seus argumentos perante o Comité de Petições do Parlamento Europeu, enquanto responsáveis da empresa promotora do projecto têm insistido que o projecto não provocará impactos ambientais em Portugal.

Em declarações à Lusa, em Janeiro passado, a empresa insistiu que se trata de "uma refinaria própria do século XXI, que não terá nada a ver com as construídas há 30 anos, e utilizará tecnologia de última geração, contribuindo para a sustentabilidade dos recursos existentes e reduzindo o potencial contaminante".

A promotora do projecto, Refinería Balboa, S.A., do grupo Alfonso Gallardo, defendeu que estas fábricas "são compatíveis com o desenvolvimento agrícola, pecuário e turístico da sua zona de influência".

A refinaria Balboa está projectada para o município de Santos de Maimona, província de Badajoz (Extremadura), a cerca de cem quilómetros da fronteira com Portugal.

fonte:jn
 
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