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Fórum Mundial da Água procura respostas para escassez

brunocardoso

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Fórum Mundial da Água procura respostas para escassez

O V Fórum Mundial da Água arranca hoje e pretende apresentar respostas para escassez do recurso provocada pelo crescimento da população, o desperdício, o consumo extravagante e o aumento da necessidade de energia.


O encontro que decorre durante estasemana acontece de três em três anos e nesta ocasião reúne um número de participantes nunca antes visto: 28.000 pessoas de mais de 180 países, segundo os organizadores.

O fórum vai analisar os problemas da escassez de água, o risco de conflito por lutas entre países por rios e lagos e a melhor maneira de proporcionar água limpa a milhões de pessoas.

"O nosso comportamento é cada vez mais irreflectido e inconsequente", denunciou na abertura do Fórum o francês Loïc Fauchon, presidente do Conselho Mundial da Água.


"Aumentar indefinidamente a oferta de água é caro, muito mais caro hoje, num contexto de evolução do clima e crise financeira. Aumentar a oferta coloca em perigo o meio natural", explicou.

"Somos responsáveis pelas agressões cometidas contra a água, responsáveis pela evolução do clima, que vem somar-se às mudanças globais, responsáveis das tensões que reduzem a disponibilidade das massas de água doce, indispensáveis para a sobrevivência da humanidade", completou.

previsão é de que a população mundial, actualmente superior a 6,5 mil milhões de pessoas, pode chegar a nove mil milhões até meados do século, o que aumentará consideravelmente a procura de recursos hídricos, a 64 mil milhões de metros cúbicos por ano, segundo a ONU.

De acordo com a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), o número de pessoas com graves problemas para conseguir água chegará a 3,9 mil milhões em 2030, ou seja, metade da população do mundo. A maioria vive na China e sul da Ásia.

As contas da OCDE não incluem o impacte das mudanças climáticas, que pode já estar a afetatr as coordenadas da água, mudando o lugar e o momento das chuvas, segundo especialistas.

Quase 2,5 mil milhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico, o que contraria os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio da ONU.

Os cientistas acreditam que as causas da crise são a irrigação excessiva, as falhas no fornecimento urbano, a contaminação dos rios e a extracção desenfreada de qualquer fonte.

O Fórum da Água, que termina no próximo Domingo, começa com uma reunião com um pequeno número de chefes de Estado e de Governo convidados pela Turquia.

Também acontece uma reunião ministerial para elaborar projectos de melhor gestão da água e para a resolução de conflitos motivados pelos recursos hídricos.

Além da dimensão política, a conferência também tem a participação de empresas que atcuam na bilionária indústria da água.

"Temos que nos organizar para usar a água de modo sustentável. Precisamos de sistemas para administrar a água", afirmou Mark Smith, do grupo ecológico União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Fonte Inf:SAPO/AFP
 
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