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DEFINIÇÃO DO QUE É A BANDA DO CIDADÃO
A exploração do espectro radioeléctrico é repartido entre duas categorias de utilizadores: as estações radioeléctricas profissionais e as privadas. A segunda é representada pelos radioamadores e pelos cebeístas. Para se tornar radioamador certas condições são necessárias: assimilação de noções técnicas e jurídicas ligadas à utilização da estação, cujo controlo de conhecimentos dá lugar a uma licença escalonada de acorda com o respectivo nível. Esta licença diz respeito a um campo de aplicação rigoroso.
Este conjunto de condições restritivas constitui uma forte barreira à vocação de elevado número de potenciais bons radioamadores desencorajados pelas grandes dificuldades de acesso. Felizmente existe um outro género de estações radioeléctricas privadas, acessível à generalidade dos cidadãos, permitindo o tráfico sobre uma banda única de frequências, sem obrigatoriedade de conhecimentos técnicos profundos, utilizando equipamentos previamente homologados - a Banda do Cidadão.
A Banda do Cidadão é uma forma de comunicação rádio, de características bidireccionais, utilizando a faixa de emissão dos 11 metros, de fácil manuseamento e de custo relativamente acessível. Pode ser usada em fixo, em móvel ou em portátil e não carece de conhecimentos técnicos profundos. A Banda do Cidadão reúne em si os factores necessários para que a sua utilização se propague rapidamente sendo, hoje em dia, o meio de comunicação rádio pessoal mais divulgado e popular entre a população em geral. Por isso, é justamente designada por "Banda do Cidadão, a radiocomunicação de todos". O que numa fase inicial não passava de mero instrumento de entretenimento é já hoje considerado um "serviço de utilidade pública" por todos aqueles que utilizam dignamente este potente meio de comunicação rádio e, também pela população era geral que, um pouco por toda a parte, vai sentindo a real importância que a Banda do Cidadão tem no auxílio, especialmente em situações dramáticas de carência.
Por outra lado, inúmeras corporações de bombeiros e outras entidades possuidoras de meios de socorro, já se encontram equipadas com rádio CB, estando criadas as condições para que qualquer utente da Banda do Cidadão possa, através do canal 9, canal de emergência, comunicar "mais cedo" uma situação que careça de intervenção dos referidos meios de socorro.
A legislação portuguesa sobre a Banda do Cidadão, à semelhança do que se passa na maioria dos países da Europa, dá protecção legal ao canal de emergências.
Trata-se do CANAL 9 - freq. 27 065 MHz
Os utentes da Banda do Cidadão correspondendo ao que deles se espera, em termos de ajuda rádio CB, têm vindo a agrupar-se em clubes de CB, muitos dos quais vocacionados para o apoio a situações de emergência.
INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Em 1831 Faraday no desenvolvimento dos seus trabalhos de investigação, descobre que a corrente eléctrica actuando sobre um Iman provoca uma corrente de sinal contrário num outro Iman colocado perto. Trata-se da "indução" cuja descoberta rapidamente conduz os estudos para o âmbito da transmissão de sinais sem a utilização de fias. Por outro lado, as equações de Maxwell deixam prever, pelo menos teoricamente, a existência de ondas electromagnéticas.
Cerca de 1888, Hertz descobre experimentalmente a existência de tais ondas. Os trabalhos que se seguem produzidos por Onesti, Branly e especialmente Marconi, com a invenção da antena, conduzem em breve ao estabelecimento das comunicações de longa distância.
Desta forma, em 1898, Marconi consegue transmitir um sinal telegráfico sem fias (TSF) entre Wimereux e um porto da costa inglesa, distando cerca de 30 quilómetros. Em 1901 as transmissões já atingem cerca de 300 quilómetros. Durante os dez anos que se seguem, centenas de espíritos investigadores - os primeiros radioamadores - aperfeiçoam mais ou menos empiricamente a qualidade e o alcance da emissão. Entretanto, a maioria dos Estados chama a si o exclusivo das comunicações radioeléctricas.
No início do século vinte julga-se que somente com grandes comprimentos de onda e com elevadas potências serão possíveis as ligações de longa distancia. Dessa forma, os monopólios estatais entregam aos radioamadores a exploração das ondas curtas (menos do que 300 metros) e as potências consideradas reduzidas (inferiores a 1000 watts). No decorrer dos anos 20, os radioamadores americanos conseguem estabelecer com os colegas da Grã-Bretanha comunicações bilaterais em fonia. Em finais de 1923, um amador francês de Nice, L. Deloy (F8 AB), permuta telegramas com um amador americano no comprimento de onda dos 100 metros.
A partir daqui as ligações vão sendo estabelecidas cada vez com comprimentos de onda menores. As próprias estações oficiais passam a utilizar comprimentos de onda inferiores a 100 metros para cobrirem longas distâncias.
ORIGENS DA BANDA DO CIDADÃO
Durante a II Guerra Mundial foi fabricado para fins militares e em grandes quantidades “walky-talkies" cuja tecnologia havia sido desenvolvida pelo engenheiro norte-americano Al Gross, anos antes.
Al Gross é hoje conhecido em todo o Mundo como “pai” da Banda do Cidadão.
Sendo ainda hoje discutível a origem da Banda do Cidadão, num aspecto existe acorda unânime: a governo americano viu-se confrontado com um excedente espantoso de equipamentos militares que nunca foram usados tendo em conta o fim inesperado da II Grande Guerra, incrementando o seu usa pela população como “hobby" com a objectivo de colocar os citados excedentes no mercado.
Em simultâneo, e por certo não fruto do acaso, os radioamadores manifestaram o seu interesse de se estabelecer tráfico bilateral entre a generalidade dos cidadãos utilizando a frequência dos 27 MHz.
E porquê os 27 MHz? Esta frequência havia sido atribuída desde algum tempo às aplicações industriais, científicas e médicas (ICM) , donde pouca propícia a qualquer tipo de comunicação rádio, pois era sistematicamente interferida por ruídos de maquinaria de forte potência cuja ressonância se situa nos 27 MHz. Trata-se da chamada "banda perdida".
Portanto, os defensores de tal forma de rádio para entretenimento, desenvolveram grande actividade para convencer as autoridades americanas, que a partir de 1953 autorizaram o funcionamento de 23 canais nos 27 MHz, introduzindo, pouco depois, o respectivo licenciamento, formalizando a criação de uma "frequência para os cidadãos", incluída na banda dos 11 metros e que toma a designação de “Citizen’s Band”, a Banda do Cidadão.
O fenómeno toma, pouca a pouco, grande incremento, desde 1956 registam-se pedidos mensais da ordem dos 6000 e, lentamente, é exportado para a Europa.
São os países nórdicos, especialmente a Suécia onde é em primeiro lugar reconhecido oficialmente e os que mais rapidamente aceitam este novo meio de comunicação.
O aumento do custo do petróleo verificado em 1973, com as consequentes implicações económicas e sociais, conduz a que o governo dos Estados Unidos limite drasticamente a velocidade de circulação nas auto-estradas.
Os camionistas respondem de imediato equipando os seus carros com a Banda do Cidadão, por forma a assinalarem entre si a presença dos controlas por radar e da polícia das estradas.
É então que se verifica a explosão da utilização da Banda do Cidadão nos Estados Unidos e o consequente reflexo na Europa, alguns anos mais tarde. Nos Estados Unidos, em 1974 as vendas atingiam 1 700 000 aparelhos, em 1975 situam-se em 4 500 000, atingem o recorde em 1976 com 11 300 000, começando então a decrescer em 1977 para 7 200 000 e em 1978 para cerca de 3 500 000.
Hoje em dia o parque americano de rádios CB situa-se na ordem dos 30 milhões, ou seja, 17 emissores/receptores por cada 100 americanos; na Europa está estimado que existam 25 milhões de utilizadores da Banda do Cidadão.
A exploração do espectro radioeléctrico é repartido entre duas categorias de utilizadores: as estações radioeléctricas profissionais e as privadas. A segunda é representada pelos radioamadores e pelos cebeístas. Para se tornar radioamador certas condições são necessárias: assimilação de noções técnicas e jurídicas ligadas à utilização da estação, cujo controlo de conhecimentos dá lugar a uma licença escalonada de acorda com o respectivo nível. Esta licença diz respeito a um campo de aplicação rigoroso.
Este conjunto de condições restritivas constitui uma forte barreira à vocação de elevado número de potenciais bons radioamadores desencorajados pelas grandes dificuldades de acesso. Felizmente existe um outro género de estações radioeléctricas privadas, acessível à generalidade dos cidadãos, permitindo o tráfico sobre uma banda única de frequências, sem obrigatoriedade de conhecimentos técnicos profundos, utilizando equipamentos previamente homologados - a Banda do Cidadão.
A Banda do Cidadão é uma forma de comunicação rádio, de características bidireccionais, utilizando a faixa de emissão dos 11 metros, de fácil manuseamento e de custo relativamente acessível. Pode ser usada em fixo, em móvel ou em portátil e não carece de conhecimentos técnicos profundos. A Banda do Cidadão reúne em si os factores necessários para que a sua utilização se propague rapidamente sendo, hoje em dia, o meio de comunicação rádio pessoal mais divulgado e popular entre a população em geral. Por isso, é justamente designada por "Banda do Cidadão, a radiocomunicação de todos". O que numa fase inicial não passava de mero instrumento de entretenimento é já hoje considerado um "serviço de utilidade pública" por todos aqueles que utilizam dignamente este potente meio de comunicação rádio e, também pela população era geral que, um pouco por toda a parte, vai sentindo a real importância que a Banda do Cidadão tem no auxílio, especialmente em situações dramáticas de carência.
Por outra lado, inúmeras corporações de bombeiros e outras entidades possuidoras de meios de socorro, já se encontram equipadas com rádio CB, estando criadas as condições para que qualquer utente da Banda do Cidadão possa, através do canal 9, canal de emergência, comunicar "mais cedo" uma situação que careça de intervenção dos referidos meios de socorro.
A legislação portuguesa sobre a Banda do Cidadão, à semelhança do que se passa na maioria dos países da Europa, dá protecção legal ao canal de emergências.
Trata-se do CANAL 9 - freq. 27 065 MHz
Os utentes da Banda do Cidadão correspondendo ao que deles se espera, em termos de ajuda rádio CB, têm vindo a agrupar-se em clubes de CB, muitos dos quais vocacionados para o apoio a situações de emergência.
INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Em 1831 Faraday no desenvolvimento dos seus trabalhos de investigação, descobre que a corrente eléctrica actuando sobre um Iman provoca uma corrente de sinal contrário num outro Iman colocado perto. Trata-se da "indução" cuja descoberta rapidamente conduz os estudos para o âmbito da transmissão de sinais sem a utilização de fias. Por outro lado, as equações de Maxwell deixam prever, pelo menos teoricamente, a existência de ondas electromagnéticas.
Cerca de 1888, Hertz descobre experimentalmente a existência de tais ondas. Os trabalhos que se seguem produzidos por Onesti, Branly e especialmente Marconi, com a invenção da antena, conduzem em breve ao estabelecimento das comunicações de longa distância.
Desta forma, em 1898, Marconi consegue transmitir um sinal telegráfico sem fias (TSF) entre Wimereux e um porto da costa inglesa, distando cerca de 30 quilómetros. Em 1901 as transmissões já atingem cerca de 300 quilómetros. Durante os dez anos que se seguem, centenas de espíritos investigadores - os primeiros radioamadores - aperfeiçoam mais ou menos empiricamente a qualidade e o alcance da emissão. Entretanto, a maioria dos Estados chama a si o exclusivo das comunicações radioeléctricas.
No início do século vinte julga-se que somente com grandes comprimentos de onda e com elevadas potências serão possíveis as ligações de longa distancia. Dessa forma, os monopólios estatais entregam aos radioamadores a exploração das ondas curtas (menos do que 300 metros) e as potências consideradas reduzidas (inferiores a 1000 watts). No decorrer dos anos 20, os radioamadores americanos conseguem estabelecer com os colegas da Grã-Bretanha comunicações bilaterais em fonia. Em finais de 1923, um amador francês de Nice, L. Deloy (F8 AB), permuta telegramas com um amador americano no comprimento de onda dos 100 metros.
A partir daqui as ligações vão sendo estabelecidas cada vez com comprimentos de onda menores. As próprias estações oficiais passam a utilizar comprimentos de onda inferiores a 100 metros para cobrirem longas distâncias.
ORIGENS DA BANDA DO CIDADÃO
Durante a II Guerra Mundial foi fabricado para fins militares e em grandes quantidades “walky-talkies" cuja tecnologia havia sido desenvolvida pelo engenheiro norte-americano Al Gross, anos antes.
Al Gross é hoje conhecido em todo o Mundo como “pai” da Banda do Cidadão.
Sendo ainda hoje discutível a origem da Banda do Cidadão, num aspecto existe acorda unânime: a governo americano viu-se confrontado com um excedente espantoso de equipamentos militares que nunca foram usados tendo em conta o fim inesperado da II Grande Guerra, incrementando o seu usa pela população como “hobby" com a objectivo de colocar os citados excedentes no mercado.
Em simultâneo, e por certo não fruto do acaso, os radioamadores manifestaram o seu interesse de se estabelecer tráfico bilateral entre a generalidade dos cidadãos utilizando a frequência dos 27 MHz.
E porquê os 27 MHz? Esta frequência havia sido atribuída desde algum tempo às aplicações industriais, científicas e médicas (ICM) , donde pouca propícia a qualquer tipo de comunicação rádio, pois era sistematicamente interferida por ruídos de maquinaria de forte potência cuja ressonância se situa nos 27 MHz. Trata-se da chamada "banda perdida".
Portanto, os defensores de tal forma de rádio para entretenimento, desenvolveram grande actividade para convencer as autoridades americanas, que a partir de 1953 autorizaram o funcionamento de 23 canais nos 27 MHz, introduzindo, pouco depois, o respectivo licenciamento, formalizando a criação de uma "frequência para os cidadãos", incluída na banda dos 11 metros e que toma a designação de “Citizen’s Band”, a Banda do Cidadão.
O fenómeno toma, pouca a pouco, grande incremento, desde 1956 registam-se pedidos mensais da ordem dos 6000 e, lentamente, é exportado para a Europa.
São os países nórdicos, especialmente a Suécia onde é em primeiro lugar reconhecido oficialmente e os que mais rapidamente aceitam este novo meio de comunicação.
O aumento do custo do petróleo verificado em 1973, com as consequentes implicações económicas e sociais, conduz a que o governo dos Estados Unidos limite drasticamente a velocidade de circulação nas auto-estradas.
Os camionistas respondem de imediato equipando os seus carros com a Banda do Cidadão, por forma a assinalarem entre si a presença dos controlas por radar e da polícia das estradas.
É então que se verifica a explosão da utilização da Banda do Cidadão nos Estados Unidos e o consequente reflexo na Europa, alguns anos mais tarde. Nos Estados Unidos, em 1974 as vendas atingiam 1 700 000 aparelhos, em 1975 situam-se em 4 500 000, atingem o recorde em 1976 com 11 300 000, começando então a decrescer em 1977 para 7 200 000 e em 1978 para cerca de 3 500 000.
Hoje em dia o parque americano de rádios CB situa-se na ordem dos 30 milhões, ou seja, 17 emissores/receptores por cada 100 americanos; na Europa está estimado que existam 25 milhões de utilizadores da Banda do Cidadão.