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Overclocking, o que é e como se faz!

Fonsec@

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Este é sem duvida o assunto que mais nos interessa e o qual ainda não foi totalmente explicado no site, dai ter surgido a ideia da criação de um artigo que explicasse de forma generalizada este assunto. Neste artigo não vão ficar a saber como fazer um overclocking com determinado equipamento informático, mas vão ficar a saber como e em que constitui o overclocking independentemente da plataforma e restantes componentes. Quero ainda deixar uma nota, no artigo são usados vários termos que rapidamente também se vão habituar a usar (se é que não os usam já), mas que podem ainda não conhecer e como tal, recomendo-os que sempre que seja necessário a consultarem a nossa enciclopédia onde poderão ter acesso à definição dos termos mais usados. Se por acaso tiverem alguma duvida sobre algum termo que não conste na nossa enciclopédia.

O que é o Overclock?
Antes de tudo vamos à origem da palavra. A palavra Overclock advêm do termo Over e Clock. Pegando num dicionário de inglês/português obtemos as seguintes definições:
- Over: sobre; em cima; por cima; defronte; do outro lado de.
- Clock: relógio.
Seguindo estas definições será um pouco complicado perceber na perfeição o que significa o overclock, mas isso é essencialmente devido ao facto do termo clock possuir outro significado na informática. O clock significa em bom português “velocidade de relógio”. Quando falamos de clock’s, estamos a falar implicitamente de uma velocidade interna de funcionamento, que pode tanto ser de memórias, do cpu, do gpu e afins. O uso do termo clock deve-se ao facto destas frequências serem medidas em ciclos por segundo, ou seja, ter um cpu a 1000Mhz significa que esse cpu consegue realizar 1000 milhões de ciclos por segundo (1mhz = 1 milhão de ciclos) e no overclocking é comum usar-se a seguinte expressão: "O clock do cpu esta a 1000 (ou 1.0)", neste caso é excluída a designação Mhz ou Ghz, porque é um dado adquirido implicitamente ao falar-se de clock's.
Resumindo, o Overclock significa que algum componente está a funcionar acima daquilo para o qual foi fabricado. Todos os componentes informáticos são fabricados industrialmente e testados no fim da linha de montagem. Durante todo esse processo o componente em questão é fabricado de modo a funcionar a uma determinada velocidade. Quando praticamos overclock o que estamos a fazer é alterar essa velocidade para um patamar superior, de forma ao componente render mais do que seria suposto.

Motivação para a prática do Overclock.
Como é obvio, com a prática desta técnica, conseguimos melhorar, e por vezes muito, o desempenho do nosso equipamento informático. Todos vão concordar comigo que ter um Pentium 4 a 2.5Ghz e ter um a 3Ghz não é bem a mesma coisa. Apesar das diferenças não serem nada do outro mundo, são significativas em muitos aspectos.
Desempenho
Para quem está habituado a realizar Benchmarking, sabe e reconhece perfeitamente bem as diferenças dos resultados obtidos com um P4 a 2.5 e o mesmo a 3Ghz (em overclock). As diferenças dos benches com clock’s destes, dependendo também do tipo de bench e do restante equipamento, podem ser bastante relevantes. O que nos dá logo a entender que realmente, mesmo não sendo este um valor produzido por default, que tem diferenças positivas relativamente a um cpu não overclockado.
Quem fala de cpu’s fala de outros componentes, O overclock não se restringe unicamente a cpus! Podemos também realizar overclocking em placas gráficas, CDRW, placas PCI, discos rígidos e memórias. Penso não me ter esquecido de nada, mas o que interessa perceberem é que praticamente todos os componentes do computador podem ser alvo de overclocking.
Quem nota e muito a diferença da prática do overcloking ou não, são aquelas pessoas que possuem programas de computação distribuída e as quais usam esses programas intensivamente, ou seja 24h por 7 dias. Com a prática do overclocking, estas pessoas vêem, de forma significativa, reduzido o tempo de processamento de cada unidade e consequentemente a produção de unidades diárias/semanárias/anuais é aumentada proporcionalmente. Se por exemplo falarmos em termos percentuais facilmente percebemos isso. Ora vejamos, uma pessoa que consiga um overclock na ordem da que falei anteriormente, 2.5 Ghz para 3.0Ghz, isso corresponde, em termos percentuais, a um aumento de 20%. Se essa mesma pessoa processava por exemplo 1000 unidades por ano, iria então passar a processar 1200 no mesmo intervalo de tempo.
Mas não são somente estes utilizadores que notam as diferenças, mas são sem duvida os que a notam mais. Qualquer utilizador comum ripa de vez enquanto os seus cd’s áudio para o disco rígido ou outro suporte de forma a preservarem essa informação (caso os cd’s fiquem danificados) e vão verificar que o tempo que esta tarefa demora pode ser melhorada com a prática do overclocking. Uma simples tarefa de manutenção como é a realização de uma desfragmentação ao disco, pode também demorar menos tempo, etc. Tudo o que requeira um uso intensivo do componente, que está a funcionar em overclocking, possuirá uma diferença (visível ou não) relativamente ao seu estado default.
Preço
Este é também um factor bastante motivador para a prática do Overclocking. Continuando a seguir o exemplo que referi anteriormente, neste momento um Pentium 4 a 2.5Ghz custa +/- 220 euros e um P4 a 3Ghz custa +/- 590 euros. Diferença de preço flagrante e abusiva para a maior parte das bolsas (sobretudo em tempos como estes). Dependo das condições financeiras e não só, o overclocking pode servir como um meio de obter um produto melhor com menos gastos. Mas nem sempre isso acontece, por vezes, o overclocking serve para obter desempenhos que ainda não são alcançados por intermédio dos meios tradicionais (entenda-se compra de material novo). Todos estamos limitados, tal como o overclocking também está, mas é possível comprar material de topo para se praticar overclocking e obter desta forma desempenhos ainda não alcançados nos produtos comerciais.

Cuidados a ter.
No overclocking nem tudo é um mar de rosas. Geralmente a prática do overclocking requer um investimento extra e cuidados extras. Não podemos esquecer nenhum pormenor quando estamos para realizar um Overclock, ou arriscamo-nos a reduzir o nosso investimento a cinzas tal como já aconteceu com várias pessoas, algumas delas com bastante experiência nestas coisas. O primeiro erro de um Overclocker será de pensar que tudo vai correr bem sem ter os devidos cuidados.
Quem me conhece sabe que não me reconheço como sendo Overclocker ou outra coisa qualquer, no entanto gosto de partilhar os meus conhecimentos e aqui vai um conselho muito importante para todos os futuros Overclockers: Fazerem a montagem do equipamento com calma, verificando tudo antes de ligarem a corrente. Antes de tentarem overclockar o quer que seja, analisem a estabilidade do vosso sistema, não se precipitem com todo o entusiasmo e expectativa que possam ter, ou isso poderá custar-lhes bem caro. Algumas pessoas que andam nisto cometem erros (quem não comete??) danificando o equipamento e depois ainda exigem que as lojas lhes reponham o material (estando este na garantia) mas não se esqueçam que a garantia só é válida para os danos provocados naturalmente. Ao praticar-se overclocking qualquer garantia é automaticamente anulada, por isso todo o cuidado é pouco e estejam plenamente conscientes do que estão a fazer.
Ainda relativamente à garantia, quem compra o seu equipamento informático peça a peça e realiza a montagem do mesmo, tem garantia individual, ou seja... pode ficar sem garantia num dos componentes e nos restantes continuar com a garantia, mas quem compra o seu computador já montado, vê a garantia de todos os componentes anulada com a simples abertura da caixa (geralmente esses computadores possuem selos e quando danificados a loja não se responsabiliza por qualquer avaria).
Temperaturas
Este é o factor mais importante no overclocking e é através dele que conseguimos controlar os riscos do nosso overclocking. Têm que ter muita atenção às temperaturas do vosso sistema, não podem deixar de ter em atenção este factor por um minuto que seja. Muitos iniciados perguntam qual é a temperatura ideal? As minhas temperaturas estão altas? etc... Cada cpu tem uma temperatura média diferente, dependendo da marca/modelo/..., por isso não vou falar em casos específicos, mas posso dizer-vos que todos os cpus estão feitos para aguentarem, por curtos intervalos de tempo, temperaturas de cerca de 90º. Estas temperaturas são claramente abusivas e na maior parte dos casos um computador crasha (bloqueia ou faz um reboot) antes de atingir essas temperaturas. Seja como for, todos eles estão supostamente aptos para aguentar, sem queimar, essa temperatura, nós não vamos arriscar isso, até porque é impossível ter um sistema estável em overclock a essas temperaturas. Vamos ter por base máxima 60º, quem quiser ainda pode ir aos 65º, mas não fixem um limite superior a este. Quem fala de temperaturas está automaticamente a falar de cooling, não me vou debruçar sobre o assunto, mas vou recomendar-lhes que procurem informação sobre isso (é fácil encontrar).​
 

Fonsec@

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Full Load e suas vantagens
No que toca a temperaturas ainda tenho que referir outro aspecto muito, mas mesmo muito importante. Quando se fala em temperaturas temos duas situações:​
1- Full Load (Temperaturas medidas com o cpu a funcionar a 100%)​
2- Idlle (Temperaturas medidas com o cpu praticamente sem processos a decorrer)​
Quando se fala de overclock, acho absurdo relativizar-se a palavra temperatura, para a temperatura em Idlle (mas algumas pessoas cometem esse erro). Ou seja, na minha opinião e não só minha, quando em overclocking falamos de temperaturas (sem referir se é em Full Load ou Idlle) estamos implicitamente a falar de temperaturas em Full Load.​
Porquê perguntam vocês? Porque simplesmente o overclock e os seus riscos são demasiados sérios para estarmos a brincar com um factor tão importante. Que nos adianta saber que a temperatura em Idlle é de 45º se essa temperatura em Full Load pode disparar para 60º ou mais?? A diferença entre o estado Idlle e Full Load é sempre superior a 10º, por isso tenham cuidado e não se fiem nas temperaturas em Idlle. Eu por omissão sempre que falo de temperaturas falo em Full Load e muitos deveriam fazer o mesmo.​
Outro factor vantajoso de se falar em Full Load e não em Idlle é porque em Idlle não conseguimos testar a 100% a estabilidade da máquina. Para conseguirmos testar a estabilidade do sistema, temos que ter esse sistema saturado (de trabalho), só assim conseguimos saber ou não, se ele aguenta sobre as condições mais adversas. Ter um sistema que aguenta sobre as condições mais complicadas, também vai aguentar situações menos complicadas o contrário já não se verifica. Para que me serve ter um sistema overlcockado se quando estou em Idlle tudo funciona bem, mas depois ponho uma série de programas pesados a funcionar e tenho um blue screen, um reboot, ou um erro?​
Outro grande beneficio de estarmos sempre a trabalhar em Full Load com overclocking é que sabemos qual é a temperatura máxima do sistema e sabemos que essa temperatura só irá subir se a temperatura ambiente subir. Como podem verificar a temperatura em Full Load é muito, mas muito mais estável que a temperatura Idlle, para alem de que sempre ouvi dizer que qualquer componente, seja ele qual for, prefere temperaturas estáveis a constantes variações de temperaturas.​
Outros Cuidados
Para além das temperaturas existem outros factores a ter em consideração, como por exemplo, a migração de corrente da qual os Pentium 4 sofrem bastante, isto a partir de vcore's de 1.7v. Podem consultar aqui e aqui alguns dados sobre este factor (um agradecimento especial ao Drak que me forneceu os links). Mas existem muitos outros cuidados a ter, específicos de cada marca/modelo. Por exemplo nas Boards, algumas medem e devolvem temperaturas bastante superiores as reais outras é ao contrário e existem muitas outras situações que são demasiado especificas para estar aqui a falar de todas elas. O que interessa fixarem na vossa mente é que nada é perfeito e como tal nunca será de mais consultar o universo da internet para saberem tudo e mais alguma coisa sobre o vosso equipamento informático, para o conhecerem melhor e estarem ao corrente de todos os seus trukes.​
Para quem está a pensar comprar equipamento, recomendo seriamente que se informem muito bem antes de comprarem o que pretendem. Nem todos os componentes tem a mesma capacidade e potencialidade em Overclock, um grande exemplo disso são as Boards que muitas delas estão limitadas a um determinado FSB, ou vcore, etc. Por isso nunca será de mais dizer: Vasculhem, procurem tudo o que puderem sobre o que pretendem comprar.​
Retenção de expectativas
Já vi muito boa pessoa, ficar completamente desiludida com os resultados do overclocking obtido. Cada componente é único e mesmo dentro do muito bom, podemos encontrar do menos bom e vice versa. Já vi P4 1.8A a darem só 2.0 mas também já vi 1.8A a darem 3.0 com air cooling, diferença brutal, não é? Eu também fiquei espantado, mas o que é certo é que cada componente é único e como tal não devemos procurar os casos únicos mas sim a média, depois é só rezarmos para que nos tenha calhado um componente na média ou acima dela. O overclocking para alem de ser algo que requer alguma perícia também requer muita sorte.​

Riscos/Desvantagens do Overclocking.
Como já devem ter percebido, o overclocking também possui riscos. Riscos estes que podem ser limitados como em tudo na vida. Pegando no exemplo dos carros, todos andamos de carro, alguns de nos até somos condutores e sabemos que é um risco andar na estrada, mas não é por isso que deixamos de andar. O segredo está no controlo desses riscos, sabemos que existem e temos que os dominar/controlar, usando cinto, respeitando as regras do código, etc. Aqui é a mesma coisa, antes de começarmos a praticar overclocking, temos que estar cientes dos riscos e temos que estar prevenidos para podermos enfrentar esses riscos em condições de não nos afectarem.​
Deterioração do equipamento
Este é sem dúvida um dos factos que mais preocupa todos os overclockers e aspirantes a overclockers e é também aquele que menos conseguimos controlar. Um processador quando é "construído" tem como objectivo ter uma determinada durabilidade. Existe sempre uma garantia de 1 ou 2 anos, mas o processador em questão não é feito para funcionar apenas durante esse tempo, como é obvio. A durabilidade de um cpu em condições normais, está estimada a mais ou menos 10 anos. Aquando da prática de overclocking essa durabilidade é logicamente reduzida. Agora para quanto?? É complicado responder a esta pergunta, mas os experts estimam esse valor em 5 anos. Cada caso é um caso e existem sempre excepções à regra, mas eu apoio a opinião dos mais entendidos.​
Temperaturas
Cá estou eu outra vez a falar das temperaturas... Mas este é um mal necessário. Uma forma de controlarmos os riscos de um overclocking é controlando as temperaturas. Por isso instalem um programa de computação distribuída como os seguintes:​
E ponham lá, um destes programas a funcionar como background 24h/24h, se conseguirem ter o computador ligado 24h (sem crashes e afins) com um destes programas a funcionar e trabalhando normalmente no computador (Jogando/Trabalhando em CAD/Internet/etc), estão de parabéns porque conseguiram estabilizar o vosso sistema. Tenham outra situação em atenção, se o vosso sistema já anda a dar erros sem mais nem menos (ainda antes de praticarem OC) vai ser-lhes complicado determinar se o sistema está ou não estável, por isso uma instalação nova do sistema operativo não será de excluir ainda antes de começarem a overclockar. E lembrem-se de testar a estabilidade, anotarem as temperaturas, etc do vosso sistema ainda antes de praticarem overclocking, de forma a poderem acompanhar a evolução das temperaturas e estabilidade do sistema em condições de poderem detectar qualquer anomalia.​
Temperaturas máximas recomendadas (estas temperaturas não deverão ser ultrapassadas em muito):​
Chipset: 45º​
CPU: 60º​
Placa Gráfica: 75º​
Temperatura Ambiente da caixa: 40º​
 

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Continuacao

Voltagens
Chegado a um determinado patamar do overclocking, o sistema vai deixar de ser estável e a partir daí vão ser obrigados a aumentar as voltagens do cpu e restantes componentes de forma a estabilizarem o sistema. Atenção... este é o método que mais faz aumentar as temperaturas. Salvo seja, o que estamos a fazer ao aumentar-mos as tensões dos diversos componentes é dar-mos mais energia a cada um deles de forma a poderem desenvolver mais. Mas como devem saber da física, essa troca de energia tem que ser devolvida de alguma forma, e neste caso o retorno é produzido pelo aumento de desempenho/estabilidade e sob calor. Um outro aspecto que não devemos esquecer é que consequentemente o consumo eléctrico, com a prática do overclocking, aumenta consideravelmente. Cada tipo de cpu (marca/modelo) gasta um tanto em Watts e com overclocking esse consumo pode aumentar para nada mais nada menos do dobro dependendo logicamente da proporcionalidade do overclocking em si.​
A minha recomendação sobre a manipulação das tensões é que realizem variações mínimas de cada vez e sempre que estiverem a aumentar o vosso overclocking não façam mais de uma alteração de cada vez de modo a poderem detectar a causa de possíveis anomalias.​
Custos Extras
Como não podia deixar de ser, a prática do overclocking requer custos extras. Nem sempre é assim, mas a partir do momento que queremos atingir grandes/médios objectivos, temos que nos equipar como tal. Isto significa que a pessoa que pretende comprar componentes para realizar um overclocking mais a sério, não vai comprar qualquer componente. A qualidade paga-se... Para alem disso existe a faceta do cooling que tão importante é no overclocking e que traz sempre despesas extras. Seja em air cooling, watercooling ou outro tipo de arrefecimento mais extremo. Procuramos sempre os melhores cooler's, melhores dissipadores, e por ai fora.​
Agora vocês devem estar a pensar, mas será que compensa mesmo realizar Overclocking? Sinceramente e como opinião pessoal: Compensa! Aqui tem de existir um equilíbrio entre as despesas e os resultados, que cada um terá de ponderar, analisar, e decidir pessoalmente. Não se esqueçam também que algum desse material poderá voltar a ser usado numa futura máquina, por isso nem todo o investimento irá por agua abaixo, quando decidirem fazer uma actualização mais drástica.​

Finalmente... Como Overclockar!
Existem vários métodos bem distintos para realizarmos overclocking:​
O primeiro e mais importante (na minha opinião) é através da Bios.​
O segundo é través de jumpers na Baord.​
O terceiro é através de programas.​
Qualquer um destes métodos baseia-se nos mesmos princípios. Ou seja, o cpu e outros componentes estão alojados em sockets e slots, possuindo todos eles um BUS individual. Esse Bus está por sua vez ligado a um Bus que controla o tráfego de todos os outros. BUS esse que conhecemos por FSB. O FSB, varia consoante o tipo de plataforma/processador em que funciona. Por exemplo nos P4 A o FSB é de 100Mhz (* 4 = 400Mhz, isto porque o FSB é quad pumped), nos P4 B o FSB é de 133Mhz (* 4 = 530Mhz), etc. Mas em cada uma das plataformas o BUS PCI e AGP são sempre os mesmos.​
BUS PCI= 33Mhz​
BUS AGP= 66Mhz​
Primeiro Principio do Overclocking, FSB
O primeiro paço a realizar no overclocking é alterar o valor default do FSB. Desta forma todos os restantes BUS'es vão aumentar proporcionalmente e teremos um sistema overclockado. Recomendo que tenham cuidado ao fazerem estes aumentos de FSB, aumentem gradualmente de 1Mhz em 1Mhz, nada de precipitações. Não se esqueçam nunca, uma coisa de cada vez e com calma.​
Segundo Principio do Overclocking, Multiplicadores
Por defeito os Multiplicadores dos processadores encontram-se bloqueados, mas existem métodos para os desbloquear e nalgumas circunstancias (raras) eles já vêem desbloqueados. Para quem tem a felicidade de poder alterar este multiplicador, só digo: usem e abusem. Através do multiplicador do CPU é possível overclockar sem mexer no FSB, mas será sempre necessário realizar combinações entre o multiplicador e o FSB de modo a obter-se uma relação de equilíbrio e de perfeição.​
Terceiro Principio do Overclocking, Vcore/Vmem/V...
Chegada determinada altura o vosso sistema vai deixar de estar estável e vão sentir a necessidade de aumentar o vcore, vmem ou outro. Fornecendo desta forma energia suficiente ao componente em questão para se manter estável com esse overclocking. O vcore e outros devem ser incrementados da forma mínima. Se por exemplo puderem aumentar o vcore de 0,1v não aumentem logo de 0,2v, a não ser que já conheçam os limites do vosso hardware. Mas em fase de testes nunca façam isso. Assim que voltam a obter um sistema estável, voltam a subir o FSB sem mexer no vcore. Voltando a ficar instável repetem tudo, até chegarem a um ponto em que a máquina esteja no seu máximo moderado (adequado ao vosso sistema) ou muito perto dele, sem por isso por o computador em causa.​
Quarto Principio do Overclocking, Mutliplicador PCI/AGP
Se conseguirem um bom overclocking podem vir a sentir instabilidade das placas pci/agp, mas não do resto do sistema. Geralmente as primeiras placas a "queixarem-se" de BUS'es elevados são as placas de som, mas isso não é regra. Nessa altura devem alterar os multiplicadores correspondentes de modo a baixarem a frequência do BUS. Vamos exemplificar com uma plataforma em que o FSB é de 100Mhz. Se conseguirmos aumentar o FSB até 133Mhz, vamos ficar com um BUS PCI de 1.33 * 33 = 43Mhz e um BUS AGP de 1.33 * 66 = 88Mhz, estes valores podem ser abusivos para muitas placas, por isso vão ter de reduzir o multiplicador do BUS PCI/AGP. Sem mexerem em nada o multiplicador do BUS PCI estará (neste caso) a 1/3 e o AGP a 2/3. Deverão então ser alterados para qualquer coisa como 1/4 e 2/4 respectivamente, de modo a voltarmos a aproximar-nos dos valores por defeito desses BUS e restabelecer a tão necessária estabilidade do overclock.​






 
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Limites do Overclocking.
Existem pelo menos duas situações que podem, e uma delas vai, ditar qual é o vosso Overclocking máximo.​
Sao elas:​
-Temperatura máxima atingida.​
-Limitação própria do hardware.​
A primeira é fácil de identificar, basta fazerem várias combinações de FSB e Vcore até chegarem a um ponto estável em que as temperaturas já estão muito perto dos 60º. Aí ficam a saber que o vosso hardware até consegue um overclocking maior, mas devido ao cooling que possuem tal facto não será possível a não ser que melhorem o vosso cooling ou mudem de cooling (e dou os parabéns a conseguir isso, porque realmente conseguiu e teve a sorte de adquirir os componentes certos). Se tiverem o overclocking no sangue, vão verificar que depressa vão querer aperfeiçoar os conhecimentos que possuem sobre cooling de modo a porem isso em prática e conseguirem um melhor overclocking. Se chegarem a um ponto em que realmente nunca estão satisfeitos com o overclocking e continuarem a lutar por mais e melhores desempenhos, nesse momento então, e só nesse, poderão considerar-se Overclockers e acreditem que não existem assim tantos como os que se intitulam como tal.​
A segundo situação já pode ser mais complicada de identificar ou nem por isso porque ela tem várias vertentes. Esta pode ir desde, uma placa ou disco rígido que destabiliza por completo o sistema, até uma board que não permite aumentar o FSB a mais de X e muitas mais situações, ou mesmo um cpu que não dá mais que Z.

Erros e Anomalias.
Quando estão a testar a estabilidade dum overclocking, podem acontecer coisas que se calhar nem nunca vos passaram pela cabeça, por isso vou tentar ajudar-vos a identificar essas anomalias e vou também tentar atribuir uma causa a cada uma delas. A seguinte tabela não é 100% fiável nem sequer 70%, mas penso que pode ajudar muitas pessoas a integrarem-se e familiarizarem-se um pouco mais com estas anomalias.​
Efeito
Causa
Quando o Sistema Operativo está a ser carregado o computador bloqueia sem dar nenhuma mensagem de erro. Este deve ser um dos casos mais complexos de definir qual será a causa, mas podemos garantir que em 50% das situações ou mais, esse erro se deva ao cpu não aguentar o OC.

O computador não realiza o boot e não da o respectivo bip sonoro. O CPU não aguenta o OC, ou a board não aguenta o FSB.

Erros relativos à memória, quer no funcionamento do Sistema Operativo quer na inicialização do mesmo. As memórias não aguentam o OC.

Erros relativos ao disco: dados corrompidos; Boot disk Fail; ficheiros inexistentes; Sistema Operativo corrompido; etc O CPU não aguenta ou então o FSB está demasiado elevado.

Blue Screans, outros erros na execução de programas, erros do Sistema Operativo, freezes, etc O CPU não aguenta.

Dispositivos não disponíveis, placa de som a funcionar mal, outras placas PCI com erros. O Bus PCI está demasiado elevado.

Jogos dão erros, freezes nos jogos e erros relativos aos drivers da placa gráfica. O BUS AGP está demasiado elevado.

Programas úteis.
Motherboard Monitor: Programa que permite ver as temperaturas, voltagens, etc. para qualquer board que possua os sensores necessários.
HDD Temperature: Programa para controlar a temperatura do seu disco.
ASUS Probe: Programa para controlar as temperaturas, voltagens, etc. das boards Asus.
CPU-Z: Programa que lhe permite saber alguns aspectos relativos ao seu OC. Geralmente usado para registar os OC conseguidos.
CPUFSB: Programa que permite realizar overclocking unicamente através do FSB.

Conclusão.
Muito ainda poderia ser falado aqui e tenho a certeza que amanha vou-me lembrar que podia ter falado em mais isto e aquilo, mas isso já deixo para vocês... procurem informações não tenham medo de procurar e aprenderem mais. Espero que tenham gostado do artigo, peço desculpa pela forma como o artigo esta organizado. Sei que muitas pessoas preferiam que o artigo começasse logo a explicar como se faz overclocking, mas o que é certo é que a partir do momento que sabem como se faz, não iriam dar importância ao resto e no overclocking não é como se faz que é mais importante. Essa parte qualquer garoto que mexa num computador consegue fazer. O pior é mesmo os restantes conhecimentos que fazem parte integrante do overclocking e com os quais infelizmente algumas pessoas nem se preocupam. Também me referi no artigo a vários termos técnicos mas como podem verificar o artigo ainda ficou grandito, agora imaginem se não usasse esses termos e os tenta-se explicar. Seja como for, podem encontrar todos estes termos definidos na nossa enciclopédia.
 
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