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À entrada, a pressa é para matar saudades dos ‘seus’ presos

Eles estão privados da liberdade mas elas fazem tudo para lhes atenuar a solidão. As mulheres como pilar e suporte.

Aos onze anos, ‘António’ pode não acreditar na história da cegonha mas está longe de imaginar que foi concebido numa prisão, durante uma das visitas da mãe ao pai – um homem que esteve preso por tráfico de droga num caso mediático que encheu as páginas dos jornais no início dos anos 90 –, "em cima da mesa do director do Estabelecimento Prisional do Linhó", numa relação sexual cronometrada pelo relógio ao minuto.

Também não sabe que o pai o foi ver ao hospital dentro de um carro celular e escoltado por dois guardas. É, aliás, afilhado da advogada que conseguiu que o casal ficasse a sós no dia de anos de ‘Isabel’ e que possibilitou o encontro numa altura em que as visitas íntimas eram ainda uma miragem. "Levava uma saia comprida para ser mais fácil, era a peça de roupa que mais usava nas visitas, e pouco depois soube que estava grávida. O meu filho mais velho ficou a um canto, a desenhar, e não se apercebeu de nada".

OS SACOS QUE CARREGAM

Foi precisamente o filho mais velho que deu ao casal o pretexto de que precisava para mais vezes se conseguir ver. "Utilizámos o facto de ele estar a criar um pai imaginário e de precisar de ver o pai real para que nos deixassem estar os três sozinhos". Hoje querem proteger o mais novo, "enquanto for criança", de um passado doloroso de que pouco ou nada se recorda porque nasceu apenas três anos antes de ‘Manuel’ ser posto em liberdade. Durante as ausências do pai imaginou-o na Austrália e, posteriormente, a trabalhar num jardim de Monsanto. O jardim era, afinal, a prisão voltada para o exterior a que ‘Manuel’ no fim de pena teve direito.

Os nomes da família são fictícios nestas páginas mas a massa anónima a que ‘Isabel’ pertenceu durante doze anos encontra-se em bandos indistintos à hora das visitas de qualquer cadeia do País. São mulheres à sombra dos sacos de comida cozinhada que carregam nos transportes públicos que as trazem de casa, presas a uma rotina que não escolheram mas que cumprem religiosamente em nome do compromisso um dia assumido. São mulheres que vivem um presente que não se assemelha em nada ao futuro a dois que um dia sonharam.

"A mulher, a parceira, a namorada, fazem mais do que suportar a prisão do companheiro: elas partilham-na", escreveu a médica francesa Duszka Maks-ymowicz – que dedicou anos a visitar presos que não conhecia – sobre esta realidade que desafia os preceitos de um qualquer casamento convencional. "Muitas vezes chorava encostada à janela da cozinha. Via as luzes das casas vizinhas e imaginava as famílias felizes: pai, mãe e filhos. Eu estava sozinha com o meu filho. No dia em que leram a sentença dei dois pontapés na porta da sala de audiências e pensei: ‘o que é que vai ser de mim?’".

Na altura em que Carlos Cruz, o mais mediático arguido do caso Casa Pia, ficou em prisão preventiva, também Raquel Cruz partilhou em entrevista que o seu mundo parara no dia em que o marido fora detido – tornou-se habitual a sua presença à hora da visita, com a filha numa mão e os sacos na outra, ao longo dos 15 meses em que o ex-apresentador esteve em preventiva no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

DOZE ANOS DE PRISÃO

O filho mais velho de ‘Isabel’ não foi feito atrás das grades – ao contrário do mais novo – mas cresceu nos corredores de cinco prisões na área da Grande Lisboa. "Em doze anos só falhámos uma visita e foi porque nos enganaram, disseram que por ser feriado não havia. Se queria ser das primeiras a entrar tinha de madrugar: ia às 07h00, chovesse ou fizesse sol, com o meu filho sempre atrás". A ‘Francisco’ começou por dizer "que o pai estava no doutor" mas o psicólogo da escola alertou-a de que a criança sabia mais do que mostrava. "Ele disse ao psicólogo: ‘o meu pai não está no doutor, está preso. Porque está num sítio que tem homens com pistolas e quando eu fui ao hospital não havia lá homens com pistolas’".

Olga Caridade, de 27 anos, usa semelhante estratégia com a filha mais nova, de 4 anos. "Dizemos que o pai tem dói-dói e está no hospital". Sheila, a mais velha, "já percebe de outra forma, até porque assistiu à rusga que fizeram à nossa casa na madrugada em que ele foi detido; as duas têm apoio psicológico". Jaime está preso há ano e meio acusado de tráfico e carjacking – o julgamento aproxima-se do fim a passos largos e a companheira não sonha com outra sentença que não a liberdade. "Quando foi detido estava como modelo fotográfico na agência Real Dreams. Tenho fé de que consigamos recomeçar a nossa vida. Estou inscrita no micro-crédito para abrir o meu cabeleireiro e queríamos trabalhar juntos".

REAPRENDER ROTINAS

Bruna Pinto pensa que o pai, Bruno Pinto ‘Pidá’, "está preso na tropa". É o que lhe diz a mãe, Telma Sequeira, para impedir que a menina de oito anos "fique traumatizada". Juntas reaprenderam uma nova rotina sem o homem da casa. "É estranho estar sem ele, às vezes esqueço-me e acho que pode chegar a qualquer momento. Acordamos sozinhas, jantamos sozinhas, faz-nos muita falta".

O casal estaria a pensar "ter mais filhos" quando ‘Pidá’ foi detido e condenado em julgamento a 23 anos de prisão pela morte do segurança Ilídio Correia num processo que ficou conhecido pelo nome ‘Noite Branca’ e protagonizado pelo gang da Ribeira. "Desde que ele foi transferido para Monsanto que é tudo ainda mais difícil. Faço 640 quilómetros duas vezes por semana, Porto-Lisboa, o que me levou a fechar o meu solário, porque não podia abandonar o Bruno, ele precisa de mim".

Em dia de visita, Telma sai do Norte às 09h00 e regressa às 19h00. "E só o consigo ver através do vidro, é muito doloroso estar ali, a olhar para ele, e não lhe poder tocar". Uma vez por mês o cenário é outro e o casal encontra-se numa visita íntima que dura três horas dentro do estabelecimento prisional de alta segurança. "É num quarto com uma cama, uma mesa, mesinhas de cabeceira e ainda uma outra parte onde está a casa de banho. Não vou dizer que não é esquisito ter de estar com o Bruno tendo o tempo contado mas agarro-me ao facto de só lhe poder tocar precisamente durante essas visitas e por isso tenho de as aproveitar bem".

O caminho de volta a casa depois de um encontro íntimo é encarado com outro ânimo.

"Vou mais alegre, claro, mas é inevitável pensar: agora só daqui a um mês". A lingerie "mais bonita" é companhia indispensável destes dias em que volta a ter o marido nos braços.

Olga gostava de ter semelhante oportunidade. "É pena as visitas íntimas serem só para ‘canas’ pesadas. Aqui sentamo-nos numa mesa, como se estivéssemos num café, não há privacidade. Há dias que não sei mais o que lhe dizer, o que fazer para lhe dar força. Saio sempre muito, muito triste do EPL".

VIDA VIRADA

‘Isabel’ soube que o então namorado tinha sido detido quando a PJ lhe entrou em casa às sete da manhã. "A gente um dia acorda e a vida caiu. Eu era uma menina, tinha 27 anos, um filho de três, a relação não tinha muitos anos. Hoje não consigo dissociar a minha vida do dentro e do fora da cadeia". Não foram os dezasseis que a sentença ditou mas foram doze. "Quando o fui ver ao tribunal, depois de ter sido preso, ele olhou para mim e disse: ‘estás a tempo, podes ir embora’. Eu olhei para ele e respondi: ‘quem come o bom, come o mau’". Nessa altura, Isabel não trabalhava.

"Houve dias de querer dinheiro para comer e não ter, de acordar a pensar como iria conseguir pagar as contas. Lutei pelos dois, contra tudo e todos. Corri a noite de Lisboa com o meu filho no carro, atrás das pessoas que deviam dinheiro ao meu marido", na altura construtor civil. "Fui apanhada de surpresa. Uma mulher que dorme com um homem todos os dias apercebe-se de algumas coisas, mas eu tinha a minha vida e ele tinha a dele".

‘Maria’ também foi surpreendida. "A prisão do meu marido foi um arrastão que nos levou atrás". Faz dois anos que o companheiro está preso "por falsificação" e nesses mais de 700 dias as rotinas da família tornaram-se penosas. "O meu filho mais velho que estava no 1º ano de Engenharia Informática teve de deixar de estudar para ajudar nas contas, porque o meu ordenado de operadora de loja não era suficiente, e estou a dias de perder a casa porque não tenho como pagar. Aos 42 anos vou ter de voltar a morar com a minha mãe". As angústias ficam, apesar de tudo, do lado de cá dos muros da prisão de Caxias. "Independentemente de como estão as coisas cá fora, eu tenho de chegar lá e levar-lhe a parte boa da vida; tentar que haja um pouco de normalidade em tudo isto para ele não se deixar ir abaixo, para aguentar".

BODA E NÚPCIAS

A partir do momento em que ‘Manuel’ foi preso o propósito de ‘Isabel’ tornou-se um: conseguir a liberdade. "Perdi a conta às cartas que escrevi, aos requerimentos, às reuniões. Conheci pessoalmente todos os directores-gerais dos serviços prisionais do meu tempo, porque andava sempre a pedir audiências". Uma delas foi para solicitar autorização para casar. "Na altura não ser casado dava restrições: o acesso ao tribunal, o conseguir documentos, o facilitar das visitas. E eu queria casar da forma que imaginara: ter boda, fotógrafo, vestido de noiva, noite de núpcias".

Na manhã do casamento, um ano depois da detenção de ‘Manuel’, "em cada cela estava um espelho para me verem chegar. Os reclusos começaram todos a bater nas grades para me saudar e ao cimo das escadas estava o meu marido de smoking ". Nesse dia, ‘Isabel’ acordou às seis da manhã "para fazer a comida da boda. Encomendei o bolo e levei talheres, flores, balões e dez convidados. O director deu-nos o ginásio de Caxias e disse ao meu marido ‘se o senhor quiser ficar com a sua esposa, damos--lhe uma hora’". Uma hora de núpcias que valeu por uma noite e onde não faltou um cobertor e um rolo de papel de cozinha – "que era o que havia" – ‘mimos’ então preparados pelos outros reclusos da prisão.

Bárbara Alexandra sonha com um enlace igual. Com o entusiasmo próprio dos 19 anos à flor da pele, já começou "a tratar dos papéis" para que a cerimónia possa acontecer o mais breve possível no Estabelecimento Prisional de Lisboa. "Eu disse que o amava muito, ele disse que me amava muito e perguntou-me se o meu amor era o suficiente para casar com ele. É uma prova de amor que a gente dá um ao outro". Não é o único capítulo na história de Bárbara que foge aos almanaques convencionais. "Quando comecei a gostar do meu actual namorado, acabei a relação anterior que tinha. No dia em que decidi dizer-lhe que estava livre soube que ele tinha sido preso".

As grades não foram suficientes para impedir o romance de avançar – dura há dois anos – e de prosperar a ponto de Bárbara ter ido "para um curso de serviço social para apoiar pessoas como ele". O jovem passou a adolescência preso. Tem 25 anos e é repetente no assalto à mão armada. "A diferença é que da primeira vez que esteve preso não tinha nada, agora tem-me a mim, quem lhe dê de comer, quem o ame. Quando sair vamos para a Suíça. Imagine que a gente fica e falta dinheiro ao final do mês e ele volta a fazer o mesmo..."

No ar fica uma interrogação que nem às paredes confessa mas que se transforma em sorriso. "Nas visitas posso beijá-lo, abraçá-lo e estar ao colo dele, mas não com aquelas más maneiras se não vêm logo dizer que estamos muito agarradinhos". Os calções curtos que veste em dia de visita são pensados propositadamente para a ocasião.

"Tenho de estar bonita para ele mas também não posso exagerar senão não me deixam entrar: uma vez uma rapariga teve de me emprestar uma camisola". Bárbara espera que, em breve, possam recuperar uma intimidade que nunca tiveram. "Queria levá-lo para uma prisão que tivesse visitas íntimas porque isso era importante para nós. Nunca nos envolvemos na cama, só uns simples beijos".

Para já, vai aplacando a solidão do namorado com sacos de comida que carrega, "desde Miratejo, na Margem Sul", cheios de "grelhados. Salsichas frescas, espetadas. Aprendi a cozinhar para lhe poder trazer comida e agora faço um arroz que toda a gente elogia". A comida é um clássico nas visitas – "queremos levar um bocadinho de casa", diz Olga Caridade. "São mimos que os ajudam a sentir-se mais acompanhados", prefere Liliana Sebastião. O plural não é aqui usado à toa – a jovem de 19 anos, estudante de Artes, tem, além do namorado, o irmão preso. O primeiro há dois anos por um conjunto de assaltos, o segundo há dois meses pelo mesmo delito a que acresce uma tentativa de homicídio. Os sacos de comida e roupa duplicaram, as visitas também. "Venho hoje, amanhã, depois e depois e sempre. Venho buscar as roupas sujas, trazer as limpas, ando sempre com os sacos de um lado para o outro. E passo uma grande parte do meu tempo a cozinhar para eles".

SACOS DE COMPRAS

‘Isabel’ sabe bem o que isso é. "Desde o primeiro dia em que o meu marido foi preso até ao dia em que saiu ia levar-lhe o almoço às 9h da manhã, fazia as refeições à noite. Passava as madrugadas de Natal e passagem de ano a fazer-lhe comer para levar no dia seguinte: aletria, farófias, arroz-doce, peru, cabrito assado, arroz de marisco. Tive dias em que não tinha nada, o frigorífico vazio, mas para ele arranjava sempre maneira". Clementina Azevedo enche um saco de frutas uma vez por semana – "no domingo trouxe pêssegos e bananas, na 2ª tabaco mas hoje [4ª] não trouxe nada".

Porque a bolsa não aguenta. Clementina tem 52 anos e são marcadas as rugas que denunciam as dificuldades que na vida já passou. "Venho de Almada para aqui [Caxias] e depois ainda vou para Lisboa trabalhar. Sou empregada de limpeza da GNR". A ironia da referência solta-lhe um riso gaiato. "Bem, mas se aguentei até agora – o companheiro está preso há dez anos – é porque acho que ele se vai emendar. Se não tiver juízo vai cada um para seu lado". O homem que a faz visitar três vezes por semana a prisão está preso por tráfico. "Acho que é por droga mas não falamos nunca sobre isso".

Teresa Oliveira acalentou, um dia, os mesmos sonhos de refazer a vida depois da prisão, como Clementina ainda tem. Mas o então companheiro de vida não correspondeu e depois de cumprida a primeira pena, reincidiu. A filha de ambos foi registada na prisão, há 20 anos, porque Teresa estava grávida de quatro meses quando ele foi detido a primeira vez. "Houve um tempo em que eu ambicionei que ele fosse ser meu marido, um pai para a minha filha, mas depois desisti, refiz a minha vida quando percebi que ele não conseguia parar o ciclo vicioso de consumir, traficar, roubar. Tem estado fora e dentro da prisão nos últimos 20 anos".

Apaixonou-se por outra pessoa mas não deixou nunca de ser um pilar para o homem com quem um dia quis casar. "É o meu melhor amigo. Não podia abandonar o pai da minha filha, abandonei apenas o projecto de vida em comum que tínhamos". Para a jovem – que pouco ou nada conviveu com o pai – o embate é mais difícil de aceitar. "Levava-a sempre comigo quando era bebé, agora não a posso obrigar a vir, já é grande. Ela diz que tem um pai que a fez e um pai que a criou".

Para evitar que isso aconteça, o marido de Olga Caridade entrega-lhe "a cada visita, uma carta. Tenho mais de 500 cartas guardadas para as meninas: diz que tem saudades nossas e está sempre a pensar em nós". Foi precisamente para aquietar o coração que ‘Isabel’ e ‘Manuel’ criaram uma rotina nocturna. "Tínhamos aquilo a que chamámos a nossa linha erótica. Pela meia-noite, uma da manhã, ele deitava-se, tapava-se com o cobertor e ligava-me. Falávamos, chorávamos e trocávamos carinhos como se estivéssemos lado-a-lado, mas cada um estava na sua cama. As pessoas que nunca passaram por uma ausência assim não conseguem imaginar".

ESTRATAGEMAS NA PRISÃO

O telemóvel era (e é) proibido na cadeia "mas, se tivermos um bom relacionamento com os guardas é fácil. Na cadeia tudo se paga: a um dei um cão, a outro uma caneta de ouro. As coisas que pedi eram para o nosso bem-estar, não eram coisas ilegais". ‘Manuel’ está há cinco anos em liberdade. É sócio de ‘Isabel’ em duas lojas. Dormem juntos todas as noites.

"Agora é que eu estou a ter um casamento. Se me perguntar se era mais fácil quando ele estava preso, do lado emocional era. Porque estava sozinha mas ele estava sempre comigo. Hoje estamos mais distantes, como os casais normais. Se lhe perdoo os 12 anos de ausência? Perdoo. Porque eu sofri muito mas ele sofreu mais". Um dia, também ‘António’, o menino que há 11 anos foi concebido na prisão, vai ouvir o quanto.

"VISITAS SÃO IMPORTANTES"

"Para a concessão das visitas íntimas são avaliados vários factores: além das questões de segurança, o tipo de crime, o percurso prisional, a persona-lidade e a qualidade do vínculo com a visitante", explica a psicóloga Maria do Sameiro, que durante muitos anos trabalhou na Direcção-Geral dos Serviços Prisionais.

"Essas visitas assumem um papel muito importante no processo de reintegração social do recluso e manutenção de uma rede de apoio, principalmente em termos afectivos", continua.

O presidente do Sindicato dos Guardas Prisionais, Jorge Alves, salienta que desde que há "a possibilidade de visitas íntimas há menos problemas de comportamento. Os reclusos sabem que se fizerem asneira perdem a concessão".

NOTAS

ÍNTIMAS

Nas 52 prisões nacionais há 7 com visitas íntimas. Não podem exceder as 12 no ano (dados n/ oficiais).

CONDIÇÃO

Para um recluso ter visita íntima não pode ter beneficiado de precária nos últimos seis meses.

ALTERAÇÃO

Os homossexuais já podem receber o companheiro na prisão, diz o novo regulamento. Não há ainda notícia de pedidos.
Por: Marta Martins Silva
 
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