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Ana Jorge quer que Igreja defina posição sobre o preservativo

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A ministra da Saúde, Ana Jorge, defendeu hoje, quarta-feira, no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA, a necessidade de a Igreja Católica "esclarecer a sua posição" quanto ao uso do preservativo, essencial para evitar a transmissão.


"Neste dia mundial, era importante que a Igreja esclarecesse qual a sua posição", afirmou Ana Jorge, na apresentação do livro "Crónicas de um vírus", lançado pela associação Abraço, em Lisboa.

A governante defendeu que faz "todo o sentido" que "todas as pessoas que são marcantes numa sociedade, como o líder da Igreja Católica" abordem o assunto. "Para isso é que se fazem estes dias, para chamar a atenção, para que pessoas que são imagens públicas possam alertar a comunidade em geral para este problema", afirmou, sublinhando que uma posição esclarecedora do papa é uma "ajuda grande" na luta contra a SIDA.

Confrontada com declarações da presidente da Abraço, Margarida Martins, segundo a qual a associação recebe cada vez mais pessoas infectadas, Ana Jorge declarou que "os números podem ser sempre trabalhados de forma diferente" e comentou que, embora o número de novos casos esteja a descer, essa evolução não significa "que os que existam não possam procurar mais ajuda".

Para a ministra, há actualmente dois grandes desafios no combate à doença, como continuar a reforçar a prevenção e os cuidados a ter pelos cidadãos, já que, como as terapêuticas são mais eficazes e se morre menos de SIDA, "perdeu-se o medo do contágio".

A este nível, há que prestar especial atenção ao grupo dos homossexuais, no qual se regista em Portugal um aumento de casos lento, mas consistente. Por outro lado, apontou, há que apostar no diagnóstico precoce, simples e possível de realizar em muitos locais.

Nos marcadores de livros informativos distribuídos hoje pela Abraço no Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa, no âmbito da nova campanha "VIH/SIDA Toca a Todos", referia-se precisamente que 65% das pessoas infectadas em Portugal são diagnosticadas de forma tardia.

Ao público foi também lembrado, por exemplo, que mais de 60% das infecções no país ocorrem através de relações heterossexuais e que Portugal é o país da Europa Ocidental com a maior taxa de infecções entre os 20 e 39 anos.

A iniciativa de sensibilização da Abraço envolveu também a "oferta" de abraços aos clientes por grupos de jovens (50, no total), com t-shirts com inscrições de diferentes sentimentos, como "carinho" ou "esperança".

Ana Jorge foi uma das contempladas com um abraço de grupo ao chegar à apresentação do livro "Crónicas de um Vírus", publicação sobre o aparecimento e a evolução do VIH/Sida entre 1930 e 2010 e cujas vendas revertem a favor das crianças apoiadas pela Abraço.

JN
 
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