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A "pilinha do bebé"

Luana

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A "pilinha do bebé"


Muitas mães desconhecem o que pode acontecer com os genitais do bebé e, consequentemente, não sabem reconhecer algumas das alterações ou patologias mais comuns.

Revisão científica: Dr. Armando Fernandes, pediatra do Centro Pediátrico de Telheiras

Durante os primeiros meses e, muitas vezes, até cerca dos três anos, a cabeça (glande) da pilinha (pénis) encontra-se coberta por uma pele (prepúcio).

Quando o prepúcio não se consegue fazer deslizar para descobrir a glande, que a criança pode sofrer de fimose. Neste caso uma fimose fisiológica. Acontece com os bebés e até aos três anos não se deve preocupar, a menos que se produzam episódios recorrentes de vermelhidão ou infecções urinárias (balanopostites). A separação do prepúcio e a glande ocorre em 90% das crianças até aos três anos.

Muitas vezes, os pais inexperientes tentam deslocar o prepúcio forçando-o, provocando inadvertidamente um grave trauma psicofísico, além de gretas microscópicas na pele. Estas lesões deixam sequelas, pois, para além de deixarem uma cicatriz, a pele perde elasticidade e, devido à falta de elasticidade em redor do meato uretral (orifício por onde sai a urina), o mesmo tende a fechar-se.



Outras patologias

Com o crescimento podem surgir outras complicações, como a perda de elasticidade da pele do prepúcio ou a impossibilidade de levar novamente o prepúcio ao seu lugar depois de o ter puxado para trás.

A balanopostite pode também considerar-se uma situação muito frequente. Caracteriza-se pela inflamação e supuração do pénis devido à impossibilidade de realizar uma higiene correcta. Neste caso, deve de imediato recorrer ao pediatra, dado que as bactérias que provocaram a balanopostite podem migrar através da uretra e atingir a bexiga, podendo provocar uma infecção urinária.

Quando não é possível realizar uma higiene adequada, a acumulação de esmegma pode dar lugar à formação de bolsa de sebo ou “bolas de esmegma”. Estes podem habitualmente detectar-se, pois, regra geral são visíveis através da pele do prepúcio. Muito embora não desencadeiem nenhuma situação grave, podem assustar os pais. Raramente, podem infectar e necessitar de cuidados médicos.

Um perigo pode acontecer quando os pais puxam a pele para trás e esta não conse­gue depois voltar para a sua posição inicial é a chamada parafimose. Esta situação pode ser muito grave pois provoca dores e o inchaço da “pilinha” da criança que pode sofrer lesões irrepa­ráveis. Nesta situação, a criança deve ser imediatamente observada pelo médico para que a situação seja rapidamente resolvida.

Nota: Denomina-se como esmegma a secreção normal do pénis.



A importância da prevenção

Os pais devem estar atentos a quaisquer alterações nos órgãos sexuais da criança porque é importante que chegue à puberdade sem quaisquer problemas que não lhe permitam uma vida sexual normal. Devem estar atentos e verificar que não tem um anel balanoprepucial que o impeça de puxar a pele para trás, ou mesmo um freio balanoprepucial.

Se o bebé tem um freio, o pediatra aconselhará uma intervenção cirúrgica. Se o freio não for seccionado precocemente, mais tarde a criança poderá sofrer uma ruptura acidental que lhe poderá provocar, para além de uma dor violenta, uma hemorragia.

Cirurgia. Solução?

Em relação à cirurgia, sabe-se que, em menos de dois por cento das crianças não se consegue descobrir a glande nos primeiros três anos de vida, devido a aderências balanoprepuciais ou a uma fimose verdadeira.

As crianças com aderências balanoprepuciais podem ser tratadas com a aplicação de cremes com derivados da cortisona que resolvem a situação em mais de noventa por cento dos casos. Nos casos mais resistentes e de fimose verdadeira pode ser necessário realizer um pequeno puxão, sob anestesia local. Quer isto dizer que, só 7 em 10.000 crianças, pode vir a precisar de realizar uma cirurgia para resolver a situação, geralmente realizada após os três anos de idade, depois do bebé deixar de usar fralda.



Esteja atenta e verifique periodicamente:

- Se a pilinha supura ou se apresenta inflamada.
- Se a criança se queixa de dor ou ardor ao urinar.
- Se a partir dos dois anos tem dificuldade para puxar o prepúcio até atrás e novamente para a frente.


A higiene dos genitais

- Se o bebé tiver menos de dois anos, durante o banho lave-lhe a “pilinha” com sabonete, da mesma maneira que o resto do corpo.
- A partir dos dois anos, o modo de realizar a higiene dependerá do facto da pele que cobre a cabeça do pénis poder ser puxada para trás. Nesse caso, lave-lhe a “pilinha” com água e sabonete.
Se o prepúcio não se conseguir deslocar facilmente deve consultar o pediatra.





DESTAQUES

Os pais devem estar atentos a quaisquer alterações nos órgãos sexuais da criança

Se o bebé tiver menos de dois anos, durante o banho lave-lhe a “pilinha” com sabonete, da mesma maneira que o resto do corpo

Quando o prepúcio não se consegue fazer deslizar para descobrir a glande, a criança pode sofrer de fimose

Muitas vezes, os pais inexperientes tentam deslocar o prepúcio forçando-o
 
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