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Casos de Sobreendividados Atingem Valor Recorde

mjtc

GF Platina
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Fev 10, 2010
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Lisboa continua a ser a região responsável pelo maior numero de pedidos de ajuda.

Nunca o Gabinete de Apoio ao Sobreendividado (GAS) da Deco recebeu tantos pedidos de ajuda. Há cada vez mais famílias com dificuldades em pagar os seus empréstimos e o número de processos que deram entrada na Deco atingiu um valor recorde. Até Agosto, a associação de defesa dos consumidores recebeu 2867 pedidos de ajuda de famílias em situação de sobreendividamento, ou seja, que já não conseguem fazer face às suas dívidas. Este número, em apenas 8 meses, já supera o total de pedidos recebidos pela Deco no conjunto do ano passado (2837). À semelhança do que tem vindo a acontecer nos meses anteriores, a principal causa das dificuldades das famílias é o desemprego (30%), seguida da deterioração das condições laborais (18,8%). "Os cortes salariais, nomeadamente na função pública, contribuíram muito para este aumento", explicou Natália Nunes, responsável pelo GAS da Deco. Lisboa continua a ser a região do país responsável pelo maior número de pedidos de ajuda. Com 1069 processos em 8 meses, já representa 37% do total de pedidos de ajuda a nível nacional recebidos pela associação de defesa do consumidor. Rendimentos mais elevados São vários os casos que chegam à Deco de famílias em situação de incumprimento. Aliás, os números de Agosto mostram mesmo que 71% das famílias, quando contactam a Deco, já se encontram em situação de incumprimento, sendo que 80% dos consumidores estão em falta com os seus pagamentos há pelo menos um mês. Mas não são apenas as famílias com rendimentos baixos que pedem ajuda. "Apesar de em termos médios, quem pede ajuda ter um rendimento mensal de 1500 euros, há cada vez mais casos de famílias com rendimentos mensais de 4000 e 5000 euros", adiantou a responsável da Deco. As dificuldades estendem-se para lá dos créditos. "Há cada vez mais casos de pessoas que já estão em incumprimento na factura da água, luz e gás", acrescentou. Quando as famílias chegam à Deco é porque já tentaram outras soluções. De acordo com os dados da associação, as principais razões que conduzem os consumidores a não pedirem apoio numa fase anterior são a renegociação com entidades financeiras (44,4%) e a expectativa e confiança na melhoria da sua situação financeira (34,5%). Com o aumento do desemprego, a subida do IVA, dos preços dos transportes, do gás e electricidade, a par do corte de quase 50% do subsídio de Natal, é expectável que as famílias venham a enfrentar mais dificuldades, o que se deverá traduzir num aumento dos pedidos de ajuda da Deco. "Isoladamente, uma só situação não levaria à ruptura dos orçamentos, mas todas as medidas em conjunto contribuem para uma deterioração das condições financeiras", concluiu a responsável do gabinete de apoio da Deco.
 
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mjtc

GF Platina
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Desempregados Sem Subsídio de Desemprego

Número de desempregados que não recebem subsídio subiu 22% no último ano.

Em 2011, existem 240.000 desempregados em Portugal que não recebem subsídio. Ou porque não descontaram o tempo suficiente para ter direito a este apoio social ou porque já o perderam. É praticamente metade (45,7%) dos desempregados registados nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional ( IEFP). Em Julho de 2010, o número de pessoas sem trabalho e sem subsídio era de apenas 196.000, menos 22% que actualmente. De acordo com os números da Segurança Social, a região do país com o maior número de beneficiários das prestações de desemprego são:
- O Porto com 65.433 (23% do total);
- Seguem-se Lisboa (54.859);
- Braga (29.191);
- Bragança é a região com menos número de pessoas a receber subsídio de desemprego (1969).
Do total de desempregados a receber subsídio:
- Mais de 144.000 são homens;
- Enquanto as mulheres não chegam a 141.000.
Com uma particularidade, enquanto nas mulheres desempregadas não há grandes oscilações no número de beneficiários nas faixas etárias entre os 30 e os 60 anos; a maioria dos homens que recebe subsídio concentra-se entre os 45 e os 60 anos. A crise começa também a deixar marcas profundas nos estrangeiros que vieram para Portugal à procura de uma vida melhor, mais de 17.000 estrangeiros a receberem subsídio de desemprego:
- A esmagadora maioria são brasileiros (5728);
- Países Africanos de língua portuguesa (4671);
- Europa de Leste (3921).
Enfim é este o quadro lamentável da situação portuguesa em 2011.
 

mjtc

GF Platina
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Mais de 54.000 Pessoas Ganham Menos de 600 Euros

Cerca de 54.000 trabalhadores por conta de outrem ganham salários inferiores a 600 euros, uma subida nunca vista no passado recente. O aumento deste grupo ajudou reduzir o salário médio líquido dos portugueses, de 813 para 809 euros entre o primeiro e o segundo trimestre, revelou o INE. Nunca tal tinha acontecido nesta época do ano de 2011. A criação de empregos mais baratos terá permitido, por exemplo, reduzir a taxa de desemprego, aliviando a intensidade do fenómeno entre os mais jovens e nas regiões mais estigmatizadas, como o Algarve.
 
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