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Direitos dos Vigilantes da Segurança Privada

mjtc

GF Platina
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Fev 10, 2010
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Assistimos na sociedade e em particular no sector da Segurança Privada à institucionalização marginal, de regras nas relações laborais que representam um retrocesso civilizacional que só encontram semelhança naquilo que foram as relações laborais da época do Feudalismo. Nas empresas de segurança privada, os vigilantes que receberam formação nos seus centros, aprenderam que:
- Deve-se ter boa apresentação, roupa limpa, sapatos engraxados e acima de tudo higiene;
- Atendimento personalizado;
- Registar entrada e saída de funcionários, visitantes, mercadorias, viaturas e outros bens;
- Ter uma postura profissional e ser bem educado e tolerante com os outros.
- A sua imagem é importante porque transmite respeitabilidade e o mais importante, a imagem da empresa no seu local de trabalho.
O problema nestas empresas foram sempre a má selecção de pessoal que não respeitava os itens acima citados, chegando a ver casos de alcoolismo, drogas, má higiene e falta de respeito para com o próximo, comprometendo os verdadeiros profissionais do sector. As empresas na procura urgente de pessoal e em mira dos lucros, fechavam muitas vezes os olhos a este tipo de pessoal. E em nome desse lucro, competiam entre elas, para conquistar clientes, desrespeitando os direitos dos vigilantes, a não receberem a totalidade do seu ordenado e a sujeitarem-se muitas vezes, os vigilantes nos super mercados, a desempenhar funções que não eram do seu direito. No ano de 2011 a entrar em 2012, os vigilantes recebem:
- Vencimento/base: 641,93 euros;
- Subsídio de Alimentação: 119.49 euros;
- Acrescentando as horas nocturnas (se tiver a prestar serviço à noite).
- Horas extras: 1ª hora: 50%; 2ª hora: 75%; e as restantes a 100%.
- Feriados, compensação de feriados, pagos a dobrar.
- Normalmente, o vigilante recebe por turno uma média de 700/750 euros mensais.
Tudo isto está incluído no sindicato do STAD.
Mas infelizmente, nem todas as empresas praticam o que consta na lei, pagando horas extras como normais, e outras "esquecendo de pagar" horas nocturnas (pagas parcialmente ou nenhumas), e feriados. Por vezes até roubam nos salários. Normalmente, estas empresas que menciono são pequenas empresas vivendo à margem da lei, por vezes, sem alvará. As grandes e médias empresas, embora mais «certinhas» a cumprir, também costumam desrespeitar certos direitos, nomeadamente nas horas extras. Outras injustiças a aplicar referem-se ao pagamento do fardamento (e calçado, no caso do Grupo 8), a ser descontados nos salários dos vigilantes. Algumas empresas pagam o subsídio de alimentação em senhas (como o Grupo 8), e outras em horas extraordinárias. Isso implica muitas vezes ter que gastar essas senhas nos super mercados autorizados a receber essas senhas: Continente/Modelo, Pingo Doce, Jumbo, etc. E quem viver em áreas sem esses estabelecimento comerciais, terá que deslocar para muito longe para fazer essas compras. Outras injustiças, que felizmente, não representa a maioria dos vigilantes, mas sim uma minoria injustiçada:
- O horário do vigilante é de 8 horas diárias, sendo prolongado até mais 2 horas, devido à necessidade da empresa ou ausência de um colega. O que acontece em algumas empresas, é que os vigilantes trabalham em média 12 a 16 horas diárias, sendo roubados no seu salário. É suposto esses vigilantes receberem com descontos no mínimo 1000 euros mensais. Mas muitas vezes levam apenas 700 a 800 euros????
Outros casos, embora pontuais, envolvendo a privação de direitos básicos e naturais:
- Proibição de beber água ou ir ao WC durante o seu período de serviço (isso aplica-se normalmente nos centros comerciais, especialmente nas mulheres que são alvo de discriminação). Estas situações foram instituídas ao longo dos anos, passando de empresas para empresas, até se tornarem lei nesses locais (fazendo parte das regras do serviço).
- Outra situação caricata é o horário de alimentação: normalmente, os vigilantes fazem as suas refeições dentro da hora da refeição dos funcionários do cliente onde prestam serviço. Nos centros comerciais são tolerados 20 minutos para a refeição e 5 minutos para beber um café. Mas o cliente paga essa hora da refeição como hora de serviço, por isso o vigilante, segundo a lei, não tem direito à refeição no serviço. Parece caricato mas consta na lei, daí receber o subsídio de alimentação. Recorda-se que no passado não muito distante, os vigilantes não tinham subsídio de alimentação. Curiosamente, duas empresas pagavam mesmo assim o dito subsidio: Prestibel e Charon.
- Das 116 empresas de segurança privada acreditadas para o exercício da actividade (embora existem muito mais empresas deste ramo), podem contar-se pelos dedos de uma mão, aquelas que não obrigam ao pagamento do fardamento, calçado ou a formação, fazendo disso um autêntico negócio.
- De todas as que têm alvará para ministrar a formação obrigatória, e supostamente têm os seus próprios centros de formação, esta é uma utopia, nenhuma, absolutamente nenhuma cumpre o CCT na íntegra!
A ANASP tem relatos de empresas de segurança privada a prestarem serviço em entidades públicas que:
- Não permitem sequer que os seus colaboradores vão ao WC, tendo estes de urinar em garrafas e as senhoras só podendo ausentar-se quando mancham as calças de sangue;
- Em 12 horas de trabalho, têm 15 minutos cronometrados para se alimentarem, quando pedem ao chefe para beber água, este traz-lhes a água num copo de café;
- Profissionais que estando a vigiar superfícies comerciais e havendo algum furto são obrigado a pagar o valor do produto furtado;
- Centenas de seguranças a recibos verdes;
- Empresas que não pagam horas extraordinárias e que quando o fazem é ao valor da hora normal, não pagam subsidio nocturno, pagam ordenados abaixo do valor determinado no CCT;
- Contratam cidadãos de outras nacionalidades, alguns até de forma ilegal em território nacional, ficam-lhes a dever largos meses de salários, valendo-se da sua fragilidade.
- Empresas que vendem cartões profissionais, por valores escandalosos, sem ministrarem sequer uma hora de formação.
Parece mentira, mas é verdade, isto passa-se em Portugal, em pleno Século XXI e num sector de actividade desta importância. Existe até relatos de tortura Psicológica, de agressão física, de coação e de graves violações dos direitos mais básicos do ser humano. As grandes empresas do sector e os profissionais, têm de ser o motor da mudança, das 116 empresa de segurança privada, 8 destas, representam 85% de todo o sector, são estas que têm de assumir junto com os profissionais a missão de alterar este cenário, nomeadamente:
- Combater o Dumping;
- Criarem uma carreira profissional e um estatuto;
- Apostarem na formação, na vertente social, acompanharem os anseios e as preocupações dos seus colaboradores.
Estas grandes empresas não podem já mais em virtude da sua acrescida responsabilidade para com a sociedade, enveredar por condutas de natureza reprovável. Quando estas 8 empresas compreenderem, que para além do lucro que obviamente está na razão da sua existência, têm ainda uma obrigação enorme para com a sociedade e em conjunto com os profissionais assumirem a Dignificação e Profissionalização da actividade, Portugal terá efectivamente um Sector de Segurança Privada, lucrativo naturalmente, mas produtor de riqueza e gerador de postos de trabalho!
 

CHEKEMASTER

GF Bronze
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Abr 18, 2007
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Gerentes da wwps em fuga com paradeiro incerto para fugir a responsabilidades

Alguém sabe o que aconteceu à empresa wwps e qual o paradeiro dos seus responsáveis que exercerem exploração laboral aos vigilantes que admitiram ?


Existem colegas que precisam de ajuda para levar estes burlões à justiça por isso toda a informação é bem vinda.
 

mjtc

GF Platina
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Fev 10, 2010
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Alguém sabe o que aconteceu à empresa wwps e qual o paradeiro dos seus responsáveis que exercerem exploração laboral aos vigilantes que admitiram ?


Existem colegas que precisam de ajuda para levar estes burlões à justiça por isso toda a informação é bem vinda.

Desconheço essa empresa. Deve ser daquelas pequenas empresas tipo vão de escada, que exploram o viglante, não pagando totalmente os ordenados, nem subsídios de alimentação, natal e férias, e até nas horas, pagam normais.

Infelizmente, são este tipo de empresa que prejudica as grandes empresas deste ramo:
- Roubam os clientes as grandes empresas com concursos desleais, oferecendo serviços a metade do preço;
- Serviços baratos ao cliente, terão de descontar no vigilante.
O problema é que estas pequenas empresas não aguentam e depois vão à falência, prejudicando os vigilantes.

Uma empresa de segurança privada para assumir o serviço num bom cliente, tem de ter bons recursos para suportar:
- Quer a nível monetario;
- Quer a nível material (meios de comunicação, automóveis para rondas e uma central 24 horas).

Ass: MJTC (VIGILANTE NO GRUPO 8)
 

alipio fernandes

GF Bronze
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Mai 10, 2009
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alguem sabe se os vigilantes podem trabalhar independentes com recibos verdes?
agradeço desde ja a resposta
 

mjtc

GF Platina
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Amigo Alipio Fernandes, que eu saiba, é proibido os vigilantes efectuarem serviço com recibos verdes; mas por outro lado, já ouvi falar de casos de vigilantes nessas condições.

Antigamente, havia vigilantes que trabalhavam com recibos verdes, mas o governo acabou com isso. Muitos dos reformados da policia trabalhavam nesse tempo, na segurança privada nessa condições.
 

Hottuga

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Jun 11, 2007
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Boas a todos, ao que me constou a actividade de vigilante só pode ser efectuada através de uma entidade do ramo, PK se perderem o cartão ou a guia esta só pode ser levantada se exercer a actividade por um empresa do ramo. Estou como centralista com um vencimento base de 500€ e esta caladito se não acaba se e com filhos para alimentar não tenho margem de manobra. Isto só la vai com um novo 25 de Abril mas cravos a entupiras armas.....
 

mjtc

GF Platina
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Hottuga, o vencimento base do vigilante é de 640 euros, logo penso que o centralista deveria ter um ordenado igual, ou então estas a ser roubado pela empresa. Eu como vigilante a três turnos, recebo 700 a 750 euros, e o vencimento é de 640 euros.
 

mjtc

GF Platina
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A única reclamação que tenho é que na empresa onde estou, no Grupo 8, recebo apenas 21 dias de subsidio de alimentação, em vez de 22 dias, como recebia na outra empresa, a Fénix Intersegur. Na Fénix recebia o subsidio em dinheiro e no Grupo 8 em tickets. Além disdo, reduziram as horas extras.
 

thiman

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Nov 18, 2013
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boas,
inscrevi.me neste forum principalmente por este topico!
Alguem aqui conhece/trabalhou ou trabalha na empresa PSG-Pro Security Group, sede no Monte do Estoril??
 

katiadias

GF Bronze
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Grupo 8

Boa tarde,
Inscrevi-me neste topico porque preciso de uma ajuda, para os trabalhadores do GRUPO 8, alguem conhece o Sr. António Rocha, supervisor?
Vi que o MJTC em 2009 trabalhava na empresa, n sei se ainda continua. Agradeço a ajuda.
Kátia
 

mjtc

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Olá Kátia, bem vindo ao Gforum.:espi28:

Respondendo à tua pergunta, ainda faço serviço no Grupo 8, desde 2011. Antes disso, eu pertencia à Fénix Intersegur, que entrou em insolvência. Não conheço o supervisor António Rocha, mas também não mencionaste se era da zona de Lisboa ou Porto. Eu pertenço à zona de Lisboa.

Já agora, qual é o problema que está a afectar os trabalhadores do Grupo 8??? Será de tickets a menos ou falta de horas no recibo????
 

katiadias

GF Bronze
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Jan 6, 2014
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Olá! 1o k td obrigada pela resposta. Escrevi mal o texto... Queria era dirigir-m aos trabalhadores do grupo 8...
É d Lisboa sim, nao consegue tentar saber ctc desse sr? Mt resumidamente o meu pai trabalhou cm o sr Rocha há uns anos e sendo k agora esta sem trabalho e sem qualquer rendimento, queria tentar através dele... Visto que pelo site nao se consegue nada. Hj vi o seu tópico sobre a possibilidade de enviar o currículo de pessoas com mais de 45 anos para a cáritas, já o fiz!
Obgd
 

mjtc

GF Platina
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Kátia, infelizmente, o Grupo 8 tem segundo dizem, pessoal a mais, e por isso já ouvi rumores de que pretendem despedir pessoal mais antigo ou que tem mais de 57 anos de idade. Mas isso são rumores. A empresa também tem perdido alguns clientes para empresas mais pequenas, que oferecem serviços mais baratos e de pior qualidade, e depois não aguentam no mercado.

Mas quando uma pessoa já tem uma certa idade, é tentar nas empresas mais pequenas, ou entrar em contacto com empresas de Recursos Humanos. Pode-se tentar no Jobrápido, que oferece diariamente anúncios para vigilantes, mas depende da região onde se mora.
 

katiadias

GF Bronze
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Sim é o que temos feitos mas dadas as circunstancias se está difícil para jovens para Malta mais velha pior... Uma outra questão, n querendo abusar, qnd ele se veio embora ficaram com o MAI, ele pode recupera-lo? É que muitos anúncios exigem o cartão... Td a ajudar:(
 

mjtc

GF Platina
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O cartão profissional não se deve ceder a ninguém, muito menos as empresas, pois foi adquirido com o nosso dinheiro. Mas tem uma validade. No meu caso, estou à espera do meu cartão (depois de ter caducado) há 3 anos, e neste momento, só tenho a guia de substituição. Quando se paga um cartão é nosso. Mas existe para aí empresas que aceitam pessoal sem cartão, e depois na formação fornecem-lhe o dito cartão profissional.
 

katiadias

GF Bronze
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No caso dele foi pago pelo grupo 8 mas ele teve de o entregar quando se foi embora. Eu tenho visto que a prestibel n o exige e Até diz k o faz, mas nem esses chamam.. Obgd!!
 

mjtc

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Engraçado, eu tive de pagar o meu cartão no Grupo 8. Mas agora o cartão é emitido pela polícia (PSP).
 

katiadias

GF Bronze
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Pois infelizmente as coisas mudam para pior, na altura tb n havia tickets ;) agr fazem o pessoal andar as aranhas para saber onde são aceites... agradeço e s entretanto souber d alguma coisa acerca desse senhor, lembre-s d mim!
 

didi_ghost

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Boa tarde meus caros.

Confirmam que agora quando nos demitimos de uma empresa de segurança eles ficam com o cartão? Ou seja, enviam para o MAI supostamente, e sendo este depois enviado de volta aquando a admissão para uma empresa.

Entretanto preciso de opiniões/ajuda aqui do pessoal.

Há alguém que seja vigilante/segurança? Precisava de obter informações de empresas de segurança privada (porto preferencialmente), que tenham trabalhado ou que trabalhem e as respectivas condições (Se pagam ou não, se oferecem boas condições, etc). A empresa para que eu trabalhava tarda a começar com os novos clientes para me chamar novamente e não posso estar desempregado muito mais tempo, queria-me candidatar a outras empresas de segurança (tenho cartão MAI obviamente).
Agradeço toda a informação que me possam disponibilizar.
 
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