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Programa cria "imagens científicas" de exoplanetas

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À esquerda, um planeta gelado com a dimensão de Marte. À direita, um joviano quente, um planeta do tamanho de Júpiter orbitando muito próximo à sua estrela. [Imagem: Abel Mendez/PHL/UPRA]


Realismo científico
A equipe do astrobiólogo Abel Mendez, da Universidade de Porto Rico, está desenvolvendo um software que pode recriar imagens em 3D de outros planetas, com realismo fotográfico.
Usando dados científicos obtidos por telescópios e radiotelescópios, o programa constrói uma imagem dos chamados exoplanetas, ou planetas extrassolares, que orbitam uma estrela que não seja o Sol.
Planetas girando em torno de uma estrela compõem um sistema planetário. Apenas o nosso sistema planetário específico é conhecido como Sistema Solar.
Devido às técnicas de observação, os planetas extrassolares praticamente não podem ser vistos diretamente, embora haja pelo menos uma exceção até agora:

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Um exoplaneta habitável ao redor de uma estrela anã vermelha. [Imagem: Abel Mendez/PHL/UPRA]

Renderizador de planetas
Como há uma crescente curiosidade do público sobre o assunto, sobretudo com a descoberta dos primeiros exoplanetas potencialmente habitáveis, Mendez achou que era hora de dar uma cara realista aos sinais detectados pelos astrônomos.
O resultado é o programa SER Scientific Exoplanet Renderer, renderizador científico de exoplaneta, em tradução literal.
O programa também faz "reconstruções históricas", como no caso da imagem da Terra há 240 milhões de anos, quando todos os continentes eram unidos no supercontinente Pangeia.
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Exoplaneta na zona habitável com a presença de lagos. [Imagem: Abel Mendez/PHL/UPRA]

Diferentemente das chamadas reconstruções artísticas, no SER tudo é feito matematicamente, utilizando dados como o tamanho, a composição química, a temperatura do planeta, e a distância do planeta à sua estrela.
Devido a isso, os cientistas afirmam que seu uso deverá ser mesmo científico, devido aos intensos recursos computacionais exigidos em cada renderização.
Imprecisões das imagens da NASA
Ao comparar as imagens geradas pelo software que criou com aqueles utilizados pela NASA para a divulgação das pesquisas, Mendez afirma que, em muitos casos, as imagens divulgadas pela agência espacial pouco condizem com a realidade.
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Como a Terra devia ser há 240 milhões de anos, com um só continente "globalizado". [Imagem: Abel Mendez/PHL/UPRA]

O cientista diz, por exemplo, que a reconstrução da NASA do exoplaneta Kepler 22-b, descoberto no início deste mês, é imprecisa.

Segundo ele, foi usada uma cor correta, mas ele não acha que haja nuvens como as da imagem divulgada.
Além de planetas rochosos e com oceanos, o software também pode gerar imagens de estrelas ou gases cósmicos, além de reconstruções realistas de nuvens e efeitos climáticos.
Uma versão beta do programa está sendo testada, mas o software final será lançado no ano que vem.


BBC
 
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