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Assédio a jovens na rua e nas redes sociais

florindo

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Assédio a jovens na rua e nas redes sociais


Filipa (nome fictício) preparava-se entrar no prédio onde vive, em Lisboa, quando foi abordada por um homem que se identificou como sendo da agência MegaModels. Desafiou-a a ser modelo.

A adolescente, de 14 anos, estava vestida com umas calças justas e o indivíduo – «na casa dos 30 anos, magro, olhos encovados, dentes amarelos e ar estranho» – não se cansou de lhe elogiar os atributos físicos – «Já viste o teu corpo?

Sabes o que vales?»

Fez-lhe uma proposta: «Se vieres comigo, agora há uma promoção em que não pagas pela inscrição, se não aproveitares esta promoção depois pagas 500 euros só de inscrição».

O homem queria saber o nome dela, onde morava, onde estudava, a que horas terminavam as aulas e qual o número de telemóvel.

Filipa esquivou-se, deu identidade falsa e um número de telemóvel desactivado. Uma chamada de uma amiga foi o pretexto para ‘despachar’ o dito scouter.

A mãe da jovem contactou a MegaModels para saber se o homem era funcionário da empresa.

Era tudo mentira: «Embora dissessem que pode existir abordagem na rua, explicaram-me que fazem mais recrutamento em centros comerciais».

A MegaModels explicou ainda que qualquer scouter entrega um cartão de identificação – prática que, aliás, é comum a todos os scouters ou bookers de agências credíveis – e nunca pede o contacto dos jovens.

A abordagem na rua não é a táctica mais escolhida por quem tem intenções de burla ou assédio sexual.

Às agências chegam com frequência queixas de jovens abordados nas redes sociais da internet – em particular no Facebook – por alegados scouters.

A Elite Lisbon confirma ao SOL que «todos os meses» são contactados por pessoas que querem confirmar a autenticidade da identidade de alegados scouters ou bookers.

Idêntica situação acontece com agências como L’Agence, BestModels, Central Models, Face Models ou Karacter.

Queixas na PJ

A BestModels já chegou a apresentar queixas na Polícia Judiciária.

«Convencem as jovens a ligar câmaras, a enviar fotos e até tentam marcar encontros para castings e trabalhos», denuncia Alexandra Macedo, que já colocou vários alertas na página de Facebook da agência.

Carla Floriano, booker da Karacter, confirma ao SOL que acontece «com alguma frequência» serem abordados via email por pais ou jovens «indicando que tinham sido contactados por alguém que seria da Karacter, a dizer que o jovem tinha potencialidades, óptima imagem».

«Quem os abordou pedia endereço de Hotmail, adicionava-os no Msn, depois diziam que deviam fazer teste», explica.

Recentemente, Sónia Simões alertou a Karacter, na página de Facebook da empresa, para o facto de ter sido abordada por um falso scouter da agência.

A jovem, de 32 anos, percebeu que se tratava de assédio (ver, em baixo, cópia da mensagem enviada pelo burlão) pelo tipo de discurso e também pelo facto de o endereço electrónico do burlão não ter o domínio da empresa Karacter.

O homem, que usa o nome de Jorge Ramos (JMiguel Ramos Vproducoes), continua a ter página no Facebook e, apesar de dizer trabalhar para a Karacter, indica viver em Barcelona.

SOL
 
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