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Ameaças e Injustiças na Segurança Privada!

mjtc

GF Platina
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Esta poderia ser a designação de muitas empresas de segurança privada.

É impressionante a quantidade de depoimentos de vigilantes que relatam situações de agressões, de ameaças, de coação, intimidação! Contrariamanente ao que é dito muitas vezes no fórum da Segurança, não se trata de modo algum do "muro das lamentações"! São tristes histórias reais, relatadas na primeira pessoa e que pretendem tão somente alertar os colegas e dar voz ao seu sofrimento.

Mas, como é que isto é possível num país dito civilizado e que integra a União Europeia?!!
 
A resposta é simples: isto acontece porque vivemos num país de "fantoches", de pessoas que se deixam manipular pelos interesses dos poderosos.

Os governos não governam, são "governados"... As entidades fiscalizadoras "esquecem-se" de fiscalizar os "poderosos"... E por muito que nos custe aceitar, vivemos num país terceiro mundista, onde tudo se move por "interesses" e onde a lei do mais forte prevalece.

Se assim não fosse, nunca seria possível, em pleno século XXI, Empresas de Segurança Privada operarem à margem da lei e à porrada!

Se assim é, todos temos culpa! A começar pelo MAI que, mais preocupado em emitir licenças do que fiscalizar, não acompanha de perto a actividade desenvolvida pelas empresas à posteriori, "obrigando" os empresários a uma conduta laboral séria e dentro dos parâmetros da lei.

A IGT que recebe muitas reclamações mas que nunca investiga a fundo os incumprimentos e violações à lei. Os sindicatos, demasiado silenciosos perante tantas queixas e denúncias graves, sem nunca levarem estes assuntos aos mass média, tornando-os públicos. E nós, agentes de segurança privada que, ou por medo ou por cobardia, não ajudamos quem precisa dentro do sector, não denunciamos aquilo que ocorre muitas vezes debaixo dos nossos olhos e nos acomodamos pensando que é melhor a precariedade do que o desemprego. Esses empresários ao estilo "quero, posso e mando" nem que seja à porrada, foram criados à custa da nossa passividade, da nossa fraqueza e vulnerabilidade. Ainda existem por aí a pavonearem-se nos seus carritos de luxo porque a classe está enfraquecida e não tem um organismo próprio para fazer "guerra" a estes homens sem escrúpulos.

Um organismo que seja capaz de levar a voz dos vigilantes a Bruxelas e fazer valer seus direitos, senão como português, pelo menos como cidadãos da Comunidade Europeia, para vergonha dos nossos governantes.

Para aqueles que sofreram ou ainda sofrem agressões por exigirem o que é seu, recomendo que se dirigem à PJ e deixem o seu testemunho.

Não permitam que esses e outros empresários que actuam criminosamente, fiquem impunes e continuem na Segurança Privada!

Na Segurança Privada ajuda-se no combate à criminalidade! Por isso não podem ser admitidos criminosos.

Autoria: Pantera.
 
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mjtc

GF Platina
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Associação Denuncia Burla nas Empresas de Segurança Privada!

O secretário-geral da Associação de Empresas de Segurança (AES), Vasco Lucena, denuncia a existência de firmas do sector que oferecem preços baixos à custa de fugas ao Fisco, que lesam o Estado em seis milhões de euros por ano.

Segundo o secretário-geral da AES, em declarações ao "Correio da Manhã":
- "O trabalho extraordinário de 90% dos 35 mil elementos de segurança privada em Portugal é pago através de expedientes, o que permite às empresas reduzir custos, lesando o Estado em mais de seis milhões de euros anuais entre fugas ao Fisco e à Segurança Social".

O jornal realça que um dia de trabalho no sector excede em muito as oito horas estipuladas por lei, podendo chegar a 12 horas consecutivas de serviço numa portaria, às vezes mais.

Os funcionários são pagos à margem do contrato normal de trabalho, sob pretexto de prémios de produtividade, subsídios de deslocação ou ajudas de custo, refere ainda o jornal, salientando que as empresas, desta forma, reduzem os seus custos directos em 30% — o que lhes permite oferecer, na mesma proporção e à custa das horas extras dos funcionários, preços mais baixos às entidades a quem prestam serviços, públicas ou privadas.

Estado fecha os olhos!

De acordo com uma fonte citada pelo "Correio da Manhã", há empresas de segurança apanhadas por fuga ao fisco nas inspecções que acordam pagamentos faseados, a longo prazo, apresentando-se depois a concursos públicos, ao contrário do que estipula a lei, porque o Estado fecha os olhos e passa declarações de inexistência de dívidas ao Fisco e Segurança Social, como se não devessem.

"O Estado não vê a cor do dinheiro, os funcionários são prejudicados porque as horas extras só são pagas sobre o vencimento base e as poucas empresas que cumprem, há muito afastadas do mercado", são prejudicadas, resume, por seu lado, o presidente da AES, Jorge Leitão.

A associação fez as contas e concluiu que 5.740 euros mensais são o valor mínimo a praticar pelas empresas junto de clientes, para um mínimo obrigatório:
- Quatro vigilantes por portaria;
- 24 horas por dia;
- 365 dias por ano;
Salientando que nas empresas de segurança mais de 80% dos custos referem-se à mão-de-obra.

A AES e a Associação de Empresas de Segurança, Incêndio, Fogo e Roubo, em parceria com a Federação dos Trabalhadores de Escritórios e Serviços, assinaram um acordo já entregue à Secretaria de Estado da Segurança Social, que pede que os organismos do Estado não contratem abaixo destes valores, passando a ser obrigatório um mínimo de quatro vigilantes por posto, não trabalhando mais do que as oito horas de lei.

Desta forma abrem-se cinco mil novos postos de trabalho dentro de um a dois anos, garante Jorge Leitão.
 
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