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Banco de Portugal teve 'falha grave' ao não detectar o que se passou no BPN
O presidente do BPN ao tempo da nacionalização considerou hoje que o Banco de Portugal teve uma «falha grave» ao não detectar o que se passou no BPN e que a Procuradoria-Geral da República deveria ter investigado o caso.
«O BdP teve uma falha de tal modo grave e demorada que deveríamos ter apurado responsabilidades institucionais.
E depois a instituição devia chamar pessoas singulares à responsabilidade», disse Miguel Cadilhe na comissão de inquérito parlamentar à nacionalização e reprivatização do BPN, em reposta a questões do deputado comunista Honório Novo.
«Eu não sou jurista, mas penso que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tinha poder de averiguar porque é que a instituição falhou tal flagrantemente e com consequências tão sérias para as finanças públicas e para a credibilidade do sistema financeiro», acrescentou o ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva.
Cadilhe disse que não sabe se o actual Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, terá ainda possibilidade de apurar essas responsabilidades no seio da instituição que lidera.
«Quando coisas tão graves não têm consequências, há qualquer coisa que não está bem na República em Portugal», concluiu.
Miguel Cadilhe foi eleito presidente do grupo SLN/BPN em Junho de 2008 e logo em Outubro do mesmo ano a sua administração denunciou vários crimes financeiros que, alegadamente, teriam ocorrido ao nível da gestão do banco, envolvendo três quadros superiores.
Em Novembro daquele ano, o Governo revelou que ia propor ao Parlamento a nacionalização do BPN. Miguel Cadilhe considerou a nacionalização «desproporcionada» e motivada por razões «políticas» e anunciou a sua saída assim que o processo de nacionalização do banco estivesse concluído.
Na intervenção inicial na audição de hoje na comissão de inquérito, Cadilhe centrou-se na sua intervenção no BPN em 2008, quando foi presidente, quase cinco meses, tendo feito várias críticas à actuação do Banco de Portugal, de que Vítor Constâncio era então Governador, assim como à opção do Governo pela nacionalização em detrimento do plano apresentado pela sua administração (de capitais mistos, públicos e privados).
Lusa/SOL
O presidente do BPN ao tempo da nacionalização considerou hoje que o Banco de Portugal teve uma «falha grave» ao não detectar o que se passou no BPN e que a Procuradoria-Geral da República deveria ter investigado o caso.
«O BdP teve uma falha de tal modo grave e demorada que deveríamos ter apurado responsabilidades institucionais.
E depois a instituição devia chamar pessoas singulares à responsabilidade», disse Miguel Cadilhe na comissão de inquérito parlamentar à nacionalização e reprivatização do BPN, em reposta a questões do deputado comunista Honório Novo.
«Eu não sou jurista, mas penso que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tinha poder de averiguar porque é que a instituição falhou tal flagrantemente e com consequências tão sérias para as finanças públicas e para a credibilidade do sistema financeiro», acrescentou o ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva.
Cadilhe disse que não sabe se o actual Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, terá ainda possibilidade de apurar essas responsabilidades no seio da instituição que lidera.
«Quando coisas tão graves não têm consequências, há qualquer coisa que não está bem na República em Portugal», concluiu.
Miguel Cadilhe foi eleito presidente do grupo SLN/BPN em Junho de 2008 e logo em Outubro do mesmo ano a sua administração denunciou vários crimes financeiros que, alegadamente, teriam ocorrido ao nível da gestão do banco, envolvendo três quadros superiores.
Em Novembro daquele ano, o Governo revelou que ia propor ao Parlamento a nacionalização do BPN. Miguel Cadilhe considerou a nacionalização «desproporcionada» e motivada por razões «políticas» e anunciou a sua saída assim que o processo de nacionalização do banco estivesse concluído.
Na intervenção inicial na audição de hoje na comissão de inquérito, Cadilhe centrou-se na sua intervenção no BPN em 2008, quando foi presidente, quase cinco meses, tendo feito várias críticas à actuação do Banco de Portugal, de que Vítor Constâncio era então Governador, assim como à opção do Governo pela nacionalização em detrimento do plano apresentado pela sua administração (de capitais mistos, públicos e privados).
Lusa/SOL