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Casamento sim! Ou... porque não?

Luz Divina

GF Ouro
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Já dizia Harris (1970)*, que o casamento seria uma instituição criada para desempenhar as tarefas que foram consignadas à família, ou seja, a procriação, a educação das crianças e a transmissão de cultura.


Hoje, e não muito longe do que o autor afirmava, tem-se como definição de casamento a união entre um homem e uma mulher, realizada de tal modo que os filhos que a mulher dá à luz são reconhecidos como sendo os filhos legítimos dos dois cônjuges.

A maioria de nós deve ter a ideia de que nos nossos antepassados, o casamento seria uma forma de celebrar uma união que teria de ser salvaguardada de tudo e de todos.


Mas parece que a relação conjugal deixou de ser algo a preservar a qualquer preço ou mesmo a custo de todos os sacrifícios. Poder-se-á mesmo dizer que se perdeu um pouco (senão muito) por toda a parte, a importância do modelo tradicional de casamento.


A ideia do dia do noivo, do dia da noiva, dos cursos para noivos, dos guias de noivos, os penteados, a maquilhagem, a estética, o salão e produtos de beleza, as quintas para casamentos, as músicas para casamento, os convites de casamento, viagens de lua-de-mel.
Tudo isto são floreados para tornar a cerimónia do casamento mais estonteante.


Mas, vejamos os índices de divórcios com que somos confrontados.


Onde ficou "O Amor e uma Cabana"?!


Há já algum tempo que esta ideia se direcciona apenas para as ideologias românticas e muito pouco pragmáticas, e hoje o mundo é, cada vez mais, feito de pragmatismo.

Existe ainda uma grande vontade de casar, mas não "aquela" vontade, que se podia encontrar em gerações e gerações anteriores às dos nossos pais. Houve, de alguma forma, uma transformação de valores.


Hoje em dia podemos verificar que muitos dos casais que se decidem pelo casamento, coabitaram antes de o fazer, e tendo em conta que coabitar implica uma partilha integral com o outro, o casamento torna-se como que uma forma cómoda de estar.


Fazem-no, ou para não levantar problemas com a família ou sociedade, ou mesmo apenas para justificar aquele pensamento do "porque não"?! Porque não casar, uma vez que apenas muda um papel assinado? Este mesmo pensamento, vai de encontro a um estudo efectuado por Torres (1994)**, com jovens casais portugueses.


Neste estudo podemos perceber que o facto dos jovens casais optarem pela via do casamento não parece constituir algum tipo de problema.


O casamento é como uma sugestão mansa a que os jovens cedem mansamente. É esta questão que nos coloca entre duas respostas. Quando pensamos em casamento, será que a nossa resposta é... Sim! Ou, Porque Não?! Vamos pensar sobre isso?




M.R.

* Harris, C. C. (1970), The Family. George Allen & Unwin. Londres Eds.
** Torres, A. (1994), Actas das Sessões Temáticas do III Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Dinâmicas Multiculturais, novas faces outros olhares. Vol. II I.C.S. Eds da U.






Fonte:kazulo
 
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