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Tudo sobre o Parto

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O segundo parto

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O parto é sempre o momento mais temido - e ao mesmo tempo mais desejado - pela futura mamã. Mas, embora pareça mentira, quando se trata da segunda experiência, os receios são, geralmente, maiores.

Quem observa a cena de fora, acha que as mulheres que esperam um segundo filho, como já passaram pela experiência e “sabem do que se trata”, manejarão a situação “à vontade”, e entrarão na sala de parto com uma grande confiança.

No entanto, nada mais afastado da realidade. Porque a verdade e que o segundo parto vive-se, a maior parte das vezes, com mais angústia de que o primeiro. Com efeito, os receios da mamã que vai dar à luz o seu segundo filho - embora sejam semelhantes aos que experimentou com o primeiro - , estão agora corrigidos e aumentados. Neste caso, somam-se novas ansiedades, que se aplicam a todo o parto, e que serão ainda maiores com o terceiro filho.

O que quer dizer que o medo incrementa-se na medida em que aumenta o número de filhos. Noutras palavras: quanto mais partos, maiores receios. Embora pareça um paradoxo, nesse momento concentram-se todos os temores, ansiedades e preocupações face aos riscos - tanto reais como imaginários - que agora se sabe, com toda a certeza, que existem. No entanto, é verdade que os receios, trate-se do primeiro filho ou do quinto, dependem de cada mulher e da sua história.

Na recta final

Durante o último mês de gestação, seja do primeiro ou do sexto filho, a iminência do nascimento do bebé representa para os pais, e muito especialmente para a mãe, o culminar de um período de tensa espera. O parto depressa chegará, e as fantasias concentram-se em redor do medo da morte, da dor e do vazio. Na parte final, da mesma maneira como aconteceu com o primeiro filho e que sucederá com os seguintes, a mulher tem sentimentos desencontrados. Por um lado, a sua parte “madura” anseia pela chegada do bebé.

Por outro, perturba-a a ideia de que a gravidez esteja a chegar ao fim. E, ao mesmo tempo, o seu aspecto mais infantil anseia por escapar do parto com medo da dor. A verdade é que face a cada parto a futura mãe sente que deve efectuar um exame no qual - nada mais nada menos - vai “tirar o diploma de mamã” tantas vezes como filhos tiver. E é muito importante dar-lhe a garantia de que saberá fazê-lo muito bem.

Os receios do pré-parto


A ansiedade específica desta etapa é a incerteza, que se exprime sob a forma de curiosidade, respeitante à data em que se produzirá o parto e do sexo do filho, se é que ainda não o conhece. E embora cada mamã deposite os seus temores em alguma circunstância particular que a inquieta e preocupa, existem alguns que poderíamos chamar “universais”, dado que são compartilhados por quase todas as mulheres. Os mais frequentes referem-se a situações que a mulher não pode controlar. Entre eles: não conhecer como está colocado o bebé na sua barriga, não saber o que ele faz e o que sente, e o medo ao roubo ou troca do bebé. É por isso que todas as mães desejam e pedem sempre para ver o seu bebé na altura em que nasce. Desta forma, pode reconhecê-lo como próprio.

Surgem, ao mesmo tempo, os receios de morrer no momento de dar à luz, de ter um parto traumático, um filho disforme, ou a morte do bebé, aos que se somam o de não encontrar o médico no instante preciso, o de não saber quando deve ir para a maternidade, ou de ficar sozinha quando começam as contracções. No respeitante ao medo da dor, suscita-se um paradoxo. Por um lado, o bíblico “parirás com dor” parece continuar a vigorar apesar da existência da anestesia peridural. De facto, muitas vezes a mulher chega à maternidade em avançado trabalho de parto e ao perguntar-lhe porque não chegou mais cedo ela responde “porque não me doía”. De modo que parto e a dor parecem estar indissoluvelmente associados. E como se tudo isto fosse pouco, aparecem, além disso, o medo de enfrentar esse desconhecido que é o recém-nascido, e a angústia da separação, essa tristeza pela perda da barriga. Porque embora seja verdade que se ganha um filho, perde-se o estado de grávida, vivido geralmente como um estado de plenitude, com todos os olhares, mimos e elogios. Situação que não se repetirá até à próxima gravidez.

Segundo parto, novos receios


Quando se trata do segundo filho, às ansiedades atrás mencionadas, somam-se algumas novas, relacionadas, basicamente, com o primogénito. Com efeito, nas últimas semanas ou dias anteriores ao parto, a mamã tem vontade de conhecer o seu bebé, tê-lo nos braços, dar forma e rosto às imagens tantas vezes fantasiadas e esperadas, mas sente, ao mesmo tempo, uma série de receios e preocupações pelo seu primeiro filho.

Um momento maravilhoso

Não obstante, e para lá dos receios, o parto é um processo natural e maravilhoso, para o qual nos preparámos durante nove meses. Chegado o momento, com uma adequada atenção profissional conseguiremos dominar a ansiedade e desfrutar de uma das experiências mais fascinantes da vida. Para finalizar, um pequeno conselho “anti-ciúmes” (e pró auto-estima): no momento de entrar na maternidade, coloque no saco um porta-retratos com uma fotografia linda e grande do primogénito. Desta maneira, quando visitar a sua mamã e o bebé na maternidade, a criança sentirá que apesar da chegada de um novo membro à família ele também continua a ser importante, conserva certo protagonismo e, fundamentalmente, está muito presente entre os afectos mais apreciados pela sua mamã.

Os receios típicos de todos os partos

Que o bebé nasça com alguma malformação.
À morte do recém-nascido.
À dor.
Às contracções e à episiotomia.
De ficar magoada.
De morrer no parto.
À solidão e ao desamparo.
A expulsar ou reter o bebé, como expressão do desejo de um parto prematuro ou de prolongar a gravidez.
De não recuperar a linha.
De não saber quando tem de sair da maternidade.
De não chegar a tempo à maternidade e dar à luz em casa ou noutro lugar.
De que o “seu” médico não chegue a tempo para o parto.
Os receios do segundo parto

Além das ansiedades típicas do parto, com o segundo filho a mãe experimenta alguns receios novos:

De morrer durante o parto e que o primogénito fique sem mãe.
Dos ciúmes do primogénito: até agora “rei” da casa, a mamã receia pelos naturais ciúmes que o primeiro filho sentirá pela presença do seu irmãozinho.
De não conseguir amar o novo bebé com a mesma intensidade do primeiro: este sentimento é comum a todas as mamãs que esperam um segundo filho, embora nem sempre o manifestem abertamente (“que pensarão se me ouvem? Vão julgar que eu sou uma má mãe”).
Quem cuidará do primogénito quando ela for internada: quando a data do primeiro parto se aproxima, a mamã preocupa-se pelo enxoval, por ter a casa preparada para receber o bebé e o saco pronto com todas as coisas que deve levar para a maternidade. Mas agora deverá prever, além disso, quem cuidará do irmãozinho - ansioso, na expectativa e ciumento - quando tiver de sair da maternidade. Com quem ficará? Tratá-lo-ão como eu o tratava? E se for de madrugada, como farei? E se não me der tempo de deixá-lo com a avó? Estas são algumas das dúvidas mais frequentes.
 

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Os medos mais comuns perante o parto

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Está nervosa com o parto? Não é a única!
Veja em seguida alguns dos medos mais comuns relativamente ao trabalho de parto e como lidar com eles.



• Não vou conseguir aguentar a dor.

Uma em cada cinco mulheres grávidas diz que este é o seu principal medo no terceiro trimestre, segundo um inquérito do BabyCenter. Embora seja verdade que o trabalho de parto e a expulsão são dolorosos para a maioria das mulheres, existem analgésicos eficazes e não deverá sentir-se culpada se pedir que lhe sejam administrados. A grande maioria das mulheres grávidas usa algum tipo de analgésico durante o trabalho de parto. Se achar que os métodos de controlo da respiração e outras técnicas de relaxamento não serão suficientes, não pense duas vezes em pedir ajuda ao médico.

• Vou precisar de uma episiotomia ou vou rasgar.
Uma episiotomia é um corte cirúrgico na zona muscular entre a vagina e o ânus, efectuado mesmo antes da expulsão, a fim de aumentar a abertura vaginal. Algumas mulheres rasgam espontaneamente esta zona e esses rasgões podem ser desde praticamente indetectáveis até muito grandes (cuja reparação requer uma grande quantidade de pontos). Em tempos eram a norma, mas as episiotomias estão a ser menos utilizadas. Segundo um estudo publicado na revista Obstetrics and Gynecology, as taxas de episiotomia num hospital de Filadélfia diminuíram de quase 70% de todos os nascimentos em 1983 para 19% de todos os nascimentos em 2000. Fale com o seu médico sobre a frequência e em que condições opta pela episiotomia e de que forma é possível evitar ter de fazê-la ou rasgar.

• Vou esvaziar os intestinos durante a expulsão.
Num inquérito recente do BabyCenter, 70% das mulheres disseram que receavam ter esvaziado os intestinos na mesa de parto, 39% afirmaram que o tinham feito efectivamente e, entre estas, apenas 22% se sentiam envergonhadas. Embora possa neste momento ter dificuldade em acreditar, se os seus intestinos se esvaziarem efectivamente durante a expulsão, a verdade é que ninguém lho dará a entender. As enfermeiras e os médicos limpam tudo possivelmente antes de sequer dar conta de que aconteceu. Se estiver mesmo muito preocupada com esta questão, quando chegar ao hospital peça um clister para limpar os intestinos. Outro pensamento reconfortante: o princípio do trabalho de parto estimula muitas vezes a diarreia. Se este for um dos seus sintomas, o mais provável é que o seu sistema fique todo limpo.

• Parto prematuro.
Cerca de 13% dos bebés dos Estados Unidos nascem prematuramente – antes das 37 semanas. Para reduzir a possibilidade de parto prematuro, cuide-se bem: alimente-se correctamente, descanse muito, vá regularmente às consultas, controle o seu stress e cuide da sua higiene íntima e dentária. Poderá gostar de saber que, mesmo que nascesse esta semana, o seu bebé teria óptimas probabilidades de sobrevivência e, a cada dia que passa na sua gravidez, aumentam as suas hipóteses de ter um bebé saudável.

• Vão encher-me de intervenções médicas desnecessárias.
A melhor forma de lidar com este receio é uma conversa franca com o seu médico. Se confiar no seu médico, pode ficar descansada e saber que ele fará o melhor possível por si e pelo bebé no dia do parto. Se tiver conhecimento dos seus desejos e preferências (pense em elaborar um plano de nascimento), estará em condições de dar o seu melhor no sentido de os satisfazer

• Ter de fazer uma cesariana.
Dado que uma em cada cinco primeiras gravidezes acaba por necessitar de cesariana para o nascimento do bebé, é um receio compreensível. A boa notícia é que se trata de uma cirurgia muito segura e que a maioria das mulheres recupera completamente no espaço de algumas semanas. Caso ocorra uma situação de emergência durante o trabalho de parto e o bebé entre em sofrimento, trata-se de uma operação vital.

• Não chegar a tempo ao hospital.

São muito pouco frequentes os partos de emergência em casa, especialmente numa primeira gravidez. Mas se não consegue livrar-se deste medo, o melhor que tem a fazer é preparar-se para essa possibilidade.
 

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O Papel do Pai na Sala de Partos

A maternidade e a paternidade conjuntas devem começar na concepção da nova vida, evoluir durante a gravidez, testemunhar e participar activamente no nascimento, e acompanhar contínua e proactivamente o crescimento dos filhos. Durante estas várias etapas a importância do papel da mãe não se deverá sobrepor ao do pai. Apesar de distintos, em algumas fases, a maternidade e a paternidade devem fundir-se e, em conjunto, contribuir para o sucesso e evolução familiar.

O papel do pai tem sofrido, nos últimos anos, uma enorme mudança. Se antigamente o pai não intervinha nos cuidados com os filhos e nas tarefas com eles relacionadas, hoje em dia, é muito mais participativo e a sua intervenção é reconhecida como essencial. Obviamente sempre existiram excepções, mas, na sua maioria, o pai era muito mais distante do que o é nos dias de hoje.

Até há alguns anos, o papel do homem era esperar, passiva e ansiosamente pela notícia do nascimento, de saber o que estaria acontecer para além das portas que o separavam da sua mulher. Para inverter esta tendência ancestral é essencial incluir o pai no parto. A sua presença e apoio podem transmitir segurança afectiva à mulher que funcionará como elemento tranquilizador e protector. Portanto, as mudanças na forma de ver e de compreender a paternidade trouxeram o futuro pai a um local até então inacessível para ele: a sala de partos.

Numa sala de partos, repleta de inúmeros aparelhos e monitores, o movimento de médicos e enfermeiros é frenética. No meio desta azáfama existem duas pessoas, a mãe e o pai, concentradas num único objectivo, o nascimento do seu filho. Devido a estes constrangimentos, ao intenso movimento e algumas vezes por questões culturais, o pai é frequentemente ignorado e posto à margem do processo do nascimento.

À medida que a gravidez evolui, o pai e mãe fazem um investimento emocional e progressivo na relação com o bebé que vai nascer. É neste contexto que o futuro pai encontra novas possibilidades de participar e investir a sua energia de forma positiva e adequada. Por outro lado, o homem vai desenhando mentalmente os novos contornos familiares e interioriza a sua importância como pai e como marido/companheiro.

Na sala de partos o pai fantasia internamente à cerca da sua paternidade e se deve assumir um papel mais activo e mais responsável no momento do nascimento do seu filho. O pai que assiste ao parto pode e deve ser considerado como fonte de confiança e de coragem para a mulher grávida. Ao mesmo tempo, o pai sente que faz parte integrante do nascimento e este sentimento é importante para si na construção do seu papel como pai.

No entanto, a participação do pai no nascimento deve, ser uma decisão reflectida e ponderada pelo casal, para não correr o risco de se cingir a uma presença vazia, confusa ou mesmo constrangedora.

A presença do pai implica acreditar que o nascimento de um filho depende, tanto da mãe como de si próprio. Deve perceber que cada olhar e cada sentimento desse dia e dos dias seguintes, irá definir sentidos ao longo de toda a vida nas suas significações parentais.

A sua participação é tanto mais importante quanto mais compreendida e esclarecida for a sua tarefa no papel que irá desempenhar durante o nascimento do seu filho.

O lugar do pai deve ser ao lado da mulher, mantendo com ela um contacto visual, ajudando-a a respirar, a relaxar e a fazer força, com palavras de motivação e de encorajamento.

É o pai, com sentimentos e preocupações que contrastam com a alegria do nascimento de um Filho, que cada vez mais necessita de ser envolvido no processo de maternidade. A sua participação em todo o processo pode tornar-se um factor relevante para a tríade familiar, já que o seu envolvimento é um factor facilitador pela segurança que transmite desde o início da gestação até ao nascimento do bebé.

conteúdos gentilmente cedidos por :

Enfª Sandra Lopes
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia

e

Enfº Luís Mós
Enfermeiro Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia
 

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Parto Orgásmico

Tanto quanto no sexo, existe muito mais no nascimento humano do que o que se pode encontrar no corpo e nas suas medidas. São indissociáveis as emoções e os sentimentos ao lado dos eventos mecânicos já conhecidos.


Parto orgásmico não só é possível como é muito mais comum do que parece. O debate pode ser recente, mas a possibilidade de se encarar o parto como um evento pleno de prazer é tão antiga quanto a própria humanidade.
É importante definir o que é «parto orgásmico», e para tanto começo por explicar o que ele não é. Parto orgásmico não é uma técnica ou um método. Parto orgásmico não é uma moda, uma «new fashion», uma onda. Parto orgásmico não é um produto, algo que se compra ou adquire. Parto orgásmico é um mergulho profundo no ser feminino. É a descoberta do prazer de parir; o segredo mais bem guardado, no dizer da parteira americana Ina May Gaskin.
É uma possibilidade para qualquer mulher desde que possa despir-se das capas de medo criadas pela cultura patriarcal que tenta dominar a força criativa da mulher, culpabilizando-lhe o prazer e domesticando o feminino.

As conquistas recentes neste campo abriram as portas para a discussão da sexualidade da «nova mulher pós-pílula» e, como conseqüência, emergiu o debate do parto como parte da vida sexual de qualquer mulher. A partir deste momento, em meados dos anos 80, inúmeros investigadores se entregaram ao estudo das características psicológicas, afetivas, emocionais e hormonais relativas ao nascimento e se depararam com constatações no mínimo inquietantes: havia uma similaridade impressionante entre parto e atividade sexual em todos os aspectos analisados. A mesma perda cognitiva, o mesmo apagamento neocortical, a mesma necessidade de privacidade, a mesma confluência circulatória para os genitais e as mesmas hormonas envolvidas.

A ocitocina surgia como a hormona chave para a compreensão do fenómeno do parto. Michel Odent, médico francês radicado em Londres chama-lhe «a hormona do amor», porque está presente sempre que um momento amoroso se expressa, como no parto e no encontro sexual. Além disso, a sua hormona oposta, a adrenalina, fundamental para o orgasmo, é a mesma implicada no reflexo de ejeção do bebé. Fácil fica, para qualquer observador perspicaz, perceber que existe um claro paralelismo entre os eventos do parto e os do sexo, fazendo-nos enxergar pela primeira vez o nascimento inserido nas forças sexuais de uma mulher.

Mais do que um evento biológico

Mas tão logo percebemos a sexualidade escondida por detrás dos eventos que cercavam o nascimento, ficou-nos claro que as repercussões desta «nova» visão do nascimento só poderiam ser dramáticas. Já não seria possível encarar o parto como um evento biológico, artificialmente controlado em função das variáveis mecanicistas que são ensinadas na escola médica: feto, percurso e força contrátil. Haveria que se modificar totalmente a percepção do evento que passaria dos domínios do profano para o âmbito do sagrado.
Através desta maneira radical de compreensão, tornava-se muito difícil continuar a entender o nascimento humano de uma forma mecanicista, pela evidência inequívoca de que a sexualidade extrapola claramente os limites da corporalidade.

Tanto quanto no sexo, existe muito mais no nascimento humano do que o que se pode encontrar no corpo e suas medidas. Assim sendo, abria-se automaticamente uma nova dimensão no nascimento, qual seja, a indissociabilidade das emoções e sentimentos ao lado dos eventos mecânicos já conhecidos. Ficou evidente que muitas mulheres falhavam em ter seus filhos de uma forma mais natural porque algo além do corpo as impedia.

Passamos a entender também que a própria sensação dolorosa estava nitidamente ligada à maneira como tais mulheres «sentiam» o parto, na integralidade dos processos participantes.
Elementos muito mais subtis (mas não menos poderosos) do que as células, tecidos e órgãos actuam durante a prática sexual e o trabalho de parto. Caberia a nós, assistentes do nascimento, descobrir onde estavam estas outras «forças ocultas» que, assim como no sexo, alojavam-se em um estrato diferente da nossa consciência superficial.

Desta forma, a sexualidade, o prazer e o orgasmo entravam no discurso de um pequeno grupo de profissionais que percebiam a possibilidade que as mulheres tinham de aceder a estas sensações desde que específicas condições ambientais pudessem ser criadas. Tais condições nada têm de complexas, dispendiosas ou caras: trata-se de oferecer-lhes dignidade, privacidade, cuidado respeitoso e carinho. Praticamente as mesmas necessidades que qualquer mulher procura para um encontro de amor.

O orgasmo durante o trabalho de parto pode ter um potente efeito relaxante para a mulher. Algumas mulheres que tiveram orgasmos durante o processo relatam que isso lhes ofereceu um input incrementado de ocitocina. Tal influxo hormonal produziu - aparte de uma profunda sensação de bem-estar - a normalização da contratilidade uterina.

Entretanto, um orgasmo durante o trabalho de parto não é algo que se busca; não pode ser o foco objectivo deste evento ou algo a ser conscientemente alcançado. Por outro lado, ele pode ocorrer naturalmente quando a mulher, livre dos preconceitos e liberta das amarras do modelo que criminaliza a sexualidade feminina, se permite sentir as sensações que seu próprio corpo lhe oferece.

Que diferença faz?

Mas qual a vantagem de ter um parto orgásmico? Que diferença positiva isso poderia produzir na vida de uma mulher ou de um bebé? A este questionamento pode-se responder com uma pergunta: qual a vantagem de uma relação sexual prazerosa, com quem se ama, e que termina com um orgasmo? Um parto orgásmico é essencialmente um direito que cada mulher possui, mas para que um parto com tal nível de arrebatamento sexual possa ocorrer é necessário que os profissionais que prestam assistência possam oferecer as condições para que tal ocorra.

Se entendermos que as condições para que um parto seja orgásmico são as mesmas para oferecer tranqüilidade e harmonia durante o trabalho de parto, estaremos oferecendo às parturientes uma diminuição do stress e da ansiedade, com uma consequente quebra do círculo adrenalínico de medo-tensão-dor, descrito há décadas por Grantly Dick-Read como o principal complicador do processo de nascimento.

O orgasmo durante o nascimento só pode ocorrer quando todas as variáveis de segurança, afeto, tranqüilidade e equilíbrio emocional estiverem garantidas. Desta forma, o orgasmo será a conseqüência deste ambiente de positividade, e não sua busca objectiva.

Pode aprender-se?
Fica claro para qualquer bom entendedor que este tema não se presta a realização de cursos e «workshops». Como dito anteriormente, parto orgásmico nao é uma técnica, um método ou uma moda para mulheres burguesas que podem pagar por uma experiência diferente. Parto orgásmico é uma evidência empírica presente na experiência de inúmeros «assistentes» de parto e milhares de mulheres.

A princípio tal questão assustou alguns profissionais, mas depois os instigou a se perguntar o «porquê» de algumas mulheres o atingirem, enquanto tantas outras apenas tratavam do parto como um evento cercado de medo e dor.

Portanto, não se trata de fazer «cursos para partos orgásmicos», da mesma forma que não se ensina a uma mulher, através de aulas teóricas ou cursos, como atingir um orgasmo. É algo de sua experiência íntima, pessoal, assim como de sua história de vida.
 

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Dar a volta ao medo

Medo da dor, medo do desconhecido, medo do hospital, medo da episiotomia, medo de ser mãe, medo da morte... A perspectiva do parto pode dar origem a muitos medos. Ficar presa a eles não é inevitável.


«As mulheres crescem a ouvir histórias terríveis sobre o parto», afirma Luísa Condeço, doula e co-fundadora da Associação Doulas de Portugal. «Às vezes, é para alguém exorcizar o seu próprio parto traumático, outras vezes é apenas porque sim, porque faz parte do ritual de passagem.»
Ofélia Moreira, fisioterapeuta com formação na Área da Saúde Materna, acompanha grávidas em sessões de preparação para o nascimento há 11 anos e confirma esta ideia: «As histórias dos partos que correm mal têm muito eco, passam de boca em boca durante muito tempo», afirma. «Um parto que corre bem, e felizmente é o que acontece na maior parte dos casos, não tem eco. Quando as grávidas começam a fazer a preparação para o parto, sente-se muito a importância dessas histórias que trazem consigo, onde se incluem, claro, as experiências de parto das suas mães», conta.
Neste contexto, caracterizado por alguns como de terrorismo psicológico, é frequente que o medo seja o sentimento dominante em relação ao nascimento de um filho.

O medo da dor
A dor é uma sensação muito subjectiva. E a maneira como a encaramos é decisiva no desenrolar do trabalho de parto. De um modo geral, as mulheres estão à espera da dor, pensam no parto como uma situação em primeiro lugar dolorosa. O terrorismo psicológico já referido faz da dor o principal ingrediente do parto. E quando aparecem as primeiras contracções, o cérebro interpreta-as logo como dor, mesmo que ainda dêem apenas um desconforto.
O trabalho das doulas passa muito pelo desmistificar de ideias feitas, com a ajuda de evidências científicas, e pela mentalização positiva. Em relação à dor, «explicamos que a melhor estratégia para enfrentar a dor é encará-la como uma aliada, sempre partindo do princípio que ela pode ou não existir. É óbvio que não podemos dizer que não vai doer, mas podemos ajudar a grávida a encará-la de uma forma positiva», conta Luísa Condeço. «Esta dor deve ser a única que não significa que alguma coisa está mal no nosso corpo. Pelo contrário, está dor significa que o nosso corpo está a fazer o seu trabalho. A dor tem uma função fisiológica, leva a mulher a descontrair-se entre as contracções, a libertar analgésicos naturais e conduz a um estado alterado de consciência. Isto não acontece se amulher estiver tensa desde o início. Se estiver preocupada em combater a dor, está a enfatizar essa dor. Se aceitarmos a dor, ela é relativizada e consegue-se descontrair, relaxar entre contracções, contribuindo para uma maior libertação de occitocina», explica Luísa. «Mostramos também que a natureza é sábia: deu-nos as contracções para nos ajudar, mas também nos deu os intervalos entre elas, para podermos descansar, respirar fundo. Temos de saber aproveitá-los».
Ofélia Moreira corrobora esta ideia, afirmando que há um ciclo vicioso entre três factores: medo-tensão-dor. «Quando há medo aumenta a tensão, que aumenta a dor. Na preparação para o parto, ajudamos a mulher a ter mais confiança e a não entrar neste cíclo. Se estiver descontraída, a dor fica mais controlada», explica. «De qualquer forma, penso que o medo da dor começa a não ser o principal medo das grávidas, a não ser que tenham ouvido histórias muito negativas. Com a epidural, penso que o medo da dor se torna secundário», acrescenta.

O medo do desconhecido

O medo do desconhecido é outro dos receios mais referidos pelas grávidas que vão ser mães pela primeira vez. E não é para menos, uma vez que é grande o desconhecimento em relação ao próprio corpo. A nossa sociedade afastou-nos tanto da natureza, que nos afastou do nosso próprio corpo. «Estamos muito longe do nosso lado mais biológico, mais animal», afirma Luísa. A ignorância das mulheres sobre o seu corpo não ajuda. Não aprendem a ouvir o seu corpo, não testemunham o nascimento de crianças próximas, só conhecem as histórias terríveis, de modo que o desconhecido faz nascer, muitas vezes, medos infundados», defende.
Por isso, a informação é importante. Informação objectiva sobre todo o processo, sobre o que se passa no corpo e sobre o que se passa no hospital. «As mulheres que procuram uma doula querem informação porque sentem que parir não pode ser só sofrimento», afirma Luísa.
Diogo Ayres de Campos, director do Serviço de Obstetrícia do Hospital de S. João, no Porto, concorda que o medo da dor e o medo do desconhecido são, hoje, os grandes temores das grávidas. Por isso, também defende que a preparação é essencial para atenuar o medo: «Já existe hoje, nos hospitais, uma preocupação com os aspectos psicológicos envolvidos no parto e, por isso, há programas de preparação no próprio hospital, que incluem uma visita guiada ao bloco de partos.»

O medo do hospital
Se por um lado o hospital oferece segurança à maior parte das mulheres, por outro pode ser um motivo de angústia, de receios. «Saber que se vai estar em trabalho de parto num ambiente sem privacidade, saber que se vai estar sujeita a procedimentos assutadores é seguramente um motivo para ter medo. Não acredito que haja uma mulher que não tenha medo de uma episiotomia. O medo do hospital pode também vir na sequência de um primeiro parto traumático», conta Luísa Condeço. «Cada vez mais, as mulheres sentem que têm o direito de fazer escolhas. E é isso que lhes mostramos», acrescenta.

Os medos escondidos
Para além de todos estes medos muito objectivos, há também medos que têm origem em processo psicológicos complexos, quase sempre inconscientes. Por exemplo, o medo da morte. O facto de a morte ser hoje muito pouco provável no momento do parto não afastou esse medo. «É uma situação de risco, uma situação limite. Mesmo quando se consegue um estado alterado de consciência, é frequente as mulheres dizerem ¿vou morrer¿», conta Luísa Condeço. Na sua opinião, «o facto de não lidarmos bem com a morte faz com que também não lidemos bem com o nascimento».
Mas há outros medos escondidos: a vergonha (que é o medo de perder a compostura); o medo da separação do bebé; a angústia de deixar de ser apenas filha para passar a ser também mãe. «O parto coloca-nos perante nós mesmas. Isso pode ser assustador. Mas podemos ficar com mais força, se deixarmos vir ao de cima o nosso lado mais primitivo», afirma Luísa Condeço.

O efeito do medo
É concensual que o medo e a expectativa que temos em relação ao parto condiciona a forma como este se desenrola. «Penso que o medo pode condicionar a progressão do trabalho de parto, sim, há algumas evidências nesse sentido. A explicação fisiológica é que o medo faz subir os níveis da adrenalina, o que faz diminuir os níveis da occitocina, a hormona responsável pelas contracções», explica Diogo Ayres de Campos.
Luísa Condeço reforça esta ideia: «O medo faz libertar adrenalina o que pode fazer parar a progressão do trabalho de parto. Isso gera mais ansiedade e mais medo na mãe e até na equipa médica. Temos de deixar de encarar o parto como um sofrimento do princípio ao fim.» E conclui: «Precisamos de redescobrir a nossa capacidade inata de parir.»

Para dar a volta ao medo, é bom ter sempre presentes alguns factos que, por vezes, parecem esquecidos:
- o corpo da mulher está preparado para parir e a natureza sabe o que faz
- o útero tem uma baixíssima sensibilidade à dor
- o colo do útero sim, tem sensibilidade à dor. Para ajudar a suportar a dor, o corpo segrega um analgésico natural, a betaendorfina. Se estiver descontraída, o seu organismo segregará maiores quantidades de betaendorfina.
- a vagina é um órgão elástico com um enorme poder de dilatação.
- quando se está preparada e se aceita o parto como um processo natural e quando se está apoiada por alguém que oferece confiança e segurança, a mulher tem mais probabilidade de ter um trabalho de parto mais rápido e com menos sensação de dor.
 

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Complicações do Trabalho de Parto e do Parto

O trabalho de parto e o parto propriamente dito provocam excitação e ansiedade, mesmo quando não ocorrem problemas. A mulher grávida pode reduzir a ansiedade e aumentar as chances de um bom resultado através do estabelecimento de uma boa relação com o médico ou com a obstetriz.

Os principais problemas do trabalho de parto estão relacionados à sua evolução cronológica. O trabalho de parto pode não iniciar quando as membranas que contêm o feto rompem (ruptura prematura das membranas) ou ele pode iniciar antes da 37a semana de gestação (trabalho de parto prematuro) ou mais de 2 semanas após data prevista (gestação pós-termo).

As dificuldades podem ocorrer quando a mãe ou o feto apresenta um distúrbio clínico, quando a evolução do trabalho de parto é muito lenta ou quando o feto encontra-se em uma posição anormal. Outros sinais de perigo incluem o sangramento vaginal abundante e a freqüência cardíaca fetal anormal.

Os problemas graves são relativamente raros e, freqüentemente, podem ser previstos, mas os problemas podem ocorrer abruptamente ou inesperadamente. O ideal é que eles sejam detectados precocemente, de modo que o tratamento adequado possa ser instituído para garantir um bom resultado.



Ruptura Prematura das Membranas

A ruptura prematura das membranas é a ruptura das membranas cheias de líquido que contêm o feto 1 hora ou mais antes do trabalho de parto iniciar. A ruptura das membranas, seja ela prematura ou não, é comumente denominada ruptura da bolsa.

O líquido amniótico (líquido do interior das membranas) sai pela vagina. No passado, quando as membranas rompiam prematuramente, fazia-se o máximo possível para provocar o parto para prevenir a infecção, a qual poderia afetar a mãe ou o concepto. No entanto, isto não é mais necessário porque o risco de infecção pode ser reduzido diminuindo a quantidade de exames ginecológicos após a ruptura das membranas.

Em um único exame com um espéculo (instrumento que separa as paredes vaginais), o médico pode comprovar a ruptura das membranas, estimar a dilatação do colo do útero e coletar líquido amniótico da vagina. Quando o exame do líquido amniótico indica que os pulmões do feto estão suficientemente maturos, o trabalho de parto é induzido (iniciado artificialmente) e o concepto é retirado.

Quando os pulmões do feto não estão maturos, o médico tentará postergar o parto até que eles amadureçam. Em 50% das mulheres, o repouso ao leito e a administração intravenosa de líquidos retarda o trabalho de parto, mas algumas também necessitam de uma droga que inibe as contrações uterinas (p.ex., o sulfato de magnésio intravenoso, a terbutalina subcutânea ou oral ou, raramente, a ritodrina intravenosa).

A mulher é hospitalizada e mantém repouso ao leito, podendo levantar- se para ir ao banheiro. A temperatura e a freqüência de pulso geralmente são verificadas no mínimo 2 vezes por dia. Um aumento da temperatura ou da freqüência de pulso pode ser um sinal precoce de infecção.

Quando a gestante apresenta uma infecção, o trabalho de parto é induzido e o concepto é removido. Se a perda de líquido amniótico cessar e as contrações interromperem a mulher pode ser liberada, mas ela ainda deve fazer repouso ao leito e deve ver o médico pelo menos uma vez por semana.

Trabalho de Parto Prematuro

O trabalho de parto prematuro é aquele que começa precocemente, antes da 37a semana de gestação. Como os recém-nascidos prematuros podem apresentar problemas cardíacos, os médicos tentam interromper o trabalho de parto prematuro.

O trabalho de parto prematuro é difícil de ser interrompido quando ocorre sangramento vaginal ou ruptura das membranas que envolvem o feto. Quando não ocorre sangramento vaginal nem ruptura das membranas, o repouso ao leito e a administração intravenosa de líquidos ajudam em 50% das vezes.

Contudo, quando o colo do útero dilata mais de 5 centímetros, o trabalho de parto evolui até o nascimento do concepto. O sulfato de magnésio administrado pela via intravenosa interrompe o trabalho de parto em até 80% das mulheres, mas ele pode causar efeitos colaterais (p.ex., aumento da freqüência cardíaca materna e/ou fetal).

A terbutalina subcutânea também pode ser utilizada para interromper o trabalho de parto. Enquanto o trabalho de parto está sendo interrompido, pode ser administrado um corticosteróide (p.ex., betametasona) à mãe para ajudar na maturação pulmonar do concepto e reduzir o risco dele apresentar problemas respiratórios (síndrome da angústia respiratória do recém-nascido) após o nascimento.




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Gestação Pós-Termo e Pós-Maturidade

Uma gestação pós-termo é aquela que continua além da 42a semana. A pós-maturidade é uma síndrome na qual a placenta começa a deixar de funcionar normalmente em uma gestação póstermo, colocando o feto em perigo. Algumas vezes, é difícil determinar quando se passaram 42 semanas, pois a determinação da data precisa nem sempre é fácil de ser determinada.

Algumas vezes, ela não pode ser determinada porque as menstruações da mulher são irregulares ou não tem certeza quanto ao intervalo de tempo entre elas. Por exemplo, quando os ciclos menstruais de uma mulher são de 35 dias ou mais, o parto pode ser retardado apesar de não sê-lo.

No início da gravidez, a ultra-sonografia, um exame seguro e indolor, pode ajudar na determinação do tempo de gestação. Após a 32a semana, a determinação do tempo de gestação pode apresentar um erro de 3 semanas em uma ou em outra direção.

Quando a gestação continua após a 42a semana (a partir do primeiro dia da última menstruação), a mãe e o feto são examinados, verificando-se a presença de sinais de pós-maturidade: atrofia do útero e diminuição dos movimentos fetais. Os exames podem ser iniciados na 41a semana para avaliar os movimentos fetais, a freqüência cardíaca fetal e a quantidade de líquido amniótico, a qual diminui significativamente nas gestações pós-termo.

O tamanho da cabeça do feto é comparado com o tamanho do seu abdômen. Para confirmar um diagnóstico de pós-maturidade, o médico pode realizar uma amniocentese (coleta e exame do líquido amniótico). Uma indicação de pós-maturidade é a coloração esverdeada do líquido amniótico causada pelo mecônio (primeira evacuação do feto).

Este achado indica sofrimento fetal. Desde que a avaliação não detecte sinais de pósmaturidade, pode ser permitida a continuidade de uma gestação. Contudo, quando a avaliação detecta a pós-maturidade, o trabalho de parto é induzido e o concepto é removido.

Quando o colo do útero não é suficientemente flexível para permitir a passagem do feto, é realizada uma cesariana (retirada cirúrgica do concepto através de uma incisão do abdômen e do útero da mãe).

Trabalho de Parto que Evolui Muito Lentamente


A cada hora, o colo do útero deve dilatar pelo menos 1 centímetro e a cabeça do feto deve descer no interior da pelve no mínimo 1 centímetro. Quando isto não ocorre, o feto pode ser muito grande para mover-se através do canal do parto e é necessária a realização de um parto a fórceps ou de uma cesariana.

Quando o canal do parto é suficientemente grande para o feto mas o trabalho de parto não evolui com rapidez suficiente, a ocitocina é administrada pela via intravenosa à mãe para estimular o útero a contrair com mais força. Quando a ocitocina não é eficaz, é realizada uma cesariana.

Posição e Apresentação do Feto

Normalmente, a posição de um feto é de cabeça para baixo e virado em direção às costas da mãe com o pescoço flexionado. A apresentação é cefálica (de cabeça). Uma posição menos comum é aquela na qual o feto está voltado para frente. As apresentações anormais incluem a de face, a de fronte, a pélvica (de nádegas) e a de ombro.


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Apresentações Anormais


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Freqüência Cardíaca Anormal

Durante o trabalho de parto, a freqüência cardíaca fetal é controlada a cada 15 minutos com o auxílio de um estetoscópio fetal (fetoscópio) ou de forma contínua com um aparelho de monitorização cardíaca fetal eletrônica.

A monitorização da freqüência cardíaca fetal é o modo mais fácil de se detectar o sofrimento fetal. Quando é detectada uma alteração significativa da freqüência cardíaca, medidas corretivas (p.ex., administração de oxigênio à mãe, aumento da quantidade de líquido administrado pela via intravenosa e posicionamento da gestante em decúbito lateral esquerdo) geralmente são eficazes. Caso contrário, é realizado um parto a fórceps ou uma cesariana.

Problemas Respiratórios

Raramente, um recém-nascido não começa a respirar apesar de não terem sido detectados problemas antes do parto. Por essa razão, a equipe médica que está dando assistência ao parto deve ter experiência em ressuscitação de recém-nascidos.

Posição Anormal do Feto

Uma posição anormal é aquela na qual o feto ocupa mais espaço ao mover-se através do canal do parto que quando ele se encontra em posição normal, isto é, voltado para trás e com a cabeça voltada para a saída.

Em uma descrição de um feto no interior do útero, a posição refere-se à direção para a qual o feto está voltado e a apresentação refere-se à parte do corpo que está mais voltada para o canal do parto. A combinação mais comum e segura é o feto voltado para trás (em direção às costas da mãe), com a face inclinada para a direita ou para a esquerda e de cabeça (apresentação cefálica), com o pescoço flexionado para frente, o queixo encolhido e os braços cruzados sobre o peito. Quando o feto encontra- se em uma posição ou apresentação diferente, o trabalho de parto pode ser mais difícil e o parto vaginal pode ser impossível.

O feto pode estar voltado para frente, freqüentemente com o pescoço reto (deflexionado). Nesta posição, a cabeça exige mais espaço para passar através do canal do parto e, conseqüentemente, o trabalho de parto pode ser mais longo e o parto mais difícil. Após avaliar esse problema, o médico decide entre o uso do fórceps e a realização de uma cesariana. Na apresentação de face, o pescoço arqueia-se para trás, de forma que o queixo emerge primeiro.

Quando o queixo está colocado para trás e permanece nessa posição, o parto vaginal é impossível. Na apresentação de fronte, o pescoço encontra-se moderadamente arqueado, de modo que a fronte se apresenta primeiro. Em geral, os fetos não permanecem nessa apresentação, mas quando eles o fazem, o parto vaginal é impossível. A apresentação pélvica (de nádegas), na qual as nádegas se apresentam primeiro, também pode ocorrer.

As lesões fetais (incluindo a morte) antes, durante ou após o parto ocorrem quatro vezes mais freqüentemente na apresentação pélvica que nas apresentações cefálicas, em grande parte porque a apresentação pélvica é muito mais comum quando o trabalho de parto é prematuro ou quando o concepto apresenta defeitos congênitos. As complicações podem ser evitadas apenas quando o problema é detectado antes do parto. Algumas vezes, o médico pode virar o feto para que a cabeça se apresente primeiro, comprimindo o abdômen da mãe antes do início do trabalho de parto, geralmente na 37a ou na 38a semana de gestação.

Como as nádegas são mais estreitas que a cabeça, a via de passagem criada por elas no canal do parto não é suficientemente larga para que a cabeça passe através. Além disso, quando a cabeça sai após as nádegas, ela não pode ser moldada para encaixar-se no canal do parto. Por essa razão, o corpo do concepto pode ser retirado e a cabeça pode permanecer aprisionada no interior da mãe.

Conseqüentemente, pode ocorrer distensão da medula espinhal ou de nervos, acarretando lesões nervosas. Quando o umbigo do recém-nascido pode ser observado pela primeira vez fora da mãe, o cordão umbilical está comprimido entre a cabeça do concepto e o canal do parto e, por essa razão, uma quantidade mínima de oxigênio chega ao concepto.

A lesão cerebral decorrente da falta de oxigênio é mais comum em fetos que se apresentam de nádegas que em fetos que se apresentam de cabeça. Em um primeiro parto, esses problemas são piores porque os tecidos da mãe não foram distendidos por partos anteriores.

Como o concepto pode morrer, muitos médicos aconselham a cesariana para a maioria das apresentações pélvicas em primeiras gestações e para todas as apresentações pélvicas em partos prematuros. Ocasionalmente, um feto posicionado horizontalmente através do canal do parto apresenta um ombro primeiro.

Geralmente, é realizada uma cesariana, exceto quando o concepto é o segundo de um par de gêmeos. Neste caso, ele pode ser virado e o parto pode ser vaginal.






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Gêmeos

Em 1 de cada 70 a 80 partos, ocorre o nascimento de gêmeos. Antes do parto, eles podem ser detectados pela ultra-sonografia (a melhor maneira) ou pela monitorização cardíaca fetal eletrônica, a qual revela a presença de dois batimentos cardíacos distintos. Os gêmeos distendem o útero excessivamente e um útero hiperdistendido tende a começar a contrair antes da gestação atingir o termo.

Como conseqüência, os gêmeos geralmente nascem prematuramente e são pequenos. Como os gêmeos podem estar em posições e apresentações variadas, o parto pode ser complicado. A contração do útero após a expulsão do primeiro concepto tende a descolar a placenta do segundo. Como resultado, o segundo concepto tende ter mais problemas durante o parto e um maior risco de lesões ou morte.

Em alguns casos, o útero hiperdistendido não contrai adequadamente após o parto, causando sangramento na mãe. O médico decide antecipadamente se os gêmeos devem ser removidos através da via vaginal ou de uma cesariana. Algumas vezes, ele pode remover o primeiro concepto através da via vaginal e, por questão de segurança, pode optar pela realização de uma cesariana para remover o segundo.

Distócia de Ombro

A distócia de ombro é uma complicação incomum que ocorre em aproximadamente 1 de cada 1.000 apresentações cefálicas, na qual o ombro do feto aloja-se contra o osso púbico e fica aprisionado no canal do parto. Quando a cabeça emerge, ela parece estar sendo tracionada firmemente para trás contra a abertura vaginal.

O tórax é comprimido pelo canal do parto e a boca é mantida fechada pela pressão contra a abertura vaginal, tornando difícil para o médico colocar um tubo respiratório. Como resultado, o feto não pode respirar e a concentração de oxigênio cai em 4 a 5 minutos. Esta complicação é mais comum com os fetos grandes, sobretudo quando o uso do fórceps é necessário antes da cabeça ter descido completamente pelo canal do parto.

No entanto, nem todos os fetos grandes apresentam distócia de ombro. O médico tenta rapidamente várias técnicas para liberar o ombro, de modo que o concepto possa ser extraído através da vagina. Quando essas técnicas fracassam, o concepto raramente pode ser empurrado de volta para o interior da vagina e ser removido através de uma cesariana.

Prolapso do Cordão Umbilical

O prolapso do cordão umbilical é uma complicação rara que ocorre em aproximadamente 1 em cada 1.000 partos, na qual o cordão umbilical precede o concepto na sua passagem através do canal do nascimento. Quando o concepto emerge através do estreito canal do parto, o cordão prolapsado é comprimido e o suprimento sangüíneo ao concepto é interrompido.

Esta complicação pode ser evidente ou não (oculta). O prolapso é evidente quando as membranas rompem e o cordão umbilical protrui através da vagina antes do concepto emergir. Em geral, o prolapso evidente ocorre quando o concepto apresenta-se de nádegas (apresentação pélvica), mas ele pode ocorrer quando o concepto emerge primeiro com a cabeça (apresentação cefálica), sobretudo quando houve uma ruptura prematura das membranas ou quando o feto não desceu para o interior da pelve materna.

Quando o feto não desceu, o fluxo de líquido que ocorre quando as membranas rompem pode arrastar o cordão umbilical antes do feto. Esta é uma das razões pelas quais os médicos não rompem as membranas, exceto quando a cabeça do feto já se encontra no interior da pelve. Quando ocorre um prolapso do cordão umbilical, a realização imediata do parto (geralmente uma cesariana) é necessária para se evitar a lesão fetal em decorrência da interrupção do suprimento sangüíneo.

Até a cirurgia ser iniciada, um enfermeiro ou um médico mantém o concepto afastado do cordão para que o fluxo sangüíneo através do cordão prolapsado não seja interrompido. No prolapso oculto, as membranas estão intactas e o cordão encontra-se na frente do feto ou aprisionado em frente ao seu ombro.

Comumente, o prolapso oculto pode ser detectado através de um padrão anormal da freqüência cardíaca fetal. A mudança de posição da mãe ou a elevação da cabeça do feto para aliviar a pressão sobre o cordão geralmente corrige o problema. Ocasionalmente, a cesariana é necessária.

Embolia de Líquido Amniótico

A embolia de líquido amniótico é a obstrução de uma artéria pulmonar da mãe pelo líquido amniótico (o líquido que envolve o feto no interior do útero). Muito raramente, um êmbolo (uma massa de material estranho na corrente sangüínea) formado por líquido amniótico penetra na corrente sangüínea da mãe, geralmente durante um trabalho de parto particularmente traumático com ruptura das membranas.

O êmbolo desloca- se até os pulmões da mãe e obstrui uma artéria. Essa obstrução é denominada embolia pulmonar. Ela pode produzir um aumento da freqüência cardíaca, arritmias cardíacas, colapso, choque ou inclusive parada cardíaca e morte. Quando a mãe sobrevive, a coagulação intravascular disseminada é uma complicação comum e exige tratamento de emergência.





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Fórceps e Vácuo Extrator

O fórceps ou o vácuo extrator são utilizados para auxiliar no parto. O fórceps é colocado em torno da cabeça do concepto. O vácuo extrator possui uma pequena ventosa em forma de taça feita de um material semelhante à borracha (silastic) que adere à cabeça do concepto quando a aspiração é iniciada. Com qualquer desses instrumentos, o concepto é delicadamente tracionado para fora enquanto a mãe faz força.


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Hemorragia Uterina

A hemorragia (sangramento excessivo) uterina é uma importante após o parto. Comumente, a mãe perde aproximadamente meio litro de sangue durante o parto. Os vasos sangüíneos permanecem abertos quando a placenta descola do útero. As contrações uterinas ajudam a mantêlos fechados até eles cicatrizarem.

Portanto, a perda sangüínea pode ser maior quando o útero não contrai ou quando um fragmento de placenta permanece no interior do útero após o parto e impede que ele contraia totalmente. Uma laceração da vagina ou do colo do útero também pode causar hemorragia.

Procedimentos


Quando ocorrem complicações durante o trabalho de parto e o parto, são utilizados procedimentos como a indução do trabalho de parto ou o parto a fórceps ou com vácuo extrator ou a cesariana .

Indução do Trabalho de Parto

A indução do trabalho de parto consiste em iniciá-lo de forma artificial. A aceleração do trabalho de parto usa as mesmas técnicas e drogas que a indução, mas ela é realizada após o trabalho de parto ter iniciado espontaneamente. Geralmente, a indução do trabalho de parto é considerada somente quando a mãe apresenta um problema obstétrico ou quando ela ou o feto apresenta algum problema médico.

Quando a gestação evolui normalmente, o trabalho de parto raramente é induzido, exceto quando a mulher apresenta dificuldade para chegar ao hospital a tempo para o parto. Muitas vezes, essas mulheres são admitidas no hospital pouco tempo antes da data prevista do parto. Estabelecer a data com precisão é importante.

Por essa razão, o médico pode realizar exames (p.ex., amniocentese) para determinar com acurácia a maturidade fetal antes de induzir o trabalho de parto. Geralmente, o trabalho de parto é induzido através da administração de ocitocina (um hormônio que faz com que o útero contraia com mais força) à gestante. Ela é administrada pela via intravenosa com uma bomba de infusão, de modo que a quantidade da droga administrada pode ser controlada com exatidão.

Durante toda a indução e o trabalho de parto, a freqüência cardíaca fetal é controlada eletronicamente. No início, isto é feito com um monitor colocado sobre o abdômen da gestante. Em seguida, assim que as membranas podem ser rompidas com segurança, um monitor é inserido na vagina e fixado ao couro cabeludo do feto.

Quando a indução fracassa, é realizada uma cesariana. A estimulação do trabalho de parto com ocitocina está indicada quando a mulher tem contrações que não conseguem mover adequadamente o feto através do canal do parto. Contudo, quando ela está na fase inicial do trabalho de parto (quando o colo uterino está discretamente dilatado e as contrações são irregulares) o repouso, a marcha e o encorajamento representam um melhor tratamento que a estimulação do trabalho de parto.

Ocasionalmente, a mulher apresenta contrações muito fortes e/ou muito próximas. Esta condição, denominada trabalho de parto disfuncional hipertônico, é difícil de ser controlada. Quando essas contrações são causadas pela administração de ocitocina, ela é suspensa imediatamente. A paciente pode ser reposicionada e analgésicos podem ser administrados. A terbutalina ou a ritodrina, drogas que ajudam a interromper ou a retardar as contrações, pode ser administrada.

Fórceps e Vácuo Extrator


O fórceps é um instrumento cirúrgico semelhante a um alicate que possui extremidades arredondadas que são encaixadas em torno da cabeça do feto. O vácuo extrator (extrator à vácuo) é uma pequena ventosa em forma de taça feita silastic (um material parecido com a borracha) que é conectada a uma bomba de vácuo.

Essa ventosa é inserida na vagina e colocada sobre a cabeça do feto. Em certos casos, o fórceps é utilizado para ajudar no parto ou para guiar a cabeça do feto. O fórceps é necessário quando o feto entra em sofrimento ou encontra-se em uma posição anormal ou quando o trabalho de parto é prolongado. Ocasionalmente, o trabalho de parto tornase mais longo quando a anestesia impede que a mãe faça força adequadamente.

Em todos esses casos, o médico decide entre o uso do fórceps e a realização de uma cesariana. Quando um parto a fórceps é tentado e ele é muito difícil (o médico não consegue puxar mais forte sem lesar o concepto), uma cesariana é realizada. Uma alternativa ao fórceps é o vácuo extrator, um aparelho que aplica uma sucção sobre a cabeça do feto.

Com este aparelho, o concepto é delicadamente puxado para o exterior. O uso do fórceps pode provocar contusões na face do concepto ou lacerações na vagina da mãe. O vácuo extrator pode lesar o couro cabeludo do concepto. No entanto, todas essas lesões são incomuns.

Cesariana


A cesariana é o parto cirúrgico através da incisão do abdômen e do útero da mãe. Os médicos realizam este procedimento quando o consideram mais seguro que o parto vaginal para a mãe e/ou o bebê. Nos Estados Unidos, aproximadamente 22% dos partos são cesarianas. Os profissionais da saúde envolvidos neste procedimento cirúrgico são um obstetra, um anestesiologista, enfermeiros e um neonatologista (especialista em recém-nascidos) ou um profissional capaz de ressuscitar o recém-nascido quando necessário.

A cesariana é segura por causa dos grandes avanços da medicina em relação aos anestésicos, medicamentos intravenosos, antibióticos e transfusões de sangue. Fazer com que a mãe caminhe um pouco logo após a cirurgia reduz o risco de embolia pulmonar, na qual os coágulos sangüíneos formados nos membros inferiores e na pelve deslocam-se até os pulmões e obstruem artérias desses órgãos. O parto por cesariana causa mais dor após a cirurgia que um parto vaginal e exige uma estadia hospitalar mais longa.

A incisão pode ser realizada na parte superior do útero (incisão clássica) ou na parte inferior (incisão no segmento inferior). Geralmente, a incisão clássica somente é utilizada quando a placenta encontra-se em posição anormal (uma condição denominada placenta prévia) ou quando o feto está posicionado horizontalmente, atravessado no canal do parto. A perda sangüínea é maior que a da incisão no segmento inferior, pois a parte superior do útero possui mais vasos sangüíneos. Além disso, a cicatriz é mais fraca e, conseqüentemente, a possibilidade dela abrir nas gestações seguintes é um pouco maior.

A incisão no segmento inferior pode ser horizontal ou vertical. Na maioria dos casos, é realizada uma incisão horizontal. Geralmente, a incisão vertical é realizada quando o feto encontra- se em uma posição anormal. A escolha entre um parto vaginal ou uma outra cesariana é geralmente oferecida a mulheres que já sofreram uma incisão no segmento inferior. O parto vaginal é bem sucedido em três quartos dessas mulheres. No entanto, o parto vaginal deve ser realizado somente em instituições preparadas para a realização de cesariana, pois existe uma pequena possibilidade da incisão prévia abrir durante o trabalho de parto.
 

Luana

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18 meses para recuperar do parto



18 meses é o tempo que uma mulher demora a recuperar de todas as vicissitudes de ter sido mãe. Esse é, pelo menos, o resultado de um inquérito on-line de uma marca de roupa britânica, ao qual responderam mais de três mil mulheres.




Noites sem dormir, baixa de confiança, receios de perda de independência, preocupações com o regresso à imagem pré-bebé e de que forma serão olhadas pelas outras pessoas são algumas das inquietações das mulheres após o nascimento de um filho, segundo as respostas obtidas pelo inquérito.

Seis em dez mulheres disseram que os níveis de confiança baixaram quando perceberam que as roupas antigas não lhe serviam. Um quarto das mulheres afirmou sentir-se em competição com outras mães – incluindo celebridades – para perder peso.

Seis em dez mães queixaram-se da falta de rotina nos primeiros meses. 68 por cento sentiram-se «uma máquina de alimentação», enquanto 63 por cento admitiram deixar de cuidar do seu próprio aspecto.

Um terço das mulheres teve receio de voltar ao trabalho, enquanto 66 por cento recearam não ter a confiança necessária para desempenhar a sua função. Nove em dez mulheres disseram que o trabalho pareceu deixar de ter importância depois do nascimento de um filho e 79 por cento não queriam deixar o bebé para ir trabalhar.

Mas nem tudo é mau para sempre. Segundo o estudo, em média, 18 meses depois do parto, uma mãe volta a «sentir-se mulher outra vez».

 

Luana

GF Ouro
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A episiotomia

A episiotomia

Após um parto vaginal, a ferida da episiotomia requer cuidados de higiene especiais.



Na maioria dos partos vaginais, especialmente quando se trata de uma primeira gravidez, é comum a prática da episiotomia. Esta prática é utilizada muitas vezes para acelerar o período expulsivo e subsequentemente aliviar o sofrimento fetal e ainda para que se não venham a produzir rasgões incontrolados na zona perineal. O corte cirúrgico é muito mais fácil de suturar do que um rasgão não controlado de bordos sinuosos. Este corte não é geralmente sentido pela mãe em virtude desta se encontrar sob efeito da analgesia e se a mãe não foi sujeita a uma anestesia, para esta prática, ser-lhe-á aplicado um anestésico local. Hoje, a maior parte dos partos realizados em instituições hospitalares são feitos aplicando a epidural. Após o parto e sempre que se pratica a episiotomia, a ferida será suturada - episiorrafia - utilizando na maioria dos casos, uma sutura que seja reabsorvível. Assim, passados uns dias, a ferida estará suturada sem que a puérpera se tenha de deslocar a uma instituição para que lhe retirem os pontos. A incisão pode ser realizada na vertical ou de forma lateral. Alguns especialistas preferem a incisão lateral para evitar que a ferida se possa eventualmente estender até à zona anal, porque consideram que o corte vertical pode ter mais sequelas e ser de mais difícil cicatrização.

Prepara-se para a episiotomia

Sabendo que a maioria dos partos vaginais está sujeita a uma episiotomia, recomenda-se que as grávidas comecem a fortalecer a zona perineal, ainda durante a gravidez, com alguns exercícios, uma alimentação adequada e uma boa hidratação. É preciso não esquecer que uma boa hidratação resulta sempre numa pele mais flexível. Praticar os exercícios de Kegel pode ser uma boa forma de tonificar o pavimento pélvico. Este exercício consiste em contrair e descontrair o músculo pélvico fazendo séries de dez sessões. Se não sabe como contrair e descontrair este músculo, tente suster a micção durante o seu fluxo. Verá como se procede para a sua contracção e o seu relaxamento. Este exercício pode também prevenir possíveis prolapsos.

Higiene e cuidados pós-parto

Durante os dias em que estiver na maternidade vão ensinar-lhe a melhor forma como tratar da ferida e indicar-lhe-ão o anti-séptico vaginal mais adequado para lavar a zona. Convém manter a zona seca e limpa. Para uma secagem conveniente pode utilizar um secador de cabelo com o jacto no frio. Deve lavar a ferida várias vezes por dia e sempre que vai à casa de banho tendo cuidado para que as fezes não entrem em contacto com a ferida (limpar-se sempre da frente para trás). O penso deve ser renovado várias vezes por dia, para que se mantenha o mais seco possível, dado que nesta altura poderá sofrer com algumas hemorragias. Caso não existam complicações, a ferida estará curada entre dez a quinze dias. É natural que durante a primeira semana sinta algumas dores quando se senta. Para que sinta menos dores, deve sentar-se num local estável com o assento duro. Evite os maples e outras superfícies estofadas. Para dormir mais confortavelmente pode apoiar os pés numa almofada para que fique com as pernas elevadas. Com os cuidados de higiene adequados, rapidamente esquecerá este pequeno transtorno e poderá cuidar sem problemas do seu bebé.

Revisão científica: Dra. Madalena Barata, Obstetra (Directora do Centro de Medicina de Reprodução do British Hospital Lisbon XXI)
 

Luz Divina

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Parto: GUIA ANTI PÂNICO



Ter um parto tranquilo implica conhecer o que se passa desde que entra na maternidade. E é isso mesmo que nós lhe vamos contar: toda a verdade.


Acho que se soubesse ao pormenor o que me esperava, não teria ficado tão assustada, mas fui apanhada de surpresa pelos testes, exames e mesmo pela ambiente frio da sala de partos." Marta tem 27 anos, foi mãe há dois anos e a sua experiência é comum a muitas mulheres: os procedimentos hospitalares são desconhecidos da maioria das grávidas e podem implicar um choque quando chega o momento do nascimento do bebé.

Por isso mesmo, aqui deixamos um guia completo sobre o que sucede na maternidade.

QUANDO PARTIR PARA A MATERNIDADE

Há dois sinais que indicam que o nascimento do bebé está próximo:

. Contracções regulares e cada vez mais fortes e dolorosas: de início são espaçadas de 20 a 30 minutos, depois de 5 em 5 minutos durante duas horas. Quando passar a ter contracções de 10 em 10 minutos durante uma hora, está na altura de ir para a maternidade.


. Rompimento das águas: ou seja quando perde líquido amniótico (que é incolor e inodoro) e mesmo que não tenha contracções deve logo dirigir-se ao hospital.


NA MATERNIDADE

*Quando entrar no hospital, vai trocar a sua roupa pela 'bata', que é aberta atrás, bem como por meias e touca hospitalar. As suas roupas são guardadas e levadas para o quarto ou enfermaria onde ficará internada.



*De seguida, são efectuados uma série de exames, habitualmente por um enfermeiro-obstreta, que incluem a medição da tensão arterial (sua e do bebé) e um exame de urina, bem como um exame abdominal e genital (conhecido como 'toque' e apenas excluído no caso de cesariana previamente combinada), que permitem avaliar a dilatação e a posição do bebé.



*Antes do parto vai ser sujeita à assepsia, que inclui a raspagem ou o corte bem rente dos pêlos púbicos, e, eventualmente, a uma lavagem intestinal, mais comum no caso de cesariana.



*Segue-se a sala de monotorização fetal, onde será 'ligada' a uma máquina, com dois receptores na zona da barriga, que têm como objectivo seguir as contracções uterinas e a sua frequência, bem como o batimento cardíaco do bebé. Nesta fase, não é permitido que beba água ou que tenha consigo objectos pessoais, dado que não se encontram esterilizados.



*Será transportada, de maca, para a sala onde decorrerá o nascimento, no momento em que o trabalho de parto estiver avançado. O seu tronco será ligeiramente elevado e as pernas serão apoiadas em estribos. A luz vai incidir na região entre as pernas e verá em seu redor uma série de equipamento. Não se assuste, porque é normal estarem lá não só balão de oxigénio, como aparelhos de choques eléctricos.



*O mais provável é que o médico faça a episiotomia, um corte na zona entre a vagina e o ânus, para facilitar o parto e impedir o rompimento irregular do tecido. É efectuada com anestesia local.



*Receberá sempre instruções sobre a forma como deve respirar e quando deve fazer mais força. Não se assuste quando puxarem a barriga de cima para baixo: é a 'Manobra de Cristeler' e serve para empurrar o bebé pelo canal de parto.



*É normal a perda de urina e de fezes durante o parto. Isso pode precaver-se com o reforço dos músculos do perineo durante a gravidez, fazendo exercícios pélvicos que, além disso, ajudam à expulsão do bebé no momento do parto. Isso obtém-se participando nos cursos de preparação para o parto, que são indicados para todas as grávidas.


*O trabalho de parto pode chegar às 24 horas. A média é de oito a doze horas (entre o início das contracções e o nascimento do bebé), mas varia de mulher para mulher.



*Terá de ficar pelo menos 48 horas no hospital, isso em caso de parto vaginal normal, enquanto, se for cesariana, o período poderá chegar às 96 horas.



*Depois do parto é normal sentir dificuldade em urinar, bem como alguma sensação de ardor, que é passageira e se deve à sensibilidade da vagina.



Lide com a ansiedade


*Coloque todas as suas questões ao seu médico, mesmo que lhe pareçam ridículas. Se surgem na sua cabeça é porque podem suscitar medo ou ansiedade e é melhor ficar logo descansada, obtendo a resposta para aquilo que a atormenta.


*Não oiça as histórias negativas e pessimistas. Há sempre situações que não correram da melhor forma, mas são excepções, não a regra. Por isso, mostre-se pragmática: de nada adianta escutar todos os relatos sobre partos complicados que, com grande falta de sensibilidade, grande parte das mulheres parece ter necessidade de partilhar quando vê uma grávida. Vire as costas e deixe-as a falar sozinha.


*Não seja fundamentalista na questão da anestesia. Se tem medo da dor, fale abertamente com o seu médico sobre as várias hipóteses ao seu dispor.


As três fase do parto


*Dilatação

Consiste no alargamento gradual do colo do útero, por onde o bebé tem de passar. Há um encurtamento gradual do período entre as contracções e pode demorar entre as 12 e as 16 horas.


*Expulsão: o feto desce pela bacia e saia através da vagina; tem o seu início quando a dilatação se encontra completa e, em média, demora entre 20 a 40 minutos.


*Dequitadura: fase em que a placenta e as membranas que envolvem o feito são expulsas. O processo deve ocorrer naturalmente, se não o médico procederá à sua remoção. Nesta fase também é realizada a sutura em caso de ter sido preciso cortar o períneo.






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Tina devias de mudar a côr ,quem usa a skin cinzenta não se consegue ler amiga ,isto ainda me pode fazer muita faltinha da ultima foi a dobrar e fumei dois maços de tabaco nessa tarde á porta da sala de partos o segurança já nem nada me podia dizer hehehehehe
 

Luz Divina

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Tina devias de mudar a côr ,quem usa a skin cinzenta não se consegue ler amiga ,isto ainda me pode fazer muita faltinha da ultima foi a dobrar e fumei dois maços de tabaco nessa tarde á porta da sala de partos o segurança já nem nada me podia dizer hehehehehe


Amigo Zézito,

obrigado pelo aviso, não tinha reparado nesse pormenor. Já corrigi, ainda bem que reparaste:espi28:

Pois quem usa essa versão fica com dificuldade em visualizar. Eu como estou na web.2 estava tudo bem.

Ai amigo, na hora do parto até os mais calmos ficam aflitos :shy_4_02:


Beijo
 

Luz Divina

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Parto: “Tenho tanto medo…”



Não há motivo para isso. Desfaça os mitos e os enganos relativos ao parto que se geraram no imaginário colectivo das mulheres, com base nas explicações de um especialista.



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Não nos venham com histórias! Para as mulheres que nunca tiveram filhos, o parto é um momento assustador, semelhante a um mundo novo rodeado de perigos, qual Cabo das Tormentas que, como navegadora arrojada, irá ter de transpor.

Trata-se, no mínimo, e mesmo para as grávidas de temperamento mais calmo e positivo, de uma viagem a um universo desconhecido, num espaço estranho, em que técnicos de saúde e aparelhómetros obscuros tecem um cenário digno de um filme de ficção científica.

A noção de que a dor é um elemento indissociável deste momento, os mitos criados em redor da epidural, o tempo infindável que acreditamos ser possível permanecer em trabalho de parto e a possibilidade do recurso aos fórceps são alguns dos muitos pesadelos que criam na parturiente ansiedades e receios, na maior parte dos casos absolutamente infundados.

Para que não restem dúvidas no seu espírito, deixamos a palavra a um especialista no assunto.

- "Como sei que estou em trabalho de parto?"

Muitas gestantes receiam ser apanhadas desprevenidas: ou têm medo de se amedrontar sem fundamento, atrevendo-se assim a ser recambiadas para casa, ou de subvalorizar os sinais e arriscar-se a ter o bebé a caminho da maternidade.

Mas não é uma questão assim tão complexa, como explica o obstreta José Martinez de Oliveira: "O trabalho de parto caracteriza-se pela existência de contracções uterinas intensas e a intervalos regulares que levam, numa primeira fase, à abertura do colo do útero e, posteriormente, à expulsão do feto e restantes estruturas.

Assim, o início do trabalho de parto identifica-se pela intensidade das contracções (a barriga fica dura), que são inicialmente apenas incómodas, mas cuja intensidade, em crescendo, as vai tornar dolorosas ("dores"), e que surgem a intervalos regulares, inicialmente a cada 15 minutos, e, depois, se tornam cada vez mais frequentes.

Convém lembrar que, no termo da gravidez, e mesmo antes dele, existem contracções uterinas (como se de treino), as quais têm menor intensidade e, por isso, apenas são perceptíveis apalpando a barriga, mas não provocam outros sintomas."

- "Quando devo ir para o hospital?"

Ao longo da gestação, principalmente no estádio final, são muitas as hesitações que se instalam, quais inquilinos indesejados, na mente da futura mamã, todas relativas a situações que merecem, ou não, uma ida ao hospital.

"Quando se apercebe que está em trabalho de parto, quando existem sinais de aviso, como expulsão evidente de muco espesso, particularmente se rosado/ensanguentado, ou perda abundante de liquido pela vagina (rotura da bolsa d'águas) e sempre que surjam sintomas ou sinais anómalos (hemorragia significativa pela vagina, dores de cabeça intensas, vómitos, entre outros), a grávida deve ir para o hospital", esclarece o obstreta.

- "O que me fazem na sala de partos?"

O desconhecimento sobre este assunto é geral e, por isso, é normal que a entrada na sala de partos se encontre congregada a ansiedades e temores.

O que sucede exactamente quando se entra nesta etapa? "Procede-se a exame básico para detectar quaisquer problemas coexistentes (tensão arterial, exame de urina); faz-se um exame específico para avaliar das condições obstétricas (exame abdominal e genital); procede-se à confirmação de que a grávida está em trabalho de parto, quando em início objectivável pelo estudo das contracções uterinas, frequentemente realizado com equipamento especial (cardiotocografia)."

Parece complicado? Não se preocupe, que a equipa de médicos e enfermeiras toma bem conta de si.

- "Dão-me epidural ou só se eu pedir?"

A questão da anestesia preocupa muitas mulheres. Algumas mostram-se peremptoriamente contra, mas receiam que não lhes seja concedido o direito a optar. Outras, situam-se nos antípodas e vivem acossadas pelo medo que não lhes seja oferecida essa oportunidade "mágica" de aliviar as dores.

Afinal, o que acontece quando a questão se reporta à anestesia? José Martinez de Oliveira esclarece as grávidas ansiosas: "Por princípio, nada é feito sem o desejo e o consentimento da própria, pelo que deve ser a parturiente a solicitar a epidural.

Convém lembrar que a segurança e a eficácia da analgesia epidural é grande. Contudo, outras alternativas existem, como o chamado "parto sem dor", que se baseia no auto-controle, ou o uso de medicamentos ou mesmo a eletrostimulação e a acupunctura.

Essencial é que não se tenha a ideia de que a epidural é obrigatória: nos países europeus apenas cinquenta por cento das mulheres que a ela têm acesso a solicitam.

Recomenda-se que as grávidas visitem a unidade de saúde onde pretendem vir a ter o parto e conheçam as suas instalações, organização e pessoal, aproveitando para inquirir sobre o que lhes será disponibilizado."

- "Quanto tempo pode durar um parto?"

"E se estiver horas e horas em sofrimento?" - é comum as grávidas temerem este cenário, alimentado pelas conversas quotidianas, que se sucedem na sala de espera do consultório médico ou no local de trabalho, e que começam sempre "tenho uma amiga que passou dois dias em trabalho de parto!".

Porém, como realça o obstreta, "a intervenção médica actual consegue controlar com segurança a evolução do processo, sendo hoje pouco frequente o trabalho de parto efectivo superior a 24 horas."

- "As dores são suportáveis ou posso desmaiar?"

Os mitos relativos ao sofrimento no momento do nascimento do bebé são numerosos e intemporais, esquecendo-se as mulheres que o parto é algo que muda consoante a parturiente.

Em termos gerais, "o parto é um fenómeno normal e, ainda que doloroso, é naturalmente suportável, caso contrário a espécie teria já desaparecido.

Por posturas naturistas, ou outras, algumas mulheres recusam qualquer tipo de alívio e, nalgumas sociedades, a sensibilidade à dor parece estar perfeitamente controlada.

Nas sociedades ocidentais, os fármacos permitem diminuir, de forma significativa ou mesmo total (anestesia), a sensação de dor."

- "E se não faço a dilatação?"

Medo sem fundamento ou risco real? "Para que o parto se dê é necessário que o colo se abra. Assim, nos casos em que, por qualquer razão, tal não acontece, há que recorrer à extracção por cesariana: 'se a porta encrava, sai-se pela janela'", comenta José Martinez de Oliveira.

- "O que significa o facto do bebé não chorar ao nascer?"

Muitas gestantes tornam-se cativas desta ansiedade, porque é usual acreditar-se que um bebé que não chora nos segundos imediatos ao parto apresenta problemas graves de saúde.

Quisemos averiguar se isso correspondia à verdade. "O choro logo à nascença é considerado sinal de bem-estar do recém-nascido, o que é, em princípio, verdade, mas não necessariamente.

O bebé pode não chorar por se encontrar sob o efeito de medicação ("a dormir") ou, em algumas situações, é mesmo conveniente que não chore sem ser rapidamente avaliado, pois algumas secreções que traz na boca podem originar pneumonia ao serem aspiradas.

Nestes casos, põe-se muito cuidado para não estimular o bebé enquanto é aspirado. De todo o modo, e ainda que importante, o choro é apenas um dos parâmetros objectivos de bem-estar e não o único." Esclarecida?

- "Os forceps e a ventosa prejudicam o bebé?"

O obstreta é objectivo na resposta: "Por princípio, não." Não nos podemos esquecer que o parto instrumentado, como toda a intervenção médica, tem por finalidade aumentar a segurança e diminuir os riscos, sendo que, no final, tudo isto é relativo.

"Todos os dias usamos facas, mas, por distracção ou acidente, podemos cortar-nos... O problema não está no equipamento, mas nas circunstâncias envolventes ao seu uso."




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Luz Divina

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Parto instrumental




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O medo do parto é normal em qualquer futura mamã


O fórceps, as espátulas e a ventosa foram inventados entre os séculos XVI e XIX, mas são hoje objectos seguros no auxílio de médicos obstetras em todo o mundo.


O parto é, em geral, um momento de muita angústia para qualquer mulher. Muitas vezes, os seus medos e angústia são agravados quando as futuras mamãs são influenciadas pelas histórias de amigas e familiares sobre os seus próprios partos ou até de histórias que também ouviram contar ou viram em filmes.


Todavia, se qualquer parto as faz temer, quando falamos em parto instrumental, o seu temor aumenta. Contudo, muitas vezes os médicos vêem-se obrigados a recorrer a instrumentos como, por exemplo, fórceps e ventosas que, em última instância, servem de auxílio perante algumas dificuldades nomomento da expulsão.


A ventosa obstétrica

Há uns anos, as ventosas – compostas por uma espécie de campânula de 4 cm, em borracha ou ferro – eram consideradas um processo lento, sendo utilizadas somente se o período expulsivo fosse muito demorado.

As ventosas antigas demoravam aproximadamente 5 a 10 minutos até se criar vácuo suficiente para se retirar o bebé. Hoje em dia, e com as novas ventosas, o vácuo é criado num minuto, daí que seja um método tão eficaz como qualquer outro.


Ao contrário do fórceps, esta técnica não serve para rodar o bebé, o que significa que, se a criança não estiver bem colocada, este método não poderá ser utilizado.

A utilização das ventosas pode, em alguns casos, provocar uma espécie de hematoma – Caput sucedaneum –, ou seja, uma saída de líquido para os tecidos sub-cutâneos – ou então, um cefalo - hematoma – a ruptura de vasos sanguíneos na zona onde a ventosa "colou".

Em qualquer dos casos, estes sinais não têm qualquer gravidade e o ou os hematomas desaparecem nas primeiras semanas de vida, sendo reabsorvidos pela pele.


O fórceps

O fórceps é considerado, o método mais completo para ajudar a criança a nascer. Se com as ventosas não é possível "agarrar" o bebé e fazê-lo girar, neste caso já é possível.

Apesar de existirem vários modelos de fórceps, todos eles têm a mesma função, que é a de segurar a cabeça do bebé pelas têmporas e, ao mesmo tempo que surge uma contracção, ajudá-lo a sair. Como?

É um método simples já que, este equipamento está adaptado quer ao corpo da mulher, quer ao corpo do bebé e, ao contrário das ventosas, pode ser utilizado quando se trata de uma urgência.

Embora possa, em alguns casos, deixar pequenas marcas – marcas do fórceps –, estas vão desaparecer no máximo, ao fim de 48 horas.


As espátulas

São utilizadas como recurso entre as ventosas e o fórceps. Embora funcionem como o fórceps, têm um inconveniente para o médico que está a realizar o parto.

Neste método, o médico tem de utilizar as duas mãos, já que terá de segurar cada espátula com uma mão.

Assim, caso seja necessário agir perante um contratempo, torna-se mais complicado. A grande vantagem é que, exactamente por estarem a ser utilizadas as duas mãos, a pressão feita pelo médico é mais controlada.


Tanto neste caso, como no caso do fórceps, é necessário o médico recorrer a uma episiotomia, enquanto que no caso das ventosas, como são colocadas mais tarde, não é necessário o uso desta técnica.


Quando se utilizam?

Estes métodos, auxiliares do parto, utilizam-se quando o parto está muito lento e o tempo de expulsivo é muito longo ou ainda quando está difícil para o bebé passar pelo canal de parto.

Mas, hoje em dia, e com os avanços nas técnicas de diagnóstico, se os médicos suspeitam de problemas mais graves durante o parto, recorrem automaticamente à cesariana.

No entanto, há casos em que a utilização de algum destes instrumentos pode solucionar o problema sem ter de se recorrer a uma intervenção cirúrgica.

Os médicos estão habituados a utilizá-los e nem a mãe nemo seu bebé correm riscos.


Medos e angústias

O medo do parto é normal em qualquer futura mamã. Todavia, o melhor conselho será sempre confiar na decisão do seu médico pois ele saberá qual a melhor opção para o seu caso.

Deve também evitar ouvir as múltiplas histórias sobre os parto desta ou daquela amiga. Por norma, as pessoas só recordam os momentos de sofrimento e esquecem os momentos de alegria e dos sentimentos de felicidade que tiveram ao apertar nos braços, pela primeira vez, o seu bebé.

Para além disso, é importante recordar que não existem dois partos iguais e que o limiar da dor também é diferente de mulher para mulher.


O parto é um momento que todas as grávidas têm de passar para conhecerem o seu bebé. Desta forma, qualquer futura mamã, deve encará-lo como a última etapa da gravidez e o momento mais esperado desses longos nove meses.

O parto será certamente único e com mais ou menos sofrimento, quando pegar no seu bebé, esquecerá rapidamente os momentos dolorosos porque passou.




Fonte:sapofamilia


 

Luz Divina

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Parto




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Estar bem informada, ao longo da gravidez, sobre todas as possibilidades de parto é a melhor maneira de entender o processo e participar das decisões a ser tomadas.

Aqui você pode aprender sobre os diferentes tipos de parto, sobre os estágios do trabalho de parto, sobre os medicamentos e instrumentos que podem ajudá-la, com uma visão geral de todas as opções disponíveis para que seu filho chegue aos seus braços da melhor maneira possível.


A gravidez por dentro O parto normal







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Matapitosboss

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Depressão na gravidez pode estimular parto prematuro

As mulheres que têm sintomas de depressão durante a gravidez sofrem maiores riscos de ter um parto prematuro, sugere um novo estudo desenvolvido na Universidade de Chicago (EUA). Os resultados foram publicados na revista American Journal of Obstetrics & Gynecology.

Os cientistas acompanharam mais de 14 mil mulheres grávidas durante toda a gestação. Segundo os dados recolhidos, as mulheres que apresentaram depressão antes e durante a gravidez eram 30% mais propensas a ter um parto prematuro do que aquelas sem o quadro clínico.

No entanto, os autores ainda não podem estabelecer uma relação de causa e efeito, já que existem outras variáveis para serem consideradas, como tabaco, hábitos alimentares durante a gravidez e o peso da mãe antes e durante a gestação. Mesmo assim, eles afirmam que os resultados combinam com estudos anteriores sobre o assunto. É importante alertar as mães com depressão sobre os sinais de um parto prematuro e como agir nesses casos.

Há algumas mudanças de hábitos que a mulher deve realizar em nome do desenvolvimento de uma gestação tranquila e livre de incómodos. Os ginecologistas Denis José Nascimento, presidente da comissão de gravidez de alto risco da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) e Mário Martinez, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, listam os tópicos que merecem atenção especial durante os nove meses:

Tomar banhos muito quentes
«A gestante tem os vasos naturalmente mais abertos para facilitar a troca de sangue com o seu bebé, e a água quente do banho ou da sauna aumenta ainda mais essa dilatação, causando quebras de tensão», explica Mário Martinez.

Usar hidratantes com elevadas doses de ureia
O uso da ureia durante a gravidez não é indicado pela Anvisa, pois trata-se de uma substância tóxica que pode prejudicar o bebé. Como alternativa, os especialistas indicam os óleos de sementes de uva e de amêndoas, que penetram na pele, hidratam e não fazem mal ao bebé.

Pintar o cabelo
Tintas e alisamentos são tóxicos para o bebé. «Alguns produtos sem amónia podem ser usados, desde que não entrem em contacto com a raiz do cabelo», afirma o obstetra Mário. «Mesmo assim, o ideal é levar a embalagem ao médico na consulta pré-natal e pedir a opinião dele.»

Abusar do peso na musculação
A actividade física é altamente recomendada neste período, mas a mulher precisa de ter cuidado com os exageros. Erguer demasiado peso, segundo o ginecologista Denis, causa lombalgia, e pode até levar a um parto prematuro.


Fonte: Diário Digital
 

Luz Divina

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Teste de Apgar



Teste de Apgar




O que é o teste de Apgar?


Trata-se de um método simples e eficiente de medir a saúde de seu recém-nascido e de determinar se ele precisa ou não de alguma assistência médica imediata.

Ele é rápido, indolor e, certamente, vai tranquilizar você. Na verdade, é bem possível que o médico faça a avaliação do bebê sem que você nem note.

A maioria das crianças nasce em boas condições de saúde, mas, caso seu recém-nascido precise de algum auxílio médico, será melhor saber o quanto antes para começar o tratamento.

Este procedimento passou a ser rotineiro após os partos desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em 1952.

Um minuto após nascer e novamente aos cinco minutos de vida fora do útero, seu bebê será avaliado da seguinte forma:

• Frequência cardíaca

• Respiração

• Tônus muscular

• Reflexos

• Cor da pele

Cada um destes itens recebe uma nota entre 0 e 2 para se chegar a um total geral. Grande parte dos recém-nascidos recebe entre 7 e 10, não requerendo nenhum tratamento imediato, como, por exemplo, auxílio para respirar.

O que quer dizer a nota de cada criança?

Claro que 10 é sempre música para os ouvidos dos pais, mas 8 ou 9 também são ótimas avaliações. Um parto mais complicado ou prematuro e até medicação para dores tomadas pela mãe podem mascarar as notas, não retratando exatamente as condições reais do bebê, mas, no geral:

• Avaliação entre 8 e 10 mostra crianças em estado de saúde de ótimo a excelente, que provavelmente não vão precisar de cuidados extras.

• Avaliação entre 5 e 7 indica estado regular e pode haver necessidade de ajuda de aparelhos para respirar. O médico talvez massageie vigorosamente a pele do bebê ou dê a ele um pouco de oxigênio.

• Avaliação abaixo de 5 aponta bebês em condições que exigem auxílio médico especial.

Você pode perguntar ao médico na sala de parto qual foi a nota do seu bebê. Se a primeira não tiver sido muito alta, não se desespere, porque a segunda, depois de cinco minutos, costuma ser maior e mais tranquilizadora, já que a criança se recupera rápido do estresse do parto. Em caso de dúvidas, converse com o pediatra.

O teste de Apgar prevê problemas de saúde futuros?

Não, embora no passado os especialistas tenham chegado a acreditar que sim. Uma das teorias sugeria que se a nota de um recém-nascido permanecesse baixa aos cinco minutos de vida, isso indicava probabilidade de ele ter problemas neurológicos.

Estudos mais recentes, porém, rejeitaram essa teoria. Sozinhas, as notas individuais não prevêem o estado de saúde futuro de uma pessoa, seja bom ou ruim.

A vantagem do teste é sua simplicidade: ele é facilmente realizado e mede com rapidez e precisão a saúde de um bebê nos primeiros momentos da vida fora do útero -- nada mais, nada menos.





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