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Tudo sobre o Parto

estela

GF Ouro
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Cuidados no pós-parto

O puerpério, ou pós-parto, é o período que se inicia após a dequitação (saída da placenta) e termina com a primeira ovulação da mulher. A primeira ovulação nas mulheres que não amamentam ocorre entre 6 e 8 semanas após o nascimento do bebé. Nas mamães que amamentam isso pode acontecer depois de 6 a 8 meses. Esse é um momento de mudanças físicas, fisiológicas e psíquicas.

Como o período em que a primeira ovulação acontece é imprevisível, se a mamãe não quiser ficar grávida é essencial que use algum método contraceptivo para não correr riscos. Para saber o melhor método, converse com seu médico.

O puerpério é dividido em três fases:

• Puerpério imediato (do primeiro ao décimo dia).

• Puerpério tardio (do décimo ao quadragésimo quinto dia).

• Puerpério remoto (além do quadragésimo quinto dia, até retornar a função reprodutiva da mulher).

Após o parto normal, a mulher já pode andar e comer, mas a mamãe não deve se levantar sozinha, pois perdeu muito sangue durante o parto e isso pode fazer com que a pressão arterial caia e cause até desmaios.

Já no parto cesária, a mulher deve permanecer em repouso na cama já que realizou um procedimento cirúrgico. Mas não por muito tempo, pois permanecer deitada no leito por muito tempo aumenta o risco de trombose no período pós-parto. É recomendado que a mamãe levante somente com auxilio da enfermagem após 12 horas do parto. A alimentação após a cesariana é iniciada gradualmente após 6 horas.

A alta hospitalar acontece a partir de 48 horas do parto normal e 72 horas após a cesariana se tudo ocorrer bem, e se obstetra, neonatologista e pais estiverem de acordo. Exercícios pré e pós-natal orientados são fundamentais para o mais rápido estabelecimento da mulher.

Um corrimento vaginal (lóquios) parecido com a menstruação ocorrerá por cerca de 20 a 30 dias. Nos primeiros dias será vermelho e intenso tendendo a diminuir e ficar acastanhado até transparente. Se dentro de 30 dias esse corrimento não diminuir ou aumentar, tiver mau cheiro, coágulos ou secreção purulenta com febre, é melhor avisar o médico, pois pode ser sinal de alguma infecção.

Nas nutrizes (mamães que amamentam) ou nas mulheres submetidas à operação cesariana com limpeza abundante da cavidade uterina, os lóquios costumam ser de menor intensidade.

Mudanças no útero - O útero é primeira mudança sentida pela mulher. Após o parto, ele deve estar duro e firme e geralmente uma enfermeira irá examiná-lo várias vezes durante algumas horas. O útero se contrai naturalmente para prevenir hemorragia e para retornar ao tamanho que era antes da gravidez. As contracções podem acentuar-se durante a amamentação, provocadas pela estimulação da sucção dos mamilos. Até o final do primeiro mês, diminuindo cerca de um centímetro por dia, o útero retorna ao seu tamanho original.

Os seios estão se preparando para alimentar o bebé por isso tornam-se doloridos. A amamentação fará com que alivie a dor. Se sentir dores fortes, endurecimento das mamas e febre, procure seu médico. Não esqueça de pedir o máximo de informações sobre amamentação com os profissionais que te atenderão no pós-parto. O leite materno é o melhor alimento para seu filho e a amamentação faz com que seu corpo volta o mais rápido ao que era antes da gravidez.

O intestino costuma ficar mais lento e acumular gases, podendo aparecer hemorróidas e um certo inchaço na barriga. Nas primeiras vezes, poderá sentir um pouco de dor e também de medo que os pontos rompam, com o esforço. O relaxamento da musculatura abdominal e perineal, a episiotomia e hemorróidas deixam a mulher com intestino preso.

Nas pacientes submetidas à operação cesariana, a obstipação (intestino preso) pode chegar até 72 horas. Recomenda-se ingerir alimentos ricos em fibra, frutas como mamão, ameixa e laranja, além de beber bastante água, pelo menos dois litros por dia.

A região perineal, principalmente se a episiotomia tenha sido feita, e a região do corte cirúrgico na cesárea podem doer. Caso isso ocorra, a mamãe terá a receita médica de analgésicos.

Essas regiões devem estar sempre limpas. Existem exercícios para melhor cicatrização. Seu médico pode te orientar.

Incontinência urinária - Pode ocorrer incontinência urinária devido a lesões traumáticas nos primeiros dias após o parto_O controle será readquirido com a ingestão de muito líquido e exercícios. Se tiver dores, dificuldade ao urinar ou necessidade de urinar com freqüência, deve procurar assistência médica.

As manchas na pele que ocorreram durante a gravidez tendem a diminuir. Por vezes não somem por completo. As estrias tendem a diminuir devido à perda de peso e a se tornarem menores e brancas. Algumas mulheres têm tendência a apresentar pele seca, queda acentuada de cabelo durante 3 a 6 meses após o parto e unhas quebradiças.

Logo após o parto a mulher perde de 5 a 6 quilos e com a normalização do metabolismo poderá perder até 3 quilos nos dez primeiros dias. Enquanto o metabolismo não se normaliza, a mulher pode sentir-se muito cansada pelo parto e por ter um novo “trabalho”, o bebé. Precisa de ajuda até pegar o ritmo.

Recomeço com o papai - Depois de exames e liberação do obstetra, a vida sexual pode ser retomada. Isso deve acontecer de 30 a 40 dias após o parto. Com as alterações hormonais a vagina está mais ressecada e a libido pode estar em baixa. Aos poucos, a mamãe e o papai encontrarão a melhor maneira de recomeçar.

A sensibilidade da mamãe nessa época fica aflorada. É a época em que todos os sentimentos se misturam. Seja ele sentimentos de alegria pela chegada do novo serzinho, de medo, insegurança e ansiedade por não saber se vai cuidar dele direito, se vai conseguir ser mãe e mulher e necessidade de muito carinho ou de atenção por parte do marido. Mamãe, saiba que sentir-se assim é normal.

Mas se a sensação de incapacidade, tristeza e crise de choro não deixar a mamãe cuidar do seu bebé e continuar sua vida como sempre, isso pode ser depressão pós-parto. Nesse caso, existe a necessidade de cuidados profissionais.

Aos poucos conhecendo o bebé e se acostumando com a nova rotina, a mamãe se ajeitará naturalmente e passará por esse período sem maiores problemas.
 

estela

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A queda de cabelo abundante pos-parto

- Gravidez e Pós-Parto - Necessidade suplementar de nutrientes para cabelos e unhas enfraquecidos:

As unhas e os cabelos são constituídos essencialmente por uma proteína de estrutura rígida - a Queratina.

A gravidez corresponde a um estado fisiológico da mulher que se caracteriza pela ocorrência de numerosas alterações, tanto hormonais como metabólicas.

A nível hormonal verifica-se um aumento de estrogéneos, hormonas femininas que estimulam o crescimento de cabelo e unhas. Nesta fase, 95% dos cabelos encontram-se em formação (anagénese) e a fase de queda (telogénese) encontra-se interrompida. Por este motivo, a normal queda de cabelo não se verifica na gravidez. No entanto, as alterações metabólicas que ocorrem durante a gravidez vão-se traduzir numa necessidade suplementar de aporte de nutrientes no organismo da mulher, uma vez que vão ser indispensáveis para a alimentação do feto.

A carência nutricional que normalmente se verifica durante a gravidez vai condicionar a estrutura do cabelo e unhas, uma vez que os nutrientes são essenciais para a síntese de um cabelo e unhas íntegros, traduzindo-se numa fragilidade capilar e ungueal. Apesar de ocorrer um estímulo do seu crescimento, forma-se um cabelo frágil, quebradiço e espigado, bem como unhas frágeis e quebradiças.

No post parto, ocorre um restabelecimento do equilíbrio hormonal acompanhado de um aumento da % de cabelo em queda. Após 3 meses do parto, os cabelos que estavam em fase de anagénese na gravidez vão passar para a fase de telogénese, verificando-se a queda do cabelo que não caiu durante a gravidez, de um modo difuso e acentuado.

Durante o período após o parto, verificam-se igualmente carências nuricionais, particularmente agravadas pelo aleitamento em que há uma necessidade suplementar de aporte específico de nutrientes, que vão afectar a integridade capilar e ungueal.

Um estudo publicado no Jornal de Nutrição da Sociedade Americana das Ciências Nutricionais, Pregnancy and Lactation: Physiological Adjustments, Nutritional Requirments and the Role of Dietary Supplements; 0022-3166; 2003, refere que durante a gravidez e aleitamento há uma necessidade suplementar de numerosos nutrientes, entre outros:

Nutrientes Gravidez Aleitamento
Proteínas 54,35% 54,35%
Vitamina B5 20% 40%
Minerais (Zinco) 37,50% 50%
Biotina (Vitamina H) 0% 16,67%


Tabela 1- Necessidades nutritivas suplementares (%) que ocorrem na gravidez e no período de aleitamento.
 

Satpa

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Recuperar da cesariana

Recuperar da cesariana - o que esperar?

A percentagem actual de partos feitos através de cesariana é cerca de 30%. A cesariana é uma opção muito utilizada para trazer um bebé ao mundo. Independentemente do motivo pelo qual é feito, o parto por cesariana implica outras sensações pós-parto diferentes de um parto normal.

O parto por cesariana acaba por ser mais previsível pois poderá marcar o dia em vez de esperar pela vontade do bebé. No entanto é bom saber um pouco mais, antes de entrar em trabalho de parto. Existem alguns pormenores que deverá saber:

A recuperação depois de um parto por cesariana é mais demorada. Uma cesariana é uma cirurgia abdominal, por isso como em qualquer outra cirurgia existe um período de recuperação que inclui a cicatrização. Na realidade são necessários cerca de 6 meses para que recupere completamente da cirurgia. Depois da cesariana poderá sentir-se um pouco sem sensibilidade na área, mas os nervos voltam a recuperar cerca de 6 a 9 meses depois do parto. Também é comum surgir um pouco de comichão na zona.

É comum sentir dores no local nas primeiras semanas depois do parto. Para diminuir este desconforto é aconselhado usar uma almofada para suportar o tronco especialmente a zona da incisão para que quando tossir ou rir não sentir tanto impacto. Usar uma cinta por debaixo da roupa também é aconselhável; evitar pegar em grandes pesos; limitar o número de vezes que sobe ou desce escadas, é tudo aconselhado até que o local comece a sarar.

Os gases intestinais podem ser dolorosos. As dores provocadas pelos gases durante os primeiros dias depois do parto podem ser dolorosas pois é quando os intestinos voltam a trabalhar. Dar uns pequenos passeios em casa, mudar de posição frequentemente ajudará a libertar-se dos gases, ajudando-a a reduzir as dores.

O amamentar pode ser desconfortável. Se sentir dificuldades em conseguir uma posição confortável para amamentar o bebé deve conversar com o seu médico ou com uma enfermeira da especialidade. Usualmente amamentar deitada de lado funciona bem porque evita que o bebé toque no local da incisão.

Poderá sentir desconforto ao urinar. Na primeira ou segunda semana depois do parto poderá sentir um desconforto e uma pressão ao urinar. Isto acontece devido à cirurgia mas desaparecerá quando o corpo começar a sarar.

Existe um risco de sentir depressão pós-parto. Se sentir qualquer tipo de sintomas de depressão peça logo ajuda ao seu médico e nunca deixe passar, pois o tempo não a curará, apenas piorará, e quanto mais depressa a tratar mais depressa ela desaparecerá.

Terá de descansar mais. Depois de um parto por cesariana deve fazer questão de descansar durante as semanas posteriores, pois não será apenas bom para si também será bom para o bebé pois terá uma mãe mais saudável.

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O alivio da dor no parto – a epidural

Algumas mulheres têm os seus filhos sem grandes desconfortos. Mas, para a maioria não há dúvida de que colocar uma criança no mundo é uma experiência bastante dolorosa. Não entre em pânico! Existem variadíssimas formas de aliviar a dor e muitas grávidas recorrem a diversos métodos. A ajuda pode passar por massagens, certas posições, pela respiração ou pelo relaxamento dentro de água. Algumas terapias complementares também poderão ser úteis no combate à dor, nomeadamente a aromaterapia, acupunctura ou a hipnose. Existem também analgésico entre os quais destacamos a epidural

A Epidural

A anestesia epidural é a forma médica mais frequentemente utilizada em Portugal para o alívio das dores no parto. Talvez, por isso, seja a que suscita mais dúvidas e receios.

Os médicos aconselham a administração da epidural pois bloqueia a dor mas não implica a perda de consciência. A mãe estará acordada o tempo todo podendo ouvir o primeiro choro do seu bebé (contrariamente a uma anestesia geral).

Pode ser aplicada apenas como alívio da dor num parto normal tal como em partos complicados, em casos de pré-eclampsia ou asma ou antes da utilização de forcéps. Uma dose mais elevada será usada se for realizada uma cesariana.

Primeiro aplica-se uma anestesia local na coluna para a adormecer. Depois o anestesista introduz uma agulha fina e oca na zona epidural (a região à volta da medula espinal), no interior da coluna. Então, introduz-se um tubo fino (ou cateter) e a agulha é retirada. Através do cateter que lá ficou é administrada a anestesia.

Deve avisar previamente, a equipa médica, se quiser a epidural, pois leva cerca de 10 a 20 minutos a ser preparada e outro tanto a surtir efeito.
Os efeitos irão desaparecer gradual e progressivamente, e a mãe poderá levantar-se e andar algumas horas depois do nascimento do filho.

O momento em que é administrada é muito importante. Você poderá querer que lhe administrem a anestesia assim que as contracções comecem a ficar dolorosas. No entanto, tome em atenção que não é aconselhado que o faça antes da cerviz ter, pelo menos, 4 cm de dilatação pois a epidural pode diminuir a velocidade do trabalho de parto ou mesmo pará-lo, se for dada muito cedo. Ou, pode dizer que não quer e depois, assustada com a intensidade das dores, mudar de opinião quando já for muito tarde. Ainda é possível ter uma anestesia epidural nessa fase adiantada, mas se a cerviz já tiver uma dilatação de quase 10 cm é provável que o medico diga que o momento certo já passou e que é tarde demais. Isto acontece pois já falta pouco para a expulsão do bebé e é melhor ter sensibilidade para sentir as contracções, para poder empurrar nos momentos certos.

A maior parte das mulheres defende o uso da epidural como algo muito bom pois tornou o parto uma experiência positiva, em que puderam manter o controlo das sensações, sem dores. Todavia, algumas (embora em numero reduzido) não ficaram tão satisfeitas porque só fez efeito num dos lados do corpo, ou porque houve pequenas áreas que não foram anestesiadas, como por exemplo, uma zona da barriga ou da coxa. É sempre um risco.
 

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Episiotomia

A episiotomia é um corte cirúrgico efectuado no períneo, de modo a alargar a abertura vaginal, para facilitar a saída do bebé. É feito em 99% dos partos, principalmente se for o primeiro.

Deve ser feito nas seguintes circunstâncias:
- A cabeça do bebé é grande demais para a abertura vaginal.
- O nascimento está prestes a acontecer e o períneo não se distendeu o suficiente;
- A mãe não consegue parar de empurrar;
- O bebé não está de cabeça mas sim de nádegas e o parto está a ser difícil;
- O bebé está em sofrimento;
- É necessário o uso de fórceps

Quando a cabeça do bebé aparece, a mãe deve deixar de empurrar para que o útero a solte de uma forma gradual e não repentina. Contudo, se a cabeça do bebé sair de repente, por a mãe estar a fazer muita força de expulsão, é provável que ocorram rasgões e lacerações à volta da entrada vaginal, que ficará com bordos irregulares, difíceis de coser. Consequentemente, a cura será mais difícil, para além de que o ânus ou o canal da uretra podem ficar danificados.

Nessa altura, faz-se a episiotomia, ou seja, uma incisão vertical para baixo (na direcção do ânus), de aproximadamente 4 cm, com a ajuda de uma tesoura ou bisturi. Geralmente, a anestesia epidural que foi aplicada no início do trabalho de parto é suficiente para fazer o corte. No entanto, se não houve epidural, será necessário um anestésico local no períneo, conhecido por bloco pudendo.

Contudo, é preciso ter alguns cuidados. A episiotomia só deve ser executada no momento em que o períneo se tiver estreitado. Se for mais cedo, pode causar danos nos vasos sanguíneos, no músculo e na pele. No corte também podem ocorrer hematomas e edemas. Se forem dados pontos muito apertados, depois do parto para fechar a incisão, pode haver um grande desconforto na cicatrização que pode mesmo ser dolorosa, prejudicando, por isso, a pratica sexual por um longo período de tempo. Se quiser, tem todo o direito de avisar o médico de que pretende evitar a episiotomia a menos que seja absolutamente necessário.
 

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Indução ao parto

Depois de passarem as 40 semanas, por vezes o bebé não nasce. É natural que o seu médico se torne ainda mais atento e irá monitorizar, tanto o seu estado como o do bebé, através de ecografias, exames e analises.

A indução do parto deverá ser realizada nas seguintes circunstâncias:
- sinais de insuficiência placentária, pois o bebé pode deixar de receber os nutrientes e oxigénio suficientes
- pré-eclampsia, diabetes, doença cardíaca, hipertensão ou hemorragia pré-parto
- as membranas romperam, para deixar sair a bolsa de águas, mas o parto não se realizou nos dois dias seguintes
- já está grávida há mais de 42 semanas
- um feto muito grande, porque se esperar pelo parto espontâneo este pode vir a ter complicações, pois entretanto o bebé ainda cresceu mais
- um feto muito pequeno, pois a segurança do bebé pode estar em risco

Actualmente, a indução do parto é um processo bastante seguro e realizado com frequência. Não deve ficar ansiosa ou preocupada por o parto não decorrer exactamente como imaginara. Um factor importante a ter em conta é que a indução não vais realizar o parto, mas sim despertar os mecanismos naturais do trabalho de parto para que estes façam, naturalmente, evoluir todo o processo do nascimento.

Métodos de indução do parto

São três os métodos de indução usados com mais frequência e conjugados entre si.

A prostaglandina

As prostaglandinas podem ser administradas via oral, sob a forma de comprimidos, ou via vaginal, junto ao colo do útero sob a forma de gel ou comprimidos. Ao fim de algumas horas o colo do útero estará amadurecido tornando-se mole, curto e com a dilatação apropriada. Geralmente, continua-se a indução com oxitocina.

A oxitocina

A oxitocina é administrada no soro, por via endovenosa, e vai estimular as contracções uterinas. Assim pode ser mais facilmente regulada caso esteja a entrar muito depressa em trabalho de parto, sem ter atingido a dilatação necessária. O saco do soro pode ser pendurado numa estrutura móvel, com um tubo comprido, para que seja mais fácil para a mãe movimentar-se e caminhar.

A ruptura artificial das membranas

Este método é, geralmente, utilizado em conjunto com a administração do soro de oxitocina.
As membranas impedem que a bolsa das águas seja expelida e, por consequência, o bebé, pois é nesta bolsa que ele pousa a cabeça.
Um instrumento parecido com uma agulha de croché é introduzido através do colo do útero para fazer um pequeno corte, indolor, nas membranas para que as águas possam sair. A cabeça do bebé vai, então, pressionar o colo do útero, estimulando as contracções e a estimulação e, o resto do trabalho de parto decorrerá normalmente.
 

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O parto assistido com fórceps e ventosa

Por vezes os partos complicam-se e é necessário recorrer a procedimentos especiais, nomeadamente, a utilização de fórceps ou ventosas para ajudar o bebé a sair pelo canal vaginal da mãe.

Fórceps
Ventosa

Fórceps

Os fórceps têm a forma de tenazes e são utilizados quando o colo do útero já está completamente dilatado e a cabeça do bebé está no canal uterino.

Pode ser usado nas seguintes circunstâncias:
- Quando a cabeça do bebé já está na pélvis da mãe mas não consegue avançar mais;
- Num parto pélvico (em que as nádegas nascem primeiro)
- Quando o útero já não faz contracções
- Quando a mãe já não tem forças para empurrar
- Quando a saúde do bebé está em risco (por exemplo, por falta de oxigénio) e tem que se fazer um parto rápido
- Por vezes, quando o bebé nasce prematuro, para proteger os frágeis ossos cranianos na passagem pelo canal uterino

Antes do uso dos fórceps é sempre aplicada uma anestesia local no períneo e feita uma episiotomia. Nessa altura introduzem-se os fórceps na vagina, um de cada vez, e puxa-se delicadamente a cabeça do bebé, até esta sair. Então, os fórceps são retirados e o resto do corpo nasce naturalmente.

Ventosa

A extracção por ventosa consiste na utilização de um objecto em forma de cone que é colocado na cabeça do bebé. Com a ajuda de uma bomba, vai-se criar vácuo para que adira plenamente. Nesse momento, o médico pode optar por rodar a cabeça ou puxar a mesma, delicadamente, para fora do corpo da mãe.

É uma alternativa mais suave do que os fórceps e tem as seguintes vantagens:
- como é mais pequena do que os fórceps, é mais fácil de aplicar
- deixa uma marca saliente na cabeça do bebé mas que desaparece passadas 2 semanas
- por vezes, dispensa a realização da episiotomia
 

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A primeira fase do parto

Quais os primeiros sinais?

A espera pode torna-la tão impaciente que será difícil determinar quando começa mesmo o trabalho de parto. Se sentir contracções regulares estas tanto podem ser contracções normais do útero, ameaças falsas de parto ou podem, realmente, ser as verdadeiras contracções de parto.

Perda do rolhão mucoso

Enquanto está gravida, o canal da cerviz está coberto por um muco grosso para ajudar a proteger o bebé das infecções. Antes do parto, a cerviz torna-se mais macia e, geralmente, este muco é expelido. Parece uma geleia que, por vezes, é cor-de-rosa ou pode vir com sangue. Pode nem dar conta, mas é um sinal de que o nascimento está para breve. No entanto, o parto pode ainda demorar uns dias por isso não entre em pânico. Não precisa ir já a correr para o hospital !

Rebentam as águas

Algumas mulheres iniciam o trabalho de parto com o rompimento da bolsa de águas, que rodeia e protege o bebé. Podem ser algumas gotas ou uma quantidade maior. Em qualquer dos casos deve dirigir-se ao hospital.

Contracções

A única maneira de ter a certeza que entrou em trabalho de parto é quando as contracções se tornam mais frequentes. Geralmente, começam por ser suaves e com intervalos de 20 ou 30 minutos entre elas. Progressivamente, vão diminuindo o espaçamento até terem intervalos de 5 minutos e podem manter-se assim durante toda a primeira fase.

No princípio cada contracção pode durar cerca de 40 segundos e, embora fortes, são facilmente suportáveis. À medida que esta fase avança, as contracções tornam-se mais frequentes e vão aumentando de intensidade e duração. Na altura em que têm intervalos de 5 minutos e duração de 1 minuto, são tão intensas e fortes que você terá que parar com o que estiver a fazer, colocar-se numa posição confortável e concentrar-se, de modo a ultrapassa-las da melhor forma.

Quanto tempo demora?

Esta é a fase mais longa. Numa primeira gravidez dura, em média entre 12 a 14 horas. No segundo filho pode variar entre 6 a 10 horas, podendo ser menos nos partos seguintes. Todavia, pode variar bastante, visto que algumas mulheres têm apenas uma hora de contracções, enquanto que para outras esta primeira fase chega a durar 24 horas.

É doloroso?

A maioria das mulheres descreve o parto como a experiência mais dolorosa das suas vidas. No entanto, algumas dizem que embora as sensações sejam muito fortes e intensas, não são dolorosas. No intervalo das contracções, não costuma haver dor e isso permite-lhe descansar, falar ou mudar de posição.

À medida que o tempo passa, a dor vai aumentado de intensidade e duração. Nas primeiras contracções, mais suaves, vai aprendendo a descontrair-se, preparando-se para suportar as mais fortes. Se sentir dores extremamente fortes existem várias opções de alívio da dor às quais pode recorrer.

Transição

Quando a cerviz tem uma dilatação de aproximadamente 7cm as contracções tornam-se ainda mais frequentes. Duram mais tempo, cerca de 2 minutos e são muito mais fortes. Às vezes, nem se regista intervalo entre elas. Algumas mulheres sentem-se muito agitadas e enjoadas, neste momento. Também é provável que sinta vontade de empurrar mas não deve faze-lo até o médico confirmar se a cerviz está completamente dilatada.

Esta etapa, que vai dos 7 cm até aos 10 cm é chamada de transição pois apanha a primeira e a segunda fase do parto. É uma parte muito intensa mas que costuma ser rápida e algumas mulheres nem notam a diferença.
 

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A segunda fase do parto

Quanto tempo demora?

A segunda fase começa quando a cerviz está completamente dilatada. Pode não sentir imediatamente necessidade de empurrar. Algumas mulheres fazem uma pausa – se isto lhe acontecer aproveite ao máximo para repousar e reunir forças para o esforço que se aproxima. O que acontece a seguir pode variar bastante de mulher para mulher. Pode sentir apenas duas contracções muito fortes e, ao empurrar, o bebé nascer, ou pode durar duas horas de contracções intensas e muita força para tentar expulsa-lo do seu corpo. Para algumas mulheres é bastante fácil, enquanto que para outras é um trabalho muito doloroso e exaustivo. Tal como na primeira fase, esta também pode durar mais, caso seja o seu primeiro parto.

É doloroso?

Muitas mulheres referem que as contracções desta segunda fase são menos dolorosas e mais fáceis de suportar do que as da primeira fase. Neste momento, os seus esforços juntam-se aos da natureza enquanto tenta empurrar o bebé para o mundo. A sua mente sente um estimulo ao pensar que já está quase, muito em breve o seu filho estará nos seus braços, e isso dá-lhe uma nova e grande força.

O momento em que a cabeça do bebé chega à vagina e já se consegue ver, pode ser intensamente doloroso mas não dura muito tempo. Depois da cabeça passar, o resto será mais fácil. A cabeça vira para que os ombros passem, sem dificuldade, pela parte mais larga da pélvis da mãe. Então, o resto do corpo escorrega rápida e facilmente. Se estiver tudo bem e não houver problemas, o bebé é colocado em cima da barriga da mãe enquanto o cordão umbilical é cortado.
Esqueça tudo por que passou, o seu filho nasceu !!
 

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A terceira fase do parto

A terceira fase é a expulsão da placenta. Para a maioria das mulheres e maridos, esta fase é a menos interessante de todas. Mas faz parte do processo do parto e, às vezes, acontecem coisas nesta etapa que podem ter efeitos marcantes, por isso é melhor estar informada e consciente do que implica.

Em muitos hospitais, a pratica habitual é uma injecção que contem maleato de ergonovina e oxitocina. Esta é administrada quando a cabeça e um dos ombros do bebé já estão cá fora, por isso irão perguntar-lhe se podem dar a injecção nesse momento. Noutros hospitais, o procedimento pode ser um pouco diferente pois, será inquirida antes do parto se pretende ou não que seja dada a injecção. Caso não queira, deverá esperar que as contracções recomecem pois isso significa que a placenta se separou da parede uterina e está a descer. Então o médico irá estimular a expulsão da placenta, puxando devagar o cordão umbilical e comprimindo, ao mesmo tempo, por cima da região pélvica para impulsionar a saída. A placenta é, então, expulsa da vagina ao que se seguem as membranas. Por vezes, sai também um coágulo de sangue. Posteriormente o médico deve examina-la para se certificar que não restou nada dentro do útero, caso contrário podem ocorrer hemorragias.

É melhor informar-se sobre qual é o procedimento normal no hospital que escolheu. Se não quer levar a injecção, escreva-o na sua planificação do parto, para que o médico saiba antecipadamente. Uma vez que o momento em que é administrada a injecção é muito importante, não pode deixar para a hora a discussão sobre os prós e os contras, devendo decidir com calma e previamente se quer, ou não, fazer a expulsão da placenta com injecção.

Independentemente da escolha relativa à expulsão da placenta, se pretende que o cordão umbilical seja cortado pelo pai, não se esqueça de alertar o médico para esse facto.

Quais são as opções em relação à expulsão da placenta?

Existem alguns pontos que deve ter em atenção antes de decidir:

- É relevante para si o tempo que poderá demorar até a placenta ser entregue?
Sem a injecção leva mais tempo, talvez cerca de uma hora.
- Gostaria de ter alguns momentos tranquilos com o bebé logo após o nascimento? É possível que haja bastante azáfama à sua volta caso tome a injecção.
- O que pensa de perder sangue? Vai perder sangue de qualquer das maneiras mas se não tomar a injecção, perde mais – cerca de meio litro. No entanto, lembre-se que uma mulher grávida tem muito mais sangue no seu corpo do que o habitual.
- O que é melhor para o bebé? Esta questão não será muito relevante na medida que não irá prejudicar o bebé.
- Está preocupada com os efeitos secundários? Pode sentir-se enjoada, elevar a tensão arterial ou ter dores de cabeça.
- Existe alguma situação em que seja aconselhável a administração da injecção?
Sim, caso tenha estado anémica na gravidez ou tenha tido uma hemorragia; se o parto foi provocado ou acelerado pelos médicos; se tomou medicamento para as dores ou a epidural; se foram usados fórceps ou ventosas; se forem gémeos ou mais; se a tensão arterial subiu muito (embora neste caso possam ser administrados medicamentos).
 
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Cesariana

A cesariana, normalmente é realizada em casos de risco para a mãe e bebé, sofrimento fetal e uma série de ocorrências obstétricas. Tirando estas situações, esse tipo de parto é desaconselhado pelos médicos.

Os motivos para optar por uma cesariana devem ser, essencialmente, clínicos. As razões mais frequentes são a desproporção do tamanho do bebé em relação a pélvis feminina, infecções, mães diabéticas, posição do bebé invertida e difícil, ou ainda, se o trabalho de parto não estiver a evoluir normalmente.

Na cesariana, a barriga será coberta com um anti-séptico destinado a desinfectar e eliminar as bactérias e a anestesia será a epidural (em alguns casos, é necessária a geral). Você irá receber soro e uma sonda será introduzida na bexiga para a esvaziar. Não poderá acompanhar a cirurgia, pois uma tela será colocada na parte superior do corpo, impedindo a visão. Uma incisão horizontal, de 15 a 20 cm, será feita acima dos pêlos púbicos, através da parede da sua barriga e do útero.
Ao alcançar o bebé, o cirurgião irá tirá-lo suavemente e observá-lo para ver se está tudo bem. Posteriormente, a placenta também será retirada e examinada. O corte será fechado com pontos. O procedimento deve durar aproximadamente 30 minutos, o parto leva cerca de 5 a 10 minutos e os pontos rondam os 20 minutos.

É importante saber que como uma cirurgia, a recuperação de uma cesariana é lenta, e requer o internamento por alguns dias. Será difícil rir, ficar de pé, etc...
 

Satpa

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Gémeos: A hora do parto

Gémeos: A hora do parto

Mesmo com todo o acompanhamento no pré-natal, existe a possibilidade dos bebés nascerem antes das 40 semanas de gestação. Mas não se assuste. Quase todos os gémeos que nascem com 36 semanas de gestação, estão mais aptos para nascer do que os bebés que vem de uma gestação única.

A ameaça do parto prematuro, quando as contracções são muito frequentes, estimula no organismo a produção de substâncias que amadurecem rapidamente o pulmão dos bebés. Em consequência disso, as complicações respiratórias são muito menores. Porem, tudo vai depender do número de bebés e do pré-natal que foi feito durante a gestação.

Na sala de parto, devem estar presentes de preferência, um neonatologista para cada criança, dois ou três obstetras e o anestesista. Já que os bebés não podem sofrer nenhum tipo de traumatismo, durante o parto é recomendada uma cesariana. Além disso, principalmente no caso de trigémeos, às vezes não é possível visualizar com muita precisão a posição de todos no útero.

A gestante recebe anestesia "pelidural" (apenas da cintura para baixo fica anestesiada). Os neonatologistas se organizam e combinam quem cuidará dos bebés, por ordem de chegada. E um a um eles vão nascendo!

Em alguns casos, os bebés ficam internados para receber alimentação venosa, ajuda respiratória ou somente para ganhar peso. Mas isso não é uma regra geral. Já houve caso (raro, é verdade), em que, durante o parto normal, o obstetra descobriu que não estava lidando com um bebé, mas com três! Todos nasceram saudáveis, foram para o berçário comum, começaram a mamar e seguiram direito para casa, sem necessidade de incubadoras ou cuidados especiais.

O único procedimento de rotina para recém-nascidos gémeos é mantê-los após o parto em observação na incubadora, durante 2 horas. Assim permanecem em temperatura ambiente adequada à temperatura normal. Depois é só levar os pimpolhos para casa e iniciar uma vida emocionante!

Megabebés
 

Satpa

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Depois de passarem as 40 semanas, por vezes o bebé não nasce. É natural que o seu médico se torne ainda mais atento e irá monitorizar, tanto o seu estado como o do bebé, através de ecografias, exames e analises.

A indução do parto deverá ser realizada nas seguintes circunstâncias:
- sinais de insuficiência placentária, pois o bebé pode deixar de receber os nutrientes e oxigénio suficientes
- pré-eclampsia, diabetes, doença cardíaca, hipertensão ou hemorragia pré-parto
- as membranas romperam, para deixar sair a bolsa de águas, mas o parto não se realizou nos dois dias seguintes
- já está grávida há mais de 42 semanas
- um feto muito grande, porque se esperar pelo parto espontâneo este pode vir a ter complicações, pois entretanto o bebé ainda cresceu mais
- um feto muito pequeno, pois a segurança do bebé pode estar em risco

Actualmente, a indução do parto é um processo bastante seguro e realizado com frequência. Não deve ficar ansiosa ou preocupada por o parto não decorrer exactamente como imaginara. Um factor importante a ter em conta é que a indução não vais realizar o parto, mas sim despertar os mecanismos naturais do trabalho de parto para que estes façam, naturalmente, evoluir todo o processo do nascimento.

Métodos de indução do parto

São três os métodos de indução usados com mais frequência e conjugados entre si.

A prostaglandina

As prostaglandinas podem ser administradas via oral, sob a forma de comprimidos, ou via vaginal, junto ao colo do útero sob a forma de gel ou comprimidos. Ao fim de algumas horas o colo do útero estará amadurecido tornando-se mole, curto e com a dilatação apropriada. Geralmente, continua-se a indução com oxitocina.

A oxitocina

A oxitocina é administrada no soro, por via endovenosa, e vai estimular as contracções uterinas. Assim pode ser mais facilmente regulada caso esteja a entrar muito depressa em trabalho de parto, sem ter atingido a dilatação necessária. O saco do soro pode ser pendurado numa estrutura móvel, com um tubo comprido, para que seja mais fácil para a mãe movimentar-se e caminhar.

A ruptura artificial das membranas

Este método é, geralmente, utilizado em conjunto com a administração do soro de oxitocina.
As membranas impedem que a bolsa das águas seja expelida e, por consequência, o bebé, pois é nesta bolsa que ele pousa a cabeça.
Um instrumento parecido com uma agulha de croché é introduzido através do colo do útero para fazer um pequeno corte, indolor, nas membranas para que as águas possam sair. A cabeça do bebé vai, então, pressionar o colo do útero, estimulando as contracções e a estimulação e, o resto do trabalho de parto decorrerá normalmente.


Bom post estela, identifico-me com ele porque os meus dois partos foram induzidos.

Uma foi com a prostaglandina e a outra com soro c/ oxitocina!!

Só um aparte, os médicos se entretanto não houver sinal de indicadores do começo do parto a partir da 40ª semana, eles induzem-no ás 41 semanas.


:espi28::espi28:
 

estela

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Olá satpa,eu identifico-me também com este post pois o parto do meu filhote foi induzido com 39 semanas devido a alterações que eu tinha no fígado.
Utilizaram o método da ruptura artificial das membranas de seguida a administração do soro de oxitocina.





:coracao::coracao:
 

estela

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Parto na Água

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O método tradicional de dar à luz sofreu algumas alterações. Hoje em dia, uma das formas de trazer o seu filho ao mundo pode ser numa piscina, onde a dor é bem menor.

Uma das últimas novidades que, chegou recentemente até nós, é o parto na água. Em Portugal, os hospitais estatais não o realizam, e as clínicas particulares também ainda não adoptaram essa técnica, segundo as informações que obtivemos. De facto, os partos na água oferecem as mesmas garantias que os partos realizados numa cama de hospital. É um método seguro, que reduz a dor, e permite uma maior agilidade de movimentos.


Assim, os partos realizados na água permitem que a mãe se possa descontrair e que encontre a posição que mais lhe convém. O próprio líquido amniótico, onde se encontra o bebé, conduzirá melhor o seu "rebento" para o mundo exterior. A mãe acaba por se sentir como a principal protagonista de todo o processo do parto, facto que não acontece com a mesma facilidade no parto normal.


Quando a futura mãe chega ao hospital é lhe proposto a possibilidade de realizar o seu parto na água, já muito utilizado nos países do Norte da Europa. Assim, o parto na água não está sujeito a nenhuma marcação prévia, mas sim a uma opção do momento. Caso a mulher prefira o parto na água, antes de entrar na piscina deve tomar um banho para a sua higiene pessoal. O companheiro pode também entrar na piscina, apoiando-a e ajudando-a no que ela precisar, e tomando igualmente um duche.


A água facilita muito o trabalho da mulher nos partos da água. O corpo da mulher está muito mais relaxado e, os típicos problemas das contracções e das dores tendem a estar diminuidos. Todo o trabalho de parto mais doloroso para a mulher, acaba por ser bem mais leve neste tipo de parto, devido às características inerentes à água e que permitem uma maior mobilidade. Daí que a duração do parto seja, habitualmente, menor. Sendo o período de dilatação mais curto que o habitual, é normal que o parto em si leve muito menos tempo que aqueles realizados nas salas dos hospitais.


Uma das grandes vantagens dos partos na água é que, normalmente, são realizados em piscinas grandes, o que permite à mãe uma maior liberdade para realizar os movimentos que necessita, como já anteriormente referimos. Além disso, o pai ao estar conjuntamente com a mãe dá-lhe apoio físico e psicológico a todo o momento. Ao ter o marido junto de si, logicamente que a sua segurança será muito maior.


Outro aspecto a não esquecer é a diferença de temperaturas do corpo da mãe para a da sala de partos. O bebé quando nasce está habituado a uma determinada temperatura no corpo da mãe e, ao despertar para o mundo na sala de partos, há uma grande diferença de temperatura o que proporciona um choque tremendo. Logo, a criança está habituada aos 37,5 graus do útero da mãe e passa para os 20 da sala de operações. Nos partos realizados numa piscina, semelhante situação não acontece. A água está numa temperatura equivalente aos 37 graus e o corpo da mãe está próximo dos 37,5. A diferença de temperatura é mínima, não causando assim qualquer risco de excesso de consumo de glucose, situação esta que se regista com uma grande diferença de temperatura.


Certamente, esta hipótese deve ter-lhe agradado bastante. Para fazer o parto na água, o sítio mais perto que tem para esse efeito é em Espanha, na Maternidade Acuario, em Beniarbeig (Alicante). Este é um método natural, mas em Portugal a sua ocorrência ainda não consta do conhecimento das entidades ligadas ao sector da gravidez. Quando se aproximar da hora do parto, uns dias antes, parta para Alicante numas semi-férias e depois poderá usufruir dos serviços espanhóis para dar à luz o seu bebé, numa piscina, e sem sentir as dores dos partos tradicionais.
 

Luana

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Lesões produzidas durante o nascimento

Lesões produzidas durante o nascimento

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Os ossos da pelve da mãe constituem o canal do parto. Habitualmente, um bebé conta com suficiente espaço para atravessá-lo. No entanto, se o canal é pequeno ou se o feto é grande (como acontece frequentemente com as mães diabéticas), a passagem através do mesmo pode ser díficil ou produzir lesões. Quando os exames determinam que o bebé é demasiado grande para o canal de nascimento da mãe, o emprego de cesariana em vez de fórceps reduz o risco de lesão.

Praticamente qualquer parte do recém-nascido pode lesionar-se durante o parto. Em geral, as lesões são ligeiras e curam-se rapidamente. Os hematomas são frequentes e não comportam consequências. Os ossos do crânio do feto não se encontram unidos para que a cabeça possa moldar-se ao canal de parto enquanto o atravessa. É completamente normal que a cabeça se deforme, embora a sua forma volte à normalidade ao cabo de poucos dias. As lesões graves na cabeça são pouco frequentes e, na actualidade, as lesões traumáticas na cabeça são extremamente raras. Os nervos podem sofrer distensões durante um parto difícil, sobretudo os dos braços, produzindo-se uma debilidade temporária ou permanente do braço (paralisia de Erb). Em certos casos, produzem-se fracturas, sobretudo do osso do pescoço, mas regra geral curam-se rapidamente, sem nenhum problema residual.
 

estela

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No meu caso o parto foi provocado e também só descobriram que ele era bastante forte e grande na hora de nascer, o meu filhote foi tirado a ventosa e ficou com a cabecinha num caos.Ainda hoje se nota um bocadinho mas agora nada de maior.Ele nasceu eram 2 horas da manha e chorou toda a noite,a médica que me fez o parto disse logo que ele ia ter bastantes dores na cabeça durante algum tempo.Mas vi lá situações em que lhes fracturaram os braçinhos e etc.
 

helldanger1

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Trabalho de Parto - Verdadeiro ou Falso?

Durante a última fase da gravidez, mãe e feto preparam-se para o parto. O feto cresceu e desenvolveu-se, preparando-se para a vida extra-uterina.
A mãe ao longo da gravidez, sofreu várias adaptações fisiológicas que a prepararam para o parto e para a maternidade.
O trabalho de parto e o nascimento representam o terminus da gravidez e o início da vida extra-uterina para o recém-nascido.


DEFINIÇÃO DE TRABALHO DE PARTO :


Trabalho de parto é um processo que tem como finalidade expulsar o feto, a placenta, e as membranas, para o exterior do útero, através do canal de parto.


SINAIS DE FALSO TRABALHO DE PARTO :

Expulsão do rolhão mucoso ( Consiste na eliminação pela vagina de um muco gelatinoso e rosado, acastanhado ou sanguinolento, tipo clara de ovo. Na presença deste sinal não é necessário dirigir-se à maternidade.)
Contracções irregulares (o seu intervalo não é certo).
Dor que atenua com a marcha.
Os movimentos fetais podem encontrar-se aumentados.
Sem alterações da secreção vaginal.
Nesta situação não é necessário recorrer à maternidade, repouse em decúbito lateral esquerdo e vigie se as contracções se tornam cada vez mais intensas, rítmicas/regulares e frequentes.


SINAIS DE VERDADEIRO TRABALHO DE PARTO :


Rotura de bolsa de águas ( É a saída pela vagina de um líquido de cor clara (pode sair pouco a pouco ou em quantidade abundante que não consegue reter), e indica o rompimento da bolsa amniótica que contém o bebé. Neste momento deve dirigir-se à maternidade.)
Contracções uterinas regulares ( As contracções uterinas no início aparecem espaçadas de 30 em 30 ou de 20 em 20 minutos e são de fraca intensidade. Este ritmo vai aumentando, passando a ser de 15 em 15 e depois de 10 em 10 minutos, e nesse momento, é altura de com calma ir para a maternidade. )


ESTÁDIOS DO TRABALHO DE PARTO

O decurso do trabalho de parto, que é razoavelmente constante, consiste em:

Progressão regular das contracções uterinas.
Apagamento e dilatação progressiva do colo uterino.
Progressão do feto.
A duração de total média do primeiro estádio de trabalho de parto (desde as primeiras contracções uterinas regulares até à dilatação completa do colo uterino) varia, na mulher que vai ter um primeiro filho, entre 3 e 19 horas, nas gravidezes subsequentes, os valores situam-se entre 1 e 14 horas.
O segundo estádio (período expulsivo) pode ir até 3 horas, na mulher que vai ter o primeiro filho e 1,5 horas em gravidezes subsequentes.
O terceiro estádio do trabalho de parto (decorre entre o nascimento do feto e a expulsão da placenta), pode ir até 60 minutos.
O quarto estádio do trabalho de parto consiste na fase de hemostase e dura cerca de 2 horas após a expulsão da placenta.


SITUAÇÕES QUE A DEVEM LEVAR À MATERNIDADE

Independentemente de se encontrar em franco trabalho de parto existem situações que a devem levar a procurar orientação pelos profissionais de saúde.
Hemorragia vaginal;
Perda de líquido pela vagina;
Corrimento vaginal com prurido/ardor;
Dores abdominais;
Arrepios ou febre;
Dor/ardor quando urina;
Vómitos persistentes;
Dores de cabeça fortes ou contínuas;
Perturbações da visão;
Diminuição dos movimentos fetais.
Lembre-se que a gravidez é uma situação normal, mas exige uma atenção especial à sua saúde e à saúde do filho que vai nascer. Sempre que suscitarem dúvidas procure orientação pelos profissionais de saúde.

 

helldanger1

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Analgesia Epidural no Trabalho de Parto

ANALGESIA EPIDURAL


O QUE É ?

É o controlo da dor do trabalho de parto pela administração de medicamentos anestésicos no espaço epidural.


ONDE ESTÁ O ESPAÇO EPIDURAL ?

O espaço epidural situa-se ao longo da coluna vertebral antes das membranas que envolvem o cordão medular.
Localiza-se por detecção de perda de resistência, visto ser um espaço virtual que fica entre o ligamento amarelo e a dura mater, a sua abordagem é feita com a grávida sentada ou deitada em decúbito lateral.

Antes de iniciar a técnica:

- Fala-se com a grávida, garantindo que não existem contra-indicações para a sua execução;
- Faz-se uma breve explicação do que vai acontecer e obtém-se a sua autorização (escrita);
- Coloca-se um soro em perfusão, para preenchimento vascular;
- Mede-se a tensão arterial e o pulso;
- Vigia-se a frequência cardíaca fetal pela Cardiotocografia;
- Posiciona-se a grávida ou na posição de sentada ou em decúbito lateral. O importante é ficar o mais enrolada possível e manter essa posição até ao final da execução da técnica. É a chamada posição de gato assanhado ou posição fetal.

E depois?

- Desinfectam-se as costas;
- Identifica-se o local onde se vai fazer a epidural;
- A parturiente sente na pele uma pequena picada da anestesia local;
- Identifica-se o espaço epidural com uma agulha específica;
- Coloca-se o cateter no espaço epidural;
- Fixa-se o cateter á pele com adesivos;
- Deita-se a grávida de costas com o tronco ligeiramente elevado;
- Avalia-se a tensão arterial e o pulso da mãe de 5 em 5 minutos, durante cerca de 15 minutos.

COMO ACTUA?

Pelo cateter administram-se anestésicos locais que vão banhar os nervos, impedindo a transmissão da dor causada pelas contracções.
Os anestésicos locais demoram cerca de 5 a 10 minutos a fazer efeito. A duração do efeito (mais ou menos 2 horas) varia de grávida, mas pode sempre ser administrada nova dose através do cateter.
A administração dos anestésicos locais só é realizada quando a grávida se encontra em trabalho de parto activo, ou seja, com pelo menos 3 centímetros de dilatação do colo uterino.

VANTAGENS ?

→ Aliviar a dor sem alterar a consciência;
→ Os fármacos utilizados não vão prejudicar o bebé;
→ Permite que a parturiente possa repousar / descansar;
→ Colaboração activa da futura mãe durante o período expulsivo;
→ O cateter pode ser utilizado, se necessário, para a anestesia numa cesariana ou em outras intervenções, sempre sem dor.

EFEITOS INDESEJÁVEIS ?

→ Sensação de peso e/ou dormência nas pernas;
→ Dificuldade em urinar;
→ Hipotensão (diminuição da tensão arterial):
Previne-se com a colocação de um soro antes da epidural e corrige-se facilmente com a infusão de mais soros ou de medicamentos que façam subir a tensão;
→ Dores de cabeça:
Devem-se a uma complicação da técnica. Podem surgir cerca de 12 horas após a punção e localizam-se na nuca. Apesar de incómodas, são de fácil tratamento;
→ Dores nas costas:
Raramente se deve à epidural. O local picado pode, contudo ficar “dorido” durante uns dias;
→ Analgesia parcial ou ineficaz:
Deve ser colocado novo cateter epidural.


CONTRA-INDICAÇÕES ?

- Recusa da grávida;
- História ou suspeita de doenças do sangue (dificuldade em cicatrizar feridas, equimoses sem causa aparente…)
- Grávida medicada com anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários (ex.: Aspirina);
- Infecção da pele no local da punção;
- Alergia aos anestésicos locais.

CASOS ESPECIAIS ?

Existem por vezes situações particulares que por poderem vir a ser motivo de ansiedade ou preocupação por parte da grávida, são de discussão obrigatória com o médico anestesiologista. As escolioses ou “costas tortas”, as dores de costas, as intervenções cirúrgicas à coluna, as hérnias discais e ainda as tatuagens na região lombo-sagrada, entre outros, poderão ser alguns destes casos.

CONCLUSÃO »

A analgesia epidural é o método mais eficaz na analgesia do trabalho de parto e com menores riscos para o feto.É uma técnica invasiva que é executada exclusivamente por médicos anestesiologistas.
As contra-indicações para a sua realização são raras, assim como as complicações.
Permite à grávida manter a plena vivência de todo o processo do nascimento do seu bebé sem dor.

PARTO SEM DOR É UM DIREITO DE TODA A MULHER!


INFORMAÇÕES SOBRE A DOR DESDE AS CIVILIZAÇÕES MAIS PRIMITIVAS E A EVOLUÇÃO PARA A ANALGESIA EPIDURAL :

A gravidez é uma etapa muito importante na vida de qualquer mulher.


Ao longo de aproximadamente 40 semanas, não é apenas a criança que cresce no útero materno, ocorrem ao mesmo tempo, na mulher, alterações naturais (fisiológicas) que têm como objectivo preparar o seu corpo para o parto. Embora este seja um acontecimento natural, é acompanhado, na maioria das vezes, por dor.


O Homem desde sempre foi atormentado pela dor, e as suas causas e possíveis tratamentos sempre foram procurados desde as mais primitivas civilizações. Ao longo da história encontramos diferentes explicações para o fenómeno da dor. Chegou a ser considerada um castigo mandado pelos Deuses ofendidos, foi atribuída a maus espíritos e perda de substâncias essenciais ao organismo.


A dor na Grécia Antiga era percebida como um ser independente que atacava e “devorava” o indivíduo. Esta era entendida como um ser vivo que se alimentava da vítima. Nas civilizações mais primitivas/antigas era originada, por forças maléficas, as quais eram tratadas com amuletos ou tatuagens.


Foi com grandes filósofos e médicos como Aristóteles (Grego) e Galeno (Romano) que a dor passou a ser constituída pelos aspectos emocionais e sensoriais. Assim Aristóteles considerava que a dor era o oposto do prazer.


A partir do século XII, e devido ao sofrimento de Cristo, a dor passou a ser valorizada como uma forma de manifestação de fé. No Renascimento o Homem é colocado no centro do universo. O sofrimento físico passa a ser associado ao indivíduo e não à religião. O declínio religioso acontece por volta dos séculos XVI e XVII e surge a revolução científica. Foi René Descartes que utilizou o método das ciências exactas para tentar explicar o sofrimento físico. Foi o primeiro a afirmar que a dor quando partia da pele, corria por filamentos até ser percebida pelo cérebro/modelo simples do sistema nervoso).


No século XVIII, no período Iluminista, os médicos passam a estudar a dor a partir dos cinco sentidos, tentando perceber como é transmitida dentro do corpo até chegar ao cérebro.

Foi no século XIX que surgiu a fundamentação e consolidação dos modelos de transmissão da dor por um sistema de nervos que comunicam com a medula e de esta até ao cérebro.


Falando concretamente da dor no trabalho de parto, o receio do parto, bem como as dores por ele provocadas vêm desde as escrituras longínquas. O Antigo Testamento compara o trabalho de parto … “a guerra dos inimigos e a força do vento que despedaça os grandes navios …” (Vellay, 1995).


É desde a Idade Média que se sente, que o acto de parir está adulterado. Religiões repressivas criaram sobre a vida sexual, uma imagem de algo proibido, errado, gerador de dor, reprimindo a noção de prazer, o que era considerado pecaminoso. Em qualquer circunstância, há sempre um castigo a lançar sobre o acto sexual que se reflecte sobre a consequência: o parto.


É toda esta representação de dor, castigo e tragédia que rodeia o trabalho de parto e o próprio parto, que fez ao longo dos tempos com que as parturientes assim como as suas famílias, rogassem aos Deuses, aos Santos e à Virgem Maria, para que tivessem uma “boa hora”, expressão ainda hoje usada para desejar que tudo corra bem no parto.


Ainda hoje existem pessoas que continuam subordinadas a certa moral religiosa, que pensam que o ter um filho terá que estar associado a dor, “senão cai-se em pecado, não se amando os filhos”. A sociedade continua a influenciar negativamente as mulheres em relação ao parto, o qual, nem sempre foi considerado doloroso, como nem sempre significou motivo de sofrimento para as mães (Soares, 1994).


Nas civilizações asiáticas e em algumas tribos africanas, o parto é visto com um acto fisiológico, encarado sob o signo da alegria e não do sofrimento, constituindo uma festa em que a mãe e todos os membros da tribo participam. Na Europa e na América do Sul é tido de uma maneira geral doloroso (Soares, 1994)


Quando se estuda a história da obstetrícia, verifica-se que de civilização para civilização, a representação do parto e o seu contexto são totalmente diferentes. Para uns é doloroso, para outros é uma festa. A diferença não está nos úteros está sim, na maneira como o cérebro da mulher regista e interpreta os sinais que o útero dá, quando em trabalho de parto.


A analgesia epidural já existe há cerca de 40 anos e tem-se revelado um método seguro e eficaz de alívio da dor neste período tão especial. Os equipamentos cada vez mais sofisticados e os medicamentos cada vez mais aperfeiçoados, contribuem para a diminuição de efeitos secundários.

 

estela

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Cuidados no pós-parto-perguntas e respostas

As principais dúvidas das mães (e dos pais também)

O bebê já está em seus braços. Foi um tempo de preocupações, incertezas, mas de muita alegria. Uma alegria que agora se multiplica milhões e milhões de vezes com o nascimento. Mas ainda alguns cuidados são necessários no período que nós, médicos, chamamos de puerperal, com algumas importantes mudanças físicas que podem inclusive afetar o lado emocional. O Puerpério é o período de 6 semanas a seguir do parto. A maioria das alterações provocadas pela gravidez regride na maioria dos sistemas orgânicos do corpo. Podemos dividir esse período em: 1. Puerpério Imediato - as primeiras 24 horas ; 2. Puerpério Precoce - a primeira semana e 3. Puerpério Remoto - as 5(Flávio: não seriam 5?) semanas seguintes(na verdade essa é uma divisão apenas didática, pois as regressões das modificações que a gravidez provocou no corpo demoram cerca de 6 meses para sumirem por completo). É uma fase cheia de dúvidas. Veja algumas delas e as respostas.

1. Qual deve ser o tempo de internamento?

Depende do tipo de parto. NORMAL: alta em 24-48 horas. CESÁRIA: 48-72 horas
A alta hospitalar é dada após a paciente estar em condições de andar sem apoio, com intestino e bexiga funcionado sem problemas.
As condições de alta dependem também das perdas sangüíneas durante o parto. A grávida está preparada para perder até 1500 ml de sangue sem problemas. Isso acontece por todo aquele aumento de volume sanguíneo que aconteceu durante a gestação. As perdas normais são: durante o PARTO NORMAL = 400 a 600 ml ; Durante a CESÁRIA = 800 a 1000 ml.

2. Como serão as minhas reações emocionais? E a depressão pós-parto?
Primeiramente vem o alívio com o êxito do parto. Depois chega a vontade de se relacionar com o recém-nascido. Em seguida sensação de insegurança e algumas vezes certo grau de depressão, causada pela impressão de que nada sabe sobre como cuidar do novo ser que agora está fora do útero e totalmente dependente de sua presteza e de seu amor.

3. Em quanto tempo eu posso levantar e andar ?
Devemos estimular que a puérpera (as mães por favor me desculpem o uso dessa palavra feia, mas que designa a mulher que acabou de dar à luz) levante precocemente de seu leito, se houver condições, 6 horas após o parto normal, e 12 horas após a cesárea. Andar precocemente melhora o funcionamento dos intestinos e da bexiga e evita complicações trombo-embólicas, ou seja, a coagulação do sangue dentro das veias, o que pode acontecer, principalmente nas pernas.
Um inchaço nas pernas, principalmente do lado esquerdo, é comum nos primeiros dias pós-parto. Isso se deve à redistribuição dos líquidos contidos na placenta. É como se parte desse líquido fosse armazenado de forma temporária nas pernas. Deitar com as pernas elevadas pode ajudar a diminuir esse tipo de problema.

4. Em quanto tempo o intestino volta ao normal?
É normal uma certa demora do funcionamento intestinal , particularmente, após a cesária, quando uma pequena quantidade de sangue que fica dentro do abdome dificulta o peristaltismo ou a movimentação dos intestinos. Assim, uma dieta rica em fibras e alguns laxativos leves serão utilizados nos primeiros 3 dias.

5. E a bexiga?
Urinar se torna impossível após anestesia (primeiras 12 a 24 horas). Por isso usamos sonda vesical (na bexiga) de demora (que fica por algum tempo) após a cesariana. Às vezes, mesmo depois que se retira a sonda (12 horas após a intervenção), há certa dificuldade em se obter a primeira micção. As primeiras micções podem inclusive ser dolorosas.

6. Como deve ser a higiene?
Assim que a puérpera se levanta deve tomar um banho.
O fato de lavar a cabeça não afeta e evolução saudável do puerpério.

7. Quais os cuidados com os curativos?

São retirados após 24 horas do parto, no caso de cesárea. Podem ser molhados durante o primeiro banho desde que depois sejam trocados. Após o segundo dia mantemos o corte descoberto sem necessidade de curativos. A episiotomia (corte realizado no períneo para facilitar a expulsão fetal durante o parto normal) requer apenas limpeza com água e sabonete durante o banho. Nos casos de dor e ardência - que são freqüentes - usamos alguns anti-sépticos e analgésicos em forma de "spray" - o que promove alívio.

8. Existem exercícios específicos a serem feitos no pós-parto?
Sugestões Práticas de Exercícios Durante a Gravidez e Pós-parto.
OBJETIVO: Visam tonificar os músculos da região lombar, assoalho pélvico e abdome.
Pós-PARTO NORMAL = começam após a segunda semana
Pós-CESÁRIA = começam após a terceira semana
Você pode continuar fazendo exercícios de relaxamento ou caminhadas leves a qualquer momento após um parto normal. Contudo, é uma boa conduta dar a seu corpo o devido descanso e um tempo para recuperação, antes de reiniciar um programa de ginástica. Usualmente, seis semanas é o tempo que se espera para uma boa recuperação do corpo, se você teve um parto vaginal sem complicações. Se houve complicações, ou muitas suturas perineais, você poderia esperar um pouco mais. Se você se sente pronta para reiniciar seus exercícios antes de seis semanas, discuta o assunto com seu médico.
Em caso de cesariana o tempo de espera para exercícios reguçares e intensos deve ser maior ou seja, acima de 60 dias após o parto. Esteja sempre em contato com seu médico sobre seu progresso ao iniciar um programa de ginástica após a cesariana.
Se recomeçar um programa de ginástica significa retornar à natação, novamente, converse com seu médico. As incisões e suturas podem não estar bem cicatrizadas, e a água da piscina possui agentes químicos e bactérias que podem ser prejudiciais. Queremos salientar que há muitos outros tipos de exercícios e alongamentos que podem ser praticados na gestação e pós-parto e que as informações a seguir não substituem as recomendações do seu médico. Consulte-o sempre que for iniciar qualquer programa de exercícios físicos. Queremos dizer também que as sugestões abaixo não substituem a presença do fisioterapeuta e, na verdade, devem ser seguidas ao lado dele, até que você se sinta segura por estar fazendo os exercícios e alongamentos de modo correto.

FAZER OS EXERCÍCIOS DE FORMA INCORRETA, ALÉM DE NÃO AJUDAR, PODE PROVOCAR PROBLEMAS FÍSICOS

9. Como deve ser a minha dieta?

Deve conter no mínimo 2600 cal/dia.
A puérpera deve ingerir boa quantidade de líquidos o que deve ajudar na produção do leite.
Nos primeiros 2 meses após o parto o esquema alimentar deve se manter no mesmo ritmo da gestação, com um acréscimo de cerca de 400 cal/dia, em virtude da produção do leite.

10. Quando voltar ao médico?

A paciente que amamenta não terá suas menstruações regulares e com muita freqüência terá ausência delas. Naquelas que não estão amamentando, a primeira menstruação poderá vir logo após a sexta semana pós-parto. Desse modo, é após 40 dias que a primeira revisão médica do parto deve ser feita. Nos casos de cesariana é aconselhável uma revisão 10 dias após a retirada dos pontos (que é feita uma semana após a intervenção).

11. Em quanto tempo o útero volta ao normal?

De modo geral, 6 semanas é tempo suficiente para que o útero volte ao tamanho e peso normais. No primeiro dia pós-parto ele já se encontra na cicatriz umbilical e após 10 dias ele está na sínfise púbica ( ao nível do osso púbico, logo acima dos pelos pubianos).
A cicatriz da área de inserção placentária dentro do útero (área sangrante) é responsável pela presença de um constante fluxo de líquidos através da vagina no período puerperal, denominados de lóquios. No início os lóquios são vermelhos (rubros), depois vermelho-claros e a seguir amarelados, cessando após a sexta semana. Portanto, nas primeiras 2 a 3 semanas é normal apresentar um sangramento semelhante ao da menstruação, que depois vai se tornando claro e amarelado , até parar.
É comum nos 2 ou 3 dias que seguem o parto a presença de cólicas, principalmente durante a amamentação, que são a tradução de contrações vigorosas do útero, com o intuito de acelerar a involução desse órgão.

12. E o meu peso ? Em quanto tempo volto ao peso com que engravidei?
Um ganho de peso de 9 a 10 Kg durante a gravidez está relacionado a retenção de água. É normal uma perda de 5,5 Kg logo após o parto devido a saída do feto , placenta, líquido amniótico e involução uterina. Outros 4,5 Kg são eliminados nas 6 semanas seguintes, sendo cerca de 1,5 Kg na primeira semana pós-parto e 3,0 Kg nas outras 5 semanas. Assim , esses 9 a 10 Kg serão sempre perdidos , porque correspondem ao acúmulo de água durante a gestação. A quantidade de quilos que ultrapassou esses 10 kg, será o restante que você poderá perder durante o período de amamentação, ou seja, nos primeiros 6 meses.

13. Como eu faço para amamentar o Bebê?
Depende de motivação e aprendizado adequado.
A mama é preparada durante toda a gravidez para produzir leite em quantidade suficiente para o recém-nascido. Vários hormônios estão envolvidos no desenvolvimento e crescimento mamário, bem como na elaboração e ejeção do leite.
Os principais hormônios são produzidos pela hipófise (ocitocina e prolactina); eles atingem a corrente sangüínea e vão atuar sobre a mama na produção e na liberação do leite.
A sucção é necessária tanto para produção quanto para a ejeção do leite. É ela que mantém os níveis de prolactina adequados para que se dê a síntese do leite - essa suspensão de proteínas e gorduras em solução de açúcar (lactose) e sais de sódio. Cerca de 90% da composição do leite corresponde a água.
O volume de leite produzido é variável de mãe para mãe. Sabemos que quanto mais o bebê suga mais leite é produzido. Nos primeiros 2 dias após o parto só é produzido o colostro (secreção pré-láctea rica em proteínas e anticorpos), de cor amarelada, que é suficiente para manter as condições de nutrição do bebê, até que ocorra a apojadura ou descida do leite propriamente dito. Essa descida do leite acontece em geral 2 a 5 dias após o parto. Não se preocupe com essa demora, pois o bebê nasce com reservas energéticas suficientes para agüentar até a vinda definitiva do leite. É por esse motivo que o bebê perde até 10% de seu peso de nascimento nesse período. O volume de leite aumenta gradativamente de 120 ml por dia no segundo dia, 170 ml no terceiro dia , 240 ml no quarto dia para cerca de 300 ml por dia a partir do quinto dia do período puerperal. Podemos calcular a quantidade de leite produzido por dia, multiplicando-se o dia pós-parto por 60. Dessa forma 15 dias após o parto a produção do leite estará em torno de 900 ml por dia (15 x 60). Portanto, são necessários 14 a 15 dias para que essa produção seja regular e constante.
 
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