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Pesca ao fundo de embarcação fundeada

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Vou dar alguns conselhos para pescadores que se queiram iniciar na pesca ao fundo desde embarcação fundeada, a pesca de barco que a maioria dos pescadores desportivos praticam quando vão pescar numa traineira ou num barco de charter. Estes conselhos aplicam-se também a quem tem o seu barco de recreio e quer fazer uma pescaria com a família ou os amigos.
 
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Canas

As canas que se usavam para pescar de barco há dez anos atrás são muito diferentes das que se usam hoje. Uma cana para pescar de barco ao fundo não precisa de ter qualidades lançadoras. Normalmente o aparelho é arriado a pique desde a embarcação, portanto a cana pode ser curta, de 1,80 m e forte, pois precisa de trabalhar com chumbadas de mais de cem gramas. Podemos optar entre comprar uma cana barata e quase indestrutível em fibra de vidro maciça ou comprar uma cana em carbono, de várias secções e ponteiras diferentes que se ajustam a diferentes condições de pesca, que pode custar o preço de dez das de fibra de vidro e que está longe de ser indestrutível. É recomendável para principiantes na pesca que comecem a pescar com uma cana mais curta, até 2,50 m, tal como as Poly Carbon ou High Power da HIRO. Para pescadores já iniciados recomendo as canas HIRÓ das séries Princess, Sea Princess II e Meta Carbo, canas que atingem nalguns modelos comprimentos superiores a 3 metros, o que se justifica por as canas serem de acção mais parabólica e necessitarem ter uma reserva de flexibilidade para amortecerem a acção das presas, compensando a ausência de elasticidade das novas super linhas em multifilamento, com que muitas vezes são utilizadas. De referir que este tipo de canas são de extrema sensibilidade, permitindo a um bom pescador apanhar peixes em dias que os que utilizam material mais convencional nem sentem picar!
 
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Carretos

Um carreto para pescar de barco tem de ser forte e rápido, com uma capacidade de pelo menos 200 metros de linha que tencionamos utilizar um carreto mais pequeno normalmente não tem a robustez nem a velocidade necessárias para o serviço que lhe é exigido, constantemente a alar um dia inteiro o aparelho de pesca e o peixe de profundidades de muitas vezes mais de meia centena de metros. Quanto aos carretos, devemos escolher um robusto, de capacidade adequada e dotado duma embraiagem eficiente.
 
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Linhas

Utiliza-se o vulgar monofilamento de nylon. Para a pesca que hoje abordamos recomendo fios com diâmetros de 0,40 mm ou 0,45 mm. Há quem defenda que se devem utilizar fios mais finos, mas se pescar com um nylon muito fino perde muita sensibilidade, pois o fio sujeito à mesma carga é mais elástico que um de diâmetro superior. Há já alguns anos que o fio SIGLON V é o preferido por muitos pescadores. Já ouvi boas referencias ao novo SIGLON Tough mas não tive ainda oportunidade de o experimentar.

Não posso deixar de referir as novas linhas multi filamentares. Não há pescador avisado que não as conheça e use. Estas linhas, produzidas a partir dum material com os nomes comerciais de Spectra ou Micro dyneema, conforme provenham dos Estados Unidos ou da Holanda, respectivamente, têm um diâmetro baixíssimo para a resistência à tracção que apresentam e quase não possuem elasticidade, o que veio revolucionar a pesca. Quem estiver habituado a pescar com nylon e mudar para o multifilamento vai ter uma surpresa! De repente sente o mais pequeno toque, a chumbada a rebolar, a bater num fundo duro ou mole. A sensibilidade é aumentada duma forma espectacular. O senão destas linhas é que exigem canas e carretos de qualidade, pois todo o amortecimento dos movimentos do peixe terá de ser feito pelo conjunto cana/carreto sendo fundamentais embraiagens de excelente qualidade e canas de acção mais parabólica. O HIRO Multifil é um multifilamento com a qualidade que a marca HIRO já nos habituou.

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AnzÓis

Para pesca ao fundo utilizando o tipo de montagens exemplificado uso anzóis HIRO Hi-Tech tipo Chinun os 1, 2, e 3, muito raramente o 4. Estes anzóis têm pontas ultra penetrantes e não partem nem endireitam com facilidade, o que nos deixa mais à vontade quando um peixe maior nos cai em sorte.


 
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Montagens

Neste tipo de pesca, a montagem tem muitas vezes que fazer uma longa viagem até ao fundo, o que tende a produzir enrolamentos nos estralhos, acontecendo que se o aparelho não estiver bem feito, quando chega ao fundo tem os estralhos todos enrolados na linha madre do aparelho, não apresentando os iscos nas melhores condições e estando sujeitos a partir se um peixe de tamanho razoável consegue comer o isco e ficar ferrado.

Para evitar isto, a melhor solução é fazer uma montagem rotativa ou de helicóptero, isto é, uma montagem que permita que os iscos rodem à volta da linha madre do aparelho sem que os estralhos fiquem enrolados.

Como alternativa a fazer as próprias montagens, existem no mercado montagens já feitas, as Mustad Pater-noster Competição, disponíveis com 2,3 ou 4 destorcedores para montar 2, 3 ou 4 anzóis.


 
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Iscos

Neste tipo de pesca a variedade de iscos utilizados é enorme. Desde isco congelado como lula, choco ou polvo a isca viva como as diferentes variedades de minhocas e de bivalves como o lingueirão, o berbigão, a amêijoa ou ainda crustáceos como o camarão, gamba e ralo, tudo serve, dependendo a sua efectividade das espécies presentes, condições de pesca e também da zona do país onde se pesca. Um isco que funciona numa determinada área pode não apanhar a mesma espécie de peixe com a mesma eficiência noutra área.

Como regra deve-se levar mais de uma qualidade de isco e experimentar diferentes combinações e posicionamentos. Por exemplo, quando pesco em locais onde existe muito peixe pequeno a "limpar" os anzóis, isco o anzol de baixo com um isco mais resistente como lula ou choco e uso iscos mais macios nos anzóis de cima.

Há uma regra sempre a ter presente: o tamanho dos anzóis tem de corresponder ao tamanho do isco. Se apresentarmos um isco grande num anzol muito pequeno este ficará escondido e guardado dentro do isco, sendo difícil que o anzol se venha a cravar na boca do peixe. Se pelo contrário utilizamos um anzol demasiado grande, este na maior parte das vezes danifica demasiado o isco para ser viável a sua utilização, para além que o peso do anzol será demasiado e dará ao isco um comportamento pouco atractivo.

 
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helldanger1

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ExecuÇÃo De Uma Montagem De Pesca Ao Fundo

Corte cerca de 1,2 metros de monofilamento de 0,50 nu 0,55 mm do diâmetro e faça uma laçada numa das pontas. Será a laçada para prender a chumbada.
Enfie pela outra ponta uma manga metálica, uma missanga, um destorcedor de colchete, uma missanga e uma manga metálica. Repita esta operação mais duas vezes formar uma montagem de 3 anzóis.
3- Faça uma laçada igual à primeira na extremidade oposta, ficando assim as mangas, missangas e destrocedores a correr livremente entre os dois nós que formam as laçadas nas extremidades da montagem.

4- Numa das extremidades, encoste a primeira manga ao nó da laçada e aperte a manga para a imobilizar. Encoste a missanga na manga já travada, encoste o destrocedor à missanga, a outra missanga ao destrocedor, ajuste a manga e crave-a. Repita a operação na outra extremidade.

5- Nesta fase tem já fixos os destrocedores que vão segurar o anzol de cima e o de baixo, estando o conjunto do anzol do meio a correr. Corra-o para o meio da distância entre os destrocedores já fixados e crave as mangas. A nossa montagem está concluída, faltando só empatar os anzóis, fazer uma laçada na extremidade do estralho oposta ao anzol e colocá-los na montagem.





CONSELHOS IMPORTANTES:

Em vez de mangas metálicas pode utilizar nós de travamento para fixar as missangas e destorcedores. Pode também substituir as missangas e destrocedores por cross-beads.
Se utilizar mangas metálicas, não as aperte demasiado pois podem cortar o fio da montagem. É preterível que a montagem sob acção de um peixe grande corra a que se parta.
Tenha sempre presente que o ponto fraco desta montagem e é o fio da madre entre as duas missangas que fixam o destrocedor.


 
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