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Dourada como escolher o pesqueiro

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helldanger1

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DOURADA



COMO ESCOLHER O PESQUEIRO



A Dourada é um dos peixes mais desejados da nossa costa e um troféu muito valorizado não só pela luta que dá quando ferrada, mas também pelo seu valor em termos gastronómicos, já que a sua carne tem um leve sabor a marisco (devido à sua alimentação à base de mexilhão) sento então muito apreciada no prato.

Chegando a atingir os seis quilos de peso e 70 cm de comprimento, a dourada pertence à família dos Esparideos e o seu nome científico é Spaurus Aurata. Tem uma mancha negra por cima do óperculo, uma mancha dourada em crescente entre os olhos envolvida por duas zonas escuras e apresenta uma tonalidade acinzentada no dorso e uma banda longitudinal negra e prateada no ventre.

A dourada desova em meados de Dezembro perto dos estuários dos grandes rios ficando magra após a desova, reaparecendo logo em Fevereiro com mais abundância nos meses de Agosto até Outubro. O que distingue mais a dourada dos outros peixes é a sua forte dentição com dentes incisivos cortantes e os posteriores arredondados que lhes permite partir cascas de mexilhões e de outros moluscos e bivalves. É um peixe solitário e sedentário que também se enquadra em pequenos cardumes.

Os biólogos que a dourada tem um pouco de falta de visão dai ela pegar em fios grossos e à noite só demonstra mais actividade com noites de lua cheia em que o luar faz com que as noites fiquem mais claras e no caso da dourada ficando mais activa sendo estas noites com mar manso as mais escolhidas pelos pescadores desportivos para a captura desta espécie.

A dourada gosta de procurar alimento em fundos de areia e zonas de pedra, nas coroas de areia nova procuram caranguejos brancos e também teagem que as coroas transportam, minhoca da areia, nas pedras arrancam os percebes e partem os mexilhões com os seus dentes fortes não se fazendo rogadas a pequenos ouriços camarão e carangueijas que por ali encontrem. A sua alimentação é assim variada sendo os iscos mais apetecidos os ouriços, as carangueijas, o mexilhão, a teagem, os ralos do Algarve, os burriés, a minhoca do conchilho, a minhoca coreana, o casulo, o lingueirão etc.

Gostam de iscadas grandes devendo o pescador utilizar anzóis fortes e martelados para não partirem nem abrirem.

 
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helldanger1

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COMO EU ESCOLHO O PESQUEIRO

Procuro locais e pesqueiros mais avançados ao mar em que estes tenham condições para este peixe procurar alimento e que seja também uma boa passagem desta espécie. Na minha zona (costa de Sintra) sei os pesqueiros em que elas costumam passar e são quase todos pesqueiros com uma altura de água significativa e avançados tendo em conta o estado do mar e a temperatura da água.

Como sabem os pontos mais altos da costa para observar o mar à maré vazia são os melhores conseguindo-se assim uma melhor leitura dos fundos e das pedras e das areias. Devemos procurar os balcões de pedra onde abunda o mexilhão, intercalados com fundos de areia ou quando uma coroa de areia nova se aproxima deste local. Esse é um bom prenuncio para este local se tornar um pesqueiro de eleição para esta espécie, pois como já atrás referi, as douradas não procuram só o alimento nas pedras como gostam também de explorar os fundos de areia nova estas areias pois estas ao aproximarem-se de um fundo ou um balcão de pedra tapeteando-o com uns coalhos de areia fina, fazem assim criar e subir teagem com abundância.

Observo a areia nova dando um exemplo, observando uma pedra submersa em que é rodeada de areia que se eleva à superfície em círculo, isto acontece porque a areia nova é mais fina sendo assim mais leve detectando-se dessa forma a sua presença ou vendo a sua aproximação da costa de maré vazia à outra maré vazia.

Assim os locais com pedra e areia que reúnam estas condições são sempre de eleger conjugando-os com os outros factores que também são importantes. Por exemplo os dias com tempo do quadrante leste, sueste ou sul são os melhores pois estes trazem correntes de água mais quente ficando o mar com uma temperatura de água mais apetecida para esta espécie abeirar. O tempo revolto quente abafado céu encoberto a ameaçar trovoadas sem vento faz amansar o mar e é para mim um dos melhores dias para a pesca, há que também saber que a melhor hora para as ferrar com mais frequência é ao romper do dia ainda escuro não querendo dizer que nas horas com o sol a pino ou ao pôr-do-sol também não se ferre douradas.

A hora da maré mais apetecida desta espécie é com duas horas de enchente até à maré-cheia que melhor fazem a aproximação da costa, assim se conjugarmos estes factores de escolha do pesqueiro, quadrante do tempo hora da maré e iscarmos com as iscas que elas mais gostam e ter um pouco de paciência a fazer pesca de espera temos mais possibilidades de capturar estes lindos exemplares que nos oferecem momentos de emoção e prazer pelo seu combate que dão ao quererem fugir e desferrarem-se do anzol dando puxões e investidas pelo fundo abaixo com corridas e cabeçadas que se sentem na cana toda vergada e no desembraiar do carreto fazendo assim tremer o pescador menos experiente com a sua luta inconfundível que este nobre peixe oferece ao pescador desportivo que pensa logo em qual a melhor maneira de a tirar fora de água.

 
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helldanger1

Visitante
A TÉCNICA

A técnica que mais se adapta à captura desta espécie é a pesca ao fundo nas pedras ou nas falésias com linhas fortes, por exemplo, 0.45 na mestra do carreto, e um empate comprido de 0.50 de fluorcarbono empatado com um anzol resistente martelado nº2/0. O pescador em falésia é imprescindível ter e saber manejar uma rabeca que vai pela linha abaixo para assim melhor tirar o peixe.

A montagem é simples onde um pescador faz um nó dobrado na linha seguido de outro nó onde fica a chumbada e o estralho do anzol é passado entre os dois nós passando o anzol pela azelha ficando a trabalhar entre os dois nós feitos na mestra, as chumbadas mais apropriadas para fundos de areia com mar mexido para o forte para assim não correrem são as de pirâmide só com uma face em cima ao pé da argola, devendo o pescador em dias de mar bravo usar chumbadas de 220 gr, para não correrem e se fixarem melhor na areia, por vezes com a cana espetada a pescar sozinha é o peso da chumbada que faz ferrar o peixe, pois estas ao morderem e saborearem a isca quando nadam o peso mais elevado da chumbada é que faz a ferragem na boca do peixe, é como se ficassem presas na linha presa pela chumbada enterrada na areia.

Quando o mar é manso ou pescamos com chumbada furada de correr com a cana na mão não se deve tentar ferrar ao primeiro toque, mas sempre ao segundo ou mesmo perante apenas o toque mais violento. Por vezes acontece também que quando as chumbadas são leves deixamos de sentir a prisão das mesmas, acontecendo que nesses casos é a Dourada que pega na isca e nada para cima levantando a chumbada do fundo. Aí devemos enrolar depressa e fazer uma ferragem rápida. Também por vezes ao iscarmos com minhocas acontece que a dourada quando saboreia a iscada e sente o aço do anzol nos dentes cospe imediatamente a iscada pois desconfia. Deve então o pescador estar com a cana na mão quando elas estão manhosas a comerem de (faca e garfo) expressão utilizada pelos pescadores quando o peixe está a comer desconfiado.

O pescador experiente sabe que de vez em quando deve lançar e colocar a chumbada perto das pedras marisqueiras pois é ai que as Douradas se alimentam arrancando o mexilhão, tendo assim mais probabilidades de captura. Nas praias vemos, por vezes, na maré vazia, cascas de mexilhão partido perto das rochas e pensamos que foi o mar, mas, na realidade, foi um cardume de douradas que ali esteve a mariscar, sendo um bom prenúncio porque a Dourada tem hábito de ir no dia seguinte comer à mesma hora.

Na praia é preciso lançar mais longe daí utilizar uma bobine com linha mais fina 0.35 com uma emenda de 0.50 a dar três voltas ao carreto para suportar o impacto do lançamento. Se o mar se apresentar manso e não tiver corrente utilizamos uma chumbada com o formato de torpedo para conseguir melhores lançamentos, uma cana forte de três elementos e um carreto robusto com uma boa saída de linha e um drag sempre afinado que depois de lançarmos devemos abrir um pouco para alguma Dourada maior que se ferre não partir a linha e melhor se cansar o peixe. A recuperação é feita dando linha na escoa e recuperando quando o mar traz a onda. Cansar o peixe e encalhá-lo é aconselhado para evitar perdas. Espero nestas linhas que escrevi ter sido útil aos leitores menos experientes que como eu gostam do mar da natureza e da pesca, peço-vos só um favor não deixem lixo nos pesqueiros.



Original de: Luis Batalha

cumpts
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soba60

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A TÉCNICA

A técnica que mais se adapta à captura desta espécie é a pesca ao fundo nas pedras ou nas falésias com linhas fortes, por exemplo, 0.45 na mestra do carreto, e um empate comprido de 0.50 de fluorcarbono empatado com um anzol resistente martelado nº2/0. O pescador em falésia é imprescindível ter e saber manejar uma rabeca que vai pela linha abaixo para assim melhor tirar o peixe.

A montagem é simples onde um pescador faz um nó dobrado na linha seguido de outro nó onde fica a chumbada e o estralho do anzol é passado entre os dois nós passando o anzol pela azelha ficando a trabalhar entre os dois nós feitos na mestra, as chumbadas mais apropriadas para fundos de areia com mar mexido para o forte para assim não correrem são as de pirâmide só com uma face em cima ao pé da argola, devendo o pescador em dias de mar bravo usar chumbadas de 220 gr, para não correrem e se fixarem melhor na areia, por vezes com a cana espetada a pescar sozinha é o peso da chumbada que faz ferrar o peixe, pois estas ao morderem e saborearem a isca quando nadam o peso mais elevado da chumbada é que faz a ferragem na boca do peixe, é como se ficassem presas na linha presa pela chumbada enterrada na areia.

Quando o mar é manso ou pescamos com chumbada furada de correr com a cana na mão não se deve tentar ferrar ao primeiro toque, mas sempre ao segundo ou mesmo perante apenas o toque mais violento. Por vezes acontece também que quando as chumbadas são leves deixamos de sentir a prisão das mesmas, acontecendo que nesses casos é a Dourada que pega na isca e nada para cima levantando a chumbada do fundo. Aí devemos enrolar depressa e fazer uma ferragem rápida. Também por vezes ao iscarmos com minhocas acontece que a dourada quando saboreia a iscada e sente o aço do anzol nos dentes cospe imediatamente a iscada pois desconfia. Deve então o pescador estar com a cana na mão quando elas estão manhosas a comerem de (faca e garfo) expressão utilizada pelos pescadores quando o peixe está a comer desconfiado.

O pescador experiente sabe que de vez em quando deve lançar e colocar a chumbada perto das pedras marisqueiras pois é ai que as Douradas se alimentam arrancando o mexilhão, tendo assim mais probabilidades de captura. Nas praias vemos, por vezes, na maré vazia, cascas de mexilhão partido perto das rochas e pensamos que foi o mar, mas, na realidade, foi um cardume de douradas que ali esteve a mariscar, sendo um bom prenúncio porque a Dourada tem hábito de ir no dia seguinte comer à mesma hora.

Na praia é preciso lançar mais longe daí utilizar uma bobine com linha mais fina 0.35 com uma emenda de 0.50 a dar três voltas ao carreto para suportar o impacto do lançamento. Se o mar se apresentar manso e não tiver corrente utilizamos uma chumbada com o formato de torpedo para conseguir melhores lançamentos, uma cana forte de três elementos e um carreto robusto com uma boa saída de linha e um drag sempre afinado que depois de lançarmos devemos abrir um pouco para alguma Dourada maior que se ferre não partir a linha e melhor se cansar o peixe. A recuperação é feita dando linha na escoa e recuperando quando o mar traz a onda. Cansar o peixe e encalhá-lo é aconselhado para evitar perdas. Espero nestas linhas que escrevi ter sido útil aos leitores menos experientes que como eu gostam do mar da natureza e da pesca, peço-vos só um favor não deixem lixo nos pesqueiros.



Original de: Luis Batalha

cumpts
hell
na pesca da dourada "pelo menos em sagres se esperar pelo segundo toque nao vai tocar na borracha durante todo o dia"só se ela embochar
 
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