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Guia completo de como combater, eliminar e prevenir a humidade

Luz Divina

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Dez 9, 2011
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Guia completo de como combater, eliminar e prevenir a humidade




A humidade é dos piores inimigos para uma casa. Não só pode provocar diversos estragos a uma habitação, como pode ainda reduzir o isolamento e o conforto da divisão afectada. Como não bastasse, desencadeia o desenvolvimento das bactérias do bolor, tão prejudicial à saúde. Como diagnosticar, prevenir e acabar com a humidade nas divisões de sua casa?



Faça o diagnóstico para
saber a origem da humidade:


A existência de humidade pode ser desencadeada por vários factores. Esta também pode apresentar aspectos diferentes ou afectar diferentes zonas. Aprenda a diferenciar os diferentes tipos de humidade, para saber a forma mais eficaz de a combater:

1) Humidade ascendente:


Parede-com-salitre.jpg




  • Apresentação:
    Este tipo de humidade apresenta-se sob a forma de manchas interiores ou exteriores. No interior poderá se formar salitre, o papel de parede descolar-se ou ainda aparecerem bolores. No exterior pode apresentar-se sob a forma de musgo.



  • Áreas afectadas:
    Este tipo de humidade afecta normalmente a largura da parede, com uma altura entre 50 a 120 centímetros.



  • Aparecimento:
    Este tipo de humidade surge durante todo o ano, mas em diferentes proporções, consoante o aparecimento das chuvas.



  • Descrição:
    Os materiais de construção, quando estão em contacto directo com a água ou com um solo húmido, vão absorvendo esta água ou humidade de uma forma bastante rápida. A água vai se evaporando, mas normalmente sobe mais rapidamente pelas paredes do que se evapora, especialmente se estiver um clima húmido. É por esta razão que algumas construções dispõem de uma camada isolante alguns tijolos acima do solo, de modo a isolar a alvenaria da humidade. Nem sempre existe esta protecção ou muitas vezes está defeituosa, não protegendo devidamente a estrutura em questão.



  • Diagnóstico:
    Como o próprio nome indica, a humidade ascendente é aquela que sobe, mais ou menos entre 50 a 120 centímetros de altura. Esta altura poderá ser menor se a divisão for ventilada ou se a alvenaria tiver menos sais na sua constituição. Contrariamente, a altura pode ser maior se a alvenaria tiver mais sais ou se a evaporação não for possível devido a um revestimento que não seja transpirável ou a um cimento hidrófugo (impermeável à água). Quando em contacto com o ar, os sais formam manchas de salitre nas paredes, tanto interiormente, verificando-se bolores ou eflorescências, como exteriormente, podendo se verificar a presença de musgos. Os revestimentos vão se degradando ao longo do tempo, podendo mesmo destruir por completo as paredes, tanto mais rapidamente quanto maior o teor de água e sais ascendentes. Este tipo de humidade distingue-se facilmente dos outros tipos, pela extensão de parede que pode afectar.



  • Como solucionar:
    As técnicas mais eficazes contra a humidade ascendente são: instalação de uma barreira de impermeabilização, revestimento com rebocos de drenagem ou a injecção de um produto hidrófugo.
    • Barreira de Impermeabilização ou membrana estanque:
      As novas construções já usam este tipo de impermeabilização. Contudo, a aplicação deste tipo de barreira é bastante difícil e complexa para construções já existentes. Esta técnica consiste em retirar, com a ajuda de um cizel, uma fileira de tijolos da parte inferior da parede ou em realizar uma fenda com uma serra estilo tico-tico, por exemplo_O trabalho é realizado por partes, um metro de cada vez. Em cada fenda coloque um pedaço da barreira de impermeabilização (revestimento betuminoso hidrófugo, película de metal inoxidável, como o chumbo, ou uma membrana plástica macia ou rija).Se usar uma membrana em rolo, coloque-a sobre todo o comprimento da parede, antes de a cortar. À medida que vai colocando uma tira da membrana na fenda, coloque novamente os tijolos no local de origem, evitando diferenças de cor entre os materiais novos e usados, preenchendo posteriormente as juntas com argamassa específica.
      Apesar de esta técnica ser muito eficaz, não pode ser realizada quando as paredes são duplas, instáveis ou muito espessas. Este tipo de trabalho produz muito pó e pode afectar o aspecto geral da casa.
    • Revestir com reboco de drenagem:
      Afim de prevenir que os sais arrastados pela humidade ascendente possam provocar a destruição do reboco, é imprescindível que este contenha no seu interior uma rede de canais que permitam o alojamento destes sais e facilitem a evaporação da água. Por tudo isto, é importante que o reboco a ser aplicado seja específico para o tratamento de paredes com salitre e humidade, afim de facilitar a respiração da parede.Para aplicar este revestimento, comece por retirar o revestimento antigo, no mínimo até 50 centímetros acima das manchas de humidade. Sobre pedras pouco duras ou alvenaria diversa, coloque, com pregos por exemplo, uma rede de arame galvanizado, estilo rede de galinheiro. Depois do suporte ter sido humedecido, aplique o reboco de drenagem. Comece a encher as fendas e buracos e posteriormente aplique o reboco final. No caso de querer uma cobertura do reboco, use tintas permeáveis ao vapor de água.
    • Injecte um hidrófugo:
      Este método tem como finalidade de saturar a parte inferior da parede com um produto hidrófugo (resinas sintéticas), afim de criar uma barreira contra a humidade ascendente. Faça vários furos, com um berbequim, seguidos, e introduza o líquido na parede através deles, por injecção sobre pressão. Tape depois os buracos com argamassa.Este tipo de barreira é bastante eficiente e fácil de realizar, já que existem à venda kits especiais, preparados para o efeito.
      Caso seja necessário, retire os rodapés para realizar os furos 5 centímetros acima do chão e a 10 a 15 centímetros uns dos outros. Realize os furos num ângulo de 10 a 15 graus e 80% da espessura da parede. Insira os tubos injectores nos furos e instale os doseadores, suspensos, por exemplo, numa tábua. Para evitar que o produto saia, coloque um vedante entre os tubos e a parede, com cimento de secagem rápida. Agora já pode encher os tubos com resina líquida e encha-os durante mais ou menos 1 hora, confirmando que o líquido não se escapa pelos furos. Após 24 horas, repita o processo e após outras 24 horas, dê o processo por finalizado. Corte agora os tubos rente aos furos e tape-os com argamassa hidrófuga. O produto forma uma reacção química uma zona hidrófuga. Toda a água que poderia existir na parede precisa de vários meses para que evapore por completo e aí possa confirmar se o seu trabalho foi bem realizado.


2) Humidade pela chuva:



Humidade-na-parede-causada-pela-chuva.jpg



  • Apresentação:
    Este tipo de humidade apresenta-se claramente delimitado nas paredes interiores. Nas paredes exteriores apresenta-se por eflorescências brancas, tijolos com rachas, fissuras, juntas estragadas, etc.



  • Áreas afectadas:
    Estragos na parte exterior ou interior. Infiltração de chuvas, principalmente no lado mais exposto ao vento.



  • Aparecimento:
    O seu aparecimento é mais intenso durante ou depois de chuvadas fortes ou contínuas.



  • Descrição:
    Nas construções actuais, as paredes duplas são muito comuns. As águas das chuvas podem infiltrar-se na parede exterior, direccionando-se até a uma membrana impermeável, situada na parte inferior do espaço entre as duas paredes e devolvida ao exterior pelas juntas verticais, deixadas em aberto, na parede de fora. Assim, a parede interior fica normalmente protegida da humidade. Contudo, durante a construção, os dispositivos de fixação das duas paredes podem ser mal instalados, fazendo com que a humidade consiga alcançar a parede interior, manifestando-se por manchas bem delimitadas no seu revestimento. Nas construções mais antigas, as paredes são maciças. Se estas tiverem alguma porosidade, poderão ser menos impermeáveis às chuvas. Pode acontecer ainda que, em paredes exteriores com fissuras, se dê o aparecimento de musgo. Há que tomar cuidado também com os telhados, ode algerozes defeituosos permitam que as águas das chuvas possam infiltrar-se pela alvenaria.



  • Diagnóstico:
    Chuvas fortes podem fazer aparecer manchas de humidade ou infiltrações. As paredes exteriores mais expostas são as mais afectadas nestes casos. Depois de um degelo, por exemplo, podem surgir manchas de humidade, assinalando um telhado danificado, uma fissura numa parede ou um algeroz furado.



  • Como solucionar:
    Primeiro, comece pelo telhado, verificando se todas as telhas estão em bom estado, se existem buracos pelo algeroz, se toda a estrutura que o sustenta está em bom estado e se não existem juntas partidas. Verifique ainda fissuras nas fachadas, reparando-os caso existam. Se o problema estiver nas paredes mais expostas, proteja a parede das humidades, pintando-a e isolando-a com argamassa especial com propriedades hidrófugas, ou então, faça um revestimento com pedra, ou ainda poderá isolá-la com um hidrófugo transparente (verifique o bom estado da superfície antes de instalar este tipo de produto). Antes de realizar qualquer tipo de operação, retire todo o tipo de musgos ou bolor, com água e lixívia, por exemplo. Passe uma escova ou máquina de alta pressão para os remover por completo. Tenha em atenção se usar a máquina de alta pressão, tapando as fendas maiores com argamassa ou silicone e reparando as juntas que estiverem em mau estado.
    Se tiver chovido, deverá esperar no mínimo 7 dias para aplicar qualquer produto. No caso de ter limpo a parede com a máquina de alta pressão, o tempo de espera deverá ser maior, tomando em atenção para que não exista nenhum vestígio de humidade.
    Para aplicar o produto hidrófugo que falámos anteriormente, deverá pulverizá-lo ou aplicá-lo com uma trincha. Aplique com abundância, até se aperceber que a parede já não absorve mais líquido, ficando a parede a escorrer líquido, de preferência. Poderá retirar resíduos deste produto, de vidros ou azulejos, etc, com a ajuda de um pouco de aguarrás.
    Poderá ainda optar, em vez do produto hidrófugo, por uma de mão diluída de primário branco para fachadas (que deixe a parede respirar) e outra de mão não diluída.


3) Humidade originada por fugas na canalização:


Humidade-pela-canalizacao-defeituosa.jpg




  • Apresentação: A humidade causada por fugas e defeitos na canalização, apresenta-se por círculos húmidos tipo auréola ou por bolores.



  • Áreas afectadas: Perto de canos ou de aparelhos sanitários.



  • Aparecimento: Surge principalmente em áreas que se encontrem perto de aparelhos sanitários que sejam usados mais vezes, como banheiras, por exemplo.



  • Descrição:
    Este tipo de humidade pode ser facilmente detectado quando as canalizações estão visíveis. O problema maior é quando estas se encontram por dentro das paredes, como na maioria das habitações. Além das humidades provenientes das canalizações poder se manifestar a uma distância considerável da fuga, tem ainda o inconveniente de ser complicado resolver o problema.



  • Diagnóstico:
    Podemos detectar uma fuga numa canalização vigiando por exemplo o contador da água, de noite e de manhã, afim de verificar se houve gastos de água (convém certificar-se que nenhum aparelho sanitário está com fugas). Se verificarmos que a humidade tende a aparecer ou reaparecer aquando a utilização de determinado aparelho sanitário, podemos constatar que o problema vem desse mesmo aparelho.



  • Como solucionar:
    Depois de localizarmos a fuga, terá que ser realizado um trabalho a nível de canalizações. Recomendamos que contrate um técnico especializado para resolver o problema, que não é de fácil resolução.


4) Humidade por condensação:


Humidade-por-condensacao.jpg



  • Apresentação:
    Manchas de humidade com aspecto irregular. Poderá apresentar-se sob a forma de bolor e cheiro a bafio. Outra característica deste tipo de humidade pode verificar-se nos vidros regularmente embaciados e durante bastante tempo.



  • Áreas afectadas:
    Costuma aparecer somente na parte de dentro ou parte de fora de paredes ou tectos, principalmente nos cantos. As paredes normalmente afectadas são as que estão viradas a Norte e Nordeste.



  • Aparecimento:
    Este tipo de humidade aparece com mais frequência nas estações de chuva e frio.



  • Descrição:
    Como todos sabemos, o ar tem sempre vapor de água, vapor esse que existe em maiores proporções em locais onde a temperatura é maior e existem maiores diferenças de temperatura. Assim que é atingida a saturação de vapor de água, este transforma-se em água, principalmente em locais mais frios, como paredes, vidros e estruturas metálicas. Esta água ou humidade, pode infiltrar-se nessas mesmas superfícies, caso elas tenham alguma porosidade.



  • Diagnóstico:
    A condensação dá-se com maior intensidade quando está frio e mais humidade. O vapor de água vai formar manchas de humidade nos locais mais frios, como paredes e tectos. Inicialmente apresenta-se por bolores escuros dando origem ao conhecido odor a bafio. Pode verificar se um local está a criar condensação procedendo do seguinte modo: pegue num pouco de papel de alumínio e cole-o à parede. Se passado alguns dias esse papel ficar húmido, trata-se de um tipo de humidade por condensação.



  • Como solucionar:
    • Tente produzir menos vapor:
      Numa casa onde existam 4 pessoas, a quantidade aproximada de vapor de água produzido diariamente é aproximadamente 10 litros! As divisões mais afectadas são naturalmente a casa de banho e a cozinha e também nos quartos. Poderá reduzir esta produção de vapor de água seguindo algumas dicas:- Use água o menos quente possível;
      - Quando cozinhar tape sempre que possível as panelas e ligue o exaustor;
      - Sempre que possa, evite secar a roupa no interior das divisões. Se o fizer use um aquecedor ou ventile adequadamente a divisão;
      - Use dispositivos de recolha de humidade em armários ou roupeiros;
      - Use um desumidificador em zonas de maior condensação (não durma com um desumidificador em funcionamento na mesma divisão).
    • Melhore o arejamento e ventilação das divisões:
      No tempo mais frio, deixe entrar e circular ar fresco para dentro da sua casa. Este ar é mais seco e menos rico em vapor de água, substituindo assim o ar mais condensado por ar mais seco. Em habitações mais recentes, onde o isolamento é mais eficaz, deve-se permitir que sejam mais arejadas, por meio de ventiladores ou por manter as janelas abertas sempre que possível.
    • Coloque ventiladores / ventaxias:
      Pode instalar um ventilador (ou ventaxia) numa parede, no local mais elevado possível e de preferência numa parede frontal à parede da porta.Existem ainda ventiladores para o tecto, que poderá instalar caso o andar superior seja um sótão, por exemplo. Um ventilador instalado numa janela é uma das formas mais eficientes de ventilar convenientemente uma determinada divisão.
      Poderá optar por um simples respirador nas caixas dos estores por exemplo. Estes ficam quase sempre mais discretos, conseguindo um bom resultado ao nível de respiração do ar.
    • Evite paredes frias:
      Não é conveniente que as paredes de uma divisão estejam com uma temperatura inferior a 10ºC, principalmente quando o tempo está húmido. Isto pode ser conseguido com a instalação de vidros duplos ou na escolha de materiais menos frios, como madeiras ou materiais plásticos. O isolamento mais eficaz é aquele que é realizado nos tectos ou nas fachadas exteriores.Caso pretenda isolar a parte superior de um tecto, este processo não é complicado, caso seja um telhado inclinado. No que respeita ao isolamento de um telhado plano ou de uma fachada, esse processo já é mais dispendioso e complicado. Nas paredes duplas sem isolamento, poderá preenche-las com manta de lã de rocha, por exemplo, mas é um processo dispendioso e poderá não resolver o seu problema.
      Também não é aconselhável isolar o interior para resolver o problema deste tipo de humidades, já que a humidade pode infiltrar-se no isolamento e ficar entre este e a parede. Por tudo isto, o processo mais eficaz e barato é como já dissemos, manter as divisões arejados e recorrer a aparelhos desumidificadores.
5) Humidade na Construção:

Numa casa nova, alguns dos materiais usados contêm alguma humidade, pelo que será conveniente aguardar no mínimo 1 ano até que realize obras na mesma. Aconselhamos que deixe o estuque a descoberto durante este tempo, evitando pintá-lo ou cobri-lo com papel de parede.
Quando existe bastante humidade, onde se formem bolores, aconselha-se o uso de aparelhos desumidificadores, muito eficazes neste tipo de situação. Em locais pequenos, como armários, roupeiros, ou pequenas divisões, o uso de absorventes de humidade (reservatórios com cristais de cloreto de cálcio, que absorvem a humidade).


  • Humidades em caves, arrecadações ou garagens: A humidade pode apresentar-se sob a forma de paredes molhadas, podendo originar manchas de salitre. As causas poderão ser várias, como fissuras ou corrosão das armações do betão, ou ainda a pressão da água ser excessiva para a resistência das paredes.Para solucionar este problema poderá escavar o solo, junto à parede com problemas, até ao nível das fundações. Coloque um resguardo estanque na parede, com argamassa betuminosa, por exemplo.
    Se o lençol de água for acima da superfície da parte inferior da parede e tiver acesso à parede exterior, é conveniente colocar tubos para drenar a água, ligados à rede de esgotos.
    Se não for possível o tratamento pelo exterior (o tipo de tratamento mais eficaz) poderá instalar um reboco impermeável. Limpe convenientemente a parede, com água e amoníaco, por exemplo. Retire todas as zonas soltas da parede, com uma espátula ou escova. De modo a se tornar mais aderente, pulverize a parede com água e aplique argamassa anti-humidade, ou hidrófuga. Primeiramente comece pelas juntas, fendas e fissuras. Após ter secado esta primeira aplicação, passe outra camada, até ficar com uma altura de mais ou menos 1 centímetro.´
Espero que este artigo tenha sido útil não só para prevenir mas também para combater e acabar com a humidade da sua casa.



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