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Mais de 200 organizações não-governamentais apelam aos Ministros das Pescas

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Mais de 200 organizações não-governamentais apelam aos Ministros das Pescas para que acabem com a sobrepesca

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Diversas ONGA

No momento em que as negociações da Política Comum de Pescas (PCP) da União Europeia (UE) entram na reta final, mais de 200 organizações, incluindo nove portuguesas, fazem um último apelo aos Ministros das Pescas da UE para apoiarem o fim da sobrepesca e permitirem uma rápida recuperação dos stocks de peixe.

As signatárias nacionais são: APECE – Associação Portuguesa para o Estudo e Conservação dos Elasmobrânquios; GEOTA – Grupo de Estudos do Ordenamento do Território e Ambiente; LPN – Liga para a Protecção da Natureza; OMA – Observatório do Mar dos Açores; Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza; Sciaena – Associação de Ciências Marinhas e Cooperação; SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves; WWF Portugal – World Wildlife Fund; e PONG-Pesca – Plataforma de ONGs Portuguesas sobre a Pesca.

Segundo Gonçalo Carvalho da PONG-Pesca, "esta é uma obrigação legal da UE e é a solução que faz mais sentido em termos económicos, sociais e ambientais. Estamos a apelar aos Ministros das Pescas para seguirem os exemplos da Austrália, Nova Zelândia, Noruega, Rússia e EUA, concordando com uma política que permitirá a recuperação de stocks para níveis sustentáveis, sem mais atrasos".

No dia 6 de fevereiro, o Parlamento Europeu votou, de forma esmagadora, a favor do fim da sobrepesca até 2015 e da recuperação de stocks de peixe até 2020. No entanto, os 27 ministros das Pescas rejeitaram, até agora, estas metas, concordando apenas em acabar com a sobrepesca em 2020, não definindo uma meta para recuperar os stocks de peixes.

Na carta enviada pelas organizações a Assunção Cristas, Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, pode ler-se que "o Parlamento Europeu aprovou a meta de acabar com a sobrepesca até 2015, com 502 votos a favor e 137 contra, por forma a garantir uma recuperação dos stocks europeus de peixes e sua manutenção a níveis que permitam o rendimento máximo sustentável até 2020. Sem esse objetivo ambicioso, porém alcançável, de recuperação dos stocks de peixes, a PCP não tem sentido. Consideramos profundamente deplorável que o Conselho tenha rejeitado tal objetivo na sua Abordagem Geral. No entanto, as negociações iminentes entre o Conselho e o Parlamento são uma excelente oportunidade para que possa demonstrar a sua capacidade de liderança e fazer tudo ao seu alcance para garantir que, desta vez, o Conselho aprove a proposta do Parlamento".

No documento é ainda referido que, como negociado através da reforma da PCP, o Conselho das Pescas da UE e o Parlamento Europeu têm agora uma oportunidade para acabar com 30 anos de má gestão no setor: 1) 47% dos stocks monitorizados do Atlântico e 80% dos do Mediterrâneo estão em situação de sobrepesca, bem como cinco em cada sete stocks de peixe do Báltico; 2) se os Estados-membros da EU tiverem apenas em conta o peixe capturado em águas europeias, este ano, iriam ficar sem peixe no dia 6 de junho. Nos últimos quatro anos, isto acontecia no início de julho e; 3) estima-se que, ao permitirem a sobrepesca dos stocks da UE, os governos estejam tacitamente a consentir que se desperdicem anualmente mais de €3 mil milhões de possíveis receitas de desembarques, que dariam para criar mais de 100.000 postos de trabalho.

"Apelamos aos ministros das pescas da UE para garantirem que a PCP se torne uma ferramenta para a boa gestão do setor, de forma a garantir uma fonte estável de peixe para os mercados europeus, assegurando um futuro sustentável e rentável para as comunidades piscatórias.", conclui Gonçalo Carvalho.

Leia, na íntegra, a carta enviada à Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território aqui


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