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Estes lêmures recém-descobertos podem ser a chave para humanos no espaço?

Luz Divina

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Estes lêmures recém-descobertos podem ser a chave para humanos no espaço?




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Pouca gente sabe disso, mas os famosos lêmures de Madagascar, além de dançarem “Eu me remexo muito” com pinguins, têm o hábito de hibernar por meio ano. Biólogos americanos da Universidade Duke (Carolina do Norte) fizeram uma expedição à ilha para descobrir mais sobre a hibernação dos pequenos primatas. Tais estudos, segundo afirmam, podem ajudar a ciência a induzir a hibernação em seres humanos.


A cara dos lêmures sempre foi de quem está sem dormir direito há muito tempo. Há apenas cerca de dez anos, contudo, foi descoberto que o Cheirogalus medius, a espécie mais comum, possui o estranho costume de quase zerar o metabolismo, a respiração e os batimentos por sete meses seguidos. O curioso é que eles, ao contrário de ursos, marmotas e esquilos, não fazem este retiro sazonal para poupar energia durante o inverno.


Nas florestas secas do norte de Madagascar (e também de arquipélagos próximos, como Maurício e Comores), os invernos têm picos de calor que chegam a ultrapassar 30 graus Celsius. A violência das intempéries climáticas é danosa aos lêmures, que preferem passar a temporada dentro de um buraco de árvore, sobrevivendo de reservas de gordura concentradas nas suas caudas.


Outra particularidade dos lêmures está no controle térmico. Enquanto a maior parte dos animais hibernantes mantém a temperatura corporal baixa durante quase todo o período (com picos ocasionais), os lêmures se aquecem ou resfriam de forma automática conforme a temperatura ambiente.

Diferenças entre as espécies

Todos estes hábitos são do Cheirogalus medius, que ocupa a maior parte do território selvagem de Madagascar. Mas a zona leste da ilha (região de Tsinjoarivo) possui florestas com características diferentes: os invernos são mais frios e a oscilação durante a estação é menor.


Isso se reflete, conforme descobriram os cientistas americanos, na hibernação das espécies de lá (os pesquisadores estudaram duas: Cheirogalus crosseleyi e Cheirogalus sibreei). Para começar, a duração da hibernação destes lêmures é menor: varia entre 3 e 6 meses.


Além disso, eles não se escondem em buracos de árvore como seus semelhantes. Ao invés disso, se enterram em tocas próximas às raízes.

Os cientistas ainda não sabem explicar exatamente o motivo deles hibernarem debaixo da terra, considerando que vivem nos galhos de árvores durante o verão. A razão mais plausível é que no subterrâneo eles contam com maior proteção climática.

Será possível induzir a hibernação em seres humanos?

O fato de existir diferenças no modo como lêmures do oeste e do leste de Madagascar hibernam tem dado o que refletir aos pesquisadores. Segundo a líder da pesquisa, há duas linhas de pensamento para ajudar a entender melhor a hibernação: uma delas foca na fisiologia do processo e a outra, na genética.


Como somos ambos primatas (nós e os lêmures), espera-se que a compreensão das semelhanças sirva para identificar, fisiologicamente e geneticamente, possibilidades da hibernação em humanos.


E por que as pessoas iriam querer hibernar? A necessidade mais razoável que os cientistas enxergam hoje diz respeito a viagens espaciais. Seria útil, em longas jornadas para fora da Terra, que os astronautas pudessem passar meses hibernando, frios e imóveis como um lêmure debaixo da terra.


hypescience
 
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