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- Set 24, 2006
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O Manel de repente decide arranjar um aquário, talvez porque os filhos lho pediram ou por genuina atracção por aquelas caixinhas brilhantes com peixinhos. Então compra um kit num hipermercado e com um pouco de sorte arranja mesmo um ou dois livrinhos básicos que não tem tempo de ler. Enche o aquário de água e toca a adquirir os peixinhos e plantinhas. Se entretanto conseguiu aprender os princípios básicos e manter os peixes vivos o povoamento que fará será caótico. Vai às lojas e pensa "olha que peixinho tão giro, vou levá-lo para casa". Mistura alegremente agressivos tubarões bicolor com pacificos chandras coloridos, néons com minúsculos ahlis azuis, repletos das hormonas, guppies com barbos tigre comedores de barbatanas, agressivos gouramis azúis com pacíficos colisa, etc.
O povoamento de plantas é ainda mais catastrófico. Um ou outro peixe ainda irá sobrevivendo ou, no caso dos viviparos, conseguirá mesmo reproduzir-se mas raramente isso acontece com as plantas. Em primeiro lugar porque a luz dos kits mais comuns do mercado é muito insuficiente. Em segundo lugar porque o aquariofilista tende a escolher as plantas mais vistosas, como as Dracena. O mercado está imundado dessa planta. As dracena NÃO são plantas aquáticas e irão sofrer um afogamento lento no aquário. Algumas conseguem aguentar uns três meses ainda com um restinho de folhas. Existem diversas outras plantas, muito comuns no mercado que também NÃO são aquáticas: é o caso das Acorus. Para evitar estes enganos é preciso conhecer as características da planta ANTES de a comprar. O site da Tropica será uma boa referência.
Por vezes acontece o efeito oposto: O aquariofilista introduz uma Vallisneria gigantea num aquário de 40 cm de altura. Passado uns meses tem rolos e rolos de fitas verdes à superficie e não sabe o que fazer. Este caso será o mais benéfico dos povoamentos incorrectos com plantas: a escolha de uma espécie para aquários maiores.
Como dicas para o principiante aqui vai uma ideia para povoamento de um aquário comunitário de 70 cm e cerca de 80 litros de comprimento.
Peixes - são o elemento principal do aquário comunitário. Penso que devem ter as seguintes caracteristicas:
- Efeito decorativo: É conseguido mantendo espécies variadas, quer nas cores quer nas formas
- Comportamento interessante: Por exemplo, o modo como os ciclideos tomam conta dos filhos ou o nadar "de costas" do Sinodontis nigriventris.
- Compatibilidade entre espécies
- Capacidade de adaptação e tolerância a um leque razoavel de pH e dH.
A minha selecção para o aquário de 70 cm:
Peixes de comportamento interesssante:
Um casal de kribensis
Em Opção: Escalares, Festivums, Bocas-de-fogo ou Jordanella floridae.
Os kribensis, pela sua facilidade de reprodução, e pela facilidade em distinguir machos e femeas aquando da aquisição são de longe os mais recomendados.
Peixes de cardume:
6 neons
Em opção: outros pequenos tetras, como neons rosa, os neons negros ou os tetra imperador. Os zebra ou os nuvem branca tambem são uma opção.
Os neons são geralmente considerados os de melhor efeito decorativo (ultrapassado talvez pelos cardinais que são infelizmente peixes frágeis). Porém outros peixes também têm os seus méritos: os neons rosa formam cardumes muito mais coesos e os zebras dão ao aquário uma grande vivacidade.
Peixes de superfície:
2 Gouramis Perola
Em Opção: Casal de Colisa Lalia. Eventualmente poderão ser inseridos gouramis azuis mas então devem existir zonas densas de plantas porque são peixes agressivos entre si e para outros anabantideos.
Peixes de colorido e comportamento especial
Casal de Bettas. O macho betta é um peixe muito bonito, sempre pronto a mostrar o seu ritual de luta, quando se coloca um espelho junto ao vidro do aquário. A fêmea betta, embora descolorida, é uma saltadora extraordinária, capaz de saltar dois palmos fora de água para apanhar uma minhoca ou um pedaço de camarão dos dedos do aquariofilista.
Em opção poderão ser usados outros peixes de colorido ou hábitos invulgares, por exemplo, killies de manutenção fácil, como os A. gardeneri.
Os Sinodontis nigroventis são interessantes mas preferem esconder-se enquanto a comida não é distribuída.
Os botia-palhaço poderão enquadrar-se na categoria de peixes especiais. É uma das espécies mais simpáticas, divertidas e de boa indole da aquariofilia mas o seu grande tamanho em adulto, a necessidade de estar num grupo para se sentir bem e o mau hábito de comerem caracóis limitam a sua utilização.
Comedores de algas:
Um limpa-vidros.
O vulgar limpa-vidros é um excelente comedor de algas mas cresce demais e torna-se agressivo. Porém, muitas lojas aceitam então a troca por outro mais pequeno. Dada a facilidade em ser encontrado no mercado e a sua grande eficácia na remoção das algas, o limpa-vidros é normalmente a melhor alternativa ao dispor do aquariofilista.
Em opção: 3 ou 4 ottocinclus ou um pleco ou um ancistrus ou um comedor de algas siamês (SAE).
O SAE seria o comedor de algas ideal mas é quase impossivel encontrá-lo no mercado. Só a espécie comum de raposa voadora aparece e esta é um comedor de algas muito mais limitado.
Os ottocinclus são bons comedores de algas mas também não são frequentes no mercado. Plecos e ancistrus são boas opções mas ambos limpam demasiado certas plantas, fazendo buracos nas folhas. Além disso, os plecos crescem demais e devem ser trocados por outros mais pequenos a cada ano e meio.
O povoamento de plantas é ainda mais catastrófico. Um ou outro peixe ainda irá sobrevivendo ou, no caso dos viviparos, conseguirá mesmo reproduzir-se mas raramente isso acontece com as plantas. Em primeiro lugar porque a luz dos kits mais comuns do mercado é muito insuficiente. Em segundo lugar porque o aquariofilista tende a escolher as plantas mais vistosas, como as Dracena. O mercado está imundado dessa planta. As dracena NÃO são plantas aquáticas e irão sofrer um afogamento lento no aquário. Algumas conseguem aguentar uns três meses ainda com um restinho de folhas. Existem diversas outras plantas, muito comuns no mercado que também NÃO são aquáticas: é o caso das Acorus. Para evitar estes enganos é preciso conhecer as características da planta ANTES de a comprar. O site da Tropica será uma boa referência.
Por vezes acontece o efeito oposto: O aquariofilista introduz uma Vallisneria gigantea num aquário de 40 cm de altura. Passado uns meses tem rolos e rolos de fitas verdes à superficie e não sabe o que fazer. Este caso será o mais benéfico dos povoamentos incorrectos com plantas: a escolha de uma espécie para aquários maiores.
Como dicas para o principiante aqui vai uma ideia para povoamento de um aquário comunitário de 70 cm e cerca de 80 litros de comprimento.
Peixes - são o elemento principal do aquário comunitário. Penso que devem ter as seguintes caracteristicas:
- Efeito decorativo: É conseguido mantendo espécies variadas, quer nas cores quer nas formas
- Comportamento interessante: Por exemplo, o modo como os ciclideos tomam conta dos filhos ou o nadar "de costas" do Sinodontis nigriventris.
- Compatibilidade entre espécies
- Capacidade de adaptação e tolerância a um leque razoavel de pH e dH.
A minha selecção para o aquário de 70 cm:
Peixes de comportamento interesssante:
Um casal de kribensis
Em Opção: Escalares, Festivums, Bocas-de-fogo ou Jordanella floridae.
Os kribensis, pela sua facilidade de reprodução, e pela facilidade em distinguir machos e femeas aquando da aquisição são de longe os mais recomendados.
Peixes de cardume:
6 neons
Em opção: outros pequenos tetras, como neons rosa, os neons negros ou os tetra imperador. Os zebra ou os nuvem branca tambem são uma opção.
Os neons são geralmente considerados os de melhor efeito decorativo (ultrapassado talvez pelos cardinais que são infelizmente peixes frágeis). Porém outros peixes também têm os seus méritos: os neons rosa formam cardumes muito mais coesos e os zebras dão ao aquário uma grande vivacidade.
Peixes de superfície:
2 Gouramis Perola
Em Opção: Casal de Colisa Lalia. Eventualmente poderão ser inseridos gouramis azuis mas então devem existir zonas densas de plantas porque são peixes agressivos entre si e para outros anabantideos.
Peixes de colorido e comportamento especial
Casal de Bettas. O macho betta é um peixe muito bonito, sempre pronto a mostrar o seu ritual de luta, quando se coloca um espelho junto ao vidro do aquário. A fêmea betta, embora descolorida, é uma saltadora extraordinária, capaz de saltar dois palmos fora de água para apanhar uma minhoca ou um pedaço de camarão dos dedos do aquariofilista.
Em opção poderão ser usados outros peixes de colorido ou hábitos invulgares, por exemplo, killies de manutenção fácil, como os A. gardeneri.
Os Sinodontis nigroventis são interessantes mas preferem esconder-se enquanto a comida não é distribuída.
Os botia-palhaço poderão enquadrar-se na categoria de peixes especiais. É uma das espécies mais simpáticas, divertidas e de boa indole da aquariofilia mas o seu grande tamanho em adulto, a necessidade de estar num grupo para se sentir bem e o mau hábito de comerem caracóis limitam a sua utilização.
Comedores de algas:
Um limpa-vidros.
O vulgar limpa-vidros é um excelente comedor de algas mas cresce demais e torna-se agressivo. Porém, muitas lojas aceitam então a troca por outro mais pequeno. Dada a facilidade em ser encontrado no mercado e a sua grande eficácia na remoção das algas, o limpa-vidros é normalmente a melhor alternativa ao dispor do aquariofilista.
Em opção: 3 ou 4 ottocinclus ou um pleco ou um ancistrus ou um comedor de algas siamês (SAE).
O SAE seria o comedor de algas ideal mas é quase impossivel encontrá-lo no mercado. Só a espécie comum de raposa voadora aparece e esta é um comedor de algas muito mais limitado.
Os ottocinclus são bons comedores de algas mas também não são frequentes no mercado. Plecos e ancistrus são boas opções mas ambos limpam demasiado certas plantas, fazendo buracos nas folhas. Além disso, os plecos crescem demais e devem ser trocados por outros mais pequenos a cada ano e meio.