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As Extinções mais Misteriosas de todos os Tempos

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GF Platina
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A Terra, lar de milhões e milhões de espécies ao longo de sua história, foi o cenário do desaparecimento de muitas dessas espécies, por vezes, de forma inexplicável. Algumas dessas extinções tiveram como motivo, as catástrofes naturais, outras foram a intervenção humana. No entanto, existem outras extinções que desapareceram de forma misteriosa, e que desafiam a ciência para tentar resolver o mistério.

 

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A Praga dos Gafanhotos

Hoje em dia os gafanhotos são comuns em grande parte do planeta. Mas tempos atrás, a história era outra.
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Entre os anos de 1873 e 1877, plantações inteiras no centro oeste dos Estados Unidos foram destruídas por um enxame de gafanhotos, trazendo prejuízos na ordem de centenas de milhões de dólares. E cerca de 30 anos depois, a espécie foi extinta.

O que aconteceu a estas pragas?

Pensou-se no início, que os fazendeiros se organizaram para aniquilar os gafanhotos, mas os investigadores não acreditam nessa versão. Na ideia dos cientistas, o desaparecimento desta praga deveu-se a alterações ambientais, como o desaparecimento do bisonte americano nessas paragens, e também a falta de variação genética.
 

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Megalodonte: O Tubarão Pré-Histórico

O Megalodonte habitou os oceanos, entre 28 milhões e 1,5 milhão de anos atrás, e com seus mais de 18 metros de comprimento, 100 toneladas de peso bruto e seus dentes de 18 cm, podiam comer grandes baleias. Mas o seu desaparecimento misterioso intriga os cientistas.
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Comparação de tamanho: O Megalodon teria quase duas vezes o tamanho de
uma Orca.
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Este grande monstro marinho não tinha rivais a altura, mas mesmo assim, desapareceu misteriosamente, uma vez que não havia nenhuma outro predador a ameaçar.

Hipóteses do seu desaparecimento

A hipótese mais aceite é que o Megaladonte não pôde resistir ao resfriamento global dos oceanos, o que aconteceu no final do período Piloceno e no início do período Pleistoceno. Segundo alguns especialistas, os oceanos naquela época tinha uma temperatura quente e estável, mas o movimento dos continentes fechou a ligação que havia entre os oceanos Pacífico e Atlântico na região onde hoje é a América Central, esfriando as águas e extinguindo esses gigantes, devido à sua incapacidade de manter a temperatura corporal.

Outros estudiosos pensam que o desaparecimento deste grande predador é o resultado do desaparecimento de outra espécie, as baleias gigantes, que eram as suas presas.
As baleias gigantes migraram para águas mais frias onde este tubarão gigante não conseguia se adaptar e prosperar.

O Megaladonte ainda existe?

No entanto, não faltam pessoas que acreditam na possibilidade de que esses grandes predadores ainda estejam por aí, escondidos em algum ponto do fundo do mar.
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Relatos de avistamentos de Megalodon

No século XIX, baleeiros afirmaram terem visto tubarões com 15 metros de comprimento nadando nas águas do Árctico. Em 1918 o naturalista australiano David Stead entrevistou pescadores que se recusaram a voltar para o mar após ter visto um enorme tubarão de cor branca com mais de 15 metros de comprimento a roubar os peixes de suas redes de pesca.

No México, conta-se histórias sobre um enorme tubarão de cor negra com cerca de 10 metros de comprimento, maior que qualquer tubarão branco. O último avistamento ocorreu em 2007, quando um pescador disse ter visto um enorme tubarão saltar para fora de água. De acordo com a testemunha, o tubarão teria 9 a 10 metros de comprimento.

No Brasil, no Rio de Janeiro, um barco da Marinha Brasileira afirmou ter encontrado em Novembro de 2012, um tubarão com 20 metros de comprimento durante um treino. De acordo com o entrevistado, o piloto do helicóptero teria visto um enorme animal que logo se identificou como um colossal tubarão branco nadando em volta do barco. O piloto pediu para eles saírem dali o mais rápido possível.
[video=youtube;JsOrh6fsxYk]https://www.youtube.com/watch?v=JsOrh6fsxYk[/video]
No mês do tubarão do Discovery Channel, um programa com o nome "Megalodon: The Monster Shark Lives" foi exibido batendo recordes com mais de 4,5 milhões de pessoas assistindo só nos Estados Unidos. O vídeo que supostamente revelaria as provas da existência de tal monstro, provou ser fictício e com a participação de actores, o que originou críticas.

A explicação científica para a existência actual do Megaladonte

A investigadora Justine Alford, do IFL Science, afirma que não existe tal predador. Mesmo que de vez em quando apareçam carcaças bizarras pelas praias ou vídeos que supostamente mostram criaturas misteriosas, não há qualquer evidência de que os megalodontes ainda existem. Justine não nega que ao longo dos anos várias testemunhas disseram ter avistado tubarões gigantes e que inclusive, existem ilustrações e fotografias mostrando esses monstros marinhos. A especialista explica que, até onde se sabe, todas essas provas mostraram não ser reais.

Em relação aos relatos feitos por testemunhas, deve-se levar em conta que não é muito fácil reconhecer carcaças de animais em decomposição, e que até mesmo para especialistas, a identificação de animais vivos pode ser difícil. Quando se trata de não especialistas, a confusão pode ser ainda maior.
 

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Extinção do Mamute

Outra espécie cuja extinção é motivo de debate é o Mamute, que viveu na Europa, América do Norte e Ásia, durante 250.000 anos. Apesar de uma pequena população sobreviver até 3700 anos atrás, grande parte destes animais peludos desapareceram há cerca de 10.000 anos atrás. Alguns cientistas defendem a ideia de que o homem caçava muito esta espécie, enquanto outros se baseiam na hipótese de grandes mudanças climáticas na época.
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Um novo estudo, publicado na edição de 2012, da revista Nature Communications, contesta as pesquisas que afirmaram que os Mamutes foram extintos brutalmente. De acordo com o estudo, a extinção dessa espécie aconteceu de forma lenta e progressiva e não teve uma única causa. Os motivos que originaram a extinção do Mamute foram temperaturas elevadas, mudança na vegetação e a dispersão dos caçadores humanos.

Os cientistas já levantaram diversas hipóteses para explicar a extinção destes mamíferos gigantes que habitaram a Terra principalmente durante o Pleistoceno. Alguns cientistas dizem que o motivo foi a mudança climática, outros apostam na pressão da crescente população humana e há investigadores que acreditam na hipótese do cataclismo causado pelo impacto de um meteorito.

Era do Gelo

Durante este período geológico, ocorreram significativa diminuição na temperatura da Terra. Mantos de gelo se expandiram pelos continentes e glaciações atingem a superfície e a atmosfera do planeta. Nos últimos milhões de anos, a Terra viveu várias eras glaciais, ocorrendo a intervalos de 10.000 a 100.000 anos. A última grande Era Glacial teve seu pico há 25.000 anos e terminou 11.000 anos atrás, aproximadamente.

Pleistoceno

No Pleistoceno, correspondente ao intervalo entre 1,8 milhão e 11.500 anos atrás, ocorreram as mais recentes Eras do Gelo. Na escala geológica, o Pleistoceno faz parte do período Quaternário da Era Cenozóica. Neste período, surgiram aves e mamíferos gigantes, como mamutes e búfalos.

O Mamute tinha o corpo coberto por pêlos castanhos longos que formavam uma cobertura espessa contra o clima gelado. Compunham a megafauna do Pleistoceno e são parentes próximos dos elefantes asiáticos e africanos. Tal como os elefantes, estes animais apresentavam tromba e presas de marfim encurvadas, que podiam atingir 5 metros de comprimento. Os mamutes dividiam-se em 15 espécies.
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Os mamutes extinguiram-se há apenas 12.000 anos atrás, e foram muito comuns no Paleolítico,
onde eram uma fonte importante de alimentação do homem da Pré-história. O seu pêlo era usado
como roupa, e os seus ossos e couro para fabricação de casas.

Os mamutes eram animais enormes, como é o caso do Mamute do rio Songhua, que podia alcançar de 4,70 até 5 metros de altura e pesar entre 15 e 20 toneladas, tendo sido a maior espécie de mamute. Esse tamanho tinha o objectivo de proteger o animal: os mamutes continentais adultos saudáveis não tinham um predador a altura por causa de sua força e tamanho, só quando estavam doentes, velhos, feridos ou presos em algum lugar, como atolados na neve, esses animais ficavam vulneráveis. Fora isso, só filhotes sem a protecção da manada se tornavam presas fáceis.
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Mamute do rio Songhua era a maior espécie de mamute conhecida. Estima-se
que este animal tenha alcançado 4,7 metros de altura nos ombros, 9,1 metros de
comprimento (incluindo as presas). Pode ter pesado mais de 17 toneladas. Tais
números fazem do Mammuthus sungari, ao lado do Indricotherium (antepassado
dos rinocerontes), o maior mamífero terrestre de todos os tempos. As suas enormes
presas alcançavam 3,2 metros de comprimento.

Mas nem todos os mamutes eram grandes: mamutes que viviam em ilhas eram bem menores, como por exemplo as 4 espécies pigmeias descobertas até hoje:
- Mamute-Pigmeu ou Mamute-das-Ilhas-do-Canal (Mammuthus exilis) que tinha apenas 1,72 metro de altura e 760 kg;
- Mamute-Anão-da-Sardenha (Mammuthus lamarmorae) que tinha 1,50 metro de altura e 800 kg;
- O menor de todos os mamutes, o Mamute-de-Creta (Mammuthus creticus) que tinha apenas 1,10 metro de altura e 310 kg.
E uma espécie pouco conhecida o Mamute-anão-das-ilhas-Ryukyu (Mammuthus sp.), praticamente não se sabe nada sobre essa espécie, vivia em algumas das Ilhas Ryukyu no Japão. Os mamutes da Ilha Wrangel (Mammuthus primigenius vrangeliensis) foram cerca de 65 % menores que seu ancestral do continente. Atingiram esse tamanho em apenas 5000 anos de evolução.
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Mammuthus creticus adulto a escala humana.

Apesar de algumas destas espécies serem menores que o ser humano, em peso e força eram superiores. A causa para essas espécies terem alcançados tamanho tão pequenos comparando-as com as espécies do continente, pode ser explicado pelo nanismo insular, ou seja, as ilhas forneciam pouco espaço e pouco alimento, tendendo a uma selecção natural entre esses animais: muitos dos animais ao chegar às ilhas tendem a morrer, pela falta de alimento e de espaço, mas apenas os animais menores sobrevivem e ao longo das gerações vão produzindo animais cada vez menores até se adaptarem ao novo ambiente.

O Mamute ainda existe?

O Mito dos Elefantes do Alasca

Os Mamutes são parente dos elefantes que teriam surgido na Eurásia a 150.000 anos atrás e foram extintos há cerca de 2500 anos. Mas boatos e relatos de avistamentos de mamutes no norte do Alasca foram reportados por Bengt Sjögren em 1962. Nas suas viagens, afirmou a existência de algumas populações de mamutes ainda vivendo junto aos esquimós.

No século XIX, relatos de elefantes peludos foram levados as autoridades. Mas nenhuma prova cientifica surgiu. Um trabalhor russo de Vladivostok, M. Gallon, afirmou ter conversado com um homem que diz ter visto um mamute nas taigas. Seja como for, o russo confirmou antes da ciência descobrir, que os mamutes também viviam em florestas. Sendo que na época, ainda se acreditava que os mamutes viveram apenas na Tundra. O russo não sabia nada sobre mamutes e chamou ao animal "Elefante Peludo".

Em Outubro de 1899, um homem chamado Henry Tukeman, disse ter matado um mamute na Sibéria. Levou o corpo do animal para a Smithsonian Institution em Washington, mas o museu até hoje nega que o corpo esteja nas suas mãos.

Em 1942, Cossack Ermak Timofeyevich conversou com as tribos índias nas Montanhas Urais, os quais contaram histórias sobre "enormes montanhas de carne" que foram caçados pelas tribos da região ao ponto da extinção.

Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944, um piloto de avião afirmou ter visto elefantes peludos no Alasca.
 

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Ave Elefante (Aepyornis maximus)

A Ave Elefante (Aepyornis maximus) vivia em Madagáscar, e foi extinta por volta do século XVII. Possuía incríveis 3 metros de altura e 450 kg de peso. Pensa-se que seu desaparecimento está relacionado com a acção humana. Na época, seus ovos (que eram 150 vezes maiores que os de galinhas) eram muito valorizados, e isso somado a invasão do habitat pode ter contribuído para a extinção.
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A Ave Elefante (Aepyornis maximus) era a maior ave do mundo,
que media mais de 3 metros de altura e pesava quase meia tonelada.
Apesar da proximidade geográfica e semelhança às avestruzes, os
parentes mais próximos modernos são os kiwis.

A Ave Elefante é de uma família extinta do grupo das aves não voadoras encontrados somente na ilha de Madagáscar. São consideradas as aves mais pesadas conhecidas até hoje.
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Dromornis stirtoni da Austrália alcançava um peso semelhante. Os Dromornis fazem parte
de uma família de pássaros gigantes chamados Dromornithidae que viveu a partir de 8 milhões
de anos atrás, até menos de 30.000 anos atrás.

Os motivos da extinção da Ave Elefante


As razões e data da extinção da Ave Elefante ainda permanecem sem explicação, embora existam escritos sobre a sua existência na ilha no seculo XVII.
Acredita-se que a extinção da Ave Elefante foi devido a actividade humana.
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Estudos arqueológicos recentes encontraram vestígios de ovos em restos de fogueiras humanas, sugerindo que os ovos regularmente serviam de refeições para toda a família, mas não se sabe se houve a caça de pássaros adultos, embora haja prova que realmente foram caçadas.
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Especialista da Christie's compara o ovo de ave extinta que vai a leilão com um de galinha.

Animais que vieram com os colonizadores humanos, como as ratazanas e os cães podem também ter comidos os ovos da Aepyornis, contribuindo para a sua extinção.
 
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Atelopus Longirostris

Este sapo desapareceu do mapa de anfíbios por volta do ano de 1989. O nome científico dessa espécie significa "focinho longo" e a espécie foi nomeada em espanhol como Jambato Hocicudo (Jambato de Focinho Longo). Vivia em florestas húmidas das montanhas, em áreas tropicais e subtropicais, e rios, no norte do Equador, e sua extinção, embora ainda seja desconhecida, é atribuída a uma doença chamada quitridiomicose, cujo fungo responsável é denominado "assassino de sapos". O que pode ter contribuído para a extinção também foi o desmatamento e mudanças climáticas.
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Não se tem registos desta espécie desde 1989, apesar de algumas buscas em
locais onde ela foi registada anteriormente.
 

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Homo de Neandertal (Homo neanderthalensis)

O Homem de Neandertal (Homo neanderthalensis), do género Homo, habitou a Europa e partes do oeste da Ásia, desde cerca de 350.000 anos atrás, até aproximadamente 29.000 anos atrás, no Paleolítico Médio e Paleolítico Inferior, e no Pleistoceno), tendo coexistido com os Homo Sapiens.
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O Homem de Neandertal compartilhava 99,7% do ADN com os humanos modernos, mas apresentava diferenças morfológicas muito específicas. Os seus cérebros eram aproximadamente 10% maiores em volume que os dos humanos modernos. Em média, os neandertais tinham cerca de 1,65 metro de altura e eram muito musculosos.

Cultura Musteriense

O Homem de Neandertal possuía uma cultura material designada como cultura Musteriense, além de alguns autores lhe atribuírem a origem de muitas das preocupações estéticas e espirituais do homem moderno, como se poderá entender a partir das características das suas sepulturas. Musteriense ou musteriana é uma cultura englobada dentro do Paleolítico Médio, na qual domina o Homem de Neandertal. O seu nome procede do abrigo rochoso de Le Moustier, na região da Dordonha (França), onde Gabriel de Mortillet descobriu em 1860 uma indústria lítica pré-histórica, associada com os fósseis de Homo neanderthalensis encontrados em 1907.
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As ferramentas da cultura Musteriense eram feitas pelos neandertais em datas compreendidas
entre 300.000 A.C. e 40.000 A.C., antes dos humanos modernos chegarem à Europa entre
70.000 A.C. e 32.000 A.C.

Ferramentas de pedra semelhantes têm sido encontradas em toda a Europa subárctica e também no Médio Oriente e norte da África.
Deste período aparecem os primeiros rituais funerários, o canibalismo ritual e o culto ao urso das cavernas.
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Homem de Neandertal exposto no Museu de História Natural
em Nova Iorque (E.U.A.).

Depois de um difícil reconhecimento por parte dos académicos, o homem de Neandertal tem sido descrito no imaginário popular de forma negativa em comparação com o Homo sapiens, sendo apresentado como um ser simiesco, grosseiro e pouco inteligente. Era de facto, de uma maior robustez física e o seu cérebro era em média, ligeiramente mais volumoso. Progressos relativos a arqueologia pré-histórica e da paleoantropologia depois da década de 1960, têm revelado um ser de uma grande riqueza cultural, ainda que seja provavelmente, sobrestimada por alguns autores. Muitas questões, contudo, permanecem sem resposta, principalmente as relacionadas com a sua extinção.

Extinção do Homem de Neandertal

A extinção do Homem de Neandertal não está esclarecida, mas persistem várias hipóteses, todas elas baseando-se no pressuposto de que houve competição com o Homo sapiens, que se mostrou mais adaptado, tendo em vista a sobrevivência da espécie. Alguns autores consideram que o facto de o homem de Neandertal não ter evoluído durante cerca de 200.000 anos em termos de cultura material faz supor uma inteligência prática baixa, apesar de o seu cérebro ter sido maior que o do homem moderno.

Outra hipótese centra-se na baixa mobilidade das suas populações, atestada pela reduzida área geográfica onde se estabeleceram, bem como pela sua constituição óssea, de secção circular, adaptada ao esforço mas pouco adequada a uma locomoção ágil, como acontece no caso do "Homo sapiens" com ossos de secção oval. Esta reduzida mobilidade terá mantido as populações num certo estado de inércia devido à falta de estímulos proporcionada por um nicho ecológico que garantia as necessidades básicas de sobrevivência, sem grandes alterações climáticas.

Outros autores referem a falta de variedade genética que teria decorrido da consanguinidade, devido a um crescente isolamento social e comunitário, talvez como reacção a contactos hostis com o homem moderno.

Outros autores avançam com a hipótese de o tempo de gestação ser maior no caso dos neandertais (talvez 12 meses em vez dos 9 meses, no caso do Homo sapiens), o que explicaria uma maior dificuldade em reproduzir-se.
 
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