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Os melhores passeios, restaurantes, museus, noites, praias, paisagens, monumentos, tradições, festas, atividades e compras que deve ter na sua lista de viagem
PASSEIO
1- Visitar as aldeias ribeirinhas de Alqueva
Foi há pouco mais de dez anos.
De repente, quase sem se dar por isso, como se um grande dilúvio bíblico se tivesse repetido no interior do Alentejo, levando todo um mar até aos quintais de 15 pequenos povoados, hoje conhecidos como aldeias ribeirinhas.
A mais célebre de todas é a Luz.
Ou melhor dizendo, "a nova aldeia da Luz", que a antiga ficou totalmente submersa pelas águas da barragem. Fica no topo de um cume, com vista para o espelho de água de Alqueva e para os castelos de Mourão e Monsaraz.
O projeto manteve-se fiel à arquitetura original, apesar da introdução de alguns elementos mais modernos. Exemplo deste processo é a nova igreja de Nossa Senhora da Luz, na qual foram utilizados métodos de construção tradicionais, que permitiram a integração dos elementos representativos do antigo templo, como o portal PASSEIO gótico, o púlpito ou a pia batismal.
Para perceber o que mudou, aconselha-se uma visita ao Museu da Luz, onde uma pequena janela enquadra o local exato onde se encontra hoje, debaixo de água, a velha aldeia como se vê numa fotografia exposta ao lado, tirada do mesmo ângulo.
Também na vizinha aldeia da Estrela, a pouco mais de 20 quilómetros, para onde quer que se olhe, é a água que marca a paisagem.
A primeira impressão é a de estarmos numa ilha e é difícil imaginar que, há pouco mais de uma década, era apenas mais uma quase desconhecida aldeia, perdida na imensidão do Alentejo.
Situada numa estreita península, que a faz parecer suspensa sobre o grande lago, transformou-se, nos últimos anos, num dos maiores atrativos da região, onde são dinamizadas diversas atividades náuticas, como canoagem, vela, ski ou pesca.
RESTAURANTES
02-11
Deliciar-se com a cozinha alentejana. O crítico da VISÃO Sete selecionou os melhores restaurantes do Alentejo.
Aqui reinam os produtos da região, da sopa de cação à doçaria conventual
02 Taberna Al-Andaluz
Tal como o nome, também a cozinha se inspira na nação Al-Andaluz, a que o Alentejo pertenceu, conforme faz questão de sublinhar o proprietário e cozinheiro do restaurante, José Morgado.
A arquitetura é de estilo Mujédar e a decoração evoca a festa taurina.
Trata-se de um projeto original e sedutor com ambiente alegre e descontraído, mas ao mesmo tempo intimista e familiar, e com excelente comida.
Convida ao petisco com o presunto e os enchidos de porco ibérico, os queijos de ovelha, os torresmos e as diversas saladas, mas convém não esquecer os bons pratos, desde a açorda de peixe até às carrilladas de porco ibérico e de toiro de lide.
Doçaria conventual.
Garrafeira exclusiva do Alentejo. P.M. €18
Rua 1º de Maio, 39 Frente, Reguengos de Monsaraz T. 266 519 362 e 96 563 9028.
12h30-15h; 19h-22h30.Enc. dom, exceto se coincidir com dia festivo
03 Gadanha Mercearia
Original, moderno, bonito, alegre, multifacetado, é simultaneamente restaurante, wine bar e mercearia.
Deve o nome ao lugar onde se encontra diante do jardim municipal e da estátua do Gadanha, na zona baixa de Estremoz e ao fim a que foi inicialmente destinado: mercearia.
Há cinco anos passou a ser também restaurante, que surpreendeu com o ambiente agradável e descontraído e a cozinha contemporânea, baseada nos produtos e nos sabores do Alentejo.
Sugere a partilha, quer das entradas, quer dos pratos principais, permitindo petiscar ou fazer uma refeição completa, conforme o gosto e a vontade de cada um.
Grata surpresa. P.M. €30
Lg. Dragões de Olivença, 84-A, Estremoz T. 268 333 262, 96 992 9540 e 96 517 1521 12h30-15h; 19h30-22h30 Enc. seg.
04 Dona Bia
Indo da Comporta em direção ao sul pelos caminhos belíssimos do litoral alentejano impõe-se uma paragem, logo ao terceiro quilómetro, para uma refeição no restaurante Dona Bia.
Instalado à beira do caminho, com estacionamento fácil, tem uma esplanada ao ar livre, outra fechada e uma sala acolhedora com decoração singela, alusiva ao mar, vendo-se também uma insinuante montra de pescado.
É a sua cozinha tradicional com base nos produtos da região que dita a paragem.
Os vários arrozes de peixe merecem todos os louvores, embora seja outro o prato emblemático da casa: peixe-galo, seja com arroz ou com açorda de ovas a acompanhar.
Boa doçaria caseira. Garrafeira adequada.
P.M. €20
EN 261, Torre, Comporta T. 265 497 557 e 96 811 6684. 12h-16h; 19h30-22h30 Enc. ter.
05 Tombalobos
O chefe José Júlio Vintém regressou a casa, na periferia de Portalegre, com a sua maneira pessoal e única de interpretar a cozinha alentejana.
Recorre a receitas antigas para as reinventar, com respeito total pelos produtos, quase todos escolhidos entre os melhores da região.
Apresenta petiscos originais e deliciosos, como as pétalas de toucinho de porco alentejano DOP no forno, e pratos saborosíssimos, como a sopa seca de fraca. Tudo de confeção alentejana, mas com o toque do chefe. Excelente doçaria conventual e regional. Garrafeira com vinhos do Alentejo, em especial de pequenos produtores. P.M. €20
Bairro da Pedra Basta, Lote 16, r/c, Portalegre T. 245 906 111 e 96 541 6630 12h-15h; 19h-22h Enc.dom ao jantar e seg todo o dia
06 Tasquinha do Oliveira
Dificilmente se imagina um espaço tão pequeno com uma oferta gastronómica tão diversificada e tentadora.
Entradas irresistíveis, sejam frias, como os escabeches de carapau ou de perdiz, sejam quentes, como as finas e estaladiças pataniscas de bacalhau; pratos requintados, mas de sabor bem alentejano, como o cação de coentrada, o cozido de grão, a perdiz estufada, a lebre com feijão e nabos e a sopa da panela de pombo; e sobremesas divinais, com o melhor da doçaria conventual e tradicional, da encharcada ao arroz-doce sem ovos.
Boa garrafeira centrada nos vinhos do Alentejo. É uma referência de Évora e do Alentejo.
P.M. €40
Rua Cândido dos Reis, 45-A, Évora T 266 744 841.
12h30-15h; 19h30-22h Enc. dom.
07 Molhó Bico
A tipicidade das instalações com arcos e abóbodas em tijolo burro, grandes talhas de barro, artesanato e outras peças de artistas locais a decorar; o ambiente familiar e descontraído a que, por vezes, o cante alentejano ou o fado dão especial emoção; e a cozinha feita com produtos, cheiros e sabores tradicionais da região fazem deste restaurante um símbolo do Alentejo.
A ementa é um repositório de especialidades regionais: queijo de Serpa, paio alentejano, caldo de cação, açordas, migas com carne de porco preto frita, ensopado de borrego, cozido de grão, caça e outras iguarias simples e boas. Doçaria conventual.
Garrafeira alentejana. P.M. €15 Rua Quente, 1, Serpa T. 284 549 264.
12h-16h; 19h-22h30 Enc. qua.
08 Sever
O restaurante do moderno Sever Rio Hotel, que se encontra num lugar aprazível, sobre a margem, à sombra de tílias e de plátanos, com as muralhas de Marvão à vista, tem duas salas e uma esplanada muito acolhedoras.
Também a cozinha de matriz regional alentejana é sedutora, baseando-se nos produtos da terra e recuperando os antigos aromas e sabores, embora com elaboração culinária e apresentação contemporâneas.
Serve de exemplo a perna de borrego assada com castanhas e cebolinhas, porventura o prato mais emblemático, que associa a qualidade das matérias-primas ao acerto e rigor da confeção culinária.
Boa doçaria conventual de fabrico próprio. Garrafeira selecionada. P.M.€18
Estrada do Rio Sever Portagem, São Salvador de Aramenha T. 245 993 318 e 245 993 192. 12h30-16h; 19h30-22h30 (no verão: ininterrupto) Não encerra
09 L'AND
É um restaurante modelar pela beleza das instalações e pela qualidade da cozinha, que tem inspiração portuguesa, influências orientais e o cunho pessoal do chefe Miguel Laffan.
Integrado num wine resort de luxo, o L'AND Vineyards, nos arredores de Montemor-o-Novo, conjuga a singularidade da paisagem com a dos sabores da cozinha alentejana em versão moderna, que surpreende e atrai.
O couvert é uma mostra de produtos da região, do azeite biológico às compotas, aos queijos e aos enchidos; as entradas e os pratos estabelecem essa ligação fantástica entre os sabores do Oriente e do Ocidente; as sobremesas apregoam a bondade da doçura da doçaria conventual. Excelente garrafeira.
Uma festa para os sentidos.
P.M. €45
Estrada Nacional n.º 4, Herdade das Valadas, Montemor-o-Novo T. 266 242 400. 13h-15h; 19h30-22h30. Não encerra (segundas e terças só para hóspedes)
10 Adega Velha
Restaurante de características populares, cuja fama se justifica com uma só palavra: autenticidade.
O ambiente rústico, com as grandes talhas e os objetos antigos que decoram as salas, é tão genuíno como as vozes dos clientes locais que entoam o cante alentejano, quando calha, e como a comida simples, farta e saborosa que sai da cozinha, diariamente.
Ali, ainda se bebe vinho da talha como antigamente, com pão, azeitonas, queijo ou chouriço, petiscos que também servem de entrada. Depois, há sopa de cação, sopa da panela, cozido de grão, ensopado de borrego, lombo de porco preto assado no forno, lebre com grão e nabos, perdiz estufada e outros pratos cheios de sabor. Doçaria também caseira. Bons vinhos alentejanos.
P.M. €15
Rua Dr. Joaquim Vasconcelos Gusmão, 13, Mourão T. 266 586 443.
12h30-14h30; 19h30-22h. Enc. dom ao jantar e seg.
11 Fialho
É um dos mais conhecidos e prestigiados restaurantes de cozinha alentejana e justifica a primazia com a qualidade da cozinha e do serviço, demonstrada ao longo de sete décadas, primeiro pelo fundador, Manuel Fialho, depois pelos filhos e pelos netos.
Ementa esplendorosa com cerca de quarenta entradas, incluindo todos os queijos DOP do Alentejo, grande número de pratos principais com o melhor da cozinha alentejana sopa de peixe com hortelã da ribeira, bochechas de porco estufadas, arroz de pombo, lebre com feijão branco e perdiz de escabeche ou à Convento da Cartuxa, entre outros e, para sobremesa, toda a doçaria conventual.
Grande garrafeira com predomínio dos vinhos do Alentejo. P.M. €35 Travessa dos Mascarenhas, 16, Évora T. 266 703 079.
12h-16h; 19h-23h. Enc. seg.
POR Manuel Gonçalves da Silva
HÓTEIS
12-31
Dormir uma bela sesta
Deitar a cabeça, fechar os olhos ou apenas descansar num destes hotéis e turismos rurais. À noite, depois do almoço ou sempre que a modorna vier.
Respeitando o ritmo do local -lentamente...
12 Ficar numa villa
Água é coisa que não falta.
A barragem está logo ali e o hotel tem várias piscinas, fora e dentro de portas. Mas o que torna este local exclusivo são as suas onze villas náuticas, com dois e três quartos, para quem gosta de escapar a olhares alheios. Hotel Lago Montargil & Villas, Montargil
13 Contar estrelas em Avis
Num terreno com 47 hectares, com a barragem do Maranhão aos pés, todos os quartos da herdade têm uma parede inteira de vidro para que a beleza do lugar esteja sempre presente e, noite fora, possamos contar estrelas no alpendre.
Herdade da Cortesia, Avis
14 Relaxar como um monge
Neste hotel, situado na meia encosta da Serra D'Ossa, dormese em antigas celas de monges e rodeados por alguns dos 60 mil azulejos barrocos, a maior coleção privada deste tipo de ornamento existente em Portugal. Hotel Convento de São Paulo, Redondo
15 Acordar com arte
Em Reveladas, no Parque Natural da Serra de São Mamede, a Quinta do Barrieiro proporciona momentos de descanso entre a natureza e as esculturas habitáveis de Maria Leal da Costa.
Quinta do Barrieiro, Marvão
16 Sonhar em Monsaraz
Quem não sonha ficar a dormir (ou mesmo para sempre...) numa pequena vila medieval? Aqui o sonho torna-se realidade e ainda se recebe de brinde uma paisagem única sobre a planície alentejana, agora diferente graças à água presa pelo Alqueva. Estalagem de Monsaraz, Monsaraz
17 Cozinhar no Cercal
Na Herdade da Matinha a festa começa logo ao pequeno-almoço, mas a presença forte da comida há de estender-se até ao cair do dia.
Pode escolher-se entre um jantar de amigos bem recatado ou uma refeição preparada pelos hóspedes com a ajuda dos chefes de serviço.
Herdade da Matinha, Cercal do Alentejo
18 Nadar sobre a cortiça
A piscina e o bar no topo do edifício principal são duas das muitas razões para se querer dormir no Ecorkhotel, o primeiro hotel do mundo revestido a cortiça, a apenas a cinco quilómetros de Évora.
Ecorkhotel, Évora
19 Apaziguar numa quinta
Depois dos êxitos Casas na Areia e Cabanas no Rio, na Comporta, o casal Andreia e João Rodrigues voltou a chamar o arquiteto Manuel Aires Mateus para o projeto Casa no Tempo, que fica bem perto de Montemor-o--Novo.
Uma quinta de família recuperada, num estilo moderno e minimalista.
Casa no Tempo, Montemor-o-Novo
20 Experimentar o campismo
Desde o dia em que abriu portas, ganhou o cognome de primeiro ecocamping de Portugal. O Zmar fica nos arredores da Zambujeira do Mar e serve muito bem para quem quer ter uma experiência de comunhão com a natureza, sem prescindir de algumas mordomias.
Zmar, Zambujeira do Mar
21 Acampar com glamour
Quem dormir n'A Terra, a dois quilómetros de São Teotónio, numa das quatro tipi e três tendas do Rajastão, despertará ao som dos animais do parque, onde há uma barragem artificial e uma praia de areia branca fininha.
A Terra, Odeceixe
22 Ressonar entre tachos
Um dos atrativos de ficar na Casa do Terreiro do Poço é a originalidade dos quartos. Um dos 15 disponíveis está mesmo instalado numa cozinha antiga.
Casa do Terreiro do Poço, Borba
23 Entrar para um convento
Antes os monges procuravam este lugar para um retiro espiritual.
Hoje, o Convento de São Francisco é uma Pousada de Portugal e tem espaço para todos, fiéis ou não, e muita história entre as suas paredes. Um sítio diferente para, a partir dali, calcorrear a capital do Alentejo e as suas cercanias.
Pousada de Beja, Beja
24 Partilhar ou nem por isso
A 50 metros da Praça do Giraldo, no coração de Évora, fica o bed & breakfast StayInn Ale-Hop. O ambiente é informal e promove a partilha entre hóspedes.
Para dormir nos quartos, há que partilhar a cozinha, espaço de leitura, pátios e sala de estar.
Mas se preferir mais privacidade, o estúdio, com três camas, sala de refeições, cozinha pequena, casa de banho e terraço privado, cumpre essa função. StayInn Ale-Hop, em Évora
25 Ver a barragem
Situada numa península rodeada pela albufeira do Caia, na fronteira entre os concelhos de Elvas e Campo Maior, a Casa da Ermida de Santa Catarina está pensada para que de qualquer ponto se veja água.
Com um enorme pé direito, tem seis quartos e uma suite de 100 m2 no piso superior, todos com vista panorâmica para a barragem. Casa da Ermida de Santa Catarina, Elvas
26 Piquenicar no campo
Mais uns passos e estamos em pleno campo algarvio. Mas a Cerca do Sul ainda fica no sudoeste alentejano, em Brejão, a poucos minutos daquelas praias incríveis, recortadas na serra, com mar batido e fresco. São apenas sete quartos, mas aqui não falta nada nem piqueniques que se organizam mediante reserva.Cerca do Sul, São Teotónio
27 Viajar ao século XIV
Em Monforte, perto das ruínas romanas, descobre-se o Torre de Palma Wine Hotel.
A herdade do século XIV tem agora 18 quartos, piscina exterior, restaurante tipicamente alentejano (com um toque moderno), bar e picadeiro com cavalos lusitanos, além de várias atividades pensadas para a família. Torre de Palma Wine Hotel, Monforte
28 Apreciar a vista
Do turismo rural Serenada, em Sobreiras Altas, avista-se ao fundo a serra da Arrábida, Setúbal e o cabo Espichel.
Mais perto do olhar fica a vinha velha, plantada em 1961, o olival com árvores com mais de 100 anos, os quartos, a piscina, a biblioteca e uma sala com jogos.
Serenada, Grândola
29 Viver o Alentejo
Nos 1600 hectares da Herdade do Sobroso, no concelho da Vidigueira, é possível experimentar o melhor que o Alentejo nos dá -provam-se os pitéus preparados pela D. Josefa, acompanhados pelos vinhos da herdade, dão-se passeios de bicicleta pela vinha, pescam-se achigãs nas águas dos lagos, fazem-se piqueniques à sombra do montado e mergulha-se na piscina com a planície a perder de vista. Herdade do Sobroso, Vidigueira
30 Passear dentro da muralha
É à vontade do freguês há a versão clean e a mais tradicional e familiar.
Os dois hotéis MAR d'AR ficam em Évora, à distância de um passeio a pé, mas a oferta distingue-os bem, a começar pelo número de estrelas (5 para o Aqueduto, 4 para o Muralhas). Hotéis MAR d'Ar, Évora
AR LIVRE
31 Montar a tenda
São sete hectares e meio para uma yurt (tenda mongol), quatro tipi e uma safari.
No Portugal Nature Lodge há tendas de formatos originais para acolher os hóspedes, a 15 quilómetros de Odemira. Portugal Nature Lodge, Odemira
32 Mergulhar no Tejo na praia fluvial do Alamal
Guardada do outro lado do Tejo pelo castelo de Belver, a praia fluvial do Alamal surpreende pela sua beleza natural. O acesso fazse por uma estreita estrada, que serpenteia pela encosta até junto à antiga Quinta do Alamal hoje transformada num moderno centro balnear. No areal, há toldos e espreguiçadeiras para alugar, e os banhistas têm à sua disposição gaivotas e caiaques.
33 Percorrer a Rota Vicentina
Criada em 2012, a Rota Vicentina, com cerca de 360 quilómetros, prolonga-se entre Santiago do Cacém e o Cabo de São Vicent e. Está dividida em dois percursos, o Caminho Histórico (pelo interior) e o Trilho dos Pescadores ( junto ao mar), que se cruzam em Porto Covo e Odeceixe, permitindo conhecer ao pormenor toda a riqueza cultural, paisagística e social de um dos mais bem preservados troços costeiros da Europa.
O Trilho dos Pescadores inclui quatro etapas e cinco percursos complementares pelos trilhos usados há gerações pelos habitantes locais.
Ao todo, são mais de 120 quilómetros, sempre junt o ao mar, que ligam Porto Covo ao cabo de São Vicent e, numa caminhada embalada pelo vent o e pelas ondas, a "banda sonora" perfeita para a natureza selvagem desta rude paisagem costeira, feita de altas falésias e caprichosas enseadas rochosas.
O Caminho Histórico, por seu turno, segue pelas principais vilas e aldeias da zona, num itinerário rural composto por troços de montado, serra e vales de rios e ribeiras.
Com uma extensão 241 quilómetros, num total de 13 etapas, a riqueza da paisagem é surpreendente, em especial para quem só conhece o litoral.
34 Passar o dia na praia da Tapada Grande
Instalada na Tapada Grande, esta aprazível praia fluvial fica situada na maior de duas albufeiras de água doce, criadas no século XIX para fornecer água ao complexo mineiro da Mina de São Domingos.
A praia está em funcionamento desde 2000 e, para além do areal e da água de grande qualidade para banhos, está equipada com parque de merendas, estacionamento, bar e um anfiteatro ao ar livre.
Entre os diversos serviços disponíveis, o aluguer de canoas para explorar as suas margens é um dos mais procurados.
35 Descer o rio Mira
Nasce na Serra do Caldeirão, a uma altitude de 470 metros, e percorre cerca de 145 quilómetros, de sul para norte, até desaguar no oceano Atlântico, junto a Vila Nova de Milfontes.
Conhecido por ser um dos rios mais limpos da Europa, o troço do Mira entre Odemira e Milfontes é navegável ao longo de mais 30 quilómetros, proporcionando inesquecíveis passeios de barco (existem várias empresas que os organizam) por uma deslumbrante paisagem natural, feita de cristalinas praias fluviais, sapais plenos de vida selvagem e frondosas margens, onde podem ver-se as mais variadas espécies de aves.
36 Observar as cegonhas no Cabo Sardão
O ponto mais ocidental da costa alentejana é desde há muito um local de eleição para a observação de aves.
Do alto destas arribas costeiras, formadas por camadas de xisto, é possível apreciar espécies como as gralhas de-nuca-cinzenta e de--bico-vermelho, gaivotas, peneireiros, falcões-peregrinos ou as célebres cegonhas brancas, que só aqui, num caso único no mundo, nidificam nas arribas fronteiras ao mar.
37 Ver constelações em Alqueva
Alandroal, Barrancos, Moura, Mourão, Portel e Reguengos de Monsaraz são os concelhos abrangidos pela primeira Reserva Dark Sky portuguesa, implementada junto ao grande lago de Alqueva para promover uma das grandes riquezas desta região, o céu.
Devido à quase inexistência de obstáculos visuais ou luminosos, em poucos lugares do País poderá observar-se o céu noturno com tanta nitidez, apreciando constelações, planetas e verdadeiros rios de estrelas num ambiente de total escuridão.
Seja simplesmente deitado no chão ou através das atividades da Rota Dark Sky, uma iniciativa dos agentes turísticos da região, que associaram à Reserva Dark Sky várias atividades noturnas, como passeios a pé, a cavalo ou de barco, provas de orientação, observação de aves ou piqueniques na margem da barragem.
38 Andar num barco da Amieira Marina
Localizada na confluência da ribeira da Amieira e do rio Degebe, esta aldeia já é habitada desde o tempo dos romanos, como se comprova pela necrópole de Nossa Senhora das Neves.
Hoje é sobretudo conhecida pela moderna marina, onde se alugam barcos-casa, com capacidade até 12 pessoas.
Nestas embarcações é possível para qualquer um navegar por todo o grande lago de Alqueva, aportando junto às povoações ribeirinhas.
39 Visitar o Pulo do Lobo
Um violento marulhar, sempre em crescendo, dá o primeiro aviso para a surpreendente visão que se segue, com um estreito de pedra a estrangular o Guadiana, numa paisagem única por estas paragens.
Muito mais que um mero postal ilustrado, o Pulo do Lobo é um dos mais extraordinários acidentes geomorfológicos do Alentejo.
Verdadeiro monumento às forças da natureza, onde o rio se precipita em cascata desde uma altura de 16 metros, para depois correr em turbilhão ao longo de 12 quilómetros, aqui se formam também as célebres "marmitas de gigante", como são conhecidas as enormes cavidades circulares na rocha, causadas pelo violento movimento dos seixos.
40 Imaginar como eram as minas do Lousal
Quem se desloca para Sul pela "estrada velha", pelo IC1, fugindo da autoestrada, vai apreciar a paisagem mineira de uma aldeia eletrificada antes da Baixa lisboeta.
As minas de pirite, exploradas desde o final do século XIX até 1988, são a grande atração turística da localidade que conta, desde 2010, com o Centro Ciência Viva.
No passeio Visita à Mina percorre-se o passadiço de madeira na zona da corta mineira, da qual se tiravam xistos para preencher os buracos deixados pela pirite e outros minérios.
In:Visão
PASSEIO
1- Visitar as aldeias ribeirinhas de Alqueva
Foi há pouco mais de dez anos.
De repente, quase sem se dar por isso, como se um grande dilúvio bíblico se tivesse repetido no interior do Alentejo, levando todo um mar até aos quintais de 15 pequenos povoados, hoje conhecidos como aldeias ribeirinhas.
A mais célebre de todas é a Luz.
Ou melhor dizendo, "a nova aldeia da Luz", que a antiga ficou totalmente submersa pelas águas da barragem. Fica no topo de um cume, com vista para o espelho de água de Alqueva e para os castelos de Mourão e Monsaraz.
O projeto manteve-se fiel à arquitetura original, apesar da introdução de alguns elementos mais modernos. Exemplo deste processo é a nova igreja de Nossa Senhora da Luz, na qual foram utilizados métodos de construção tradicionais, que permitiram a integração dos elementos representativos do antigo templo, como o portal PASSEIO gótico, o púlpito ou a pia batismal.
Para perceber o que mudou, aconselha-se uma visita ao Museu da Luz, onde uma pequena janela enquadra o local exato onde se encontra hoje, debaixo de água, a velha aldeia como se vê numa fotografia exposta ao lado, tirada do mesmo ângulo.
Também na vizinha aldeia da Estrela, a pouco mais de 20 quilómetros, para onde quer que se olhe, é a água que marca a paisagem.
A primeira impressão é a de estarmos numa ilha e é difícil imaginar que, há pouco mais de uma década, era apenas mais uma quase desconhecida aldeia, perdida na imensidão do Alentejo.
Situada numa estreita península, que a faz parecer suspensa sobre o grande lago, transformou-se, nos últimos anos, num dos maiores atrativos da região, onde são dinamizadas diversas atividades náuticas, como canoagem, vela, ski ou pesca.
RESTAURANTES
02-11
Deliciar-se com a cozinha alentejana. O crítico da VISÃO Sete selecionou os melhores restaurantes do Alentejo.
Aqui reinam os produtos da região, da sopa de cação à doçaria conventual
02 Taberna Al-Andaluz
Tal como o nome, também a cozinha se inspira na nação Al-Andaluz, a que o Alentejo pertenceu, conforme faz questão de sublinhar o proprietário e cozinheiro do restaurante, José Morgado.
A arquitetura é de estilo Mujédar e a decoração evoca a festa taurina.
Trata-se de um projeto original e sedutor com ambiente alegre e descontraído, mas ao mesmo tempo intimista e familiar, e com excelente comida.
Convida ao petisco com o presunto e os enchidos de porco ibérico, os queijos de ovelha, os torresmos e as diversas saladas, mas convém não esquecer os bons pratos, desde a açorda de peixe até às carrilladas de porco ibérico e de toiro de lide.
Doçaria conventual.
Garrafeira exclusiva do Alentejo. P.M. €18
Rua 1º de Maio, 39 Frente, Reguengos de Monsaraz T. 266 519 362 e 96 563 9028.
12h30-15h; 19h-22h30.Enc. dom, exceto se coincidir com dia festivo
03 Gadanha Mercearia
Original, moderno, bonito, alegre, multifacetado, é simultaneamente restaurante, wine bar e mercearia.
Deve o nome ao lugar onde se encontra diante do jardim municipal e da estátua do Gadanha, na zona baixa de Estremoz e ao fim a que foi inicialmente destinado: mercearia.
Há cinco anos passou a ser também restaurante, que surpreendeu com o ambiente agradável e descontraído e a cozinha contemporânea, baseada nos produtos e nos sabores do Alentejo.
Sugere a partilha, quer das entradas, quer dos pratos principais, permitindo petiscar ou fazer uma refeição completa, conforme o gosto e a vontade de cada um.
Grata surpresa. P.M. €30
Lg. Dragões de Olivença, 84-A, Estremoz T. 268 333 262, 96 992 9540 e 96 517 1521 12h30-15h; 19h30-22h30 Enc. seg.
04 Dona Bia
Indo da Comporta em direção ao sul pelos caminhos belíssimos do litoral alentejano impõe-se uma paragem, logo ao terceiro quilómetro, para uma refeição no restaurante Dona Bia.
Instalado à beira do caminho, com estacionamento fácil, tem uma esplanada ao ar livre, outra fechada e uma sala acolhedora com decoração singela, alusiva ao mar, vendo-se também uma insinuante montra de pescado.
É a sua cozinha tradicional com base nos produtos da região que dita a paragem.
Os vários arrozes de peixe merecem todos os louvores, embora seja outro o prato emblemático da casa: peixe-galo, seja com arroz ou com açorda de ovas a acompanhar.
Boa doçaria caseira. Garrafeira adequada.
P.M. €20
EN 261, Torre, Comporta T. 265 497 557 e 96 811 6684. 12h-16h; 19h30-22h30 Enc. ter.
05 Tombalobos
O chefe José Júlio Vintém regressou a casa, na periferia de Portalegre, com a sua maneira pessoal e única de interpretar a cozinha alentejana.
Recorre a receitas antigas para as reinventar, com respeito total pelos produtos, quase todos escolhidos entre os melhores da região.
Apresenta petiscos originais e deliciosos, como as pétalas de toucinho de porco alentejano DOP no forno, e pratos saborosíssimos, como a sopa seca de fraca. Tudo de confeção alentejana, mas com o toque do chefe. Excelente doçaria conventual e regional. Garrafeira com vinhos do Alentejo, em especial de pequenos produtores. P.M. €20
Bairro da Pedra Basta, Lote 16, r/c, Portalegre T. 245 906 111 e 96 541 6630 12h-15h; 19h-22h Enc.dom ao jantar e seg todo o dia
06 Tasquinha do Oliveira
Dificilmente se imagina um espaço tão pequeno com uma oferta gastronómica tão diversificada e tentadora.
Entradas irresistíveis, sejam frias, como os escabeches de carapau ou de perdiz, sejam quentes, como as finas e estaladiças pataniscas de bacalhau; pratos requintados, mas de sabor bem alentejano, como o cação de coentrada, o cozido de grão, a perdiz estufada, a lebre com feijão e nabos e a sopa da panela de pombo; e sobremesas divinais, com o melhor da doçaria conventual e tradicional, da encharcada ao arroz-doce sem ovos.
Boa garrafeira centrada nos vinhos do Alentejo. É uma referência de Évora e do Alentejo.
P.M. €40
Rua Cândido dos Reis, 45-A, Évora T 266 744 841.
12h30-15h; 19h30-22h Enc. dom.
07 Molhó Bico
A tipicidade das instalações com arcos e abóbodas em tijolo burro, grandes talhas de barro, artesanato e outras peças de artistas locais a decorar; o ambiente familiar e descontraído a que, por vezes, o cante alentejano ou o fado dão especial emoção; e a cozinha feita com produtos, cheiros e sabores tradicionais da região fazem deste restaurante um símbolo do Alentejo.
A ementa é um repositório de especialidades regionais: queijo de Serpa, paio alentejano, caldo de cação, açordas, migas com carne de porco preto frita, ensopado de borrego, cozido de grão, caça e outras iguarias simples e boas. Doçaria conventual.
Garrafeira alentejana. P.M. €15 Rua Quente, 1, Serpa T. 284 549 264.
12h-16h; 19h-22h30 Enc. qua.
08 Sever
O restaurante do moderno Sever Rio Hotel, que se encontra num lugar aprazível, sobre a margem, à sombra de tílias e de plátanos, com as muralhas de Marvão à vista, tem duas salas e uma esplanada muito acolhedoras.
Também a cozinha de matriz regional alentejana é sedutora, baseando-se nos produtos da terra e recuperando os antigos aromas e sabores, embora com elaboração culinária e apresentação contemporâneas.
Serve de exemplo a perna de borrego assada com castanhas e cebolinhas, porventura o prato mais emblemático, que associa a qualidade das matérias-primas ao acerto e rigor da confeção culinária.
Boa doçaria conventual de fabrico próprio. Garrafeira selecionada. P.M.€18
Estrada do Rio Sever Portagem, São Salvador de Aramenha T. 245 993 318 e 245 993 192. 12h30-16h; 19h30-22h30 (no verão: ininterrupto) Não encerra
09 L'AND
É um restaurante modelar pela beleza das instalações e pela qualidade da cozinha, que tem inspiração portuguesa, influências orientais e o cunho pessoal do chefe Miguel Laffan.
Integrado num wine resort de luxo, o L'AND Vineyards, nos arredores de Montemor-o-Novo, conjuga a singularidade da paisagem com a dos sabores da cozinha alentejana em versão moderna, que surpreende e atrai.
O couvert é uma mostra de produtos da região, do azeite biológico às compotas, aos queijos e aos enchidos; as entradas e os pratos estabelecem essa ligação fantástica entre os sabores do Oriente e do Ocidente; as sobremesas apregoam a bondade da doçura da doçaria conventual. Excelente garrafeira.
Uma festa para os sentidos.
P.M. €45
Estrada Nacional n.º 4, Herdade das Valadas, Montemor-o-Novo T. 266 242 400. 13h-15h; 19h30-22h30. Não encerra (segundas e terças só para hóspedes)
10 Adega Velha
Restaurante de características populares, cuja fama se justifica com uma só palavra: autenticidade.
O ambiente rústico, com as grandes talhas e os objetos antigos que decoram as salas, é tão genuíno como as vozes dos clientes locais que entoam o cante alentejano, quando calha, e como a comida simples, farta e saborosa que sai da cozinha, diariamente.
Ali, ainda se bebe vinho da talha como antigamente, com pão, azeitonas, queijo ou chouriço, petiscos que também servem de entrada. Depois, há sopa de cação, sopa da panela, cozido de grão, ensopado de borrego, lombo de porco preto assado no forno, lebre com grão e nabos, perdiz estufada e outros pratos cheios de sabor. Doçaria também caseira. Bons vinhos alentejanos.
P.M. €15
Rua Dr. Joaquim Vasconcelos Gusmão, 13, Mourão T. 266 586 443.
12h30-14h30; 19h30-22h. Enc. dom ao jantar e seg.
11 Fialho
É um dos mais conhecidos e prestigiados restaurantes de cozinha alentejana e justifica a primazia com a qualidade da cozinha e do serviço, demonstrada ao longo de sete décadas, primeiro pelo fundador, Manuel Fialho, depois pelos filhos e pelos netos.
Ementa esplendorosa com cerca de quarenta entradas, incluindo todos os queijos DOP do Alentejo, grande número de pratos principais com o melhor da cozinha alentejana sopa de peixe com hortelã da ribeira, bochechas de porco estufadas, arroz de pombo, lebre com feijão branco e perdiz de escabeche ou à Convento da Cartuxa, entre outros e, para sobremesa, toda a doçaria conventual.
Grande garrafeira com predomínio dos vinhos do Alentejo. P.M. €35 Travessa dos Mascarenhas, 16, Évora T. 266 703 079.
12h-16h; 19h-23h. Enc. seg.
POR Manuel Gonçalves da Silva
HÓTEIS
12-31
Dormir uma bela sesta
Deitar a cabeça, fechar os olhos ou apenas descansar num destes hotéis e turismos rurais. À noite, depois do almoço ou sempre que a modorna vier.
Respeitando o ritmo do local -lentamente...
12 Ficar numa villa
Água é coisa que não falta.
A barragem está logo ali e o hotel tem várias piscinas, fora e dentro de portas. Mas o que torna este local exclusivo são as suas onze villas náuticas, com dois e três quartos, para quem gosta de escapar a olhares alheios. Hotel Lago Montargil & Villas, Montargil
13 Contar estrelas em Avis
Num terreno com 47 hectares, com a barragem do Maranhão aos pés, todos os quartos da herdade têm uma parede inteira de vidro para que a beleza do lugar esteja sempre presente e, noite fora, possamos contar estrelas no alpendre.
Herdade da Cortesia, Avis
14 Relaxar como um monge
Neste hotel, situado na meia encosta da Serra D'Ossa, dormese em antigas celas de monges e rodeados por alguns dos 60 mil azulejos barrocos, a maior coleção privada deste tipo de ornamento existente em Portugal. Hotel Convento de São Paulo, Redondo
15 Acordar com arte
Em Reveladas, no Parque Natural da Serra de São Mamede, a Quinta do Barrieiro proporciona momentos de descanso entre a natureza e as esculturas habitáveis de Maria Leal da Costa.
Quinta do Barrieiro, Marvão
16 Sonhar em Monsaraz
Quem não sonha ficar a dormir (ou mesmo para sempre...) numa pequena vila medieval? Aqui o sonho torna-se realidade e ainda se recebe de brinde uma paisagem única sobre a planície alentejana, agora diferente graças à água presa pelo Alqueva. Estalagem de Monsaraz, Monsaraz
17 Cozinhar no Cercal
Na Herdade da Matinha a festa começa logo ao pequeno-almoço, mas a presença forte da comida há de estender-se até ao cair do dia.
Pode escolher-se entre um jantar de amigos bem recatado ou uma refeição preparada pelos hóspedes com a ajuda dos chefes de serviço.
Herdade da Matinha, Cercal do Alentejo
18 Nadar sobre a cortiça
A piscina e o bar no topo do edifício principal são duas das muitas razões para se querer dormir no Ecorkhotel, o primeiro hotel do mundo revestido a cortiça, a apenas a cinco quilómetros de Évora.
Ecorkhotel, Évora
19 Apaziguar numa quinta
Depois dos êxitos Casas na Areia e Cabanas no Rio, na Comporta, o casal Andreia e João Rodrigues voltou a chamar o arquiteto Manuel Aires Mateus para o projeto Casa no Tempo, que fica bem perto de Montemor-o--Novo.
Uma quinta de família recuperada, num estilo moderno e minimalista.
Casa no Tempo, Montemor-o-Novo
20 Experimentar o campismo
Desde o dia em que abriu portas, ganhou o cognome de primeiro ecocamping de Portugal. O Zmar fica nos arredores da Zambujeira do Mar e serve muito bem para quem quer ter uma experiência de comunhão com a natureza, sem prescindir de algumas mordomias.
Zmar, Zambujeira do Mar
21 Acampar com glamour
Quem dormir n'A Terra, a dois quilómetros de São Teotónio, numa das quatro tipi e três tendas do Rajastão, despertará ao som dos animais do parque, onde há uma barragem artificial e uma praia de areia branca fininha.
A Terra, Odeceixe
22 Ressonar entre tachos
Um dos atrativos de ficar na Casa do Terreiro do Poço é a originalidade dos quartos. Um dos 15 disponíveis está mesmo instalado numa cozinha antiga.
Casa do Terreiro do Poço, Borba
23 Entrar para um convento
Antes os monges procuravam este lugar para um retiro espiritual.
Hoje, o Convento de São Francisco é uma Pousada de Portugal e tem espaço para todos, fiéis ou não, e muita história entre as suas paredes. Um sítio diferente para, a partir dali, calcorrear a capital do Alentejo e as suas cercanias.
Pousada de Beja, Beja
24 Partilhar ou nem por isso
A 50 metros da Praça do Giraldo, no coração de Évora, fica o bed & breakfast StayInn Ale-Hop. O ambiente é informal e promove a partilha entre hóspedes.
Para dormir nos quartos, há que partilhar a cozinha, espaço de leitura, pátios e sala de estar.
Mas se preferir mais privacidade, o estúdio, com três camas, sala de refeições, cozinha pequena, casa de banho e terraço privado, cumpre essa função. StayInn Ale-Hop, em Évora
25 Ver a barragem
Situada numa península rodeada pela albufeira do Caia, na fronteira entre os concelhos de Elvas e Campo Maior, a Casa da Ermida de Santa Catarina está pensada para que de qualquer ponto se veja água.
Com um enorme pé direito, tem seis quartos e uma suite de 100 m2 no piso superior, todos com vista panorâmica para a barragem. Casa da Ermida de Santa Catarina, Elvas
26 Piquenicar no campo
Mais uns passos e estamos em pleno campo algarvio. Mas a Cerca do Sul ainda fica no sudoeste alentejano, em Brejão, a poucos minutos daquelas praias incríveis, recortadas na serra, com mar batido e fresco. São apenas sete quartos, mas aqui não falta nada nem piqueniques que se organizam mediante reserva.Cerca do Sul, São Teotónio
27 Viajar ao século XIV
Em Monforte, perto das ruínas romanas, descobre-se o Torre de Palma Wine Hotel.
A herdade do século XIV tem agora 18 quartos, piscina exterior, restaurante tipicamente alentejano (com um toque moderno), bar e picadeiro com cavalos lusitanos, além de várias atividades pensadas para a família. Torre de Palma Wine Hotel, Monforte
28 Apreciar a vista
Do turismo rural Serenada, em Sobreiras Altas, avista-se ao fundo a serra da Arrábida, Setúbal e o cabo Espichel.
Mais perto do olhar fica a vinha velha, plantada em 1961, o olival com árvores com mais de 100 anos, os quartos, a piscina, a biblioteca e uma sala com jogos.
Serenada, Grândola
29 Viver o Alentejo
Nos 1600 hectares da Herdade do Sobroso, no concelho da Vidigueira, é possível experimentar o melhor que o Alentejo nos dá -provam-se os pitéus preparados pela D. Josefa, acompanhados pelos vinhos da herdade, dão-se passeios de bicicleta pela vinha, pescam-se achigãs nas águas dos lagos, fazem-se piqueniques à sombra do montado e mergulha-se na piscina com a planície a perder de vista. Herdade do Sobroso, Vidigueira
30 Passear dentro da muralha
É à vontade do freguês há a versão clean e a mais tradicional e familiar.
Os dois hotéis MAR d'AR ficam em Évora, à distância de um passeio a pé, mas a oferta distingue-os bem, a começar pelo número de estrelas (5 para o Aqueduto, 4 para o Muralhas). Hotéis MAR d'Ar, Évora
AR LIVRE
31 Montar a tenda
São sete hectares e meio para uma yurt (tenda mongol), quatro tipi e uma safari.
No Portugal Nature Lodge há tendas de formatos originais para acolher os hóspedes, a 15 quilómetros de Odemira. Portugal Nature Lodge, Odemira
32 Mergulhar no Tejo na praia fluvial do Alamal
Guardada do outro lado do Tejo pelo castelo de Belver, a praia fluvial do Alamal surpreende pela sua beleza natural. O acesso fazse por uma estreita estrada, que serpenteia pela encosta até junto à antiga Quinta do Alamal hoje transformada num moderno centro balnear. No areal, há toldos e espreguiçadeiras para alugar, e os banhistas têm à sua disposição gaivotas e caiaques.
33 Percorrer a Rota Vicentina
Criada em 2012, a Rota Vicentina, com cerca de 360 quilómetros, prolonga-se entre Santiago do Cacém e o Cabo de São Vicent e. Está dividida em dois percursos, o Caminho Histórico (pelo interior) e o Trilho dos Pescadores ( junto ao mar), que se cruzam em Porto Covo e Odeceixe, permitindo conhecer ao pormenor toda a riqueza cultural, paisagística e social de um dos mais bem preservados troços costeiros da Europa.
O Trilho dos Pescadores inclui quatro etapas e cinco percursos complementares pelos trilhos usados há gerações pelos habitantes locais.
Ao todo, são mais de 120 quilómetros, sempre junt o ao mar, que ligam Porto Covo ao cabo de São Vicent e, numa caminhada embalada pelo vent o e pelas ondas, a "banda sonora" perfeita para a natureza selvagem desta rude paisagem costeira, feita de altas falésias e caprichosas enseadas rochosas.
O Caminho Histórico, por seu turno, segue pelas principais vilas e aldeias da zona, num itinerário rural composto por troços de montado, serra e vales de rios e ribeiras.
Com uma extensão 241 quilómetros, num total de 13 etapas, a riqueza da paisagem é surpreendente, em especial para quem só conhece o litoral.
34 Passar o dia na praia da Tapada Grande
Instalada na Tapada Grande, esta aprazível praia fluvial fica situada na maior de duas albufeiras de água doce, criadas no século XIX para fornecer água ao complexo mineiro da Mina de São Domingos.
A praia está em funcionamento desde 2000 e, para além do areal e da água de grande qualidade para banhos, está equipada com parque de merendas, estacionamento, bar e um anfiteatro ao ar livre.
Entre os diversos serviços disponíveis, o aluguer de canoas para explorar as suas margens é um dos mais procurados.
35 Descer o rio Mira
Nasce na Serra do Caldeirão, a uma altitude de 470 metros, e percorre cerca de 145 quilómetros, de sul para norte, até desaguar no oceano Atlântico, junto a Vila Nova de Milfontes.
Conhecido por ser um dos rios mais limpos da Europa, o troço do Mira entre Odemira e Milfontes é navegável ao longo de mais 30 quilómetros, proporcionando inesquecíveis passeios de barco (existem várias empresas que os organizam) por uma deslumbrante paisagem natural, feita de cristalinas praias fluviais, sapais plenos de vida selvagem e frondosas margens, onde podem ver-se as mais variadas espécies de aves.
36 Observar as cegonhas no Cabo Sardão
O ponto mais ocidental da costa alentejana é desde há muito um local de eleição para a observação de aves.
Do alto destas arribas costeiras, formadas por camadas de xisto, é possível apreciar espécies como as gralhas de-nuca-cinzenta e de--bico-vermelho, gaivotas, peneireiros, falcões-peregrinos ou as célebres cegonhas brancas, que só aqui, num caso único no mundo, nidificam nas arribas fronteiras ao mar.
37 Ver constelações em Alqueva
Alandroal, Barrancos, Moura, Mourão, Portel e Reguengos de Monsaraz são os concelhos abrangidos pela primeira Reserva Dark Sky portuguesa, implementada junto ao grande lago de Alqueva para promover uma das grandes riquezas desta região, o céu.
Devido à quase inexistência de obstáculos visuais ou luminosos, em poucos lugares do País poderá observar-se o céu noturno com tanta nitidez, apreciando constelações, planetas e verdadeiros rios de estrelas num ambiente de total escuridão.
Seja simplesmente deitado no chão ou através das atividades da Rota Dark Sky, uma iniciativa dos agentes turísticos da região, que associaram à Reserva Dark Sky várias atividades noturnas, como passeios a pé, a cavalo ou de barco, provas de orientação, observação de aves ou piqueniques na margem da barragem.
38 Andar num barco da Amieira Marina
Localizada na confluência da ribeira da Amieira e do rio Degebe, esta aldeia já é habitada desde o tempo dos romanos, como se comprova pela necrópole de Nossa Senhora das Neves.
Hoje é sobretudo conhecida pela moderna marina, onde se alugam barcos-casa, com capacidade até 12 pessoas.
Nestas embarcações é possível para qualquer um navegar por todo o grande lago de Alqueva, aportando junto às povoações ribeirinhas.
39 Visitar o Pulo do Lobo
Um violento marulhar, sempre em crescendo, dá o primeiro aviso para a surpreendente visão que se segue, com um estreito de pedra a estrangular o Guadiana, numa paisagem única por estas paragens.
Muito mais que um mero postal ilustrado, o Pulo do Lobo é um dos mais extraordinários acidentes geomorfológicos do Alentejo.
Verdadeiro monumento às forças da natureza, onde o rio se precipita em cascata desde uma altura de 16 metros, para depois correr em turbilhão ao longo de 12 quilómetros, aqui se formam também as célebres "marmitas de gigante", como são conhecidas as enormes cavidades circulares na rocha, causadas pelo violento movimento dos seixos.
40 Imaginar como eram as minas do Lousal
Quem se desloca para Sul pela "estrada velha", pelo IC1, fugindo da autoestrada, vai apreciar a paisagem mineira de uma aldeia eletrificada antes da Baixa lisboeta.
As minas de pirite, exploradas desde o final do século XIX até 1988, são a grande atração turística da localidade que conta, desde 2010, com o Centro Ciência Viva.
No passeio Visita à Mina percorre-se o passadiço de madeira na zona da corta mineira, da qual se tiravam xistos para preencher os buracos deixados pela pirite e outros minérios.
In:Visão