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100 razões para ir ao Alentejo

Feraida

GF Ouro
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Os melhores passeios, restaurantes, museus, noites, praias, paisagens, monumentos, tradições, festas, atividades e compras que deve ter na sua lista de viagem

PASSEIO

1- Visitar as aldeias ribeirinhas de Alqueva

Foi há pouco mais de dez anos.

De repente, quase sem se dar por isso, como se um grande dilúvio bíblico se tivesse repetido no interior do Alentejo, levando todo um mar até aos quintais de 15 pequenos povoados, hoje conhecidos como aldeias ribeirinhas.

A mais célebre de todas é a Luz.

Ou melhor dizendo, "a nova aldeia da Luz", que a antiga ficou totalmente submersa pelas águas da barragem. Fica no topo de um cume, com vista para o espelho de água de Alqueva e para os castelos de Mourão e Monsaraz.

O projeto manteve-se fiel à arquitetura original, apesar da introdução de alguns elementos mais modernos. Exemplo deste processo é a nova igreja de Nossa Senhora da Luz, na qual foram utilizados métodos de construção tradicionais, que permitiram a integração dos elementos representativos do antigo templo, como o portal PASSEIO gótico, o púlpito ou a pia batismal.

Para perceber o que mudou, aconselha-se uma visita ao Museu da Luz, onde uma pequena janela enquadra o local exato onde se encontra hoje, debaixo de água, a velha aldeia como se vê numa fotografia exposta ao lado, tirada do mesmo ângulo.

Também na vizinha aldeia da Estrela, a pouco mais de 20 quilómetros, para onde quer que se olhe, é a água que marca a paisagem.

A primeira impressão é a de estarmos numa ilha e é difícil imaginar que, há pouco mais de uma década, era apenas mais uma quase desconhecida aldeia, perdida na imensidão do Alentejo.

Situada numa estreita península, que a faz parecer suspensa sobre o grande lago, transformou-se, nos últimos anos, num dos maiores atrativos da região, onde são dinamizadas diversas atividades náuticas, como canoagem, vela, ski ou pesca.


RESTAURANTES

02-11

Deliciar-se com a cozinha alentejana. O crítico da VISÃO Sete selecionou os melhores restaurantes do Alentejo.

Aqui reinam os produtos da região, da sopa de cação à doçaria conventual


02 Taberna Al-Andaluz

Tal como o nome, também a cozinha se inspira na nação Al-Andaluz, a que o Alentejo pertenceu, conforme faz questão de sublinhar o proprietário e cozinheiro do restaurante, José Morgado.

A arquitetura é de estilo Mujédar e a decoração evoca a festa taurina.

Trata-se de um projeto original e sedutor com ambiente alegre e descontraído, mas ao mesmo tempo intimista e familiar, e com excelente comida.

Convida ao petisco com o presunto e os enchidos de porco ibérico, os queijos de ovelha, os torresmos e as diversas saladas, mas convém não esquecer os bons pratos, desde a açorda de peixe até às carrilladas de porco ibérico e de toiro de lide.

Doçaria conventual.

Garrafeira exclusiva do Alentejo. P.M. €18

Rua 1º de Maio, 39 Frente, Reguengos de Monsaraz T. 266 519 362 e 96 563 9028.
12h30-15h; 19h-22h30.Enc. dom, exceto se coincidir com dia festivo


03 Gadanha Mercearia

Original, moderno, bonito, alegre, multifacetado, é simultaneamente restaurante, wine bar e mercearia.
Deve o nome ao lugar onde se encontra diante do jardim municipal e da estátua do Gadanha, na zona baixa de Estremoz e ao fim a que foi inicialmente destinado: mercearia.

Há cinco anos passou a ser também restaurante, que surpreendeu com o ambiente agradável e descontraído e a cozinha contemporânea, baseada nos produtos e nos sabores do Alentejo.

Sugere a partilha, quer das entradas, quer dos pratos principais, permitindo petiscar ou fazer uma refeição completa, conforme o gosto e a vontade de cada um.

Grata surpresa. P.M. €30
Lg. Dragões de Olivença, 84-A, Estremoz T. 268 333 262, 96 992 9540 e 96 517 1521 12h30-15h; 19h30-22h30 Enc. seg.


04 Dona Bia

Indo da Comporta em direção ao sul pelos caminhos belíssimos do litoral alentejano impõe-se uma paragem, logo ao terceiro quilómetro, para uma refeição no restaurante Dona Bia.

Instalado à beira do caminho, com estacionamento fácil, tem uma esplanada ao ar livre, outra fechada e uma sala acolhedora com decoração singela, alusiva ao mar, vendo-se também uma insinuante montra de pescado.

É a sua cozinha tradicional com base nos produtos da região que dita a paragem.

Os vários arrozes de peixe merecem todos os louvores, embora seja outro o prato emblemático da casa: peixe-galo, seja com arroz ou com açorda de ovas a acompanhar.

Boa doçaria caseira. Garrafeira adequada.
P.M. €20
EN 261, Torre, Comporta T. 265 497 557 e 96 811 6684. 12h-16h; 19h30-22h30 Enc. ter.


05 Tombalobos

O chefe José Júlio Vintém regressou a casa, na periferia de Portalegre, com a sua maneira pessoal e única de interpretar a cozinha alentejana.

Recorre a receitas antigas para as reinventar, com respeito total pelos produtos, quase todos escolhidos entre os melhores da região.

Apresenta petiscos originais e deliciosos, como as pétalas de toucinho de porco alentejano DOP no forno, e pratos saborosíssimos, como a sopa seca de fraca. Tudo de confeção alentejana, mas com o toque do chefe. Excelente doçaria conventual e regional. Garrafeira com vinhos do Alentejo, em especial de pequenos produtores. P.M. €20

Bairro da Pedra Basta, Lote 16, r/c, Portalegre T. 245 906 111 e 96 541 6630 12h-15h; 19h-22h Enc.dom ao jantar e seg todo o dia


06 Tasquinha do Oliveira

Dificilmente se imagina um espaço tão pequeno com uma oferta gastronómica tão diversificada e tentadora.

Entradas irresistíveis, sejam frias, como os escabeches de carapau ou de perdiz, sejam quentes, como as finas e estaladiças pataniscas de bacalhau; pratos requintados, mas de sabor bem alentejano, como o cação de coentrada, o cozido de grão, a perdiz estufada, a lebre com feijão e nabos e a sopa da panela de pombo; e sobremesas divinais, com o melhor da doçaria conventual e tradicional, da encharcada ao arroz-doce sem ovos.

Boa garrafeira centrada nos vinhos do Alentejo. É uma referência de Évora e do Alentejo.

P.M. €40
Rua Cândido dos Reis, 45-A, Évora T 266 744 841.
12h30-15h; 19h30-22h Enc. dom.


07 Molhó Bico

A tipicidade das instalações com arcos e abóbodas em tijolo burro, grandes talhas de barro, artesanato e outras peças de artistas locais a decorar; o ambiente familiar e descontraído a que, por vezes, o cante alentejano ou o fado dão especial emoção; e a cozinha feita com produtos, cheiros e sabores tradicionais da região fazem deste restaurante um símbolo do Alentejo.

A ementa é um repositório de especialidades regionais: queijo de Serpa, paio alentejano, caldo de cação, açordas, migas com carne de porco preto frita, ensopado de borrego, cozido de grão, caça e outras iguarias simples e boas. Doçaria conventual.

Garrafeira alentejana. P.M. €15 Rua Quente, 1, Serpa T. 284 549 264.
12h-16h; 19h-22h30 Enc. qua.


08 Sever

O restaurante do moderno Sever Rio Hotel, que se encontra num lugar aprazível, sobre a margem, à sombra de tílias e de plátanos, com as muralhas de Marvão à vista, tem duas salas e uma esplanada muito acolhedoras.

Também a cozinha de matriz regional alentejana é sedutora, baseando-se nos produtos da terra e recuperando os antigos aromas e sabores, embora com elaboração culinária e apresentação contemporâneas.

Serve de exemplo a perna de borrego assada com castanhas e cebolinhas, porventura o prato mais emblemático, que associa a qualidade das matérias-primas ao acerto e rigor da confeção culinária.

Boa doçaria conventual de fabrico próprio. Garrafeira selecionada. P.M.€18

Estrada do Rio Sever Portagem, São Salvador de Aramenha T. 245 993 318 e 245 993 192. 12h30-16h; 19h30-22h30 (no verão: ininterrupto) Não encerra


09 L'AND

É um restaurante modelar pela beleza das instalações e pela qualidade da cozinha, que tem inspiração portuguesa, influências orientais e o cunho pessoal do chefe Miguel Laffan.

Integrado num wine resort de luxo, o L'AND Vineyards, nos arredores de Montemor-o-Novo, conjuga a singularidade da paisagem com a dos sabores da cozinha alentejana em versão moderna, que surpreende e atrai.

O couvert é uma mostra de produtos da região, do azeite biológico às compotas, aos queijos e aos enchidos; as entradas e os pratos estabelecem essa ligação fantástica entre os sabores do Oriente e do Ocidente; as sobremesas apregoam a bondade da doçura da doçaria conventual. Excelente garrafeira.

Uma festa para os sentidos.

P.M. €45
Estrada Nacional n.º 4, Herdade das Valadas, Montemor-o-Novo T. 266 242 400. 13h-15h; 19h30-22h30. Não encerra (segundas e terças só para hóspedes)


10 Adega Velha

Restaurante de características populares, cuja fama se justifica com uma só palavra: autenticidade.

O ambiente rústico, com as grandes talhas e os objetos antigos que decoram as salas, é tão genuíno como as vozes dos clientes locais que entoam o cante alentejano, quando calha, e como a comida simples, farta e saborosa que sai da cozinha, diariamente.

Ali, ainda se bebe vinho da talha como antigamente, com pão, azeitonas, queijo ou chouriço, petiscos que também servem de entrada. Depois, há sopa de cação, sopa da panela, cozido de grão, ensopado de borrego, lombo de porco preto assado no forno, lebre com grão e nabos, perdiz estufada e outros pratos cheios de sabor. Doçaria também caseira. Bons vinhos alentejanos.

P.M. €15
Rua Dr. Joaquim Vasconcelos Gusmão, 13, Mourão T. 266 586 443.
12h30-14h30; 19h30-22h. Enc. dom ao jantar e seg.


11 Fialho

É um dos mais conhecidos e prestigiados restaurantes de cozinha alentejana e justifica a primazia com a qualidade da cozinha e do serviço, demonstrada ao longo de sete décadas, primeiro pelo fundador, Manuel Fialho, depois pelos filhos e pelos netos.

Ementa esplendorosa com cerca de quarenta entradas, incluindo todos os queijos DOP do Alentejo, grande número de pratos principais com o melhor da cozinha alentejana sopa de peixe com hortelã da ribeira, bochechas de porco estufadas, arroz de pombo, lebre com feijão branco e perdiz de escabeche ou à Convento da Cartuxa, entre outros e, para sobremesa, toda a doçaria conventual.

Grande garrafeira com predomínio dos vinhos do Alentejo. P.M. €35 Travessa dos Mascarenhas, 16, Évora T. 266 703 079.

12h-16h; 19h-23h. Enc. seg.
POR Manuel Gonçalves da Silva


HÓTEIS


12-31

Dormir uma bela sesta

Deitar a cabeça, fechar os olhos ou apenas descansar num destes hotéis e turismos rurais. À noite, depois do almoço ou sempre que a modorna vier.

Respeitando o ritmo do local -lentamente...



12 Ficar numa villa

Água é coisa que não falta.

A barragem está logo ali e o hotel tem várias piscinas, fora e dentro de portas. Mas o que torna este local exclusivo são as suas onze villas náuticas, com dois e três quartos, para quem gosta de escapar a olhares alheios. Hotel Lago Montargil & Villas, Montargil



13 Contar estrelas em Avis

Num terreno com 47 hectares, com a barragem do Maranhão aos pés, todos os quartos da herdade têm uma parede inteira de vidro para que a beleza do lugar esteja sempre presente e, noite fora, possamos contar estrelas no alpendre.

Herdade da Cortesia, Avis


14 Relaxar como um monge

Neste hotel, situado na meia encosta da Serra D'Ossa, dormese em antigas celas de monges e rodeados por alguns dos 60 mil azulejos barrocos, a maior coleção privada deste tipo de ornamento existente em Portugal. Hotel Convento de São Paulo, Redondo


15 Acordar com arte

Em Reveladas, no Parque Natural da Serra de São Mamede, a Quinta do Barrieiro proporciona momentos de descanso entre a natureza e as esculturas habitáveis de Maria Leal da Costa.
Quinta do Barrieiro, Marvão


16 Sonhar em Monsaraz

Quem não sonha ficar a dormir (ou mesmo para sempre...) numa pequena vila medieval? Aqui o sonho torna-se realidade e ainda se recebe de brinde uma paisagem única sobre a planície alentejana, agora diferente graças à água presa pelo Alqueva. Estalagem de Monsaraz, Monsaraz


17 Cozinhar no Cercal

Na Herdade da Matinha a festa começa logo ao pequeno-almoço, mas a presença forte da comida há de estender-se até ao cair do dia.

Pode escolher-se entre um jantar de amigos bem recatado ou uma refeição preparada pelos hóspedes com a ajuda dos chefes de serviço.

Herdade da Matinha, Cercal do Alentejo


18 Nadar sobre a cortiça

A piscina e o bar no topo do edifício principal são duas das muitas razões para se querer dormir no Ecorkhotel, o primeiro hotel do mundo revestido a cortiça, a apenas a cinco quilómetros de Évora.
Ecorkhotel, Évora


19 Apaziguar numa quinta

Depois dos êxitos Casas na Areia e Cabanas no Rio, na Comporta, o casal Andreia e João Rodrigues voltou a chamar o arquiteto Manuel Aires Mateus para o projeto Casa no Tempo, que fica bem perto de Montemor-o--Novo.

Uma quinta de família recuperada, num estilo moderno e minimalista.

Casa no Tempo, Montemor-o-Novo


20 Experimentar o campismo

Desde o dia em que abriu portas, ganhou o cognome de primeiro ecocamping de Portugal. O Zmar fica nos arredores da Zambujeira do Mar e serve muito bem para quem quer ter uma experiência de comunhão com a natureza, sem prescindir de algumas mordomias.
Zmar, Zambujeira do Mar


21 Acampar com glamour

Quem dormir n'A Terra, a dois quilómetros de São Teotónio, numa das quatro tipi e três tendas do Rajastão, despertará ao som dos animais do parque, onde há uma barragem artificial e uma praia de areia branca fininha.

A Terra, Odeceixe


22 Ressonar entre tachos

Um dos atrativos de ficar na Casa do Terreiro do Poço é a originalidade dos quartos. Um dos 15 disponíveis está mesmo instalado numa cozinha antiga.

Casa do Terreiro do Poço, Borba


23 Entrar para um convento

Antes os monges procuravam este lugar para um retiro espiritual.

Hoje, o Convento de São Francisco é uma Pousada de Portugal e tem espaço para todos, fiéis ou não, e muita história entre as suas paredes. Um sítio diferente para, a partir dali, calcorrear a capital do Alentejo e as suas cercanias.

Pousada de Beja, Beja


24 Partilhar ou nem por isso

A 50 metros da Praça do Giraldo, no coração de Évora, fica o bed & breakfast StayInn Ale-Hop. O ambiente é informal e promove a partilha entre hóspedes.

Para dormir nos quartos, há que partilhar a cozinha, espaço de leitura, pátios e sala de estar.

Mas se preferir mais privacidade, o estúdio, com três camas, sala de refeições, cozinha pequena, casa de banho e terraço privado, cumpre essa função. StayInn Ale-Hop, em Évora



25 Ver a barragem

Situada numa península rodeada pela albufeira do Caia, na fronteira entre os concelhos de Elvas e Campo Maior, a Casa da Ermida de Santa Catarina está pensada para que de qualquer ponto se veja água.

Com um enorme pé direito, tem seis quartos e uma suite de 100 m2 no piso superior, todos com vista panorâmica para a barragem. Casa da Ermida de Santa Catarina, Elvas



26 Piquenicar no campo

Mais uns passos e estamos em pleno campo algarvio. Mas a Cerca do Sul ainda fica no sudoeste alentejano, em Brejão, a poucos minutos daquelas praias incríveis, recortadas na serra, com mar batido e fresco. São apenas sete quartos, mas aqui não falta nada nem piqueniques que se organizam mediante reserva.Cerca do Sul, São Teotónio


27 Viajar ao século XIV

Em Monforte, perto das ruínas romanas, descobre-se o Torre de Palma Wine Hotel.
A herdade do século XIV tem agora 18 quartos, piscina exterior, restaurante tipicamente alentejano (com um toque moderno), bar e picadeiro com cavalos lusitanos, além de várias atividades pensadas para a família. Torre de Palma Wine Hotel, Monforte


28 Apreciar a vista

Do turismo rural Serenada, em Sobreiras Altas, avista-se ao fundo a serra da Arrábida, Setúbal e o cabo Espichel.

Mais perto do olhar fica a vinha velha, plantada em 1961, o olival com árvores com mais de 100 anos, os quartos, a piscina, a biblioteca e uma sala com jogos.
Serenada, Grândola


29 Viver o Alentejo

Nos 1600 hectares da Herdade do Sobroso, no concelho da Vidigueira, é possível experimentar o melhor que o Alentejo nos dá -provam-se os pitéus preparados pela D. Josefa, acompanhados pelos vinhos da herdade, dão-se passeios de bicicleta pela vinha, pescam-se achigãs nas águas dos lagos, fazem-se piqueniques à sombra do montado e mergulha-se na piscina com a planície a perder de vista. Herdade do Sobroso, Vidigueira


30 Passear dentro da muralha

É à vontade do freguês há a versão clean e a mais tradicional e familiar.
Os dois hotéis MAR d'AR ficam em Évora, à distância de um passeio a pé, mas a oferta distingue-os bem, a começar pelo número de estrelas (5 para o Aqueduto, 4 para o Muralhas). Hotéis MAR d'Ar, Évora


AR LIVRE


31 Montar a tenda

São sete hectares e meio para uma yurt (tenda mongol), quatro tipi e uma safari.
No Portugal Nature Lodge há tendas de formatos originais para acolher os hóspedes, a 15 quilómetros de Odemira. Portugal Nature Lodge, Odemira


32 Mergulhar no Tejo na praia fluvial do Alamal

Guardada do outro lado do Tejo pelo castelo de Belver, a praia fluvial do Alamal surpreende pela sua beleza natural. O acesso fazse por uma estreita estrada, que serpenteia pela encosta até junto à antiga Quinta do Alamal hoje transformada num moderno centro balnear. No areal, há toldos e espreguiçadeiras para alugar, e os banhistas têm à sua disposição gaivotas e caiaques.


33 Percorrer a Rota Vicentina

Criada em 2012, a Rota Vicentina, com cerca de 360 quilómetros, prolonga-se entre Santiago do Cacém e o Cabo de São Vicent e. Está dividida em dois percursos, o Caminho Histórico (pelo interior) e o Trilho dos Pescadores ( junto ao mar), que se cruzam em Porto Covo e Odeceixe, permitindo conhecer ao pormenor toda a riqueza cultural, paisagística e social de um dos mais bem preservados troços costeiros da Europa.

O Trilho dos Pescadores inclui quatro etapas e cinco percursos complementares pelos trilhos usados há gerações pelos habitantes locais.

Ao todo, são mais de 120 quilómetros, sempre junt o ao mar, que ligam Porto Covo ao cabo de São Vicent e, numa caminhada embalada pelo vent o e pelas ondas, a "banda sonora" perfeita para a natureza selvagem desta rude paisagem costeira, feita de altas falésias e caprichosas enseadas rochosas.

O Caminho Histórico, por seu turno, segue pelas principais vilas e aldeias da zona, num itinerário rural composto por troços de montado, serra e vales de rios e ribeiras.

Com uma extensão 241 quilómetros, num total de 13 etapas, a riqueza da paisagem é surpreendente, em especial para quem só conhece o litoral.



34 Passar o dia na praia da Tapada Grande

Instalada na Tapada Grande, esta aprazível praia fluvial fica situada na maior de duas albufeiras de água doce, criadas no século XIX para fornecer água ao complexo mineiro da Mina de São Domingos.

A praia está em funcionamento desde 2000 e, para além do areal e da água de grande qualidade para banhos, está equipada com parque de merendas, estacionamento, bar e um anfiteatro ao ar livre.

Entre os diversos serviços disponíveis, o aluguer de canoas para explorar as suas margens é um dos mais procurados.


35 Descer o rio Mira

Nasce na Serra do Caldeirão, a uma altitude de 470 metros, e percorre cerca de 145 quilómetros, de sul para norte, até desaguar no oceano Atlântico, junto a Vila Nova de Milfontes.

Conhecido por ser um dos rios mais limpos da Europa, o troço do Mira entre Odemira e Milfontes é navegável ao longo de mais 30 quilómetros, proporcionando inesquecíveis passeios de barco (existem várias empresas que os organizam) por uma deslumbrante paisagem natural, feita de cristalinas praias fluviais, sapais plenos de vida selvagem e frondosas margens, onde podem ver-se as mais variadas espécies de aves.


36 Observar as cegonhas no Cabo Sardão

O ponto mais ocidental da costa alentejana é desde há muito um local de eleição para a observação de aves.

Do alto destas arribas costeiras, formadas por camadas de xisto, é possível apreciar espécies como as gralhas de-nuca-cinzenta e de--bico-vermelho, gaivotas, peneireiros, falcões-peregrinos ou as célebres cegonhas brancas, que só aqui, num caso único no mundo, nidificam nas arribas fronteiras ao mar.



37 Ver constelações em Alqueva

Alandroal, Barrancos, Moura, Mourão, Portel e Reguengos de Monsaraz são os concelhos abrangidos pela primeira Reserva Dark Sky portuguesa, implementada junto ao grande lago de Alqueva para promover uma das grandes riquezas desta região, o céu.

Devido à quase inexistência de obstáculos visuais ou luminosos, em poucos lugares do País poderá observar-se o céu noturno com tanta nitidez, apreciando constelações, planetas e verdadeiros rios de estrelas num ambiente de total escuridão.

Seja simplesmente deitado no chão ou através das atividades da Rota Dark Sky, uma iniciativa dos agentes turísticos da região, que associaram à Reserva Dark Sky várias atividades noturnas, como passeios a pé, a cavalo ou de barco, provas de orientação, observação de aves ou piqueniques na margem da barragem.


38 Andar num barco da Amieira Marina

Localizada na confluência da ribeira da Amieira e do rio Degebe, esta aldeia já é habitada desde o tempo dos romanos, como se comprova pela necrópole de Nossa Senhora das Neves.

Hoje é sobretudo conhecida pela moderna marina, onde se alugam barcos-casa, com capacidade até 12 pessoas.

Nestas embarcações é possível para qualquer um navegar por todo o grande lago de Alqueva, aportando junto às povoações ribeirinhas.


39 Visitar o Pulo do Lobo

Um violento marulhar, sempre em crescendo, dá o primeiro aviso para a surpreendente visão que se segue, com um estreito de pedra a estrangular o Guadiana, numa paisagem única por estas paragens.

Muito mais que um mero postal ilustrado, o Pulo do Lobo é um dos mais extraordinários acidentes geomorfológicos do Alentejo.

Verdadeiro monumento às forças da natureza, onde o rio se precipita em cascata desde uma altura de 16 metros, para depois correr em turbilhão ao longo de 12 quilómetros, aqui se formam também as célebres "marmitas de gigante", como são conhecidas as enormes cavidades circulares na rocha, causadas pelo violento movimento dos seixos.


40 Imaginar como eram as minas do Lousal

Quem se desloca para Sul pela "estrada velha", pelo IC1, fugindo da autoestrada, vai apreciar a paisagem mineira de uma aldeia eletrificada antes da Baixa lisboeta.

As minas de pirite, exploradas desde o final do século XIX até 1988, são a grande atração turística da localidade que conta, desde 2010, com o Centro Ciência Viva.

No passeio Visita à Mina percorre-se o passadiço de madeira na zona da corta mineira, da qual se tiravam xistos para preencher os buracos deixados pela pirite e outros minérios.



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Feraida

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41 Ser ganadeiro por um dia


Na Herdade da Galeana, na Granja (concelho de Mourão), é possível observar o touro bravo em liberdade, em visitas feitas pelo próprio ganadeiro Joaquim Grave. O dia começa com uma explicação sobre o maneio, criação e alimentação do touro, seguida de passeio pela herdade, em jeeps ou em reboques devidamente preparados para que se possa observar os animais de muito perto. As visitas podem incluir almoço.



42 Calcorrear a Mértola Islâmica


Vista da ponte sobre Guadiana, a vila de Mértola ergue-se em anfiteatro, num morro situado entre a margem direita do rio e a margem esquerda da ribeira de Oeiras.

Conhecida, na antiguidade, como o "porto mais ocidental do Mediterrâneo", as suas origens remontam ao tempo dos fenícios, que aqui criaram um importante entreposto comercial. Mais tarde vieram cartagineses, romanos, visigodos e mouros.

E foi precisamente durante o domínio islâmico (do século VIII ao XIII) que a cidade viveu o seu período mais dinâmico, chegando a ser capital de um reino independente liderado por Ibn Qasi, cuja estátua equestre recebe hoje o visitante, junto à entrada do castelo, também ele de origem árabe, embora várias vezes remodelado ao longo dos séculos.

Com uma história tão rica, a vila museu, como também é conhecida, tornou-se num importante lugar de investigação histórica e arqueológica. Muitos dos seus tesouros estão hoje expostos nos diversos núcleos do museu municipal: Romano, Visigótico e Islâmico este inclui uma das melhores coleções de arte islâmica existentes em território nacional, entre cerâmica, numismática e joalharia.

Junto à entrada para o castelo, a mesquita do século XI é a imagem de marca da vila.

Mais tarde, transformado em Igreja da Nossa Senhora da Assunção, o templo mantém ainda hoje intactas muitas das suas características originais, sendo o último exemplar de mesquita do tempo da ocupação islâmica.



43 Admirar os saltos das lontras


Ao todo, são mais de 500 peixes, distribuídos pelos seus habitats naturais (aquáticos e terrestres), num percurso imaginário entre a nascente e a foz de um rio.

No Fluviário de Mora, o objetivo é mostrar aos visitantes todas as espécies de peixes existentes nos rios portugueses (alguns em vias de extinção) e outros exemplares mais exóticos, oriundos da bacia amazónica e dos lagos africanos.

No total, vivem aqui mais de 73 espécies animais que, para além dos peixes, conta também com lontras, rãs, cágados e até uma anaconda. O espaço dispõe de sala de exposições, espaço interativo de multimédia, auditório, centro de documentação, laboratório e restaurante.



44 Deslumbrar-se com os cavalos de Alter do Chão


No chão de terra, as marcas de ferraduras indicam que estamos em território dos cavalos.

Para onde quer que se olhe, lá estão eles, de olhos dóceis, cada vez mais habituados ao corrupio de visitantes.


Fundada por D. João V em 1748, com o objetivo de criar cavalos de qualidade para o reino, a Coudelaria de Alter do Chão ocupa uma área total de 800 hectares, que nos últimos anos se têm assumido como destino turístico, com a criação de visitas guiadas e demonstrações diárias de atividades equestres e de falcoaria.


Pôr o pé na areia

As praias mais bonitas do litoral


45 Carvalhal


A proximidade da A2 e os bons acessos tornaram-na numa excelente alternativa às praias da região de Lisboa e Setúbal


46 Galé


Protegida por uma gigantesca falésia arenosa, a sua paisagem impressiona quem a visita pela primeira vez, em especial nos dias claros, quando é possível apreciar todo o recorte da costa até Troia


47 Aberta Nova


Num estado quase selvagem, é uma das mais belas praias da região, protegida por altas dunas e onde desagua um pequeno curso de água



48 Lagoa de Melides


Uma fina língua de areia separa a água doce da lagoa das ondas do oceano. A margem norte, com a mata de pinheiros e de sobreiros, é a mais convidativa



49 Lagoa de Santo André


Extenso areal banhado de um lado pelas águas calmas da Lagoa de Santo André e do outro pelas ondas revoltas do Atlântico.


50 Ilha do Pessegueiro


Recortada por rochas, fica mesmo em frente à ilha que lhe dá o nome e é uma das mais bonitas praias da região.


51 Brejo Largo


Situada perto da localidade da Longueira, que é necessário atravessar, seguindo depois no sentido da costa. Já a pé, é ainda necessário seguir um trilho pelas dunas para lá chegar


52 Cavaleiro


À entrada da aldeia, seguir pela estrada de terra com a indicação Almograve, numa placa da Rota Vicentina.
Descer depois por uma escadaria na falésia


53 Zambujeira do Mar


Uma das mais conhecidas e frequentadas praias desta região e um dos seus principais postais ilustrados


54 Amália ou Malmequeres


Na estrada que liga o Brejão à Azenha do Mar, uma placa com um malmequer indica uma reta, que termina junto à casa onde Amália Rodrigues passava férias. Um carreiro conduz ao topo da falésia de onde sai uma escadaria até à praia


SAIR

55 Passear pelas rotas da Spira


Na sede do grupo de canto coral alentejano Papa Borregos, na Rua das Pereiras, em Alvito, ouvem-se vozes afinadas.

Seja nos ensaios das sextas-feiras, seja nos outros dias, o cante alentejano acompanha quase sempre quem aqui vem em busca de um copo de vinho ou de um petisco.

A descoberta faz-se num dos passeios organizados pela Spira Revitalização Patrimonial, a empresa decidida a pôr ao alcance de todos o património cultural.

Sediada em Vila Nova da Baronia, criou em 1998 a Rota do Fresco, a primeira de turismo cultural de Portugal, que possibilita o acesso às pinturas murais a fresco em ermidas, capelas e igrejas de 14 municípios alentejanos que de outra maneira seria difícil conhecer.

Sob esse mesmo princípio, desenvolveu mais três Rotas Montado, Tons de Mármore e Pica-Chouriços e a nova plataforma Compadres.


Passear pelo montado e visitar fábricas de transformação de cortiça, conhecer a maior extensão de mármores do país, entre Sousel e Alandroal, descer a pedreiras e subir a enormes escombreiras (os excedentes da exploração de mármore), ou regressar aos tempos em que o contrabando fazia parte do dia a dia das gentes da raia são algumas das aventuras proporcionadas.

Na plataforma Compadres (tem app), o visitante pode criar a sua própria rota, com mapa e conteúdos incluídos, para que a viagem seja feita, sempre, com as portas abertas.

Aconselha-se, claro, uma passagem pelo Papa Borregos.



56 Viajar no tempo em Pisões


A dez quilómetros de Beja, na direção de Aljustrel, encontra-se a Villa Romana de Pisões.


Descoberta em 1967, durante a realização de trabalhos agrícolas na Herdade da Almagrassa, Pisões faz-nos viajar no tempo até à época romana.

A escavação parcial permitiu pôr a descoberto, entre outros achados arqueológicos, um conjunto de mosaicos (que decoram as cerca de 40 divisões do que seria uma parte da casa dos proprietários) e o edifício termal.

Por enquanto, a visita só é possível com marcação prévia (T. 284 311 800).



57 Visitar o cromeleque de Almendres


A cerca de 12 quilómetros de Évora, o maior conjunto de menires da Península Ibérica é um dos mais importantes monumentos neolíticos da Europa.

Apesar das suas proporções, passou despercebido durante vários séculos, até que, em 1964, foi descoberto pelo arqueólogo Henrique Leonor Pina, no decorrer dos trabalhos da carta geológica de Portugal.

Conta com 92 menires de diferentes formas e dimensões, resultantes de várias fases de construção.



58 Ver fazer chocalhos em Alcáçovas


O fabrico português de chocalhos candidatou-se à classificação de Património Imaterial da Humanidade, uma decisão que será conhecida em novembro.

Até lá, na Fábrica de Chocalhos Pardalinho, em Alcáçovas, Guilherme e Cardoso, mestres chocalheiros, dão a conhecer a arte que aprenderam há 20 anos e que continuam a desenvolver de forma artesanal.

Por enquanto as visitas são gratuitas, mas num futuro próximo vão passar a ser pagas.



59 Explorar o castelo de Noudar


No extremo mais distante da margem esquerda do Guadiana, o castelo de Noudar, construído no século XIV perto de Barrancos, foi durante séculos a guarda avançada contra as investidas espanholas na região.


Originalmente construído pelos mouros, fica situado numa elevada escarpa, junto à confluência das ribeiras de Múrtega e de Ardila, numa zona de grande beleza natural, que faz dele um dos mais belos castelos do Alentejo, com a sua torre de menagem, em xisto, a dominar toda a paisagem.



60 Subir ao topo da vila histórica de Marvão e descer até à Portagem


Do alto dos seus 800 metros, este é o lugar onde, dizem, "as aves se deixam ver pelas costas". Deve o seu nome a um cavaleiro do Islão, Ibn Maruán, que em tempos habitou esta fraga acastelada.

Já sob domínio cristão, o burgo cresceu ao longo do carreiro que conduzia ao castelo composto por dois recintos interligados e uma monumental cisterna.


O melhor modo de conhecer a vila é a deambular pelas suas ruas, deixando-se surpreender por edifícios históricos como as igrejas medievais de Santiago e Santa Maria (atual Museu Municipal), a Câmara Velha manuelina ou o tribunal setecentista.

No sopé da vila aconselha-se também uma paragem na torre e ponte da Portagem, junto ao rio Sever, por onde no século XV entraram milhares de refugiados judeus, vindos de Castela.

A zona foi entretanto transformada num aprazível parque urbano e conta hoje com piscina e praia fluvial.



61 Conhecer uma aldeia piscatória


Uma aldeia piscatória no norte do Alto Alentejo, com barcos e redes de pesca nas ruas, não é a imagem mais usual, mas é deste improvável local que parte um dos mais belos trilhos pedestres no concelho de Nisa.

A partida deste percurso circular de dez quilómetros é mesmo no centro da pequena localidade do Arneiro.


Percorre parte da Serra de São Miguel até ao topo do monumento natural das Portas de Rodão, de onde se pode apreciar, bem de perto, o majestoso voo dos grifos que aqui nidificam.

Regressados ao Arneiro, é agora tempo de conhecer outro dos patrimónios da terra, neste caso a gastronomia, provando afamadas sopas de peixe, com ovas de carpa, pão, poejos e postas de barbo.



62 Caminhar pelo antigo ramal ferroviário de Mora


Um dos percursos ambientais de Évora é a Ecopista do Ramal de Mora, um percurso de 21 quilómetros que atravessa a cidade e que é resultado da conversão do antigo ramal ferroviário de Mora.

Pode ser percorrido a pé ou de bicicleta numa distância que vai entre a Rua de Timor, no bairro do Chafariz d'El Rei, passa pela aldeia de Nossa Senhora da Graça do Divor, e segue até à zona de Sempre Noiva, no limite do concelho. O percurso tem ainda mais 60 quilómetros de continuidade nos concelhos de Arraiolos e Mora.



63 Descobrir a cidade romana da Ammaia


Perto de Marvão, em São Salvador de Aramenha, a cidade romana de Ammaia teria originalmente uma área de cerca de 20 hectares.

Entre os séculos V e IX terá sofrido os efeitos de um cataclismo, que a soterrou.

Por esta razão, é uma das poucas cidades romanas em território nacional sobre a qual nada mais foi construído.

As intervenções arqueológicas colocaram a descoberto cerca de 3 mil metros quadrados, hoje visitáveis. No local existe ainda um Museu Monográfico da Cidade.



64 Descer à gruta do Escoural


Referência na arte do paleolítico, a gruta do Escoural está situada na Herdade da Sala, em Santiago do Escoural.

Embora só possa ser visitada fazendo uma reserva de 24 horas, percorrer as suas galerias é algo que não se esquece.


COMER
65-73
Saborear a tradição


Do que a terra dá às receitas desenvolvidas com a sabedoria ancestral, alguns dos produtos que mais bem representam o Alentejo



65 Beber um gin alentejano


Há cerca de um ano que, em Monsaraz, António Cuco se dedica a fazer o gin Sharish com produtos da região: laranjas, limões, lúcia-lima, maçãs bravo de esmolfe DOP.

Este ano lançou o Sharish Blue Magic Gin, com morangos da zona da costa alentejana e framboesas de Leiria. Apresenta-se em tons de azul, mas quando é adicionada a água tónica, muda para rosa.

Por sua vez, em Évora, João Malheiro produz, também há cerca de uma ano, o primeiro gin biológico da Península Ibérica, o Templus, nas versões Red Label (mais floral) e o Green Label (com sabor a ervas).

É também produtor da cerveja artesanal Santiago, com certificação biológica e, mais recentemente, do novo gin Mautilus, produzido com algas com certificação biológica em parceria com a Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (Peniche).



66 Lamber os beiços por uma sopa


Se não fosse por mais nada, o caminho por entre oliveiras até se chegar ao Chana do Bernardino (Chana é o sogro do Bernardino, o atual dono), quase no Redondo, já teria justificado a viagem.

Mas depois há as sopas, de tomate, cação e peixe com ervas aromáticas, que chegam à mesa com os caldos separados do conduto, para que se misture conforme o gosto de cada um.



67 Descobrir os endógenos da Serra de S. Mamede


Desde 2011 que a loja Terrius, no antigo Moinho da Cova, junto à praia fluvial do rio Sever, em Portagem, tem vindo a dar outra vida aos produtos endógenos da região da serra de S. Mamede como a maçã Bravo Esmolfe de Portalegre, a castanha de Marvão DOP, a bolota e o cogumelo.

Ensinar a utilizar estes produtos é outra das vertentes do projeto que também organiza degustações e aulas de cozinha.



68 Trincar as ameixas de Elvas


Originária da Ásia e trazida pelos franceses durante as invasões, a ameixa Rainha Cláudia encontrou na região de Elvas condições ideais de produção.

Começou por ser cultivada em quintais, mas depressa se espalhou pela região, datando de 1834 a primeira fábrica especializada no tratamento da ameixa já então conhecida como de Elvas.

A fábrica das Frutas Doces, a produzir desde 1919, é a última da cidade a confecioná-las de modo artesanal, podendo ser visitada mediante marcação.



69 Refrescar-se com uma Balluta


Évora é a terra-natal da recém-criada cerveja artesanal feita com bolota.

A Balluta é uma receita de êxito inventada pelos amigos e vizinhos Joaquim Fernandes e Nuno Dias, que começaram nestas andanças com uma brincadeira, com uns kits compostos por xarope de caramelo e fermento, ao qual bastava juntar água.

Já se vende em lojas gourmet, garrafeiras e bares, produzindo três a quatro mil litros por mês.



70 Chorar por mais uma empada


As empadas alentejanas têm fama e as da Casa Maria Vitória, em Alcáçovas, são de comer e chorar por mais.


No recheio, sente-se a galinha temperada no ponto, embora seja a massa crocante que as distingue das outras.

Encontram-se em vários cafés e pastelarias da região ou na loja da fábrica na zona industrial onde pode encomendar se as quiser comprar já cozinhadas ou, em alternativa, congeladas (T. 266 954 063).



71 Adoçar a boca com um porquinho


Na pastelaria Luiz da Rocha, em Beja, fabricam-se porquinhos doces há mais de 100 anos.


A especialidade, vendida com a forma de um porco (rabinho enrolado, bolotas e filhotes incluídos), tem origem na doçaria conventual.



72 Perder a cabeça por um rebuçado


Da fábrica Sabores Santa Clara, aberta em 2005, em Portalegre, saem muitas embalagens dos célebres rebuçados feitos com gema de ovo pasteurizada e açúcar.


Uma "bomba" calórica que existe ainda na versão de ovo com noz.



73 Experimentar o azeite de Moura


Diz o povo que os espertos são "tão finos como o azeite de Moura", mas, mais do que avaliar a esperteza alheia, o ditado é reflexo da reputação deste azeite.

A fama já vem de trás, desde o tempo dos romanos.

Está hoje certificado com Denominação de Origem Protegida, estando a sua produção sujeita a determinadas regras, como as variedades de azeitona permitidas ou as condições de apanha e transporte para o lagar.

Um dos melhores locais para compreender a importância do azeite na região é no museu do Lagar das Varas de Fojo, transformado pela autarquia local num espaço de memória.

No Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo, os visitantes podem também aprender a fazer provas de azeite.



In:Visão
 

Feraida

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MUSEUS
74 Entrar num labirinto


Francisco e Manuel Mateus imaginaram uma fortificação, embrenhada no casario da cidade velha de Sines, mas a suspirar pelo mar, ali tão perto.

O projeto arquitetónico foi premiado com o Aica/MC 2005 e o centro cumpre o desígnio da dita descentralização por estes dias, apresenta-se aí a iniciativa Em Junho Há Teatro em Sines.

Mas, sob a canícula alentejana, também é bom usufruir apenas do labirinto fresco dentro do lioz rosa um lugar silencioso onde é proibido falar ao telemóvel, e onde há jornais e revistas à disposição. Centro Cultural de Sines, Sines



75 Moer o tempo


É em pleno coração alentejano, na aldeia de São Domingos, que existe, desde há seis meses, um museu da antiga fábrica de moagem, do celeiro e da casa da família de José Mateus Vilhena.

Os netos decidiram agarrar no património, desativado desde 1982, e dá-lo a conhecer em perfeito estado, estão lá a maquinaria e as ferramentas com que se moíam os cereais até à transformação em farinha.

Também há uma padaria que vende pão cascudo, embora, infelizmente, este não seja amassado com a farinha saída daquela moagem.

Museu da Farinha e Casas da Moagem, Santiago do Cacém



76 Admirar João Louro fora de Veneza


O edifício do antigo Hospital da Misericórdia mantém intactos a nobreza e o característico traço amarelo na fachada branca.

Mas o verdadeiro fator de admiração está lá dentro: o espaço alberga a coleção António Cachola, constituída apenas por obras de artistas portugueses, produzidas desde a década de 80 e até hoje.

Agora, e até 27 de setembro, pode ver a coleção permanente, e uma exposição temporária: Alguns documentos: 2005 & 2008, de André Guedes. E, importante, há um terraço-esplanada com vista sobre o casario. MACE -Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Elvas



77 Ver artesanato ao lado de Philippe Starck


Em Évora, na Praça 1.º de Maio, está instalado o MADE -Museu do Artesanato e do Design, um lugar para percorrer lentamente enquanto se descobrem as semelhanças e as diferenças das 171 peças de artesanato tradicional alentejano (latoaria, cortiça, madeira, cerâmica...) e as obras de Joe Colombo ou Philippe Starck, pertencentes à coleção Paulo Parra.


MADE Museu do Artesanato e do Design, Évora



78 Conhecer as lucernas de Castro Verde


Aberto há dez anos, este museu conta com um espólio único de lucernas da época romana (Séculos I a III d.C.), descobertas em 1994 na localidade de Santa Bárbara dos Padrões, concelho de Castro Verde.

Trata-se de uma das mais importantes coleções do mundo destes utensílios de iluminação, decorados com os mais diversos motivos cenas da vida quotidiana, figuras mitológicas, animais ou simples objetos.


Museu da Lucerna, Castro Verde



79 Regressar ao século XIX


Na cota mais elevada da cidade de Évora, dentro do Páteo de S. Miguel (onde se encontra o Palácio dos Condes de Basto, a Ermida de S. Miguel e o Arquivo e a Biblioteca Eugénio de Almeida, com visitas por marcação), fica um espaço museológico que alberga as carruagens e acessórios de viagem da Casa Eugénio de Almeida.

Entre arreios, malas de viagem, luxuosas carruagens e utensílios de atrelagem, descobre-se como era viajar entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX. Museu de Carruagens, Évora



80 Aprender o que era a escrita tartéssica


No centro de Almodôvar, este singular museu é dedicado à escrita Tartéssica, praticada no Sudoeste da Península Ibérica pelos Tartessos, nome pelo qual os gregos conheciam esta civilização, que terá habitado nas atuais regiões da Andaluzia, Baixo Alentejo e Algarve entre os séculos VII e V antes de Cristo.

A coleção permanente do museu conta cerca de 20 peças, entre elas um espólio de 16 estelas (colunas tumulares em pedra de xisto), cujo exemplar mais notável é a Estela de São Martinho, uma das inscrições mais extensas em escrita tartéssica, com cerca de 60 signos.

Museu de Escrita do Sudoeste, Almodôvar



81 Descobrir os saboeiros de Belver


Na antiga escola primária de Belver nasceu há dois anos o Museu do Sabão, que recorda a história desta indústria de grande importância económica e social para as gentes da vila.

Aqui existiu a Real Fábrica de Sabão, que funcionou em regime de monopólio régio até 1858, altura em que alguns trabalhadores, aproveitando os conhecimentos adquiridos e as principais matérias-primas disponíveis, criaram as suas próprias indústrias artesanais as chamadas casas de Sabão Mole que se mantiveram em funcionamento até à primeira metade do século XX.

Museu do Sabão, Belver



82 Viajar no passado


Estamos em Évora e não há como escapar-lhe. Não estamos a falar da sopa de beldroegas ou da poejada de bacalhau do célebre O Fialho, mas sim da história com H maiúsculo.

Depois de passear pés e olhos pelo belíssimo Templo de Diana, desça ligeiramente até ao grande edifício branco à esquerda, ainda reluzente do restauro efetuado em 2013.

O denominado Palácio da Inquisição, baptismo datado de 1536 quando aí se abrigaram os cruéis guardiões medievais da fé católica, transformou-se na mais iluminista Fundação Eugénio de Almeida, dedicada às artes.

Até 5 de setembro, por exemplo, há que contemplar a exposição-manifesto O Museu a Haver, comissariada por Filipa Oliveira, com obras de artistas estrangeiros e portugueses que refletem sobre o papel dos museus e o estatuto da obra de arte.

Mas o passado espera atenção no jardim: não perca a oportunidade de ver as Casas Pintadas, o conjunto de frescos quinhentistas que decora a galeria e o oratório, considerado como um exemplar único da pintura mural palaciana da primeira metade do século XVI que era o que faziam os Vhils de então.


Fórum Eugénio de Almeida, Évora



83 Dançar e ver dançar n' O Espaço do Tempo


É num antigo convento do século XVI, o da Saudação, em Montemor-o-Novo, que fica um dos lugares mais importantes (e bonitos) para as artes performativas em Portugal.

Ali nascem, fazem residências e se apresentam alguns dos mais relevantes projetos de dança e de teatro.

Foi já há 15 anos que, depois de uma década na Alemanha, o coreógrafo Rui Horta pôs a funcionar este O Espaço do Tempo como "centro multidisciplinar de residência e experimentação artística".

Só esta semana, por exemplo, é possível assistir ali a espetáculos de Marco da Silva Ferreira, Tânia Carvalho, João dos Santos Martins, John Romão e Teatro Praga. O Espaço do Tempo, Convento da Saudação, Montemor-o-Novo



84 Sentir o cheiro do café


Mais do que um simples museu, o Centro de Ciência do Café, pertencente à empresa Delta Cafés, oferece aos seus visitantes um edifício de traça moderna, com cerca de 3 500 metros quadrados, exclusivamente dedicado ao café.

Lá dentro, encontrará muita informação técnico-científica, cultural e atividades interativas.

Centro de Ciência do Café, Campo Maior



85 Deleitar-se com as joias de Alberto Gordillo


O primeiro museu português de joalharia contemporânea está instalado no centro histórico de Moura. Criado pela câmara municipal, a partir de uma proposta do joalheiro Alberto Gordillo, natural da cidade, tem em exposição 50 das cerca de 226 do espólio, joias criadas e doadas pelo artista ao município.

Museu Alberto Gordillo, Moura



VINHOS

86-95
Fazer uma viagem enófila


O Alentejo é uma das mais extensas regiões vitivinícolas do País, onde predomina a planície e sobressai a serra de São Mamede, junto a Portalegre.

Diversas estações arqueológicas da época romana entre as quais, a Torre de Palma, em Monforte, e São Cucufate, na Vidigueira testemunham a produção de vinho desde o século I.


Aqui, o crítico da VISÃO Sete sugere um breve itinerário, iniciado em Estremo Estremoz


86 Herdade do Esporão


A Herdade do Esporão é uma referência obrigatória no Alentejo vitivinícola na zona de Reguengos de Monsaraz. Com 450 hectares de vinha, produz uma variedade de vinhos brancos e tintos de qualidade elevada.

O enoturismo está presente com visitas, wine bar e restaurante.

Quanto a vinhos, entre os excecionais varietais tintos (Touriga Nacional e Syrah), elejo um branco: Herdade do Esporão Verdelho Regional Alentejano 2014 gGGGG Tal como a colheita de 2013, é o melhor Verdelho que conheço produzido entre nós.

Uma casta portuguesa sublime. €7,50



87 Herdade do Rocim


A vinha, o vinho, a arquitetura e a cultura, um quarteto para olhar esta Herdade do Rocim, situada em Cuba, próximo da Vidigueira. Um local aprazível com vinhos diversos, que dão prazer.

Como este rosé: Olho de Mocho Rosé Regional Alentejano 2012 gGGGG Exuberante nos aromas, proporcionando-nos uma intensa sensação de frescura com os seus sabores frutados a morangos e framboesas. €8



88 Herdade das Servas


Cerca de 220 hectares de vinhedos "alimentam" a adega da Herdade das Servas situada próximo de Estremoz.

Entre vinhas cuidadas, uma adega moderna e vinhos variados, desde há pouco que a família Serrano Mira, proprietária desta herdade, abriu um restaurante de comida tradicional do Alentejo.

Dos vinhos destaco um branco: Monte das Servas Escolha 2009 - As variedades Roupeiro, Antão Vaz (ambas do Alentejo), Verdelho e Arinto oferecem-nos este branco com sabores a frutos secos, aveludado e fresco. €4,54



89 Monte da Ravasqueira


O Monte da Ravasqueira, localizado em Arraiolos, pertence desde longa data à família José de Mello.

Os seus 45 hectares de vinha foram plantados em terrenos de meia encosta de solos argilo-calcários com afloramento graníticos.

A propriedade dispõe de um moderno complexo adegueiro, assim como instalações de enoturismo.


Ravasqueira Flavours Italianas NA 2010 - Um belo tinto alentejano feito a partir da casta siciliana Nero d'Avola.


Grande vinho, verdadeiramente excecional. €20



90 Herdade do Peso


A Herdade do Peso é a porta de entrada da Sogrape no Alentejo, quando em 1996 se instalou na Vidigueira. Com uma área total de 465 hectares, dos quais 160 de vinha, a propriedade dispõe atualmente de um moderno centro de vinificação, onde se produz um dos melhores vinhos alentejanos:

Herdade do Peso Alentejo Reserva 2008 - Cor de amoras pretas, encorpado, com aromas e sabores marcados pelo estágio em carvalho francês. €16,50



91 Herdade dos Grous


Já no concelho de Beja, em Albernoa, fica esta Herdade dos Grous, que há pouco mais de uma década comercializou o seu primeiro vinho tinto.

Hoje, para além de vinho, desenvolve atividades turísticas diversas (alojamento, restaurante, loja de produtos).


Dos vinhos escolhemos o tinto: Herdade dos Grous Regional Alentejano reserva 2004 - Um grande vinho em qualquer parte do mundo. €32



92 Herdade da Malhadinha Nova


Situada próximo da Herdade dos Grous, a Malhadinha Nova desenvolve idêntica filosofia empresarial: vinhos, turismo, gastronomia, lazer, mostrar o Alentejo profundo. Uma cave de estágio de vinhos bonita de olhar.

E vinhos saborosos para apreciar: Peceguina Antão Vaz Regional Alentejano 2010 - Cor casca de limão com nuances esverdeadas quando o vinho é volteado no copo, este branco varietal (13,5% volume álcool) surge muito equilibrado, com uma boa acidez, sabores citrinos e um pós-boca seco e prolongado. €9,50



93 Herdade dos Coelheiros


Os vinhedos da Herdade dos Coelheiros, localizada na freguesia da Igrejinha, em Arraiolos, começaram a ser plantados em 1986 por Joaquim e Leonilde Silveira.

O primeiro vinho seria lançado em 1991 sob o rótulo Tapada de Coelheiros.

A propriedade estende-se por 795 hectares, com as vertentes de agroturismo, ecoturismo, enoturismo e turismo cinegético. Mas é a superior qualidade dos seus vinhos que a revelou ao mundo: Tapada de Coelheiros Chardonnay Regional Alentejano 2009 - Claramente superior ao de 2008, este é provavelmente o melhor Chardonnay produzido em Portugal, entre os que apreciei nos últimos anos, incluindo as anteriores colheitas da Tapada de Coelheiros. €14,58



94 J de José de Sousa


A Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes, instalada em Reguengos de Monsaraz, foi adquirida em 1986 pela José Maria da Fonseca, que assim entrava no Alentejo.

Na sua estratégia de intervenção, conciliou a tradição (manutenção de vinhas antigas e adega de talhas/ânforas) com a modernização (vinhas e adega modernas), preservando todo o património e simbolismo histórico deste produtor oriundo de finais do século XIX.

Desta atitude empresarial nasceu um excelente tinto: J. de José de Sousa Regional Alentejano 2011 - A fermentação decorreu em ânforas de barro à moda romana e proporcionou-nos este vinho elegante, bem estruturado, de grande qualidade. €37,50



95 Adega Vila Santa, de João Portugal Ramos


O Alentejo vínico moderno teve um contributo decisivo do enólogo João Portugal Ramos na última década do século XX. A partir de 2003 dedicou-se exclusivamente à sua empresa J.Portugal Ramos Vinhos, que cresceu sustentadamente desde a sua fundação aos nossos dias em Estremoz.

Em 2009, retomou a produção de azeite, lançando no mercado o seu Oliveira Ramos Premium, um azeite de elevadíssima qualidade, ao nível da sua produção vínica.


Do seu extenso portefólio de vinhos alentejanos destacamos o tinto: João Portugal Ramos Estremus 2011 - Um tinto Regional Alentejano vinificado em lagar de mármore com pisa a pé.

Estagiou depois em meias pipas de carvalho francês, surgindonos elegante e frutado nos seus 14% volume álcool. €40

POR José A. Salvador


COMPRAR


96 Agasalhar-se com um capote


Agasalho resistente, o capote alentejano e a samarra têm resistido à passagem do tempo e das modas.

Na Artidina, na Rua de Aviz, em Montemor-o-Novo, esta peça do vestuário alentejana ainda se encontra à venda -é confecionada por medida, com a cor e o corte que o cliente desejar.



97 Tomar banho com um sabonete artesanal

Uma forma de preservar a cabra Serpentina, raça autóctone exclusiva de Portugal, em vias de extinção, é usar o seu leite na produção dos sabonetes artesanais Olivae.

Foi o que fizeram Carla Janeiro e Elza Neto que já viram o seu produto referenciado na imprensa internacional.

A receita é simples: num recipiente junta-se azeite de Portel, leite de cabra, óleos essenciais biológicos, hidróxido de sódio, cera de abelha e folhas e flores.

Mistura-se tudo com uma varinha mágica e estão prontos a usar os sabonetes artesanais, disponíveis em quatro aromas: inodoro, alecrim, rosmaninho (proveniente do único produtor biológico do País, em Mértola) e tomilho bela-luz (planta autóctone do Norte de Portugal).



98 Calçar umas botas alentejanas


Em Cuba, ainda há quem faça botas alentejanas por medida.

Mário Grilo, que se iniciou na arte com apenas 12 anos, é hoje um dos últimos sapateiros a fabricar de forma artesanal estas peças tradicionais da vida no Alentejo.



99 Comprar um tapete de Arraiolos


Tudo começou no século XV, quando várias famílias mouras, expulsas de Lisboa, se fixaram em Arraiolos, trazendo com elas a arte da tapeçaria árabe.

A técnica foi passando de geração em geração e, com o tempo, os tapetes de Arraiolos tornaram-se peças bastante valiosas.

O bordado é realizado a fios contados na tela e a aplicação das lãs, com diferentes cores e variadas tonalidades, permite infinitas combinações policromáticas.

A maioria das oficinas e lojas concentram-se hoje na Rua Alexandre Herculano, a principal artéria da vila de Arraiolos.



100 Levar um barro de Estremoz como recordação


Os santos de nicho e os presépios, que podem chegar às 50 figuras, são as peças mais conhecidas e procuradas de uma arte iniciada no século XVII.

Outros temas bastantes populares são os "rouxinóis", os "napoleões" (soldados vestidos com as fardas das invasões francesas), os "pretos" de saia vermelha e as célebres "primaveras" (figuras de mulher com arcos de flores ao ombro).


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