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Conheça alguns dos novos avanços militares da China Matéria completa: http://canaltech.com.br/materia/curiosidades/Conh

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GF Ouro
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Todo o planeta está de olho na China, principalmente no que diz respeito à tecnologia — boa parte dos eletrônicos que utilizamos são produzidos por lá. Além disso, empresas chinesas estão ganhando cada vez mais projeção mundial, como Lenovo, Alibaba, Xiaomi e muitas outras. Elas se destacam pela forma inovadora como encaram o mercado, derrubando a antiga imagem de que produtos chineses eram de baixa qualidade.

Para sustentar o crescimento vertiginoso que o país tem vivenciado nas últimas décadas, os chineses têm investido pesado em equipamentos militares, não só comprando do seu tradicional parceiro de armas, a Rússia, como também desenvolvendo suas próprias tecnologias — chegando até a colocar um astronauta no espaço.
Os investimentos em armas transformaram a China em uma das maiores potências militares do mundo, e estão mudando o balanço de poder na Ásia, que é uma importante região para a economia mundial.
Há algumas décadas, o Exército de Libertação Popular da China (PLA) comprava equipamentos da União Soviética e outros países — os EUA nunca gostaram de vender armamentos para os chineses. Aos poucos, a China passou a fabricar equipamentos estrangeiros sob licença, para posteriormente projetar seus próprios aviões, tanques, submarinos e mísseis. Muitos deles são cópias quase que fiéis de modelos russos e ocidentais, obtidos através de engenharia reversa, mas outros são obras primas.
Como o assunto é, além de interessante, no mínimo curioso, o Business Insider compilou uma lista com os principais equipamentos militares chineses da nova geração, que talvez sejam páreos apenas para o poderio bélico americano.
[h=2]Chengdu J-20[/h]
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Você já deve ter ouvido falar em aviões “invisíveis”, tecnologia stealth, F-22 e F-35. Essas aeronaves, obviamente, não são realmente invisíveis, mas os radares não conseguem detectá-los, por causa de uma combinação de várias tecnologias e técnicas de construção — principalmente o formato, as curvas e a saída dos gases de exaustão do motor.
O avião stealth mais famoso é o F-117, aquele preto que parece um morcego, usado pelos EUA na Guerra do Golfo e Iraque e custou uma fortuna. Ele já saiu de linha, e os EUA agora possuem o F-22 e o F-35, que são caças super modernos que custaram fortunas para serem construídos. Além dos EUA, outro país a apresentar um avião com as mesmas características do F-22 foi a Rússia, com seu T-50.
Há alguns anos, várias empresas de defesa dos EUA, envolvidas no projeto do F-35, tiveram seus computadores invadidos por hackers orientais. Eis que, alguns anos depois, surge o J-20, um avião de quinta geração que tem uma semelhança incrível com o F-35, F-22 e também o russo T-50.
Claro que o fato do equipamento ter sido feito, em partes, por meio de cópia “na cara dura”, isso não diminui suas capacidades técnicas, muito menos os engenheiros chineses. Pelo contrário, se alguém já fez e funciona, por que não copiar?
O J-20 ainda não é uma aeronave de produção em série, e seu desenvolvimento ainda está nos primeiros estágios, apesar de já existirem protótipos voando. E ainda, os motores chineses não são capazes de fornecer a potência necessária para uma boa operação, então o caça depende de motores russos — o que não é um problema, dado o crescente aumento dos laços comerciais e militares entre os dois vizinhos.
[h=2]Shenyang J-31[/h]
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O J-31 é outro avião de 5ª geração, mas que, diferentemente do J-20, é fruto de desenvolvimento próprio da China, e não de dados roubados dos EUA.
Apesar disso, ele tem uma grande semelhança com o F-35, possuindo quase as mesmas dimensões, só que com uma capacidade de armamento menor.
Como o F-35, ele é projetado para operar também dos novos porta-aviões que a China está construindo, e juntamente com seu “parente” americano, serão as únicas aeronaves do mundo invisíveis ao radar e que operam de porta-aviões, dando uma vantagem tática enorme para os chineses.
Da mesma maneira que o J-20, o J-31 ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento, e sua primeira aparição pública aconteceu no último dia 5 de novembro, durante o Show Aéreo de Zhuhai, trazendo preocupações por parte de especialistas e pilotos ocidentais.
[h=2]Shenyang J-15 Flying Shark[/h]
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O J-15 não foi desenvolvido na China e é uma versão modificada do russo Sukhoi Su-33. No entanto, a aeronave utiliza radares, motores e armamento chineses, o que representa um avanço tecnológico incrível.
Esse avião entrou em operação em 2009, e desde então vem realizando testes de voo no novo porta-aviões chinês Liaoning. O alcance de combate do J-15 é de 1200 km, quando decola com todos os seus armamentos e os tanques cheios. No entanto, o porta-aviões chinês ainda não possui uma catapulta para efetuar o lançamento da aeronave. Por isso, o alcance, quando operado no mar, deve ser menor, porque o peso de decolagem tem que ser reduzido.
Mesmo assim, é um avião extremamente poderoso, que dá uma enorme vantagem tática para os chineses.
[h=2]Chengdu J-10 Firebird[/h]
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Apesar de uma “leve” semelhança com o F-16 americano, o J-10 é um design 100% chinês, tanto nos motores quanto na aviônica e nos armamentos.
Ele é um caça multi-tarefas, e com 11 pontos fixos, pode carregar uma vasta gama de diferentes armamentos para realizar os mais variados tipos de missão — podemos compará-lo, a grosso modo, aos caças Gripen que o Brasil comprou recentemente.
[h=2]Bombardeiro Xian H-6[/h]
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Bombardeiros já não são mais tão utilizados quanto na Segunda Guerra Mundial, e apenas os EUA, a Rússia e a China possuem grandes quantidades desse tipo de aeronave — na verdade, alguns outros países também têm bombardeiros soviéticos, mas em pequena quantidade.
O H-6, na realidade, é derivado do bombardeiro Tupolev Tu-16 Badger, construído pela então União Soviética. Apesar de grande, lento e vulnerável, ele pode carregar mísseis anti-navios ou mísseis de cruzeiro ar-terra, além de armas nucleares.
E isso dá uma capacidade tática enorme para a China, principalmente contra vizinhos menos poderosos, como Vietnam, Tailândia, Filipinas, etc. Com um alcance de quase 5 mil quilômetros, alguns analistas acreditam que ele pode alcançar o Havaí, nos EUA.
O interessante do H-6 é que ele é baseado no russo Tu-16, construído na década de 50. No entanto, os chineses fizeram diversas modificações e atualizações, principalmente na parte da eletrônica embarcada, novos radares, equipamentos de guerra eletrônica, etc. que deixam o equipamento em condições modernas de vôo.
[h=2]Mísseis hipersônicos[/h]
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Mísseis hipersônicos são, como o próprio nome diz, mísseis que voam a velocidades hipersônicas, que corresponde a 5 vezes a velocidade do som ou mais. Essas armas são extremamente poderosas porque são muito difíceis de serem interceptadas. Enquanto um míssil balístico convencional pode ser neutralizado sem muitos problemas pelos sistemas de defesa dos EUA, e também da Rússia, um hipersônico representa uma ameaça grande.
O modelo chinês funciona da seguinte maneira: ele é lançado verticalmente, chegando até a estratosfera, e depois desce até o alvo planando, a uma velocidade de 10 mil km/h, direto no alvo.
No entanto, esse míssil, chamado de Wu-14 pelos americanos, ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento, e o último teste da China, feito no dia 7 de agosto desse ano, não deu muito certo - o teste do modelo americano também deu errado, no dia 25 de agosto.
Além da China e EUA, o único país a ter tal tecnologia é a Rússia.
[h=2]Submarinos de ataque movidos a energia nuclear[/h]
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Um país que deseja ser uma potência militar precisa investir bastante na marinha. Os submarinos são uma das armas mais importantes para a projeção do poder e intimidação dos inimigos.
A China tem investido muito dinheiro para a construção de submarinos movidos a energia nuclear, e já possui 6 unidades - o Brasil está patinando para construir o primeiro. Além dos 6 nucleares, o país possui mais 53 do tipo convencional, com propulsão diesel-elétrica.
O diferencial do submarino nuclear é que ele pode permanecer submerso por semanas, até meses, operando bem longe do território chinês, e próximo de águas inimigas.
Recentemente, os submarinos chineses entraram, pela primeira vez, no Oceano Índico, representando uma importante marco para a Marinha do Exército de Libertação Popular (PLAN).
[h=2]Submarinos balísticos movidos a energia nuclear[/h]
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Esses submarinos são ainda mais perigosos, porque carregam mísseis balísticos intercontinentais - que como o nome diz, podem acertar outro continente.
Estima-se que a China tenha apenas 3 unidades desses submarinos, chamados de “boomers”. Ele seriam capazes de acertar o Havaí ou o Alasca com seus mísseis, e caso se desloquem até o meio do Oceano Pacífico, são capazes de atingir qualquer área dos EUA e América Latina.
A ameaça que eles representam em uma beligerância é enorme. Isso porque, por serem movidos a energia nuclear, podem ficar meses submergidos, dando uma capacidade de ataque aos chineses mesmo que suas instalações de terra sejam destruídas. Ou seja, no caso da China estar perdendo a guerra, os submarinos podem ainda fazer um grande estrago no inimigo.
[h=2]Porta aviões[/h]
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Os porta aviões são uma das armas mais importantes do poderio militar de um país. Atualmente, apenas algumas forças armadas possuem tais navios, e apenas os dos EUA, Rússia, Índia e França estão em condições operacionais.
Agora, vamos a uma história que chega a ser engraçada: a União Soviética começou a construir uma classe de porta-aviões chamada Almirante Kuznetsov, para sua própria marinha. Foram planejadas apenas duas unidades, o Almirante Kuznetsov e o Varyag. No entanto, quando houve o colapso do bloco comunista, apenas o primeiro havia sido concluído e estava operacional. O Varyag ainda estava sendo construído no estaleiro, e acabou ficando para a Ucrânia.
Alguns anos depois, um empresário de Hong Kong comprou a sucata do Varyag, com o intuito de construir um cassino e hotel temáticos flutuantes — como já existe na China, com outro porta-aviões soviético aposentado.
No entanto, alguns anos depois, a China aparece com seu primeiro porta-aviões, o Liaoning - e sim, esse foi o navio comprado para ser um cassino.
O Liaoning foi lançado em 2012, e ainda não está operacional, pois está realizando testes no mar. Além disso, a belonave é muito velha e cheia de problemas, e analistas militares acreditam que o navio seja apenas um “teste” para os chineses aprenderem e aprimorarem as técnicas de operação de um porta aviões.
Existem reportes de que a China está planejando construir 3 grupos de batalha - cada grupo possui um porta aviões - e os aprendizados obtidos com o Liaoning serão utilizados na construção de navios modernos e mais confiáveis.
[h=2]Mísseis anti-satélite[/h]Como o nome diz, esses são mísseis que destroem satélites. Boa parte do poderio bélico americano depende do GPS, e a China sabe disso.
Em janeiro de 2007, o país destruiu um de seus próprios satélites para testar sua nova arma, que foi um sucesso. Depois disso, a China fez várias outras destruições no espaço.
No caso de uma guerra, essa seria uma séria ameaça aos EUA, já que a constelação de satélites que formam o GPS são altamente vulneráveis a essas armas - e não tem como criar um sistema de defesa.
Com a destruição do GPS, boa parte do mundo viraria um caos. O pessoal que usa o app Runtastic não ia mais poder calcular a distância percorrida, nem o Waze conseguiria te levar a diferentes lugares em grande parte dos smartphones hoje disponíveis no mercado. E os chineses possuem seu próprio sistema de posicionamento global, o BeiDou, também chamado de COMPASS, então o GPS é o de menos para eles.
[h=2]Mísseis balísticos intercontinentais[/h]
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Os ICBMs aterrorizaram o mundo durante a Guerra Fria, já que tanto a União Soviética quanto os EUA possuíam arsenais imensos, e esses mísseis percorrem distâncias enormes - intercontinentais - podendo chegar a qualquer parte do mundo.
A China não quis ficar para trás, e vem investindo muito dinheiro para construir um arsenal de ICBMs com os mais variados alcances.
Em agosto desse ano, o país testou o Dong Feng-5A (DF-5A), que possui um alcance de 13 mil km, e pode acertar os EUA. A China também desenvolveu o Dong Feng-41, que pode alterar o balanço de poder na região, já que é capaz de carregar 10 ogivas nucleares a uma distância de até 12 mil km, apresentando uma séria ameaça aos EUA no caso de um conflito, além de inibir possíveis ações americanas na região.
[h=2]ICBMs lançados de caminhões[/h]
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Os mísseis DF-5A e 41 são estacionários, ou seja, são lançados de uma base fixa, provavelmente silos, que são vulneráveis a ataques. Mas a China também tem, em seu arsenal, ICBMs móveis, que podem ser levados a qualquer lugar na carroceria de caminhões.
Esse é o Dong Feng-31A, que tem um alcance também de 12 mil km, podendo atingir os EUA ou Europa facilmente. Além disso, eles podem, futuramente, ser colocados nos submarinos balísticos, os boomers. Com isso, mesmo após um troca troca de bombas atômicas, a China teria a capacidade de retaliar.
Além da China, EUA e Rússia possuem grandes frotas de submarinos com mísseis balísticos intercontinentais.
[h=2]Ataques cibernéticos[/h]Um dos ativos mais importantes e valiosos das Forças Armadas chinesas é seu exército de hackers, que vivem invadindo sistemas de empresas de defesa ao redor do mundo, roubando segredos militares.
Os hackers chineses já roubaram dados de muitos projetos vitais, como o caça F-35, o avião de reconhecimento naval P-8, o helicóptero Black Hawk, mísseis balísticos, e mais recentemente, a série de navios mais moderna dos EUA, chamada de Littoral Combat Ship, composta por duas classes.
E não só os EUA são alvos dos chineses. Entre 2011 e 2012, eles tentaram roubar informações sobre o Iron Dome, o sistema de defesa anti-misseis de Israel, que protege o país contra a enxurrada de mísseis que palestinos e terroristas lançam por lá.
Além de alvos militares, os chineses também roubam dados de grandes empresas mundiais rotineiramente, causando danos consideráveis na economia.
[h=2]Cruzador Tipo 055[/h]
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Ainda em construção, o Tipo 055 dará um considerável aumento na capacidade militar da marinha chinesa quando entrar em operação. O navio funcionará como uma plataforma multi-tarefa, podendo ser usada tanto como força de ataque quanto para defesa da costa.
Ele terá cerca de 128 células de lançamento vertical de mísseis, podendo acomodar esse número de mísseis de cruzeiro, capaz de atingir alvos dentro do território inimigo.
[h=2]Drone de combate Sharp Sword (espada afiada)[/h]
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Em novembro de 2013, a China completou o primeiro teste de voo do Sharp Sword, um drone de ataque invisível ao radar (stealth). Com esse voo, a China se uniu a um seleto grupo composto por EUA, França e Inglaterra, que são os únicos países com tal capacidade.
Um drone de combate invisível ao radar é uma ameaça seríssima aos países vizinhos, por sua capacidade de atacar sem detecção. No entanto, o modelo chinês ainda está no estágio inicial do seu desenvolvimento.
Só que a China possui, ainda, uma enorme frota de outros drones, desde pequenos aviões táticos, até modelos maiores, que se parecem muito com os americanos Reaper e Predator.
As forças armadas chinesas estão entre as maiores do mundo, quantitativamente. No entanto, até poucos anos, elas ficavam para trás em qualidade, uma realidade que o país tem investido pesadamente para mudar. A maioria dos equipamentos listados aqui ainda está em fase de desenvolvimento e testes, mas mostra a capacidade dos chineses, que estão cada vez mais independentes de ajuda externa, principalmente da Rússia.


Matéria completa: Conheça alguns dos novos avanços militares da China - Curiosidades
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