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Um cineteatro num prédio onde vive gente e há uma loja do chinês

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cineteatro











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O D. João V, na Damaia, é o fiel retrato da especulação imobiliária nos anos 60. Abre amanhã, com palco novo e ballet contemporâneo

Já não há bilhar na loja nas traseiras do cinema. Agora é uma loja de chinês. A perfumaria da esquina fechou e é uma mercearia. A pastelaria continua pastelaria, os donos é que são outros. E a partir de amanhã, no Largo da Igreja, na Damaia o cineteatro D. João V volta a ser cineteatro. Saem os tapumes, entram os artistas. O Quórum Ballet, uma companhia da Amadora, estreia o palco com o espetáculo Correr o Fado, no sábado, às 21.00.As roupas estão pousadas nas cadeiras na sala que antecede os camarins. Os nomes dos bailarinos - Daniel Cardoso, Elson Ferreira, Ester Gonçalves, Filipe Narciso, Inês Godinho, Kim Potthof e Mathilde Gilbert - estão nas portas. Chegaram antes dos espelhos de luzes, que dão ar de camarim a todos os camarins e fazem parte dos muitos pequenos detalhes que ontem, a dois dias da inauguração, se ultimavam, um ano e meio após o início das obras. António Moreira, vereador da Cultura da Amadora, a câmara que pôs a obra em marcha, lembra o dia exato: 2 de dezembro de 2013. E quanto custou lavar a cara do segundo maior equipamento da cidade: 2 milhões de euros.

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Telas que anunciam concertos e a restante programação já contratada (ver caixa) iam ser penduradas na rua e, lá dentro, estudava-se o melhor lugar para as fadas em ferro de João Limpinho, um artista desaparecido em julho, "muito amigo da Amadora", como diz Cristina Gouveia, do departamento de Educação e Desenvolvimento Sociocultural da autarquia. Ficam à entrada ou no piso inferior junto à cafetaria e aos quadros de Artur Bual e Luís Badosa, emoldurando o painel recuperado do mestre Domingos Soares Branco, joia da coroa deste edifício assinado por outro Soares Branco.O cineteatro abriu as portas a 27 de agosto de 1966 e e é obra de Duarte Caneças, um dos construtores que se lançou ao betão e cimento "quando a Damaia era uma freguesia esquecida de Oeiras, quase terra de ninguém", contextualiza Cristina Gouveia. O edifício tem 1175 metros quadrados e é documento vivo da especulação imobiliária que fez crescer sem saneamento e outras necessidades básicas, uma cidade dormitório que chegou a ter quase 200 mil habitantes em 24 quilómetros quadrados. Está engavetado entre prédios, num canto; por cima do cinema havia apartamentos (ainda existem) e na cave uma sala de jogos, hoje uma loja de chineses.



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