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Europa e Rússia planeiam exploração conjunta da Lua

Furabilhas

GF Prata
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A primeira sonda robótica da missão conjunta deverá ser lançada nos próximos cinco anos.
[Imagem: ESA]​

Exploração Lunar​
As agências espaciais Russa (Roscomos) e Europeia (ESA) enviarão um módulo espacial para o polo sul da Lua.
Será a primeira de uma série de missões para preparar o regresso de seres humanos à superfície lunar e da criação de uma colónia permanente no satélite.
A sonda robótica avaliará a existência de água, além de materiais brutos para produzir combustível e oxigénio.
A previsão é, que a missão chamada Luna 27, seja lançada daqui a cinco anos, sendo parte de uma série de missões lideradas pela Roscosmos para retornar à Lua.
Essas missões retomarão o programa de exploração lunar, que foi interrompido pela antiga União Soviética (URSS) em meados dos anos 70, segundo Igor Mitrofanov, do Instituto de Pesquisa Espacial, em Moscovo, e um dos líderes da iniciativa.
Mitrofanov diz haver benefícios científicos e comerciais para o estabelecimento de uma presença permanente de humanos na superfície lunar.
"Será para observações astronómicas, para o uso de minerais e outros recursos lunares, assim como a criação um posto avançado, que poderá ser visitado por astronautas, com o fim de efectuarem em conjunto testes para uma futura viagem a Marte."

colonia-lua-2.jpg
Este é um dos conceitos da futura base lunar, caso sejam encontrados os recursos minerais esperados, sobretudo água e compostos químicos, que sirvam como combustível para os foguetes.
[Imagem: ESA]​

Robô Lunar​
As missões iniciais serão feitas com robôs.
A Luna 27 pousará na borda da cratera Aitken, no polo sul do satélite.
Essa região tem áreas que nunca são iluminadas pelo Sol, estando entre os locais mais frios do Sistema Solar.
Portanto, podem abrigar água em forma de gelo e outros compostos químicos, que ficam protegidos do calor dos raios solares.
A ESA, que está a desenvolver um novo tipo de sistema de amaragem, está a escolher as áreas de aterragem com maior precisão do que os usados nas missões dos anos 1960 e 1970.
Este novo sistema usa câmeras para navegar, um guia a laser para avaliar o terreno na aproximação da superfície e decidir por conta própria, se o local é seguro para aterrar ou não, ou se será necessário procurar um ponto melhor.
Segundo James Carpenter, cientista-chefe da ESA no projecto, um dos principais objectivos é investigar o uso de água como um recurso em potencial no futuro, e descobrir o que ela pode indicar sobre a origem da vida no Sistema Solar.

Perfuração na Lua​
"O polo sul da Lua é diferente de qualquer lugar onde já estivemos", disse Carpenter.
"Por causa do frio extremo, podemos vir a encontrar uma grande quantidade de gelo e outros componentes químicos na sua superfície, que poderíamos usar como combustível de foguete ou em sistemas de apoio à vida em missões humanas no futuro nestes locais."
A ESA fornecerá o equipamento de perfuração para atingir 2 metros abaixo do solo e colher amostras de gelo.
Segundo Richard Fisackerly, engenheiro-chefe do projecto, esta camada congelada pode ser mais dura que o betão, obrigando a que a broca a ser usada terá de ser muito resistente.
"Estamos a avaliar as tecnologias que serão necessárias para perfurar este tipo de material, com movimentos que combinem rotações e golpes.
Isto está além do que está em desenvolvimento hoje em dia."
A agência europeia também fornecerá um laboratório em miniatura, chamado ProSPA, similar ao usado pelo módulo Philae, que pousou na superfície do cometa 67P no ano passado.
Mas o ProSPA será calibrado para procurar por ingredientes chave para a produção de água, oxigénio, combustível e outros materiais que poderão ser explorados por astronautas.
A intenção é descobrir a quantidade existente desses materiais sob a superfície e, principalmente, se é possível extraí-los facilmente.
 
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