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Caixabank lançou OPA sobre BPI

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Fernando Ulrich, presidente do BPI
Foto: Rui Oliveira / Global Imagens


Caixabank lançou OPA sobre BPI

O Caixabank, maior acionista do BPI, lançou esta segunda-feira uma Oferta Pública de Aquisição voluntária sobre o banco português ao preço de 1,113 euros por ação.
O banco catalão detém 44,1% do BPI e o anúncio da Oferta Pública de Aquisição (OPA) surge um dia depois de o banco português ter avisado o mercado de que tinha ficado sem efeito um princípio de acordo entre o Caixabank e o segundo maior acionista do banco, os angolanos da Santoro Finance, sobre o controlo do banco português.

O valor de 1,113 euros oferecido pelo Caixabank por cada uma das ações que não possui do BPI é inferior aos 1,329 euros oferecidos na OPA com o mesmo formato anunciada em fevereiro do ano passado.
Tal como na operação falhada de 2015, o Caixabank (maior acionista do BPI) indicou que o valor oferecido (que é cerca de 16% inferior) representa o preço médio ponderado por volume nos últimos seis meses. Ou seja, o valor estimado do BPI baixou para 1,6 mil milhões de euros (quando era de cerca de 1,9 mil milhões).
Numa nota explicativa sobre a operação enviada para o regulador do mercado espanhol, a CNMV, o Caixabank indica que a OPA Voluntária visa a totalidade das ações que não possui do BPI, ou seja 55,9% do capital (814,5 milhões de ações em circulação).
O banco espanhol relativiza o preço mais baixo oferecido por cada ação (-16%), adiantando que "o índice dos bancos da Eurozona (SX7E) baixou 26%" no mesmo período.
Além das autorizações regulatórias, a OPAV está condicionada - tal como a anterior de fevereiro de 2015 - à eliminação em Assembleia Geral de Acionistas das atuais limitações de voto do Caixabank no BPI (20% dos votos apesar de deter 44,1% do capital). Também implica alcançar uma participação superior a 50% do capital.
Sem acordo
Os dois maiores acionistas do BPI, o espanhol CaixaBank e a angolana Santoro Finance, não conseguiram chegar a acordo sobre o problema de excesso de exposição do banco português a Angola.
Um princípio de acordo, anunciado a 10 de abril, visava resolver o problema da elevada exposição do banco português a Angola. Apesar de o Banco de Fomento Angola ter representado no ano passado mais de 50% do lucro do BPI, ou seja, 135,7 milhões de euros de um total de 236,4 milhões, o BCE anunciou em 2014 a alteração da forma de contabilização dos bancos europeus com negócios em Angola, penalizando o capital.
O BPI passou então a ter de reduzir a sua exposição àquele país, mas isso fez vir ao de cima as divergências entre o Caixabank, o principal acionista do BPI - com 44,10% do capital social, apesar de só poder exercer 20% dos votos - e a Santoro, da empresária angolana Isabel dos Santos, que detém 18,58% do capital.
O banco catalão adiantou, em nota ao regulador dos mercados de Espanha, a CNMV, que "durante a fase de aprovação [do acordo] pelos órgãos sociais competentes, a Santoro Finance comunicou ao Caixabank que não poderia subscrever os documentos contratuais". "Perante esta situação, o Caixabank informa que não será possível formalizar o acordo com a Santoro Finance", sublinha.
A imprensa portuguesa noticiou no domingo que o Governo português aprovou em conselho de ministros na semana passada uma alteração à lei que permitirá eliminar a blindagem aos direitos de voto que impedem o Caixabank de - em Assembleia Geral de Accionistas - ter os votos correspondentes à sua posição acionista.
O banco catalão já tinha lançado uma OPA com termos semelhantes a esta em fevereiro do ano passado.

Fonte: Jornal de Notícias
 
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