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Olivença

Antonio A Alves

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Mai 14, 2016
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Humberto Delgado: A Última Traição

Nas terras de Olivença, ir-se-á concretizar nos anos 60 uma das últimas traições da Espanha aos portugueses. Junto a Olivença, no dia 13 de Fevereiro de 1965 foi morto um dos símbolos da luta contra a ditadura (1926-1974). Salazar, contou com a conivência do governo espanhol para assassinar em Olivença o General Humberto Delgado. Um dos seus assassinos -Rosa Casaco-, vive ainda hoje tranquilamente em Espanha.
 

Antonio A Alves

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Cripto-Portugueses

É dificil imaginar, depois da barbárie praticada pela Espanha ainda subsistam descendentes de portugueses em Olivença. Custa a crer que ainda sobreviva algo da de uma identidade sistematicamente negada.


As pedras estão lá, mas as cabeças há muito que são as do invasor. Ao fim de dois séculos, a existência de uma identidade secretamente guardada pela população, é de todo improvável. Seria o mesmo que pedir a um Inca actual que se identificasse com os seus antepassados. Os sobreviventes que existem devem ser necessariamente esporádicos. O etnocídio foi aqui, como na América Latina, perfeito. A Espanha tem uma longa tradição neste tipo de crimes contra a humanidade




Estamos em crer que a actual população de Olivença é maioritariamente descendente de antigos de usurpadores espanhóis (ladrões, assassinos, violadores, etc). Há todavia alguns estudos surpreendentes que apontam para outras conclusões e que não podem ser descartadas: a existência de descendentes de portugueses. Gente que sobreviveu durante dois séculos a condições inacreditáveis de humilhação, discriminação e barbárie.

 

Antonio A Alves

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Em 2005, uma investigadora da Universidade de Évora (Ana Paula Fitas), apresentou uma tese de doutoramento sobre a identidade cultural do povo de Olivença. Após dois anos de pesquisas junto da sua população, afirma que na sua maioria esta não se identifica com a Espanha mas com Portugal (Expresso,23/4/2005), embora se sinta magoada com o abandono a que foi votada pelos sucessivos governos portugueses. Esta conclusão não é nova. Em 1992, Carlos Luna (cfr. Nos Caminhos de Olivença), ao descrever uma incursão que fez por Olivença e as suas principais povoações, chegou às mesmas conclusões, mas com uma nota muito interessante: uma parte significativa das muitas pessoas com quem contactou tinha nomes portugueses. A Espanha ainda não tinha conseguido exterminar, em 1992, toda a população de origem portuguesa, muitos terão sido aqueles que haviam resistido à barbárie. Embora seja uma conclusão inacreditável, dada a experiência histórica que a Espanha revela neste tipo de operações, a verdade é que a mesma não pode ser descartada.
 

Antonio A Alves

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A legitimação da usurpação

A Espanha desde 1801 que procura justificar-se, justificando aquilo que não tem justificação entre dois povos vizinhos e que viviam uma relação pacífica. Ao longo de 200 anos, tem desenvolvido toda uma argumentação similar, por exemplo, à usada por Adolfo Hitler fundamentar o direito de invadir e ocupar os povos vizinhos.


Esta argumentação é hoje difundida através da Internet no site a Diputación de Badajoz (DB), onde explicitamente são assumidas teses que inspiraram o nazismo. Á luz do direito Internacional, e nomeadamente da Declaração Universal do Direito do Homem são textos que devem merecer a mais completa repulsa de qualquer ser humano.
 

Antonio A Alves

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Reconstrução da Hispania Romana

O reino da Espanha que se formou em 1492, surge com o ideal de unificar a Península Ibérica num único reino. Ao longo de séculos afirma-se possuída de um espécie de missão divina - a de refazer aquilo que os romanos uniram e a queda do Império dividiu. Para isso, precisa de anular a diversidade de povos e culturas, e sobretudo de dominar Portugal. Á diversidade opõem a uniformidade, ao diálogo as armas

A Espanha sente-se a legitima herdeira do território que os portugueses ocupam. Embora seja um reino historicamente posterior, afirma a sua anterioridade em termos de direito territorial. Nenhuma usurpação feita a Portugal é, neste contexto, um roubo, mas uma reposição da ordem natural das coisas.



Tomada de Olivença foi assumida por Godoy, em 1801, como primeiro passo para uma anexação futura de Portugal. Valia todas as traições. Depois dele, muitos outros manifestaram idênticos desígnios, como Francisco Franco, que se dedicou a estudar a forma de "Como Ocupar Portugal em 12 dias".
 

Antonio A Alves

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Espaço Vital

Olhando para o mapa da Península Ibérica, Portugal é visto pelos espanhóis como uma extensão do seu próprio território. Olivença é ainda hoje descrita como "um posto avançado em terras de Espanha, uma espécie de espinha encrava no flanco sul da capital da Extremadura ( "un puesto avanzado en tierras de España, especie de espina clavada en el flanco sur de la capital de Extremadura.", site oficial da DP, 2002. O texto é assinado pelo neonazi Luis Alfonce Limpo Dínis). Portugal e Olivença são uma excrescência anómala de Espanha. A geografia tem razões que os homens desconhecem. A usurpação de Olivença foi antes de tudo determinada por imperativos de natureza geográfica.
 

Antonio A Alves

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Lei do Mais Forte

A tese espanhola é curiosamente a mesma de Cálicles, na célebre obra de Platão, Górgias. Ao mais forte tudo lhe é permitido. O roubo não existe quando a vítima ( o mais fraco), sob coacção, se dispõe a declarar a inocência do criminoso ( o mais forte). A Espanha invade Portugal, com o apoio dos franceses, apossa-se das suas terras e, sob coacção exige-lhe que confirme o roubo que acaba de praticar, dando-lhe Olivença por escrito (Tratado de Badajoz, firmado em 1801, entre Portugal e Espanha).




Na mesma lógica, se os nazis nos campos de concentração, tivessem exigido aos seus prisioneiros que, por escrito, declarassem aceitar a sua morte, estes estariam hoje ilibados de qualquer crime contra a humanidade.
 

Antonio A Alves

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Inexistência de Fronteiras na União Europeia

O último dos argumento avançado pela Espanha para justificar a anexação de Olivença, é mostrar a irrelevância da questão face ao actual contexto político europeu: Considerando que na União Europeia não existem fronteiras, não há razão para a se colocar o problema da usurpação de Olivença. Este território não pertence a Portugal, nem à Espanha, mas faz parte da União Europeia.
 

Antonio A Alves

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Olivença, Gibraltar, Ceuta, Melila, etc.

A Espanha recusa-se a considerar em pé de igualdade a questão que se coloca em Olivença, com a que existe em relação a Gibraltar (anexada pela Inglaterra no século XVIII), ou Ceuta, Melila e outros anexados pelos espanhóis em Marrocos e reclamados por este país.
Não colocando de parte a similitude destes territórios, há todavia uma situação particular em relação a Gibraltar, e que é a seguinte. A contrário de Olivença, Ceuta e Melila, a sua população viveu sempre neste rochedo em plena democracia, podia manifestar a sua concordância ou discordância sobre o invasor, manter a sua cultura. No caso dos territórios ocupados pela Espanha o que predominou foi a repressão numa das mais cruéis ditaduras do mundo. Em Olivença, por exemplo, a repressão ultrapassou todos os limites. Os vestígios da usurpação e do etnocídio continuam a ser meticulosamente apagados, chegando-se a ponto de mudar os nomes das terras.
 

Antonio A Alves

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Anular Memórias. Rectificar a História

Hitler mandou destruir a aldeia dos seus pais para que nada se soubesse das suas origens. As lápides dos cemitérios, os arquivos onde constassem os seus registos, os pessoas que os conheceram, tudo se tornou numa ameaça pessoal. Hitler temia que fossem descobertos antepassados judeus.




Estaline mandou retocar fotografias e cartazes para apagar as imagens dos seus adversários políticos. Todos aqueles que suspeitava que pudessem conhecer factos que contrariassem a versão oficial da sua vida foram aniquilados. Depois uma legião de historiadores criaram uma história da Rússia adequada à legitimação do seu poder.



Em Olivença tudo isto se passou durante dois séculos. O próprio nome desta vila portuguesa começou por ser rectificado: em vez de Olivença, os espanhóis escreveram "Olivenza". A intenção é sempre a mesma: apagar, rectificar para criar o vazio, possibilitando desta forma a construção de uma outra história mais adequada à legitimação da barbárie.
 

Antonio A Alves

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Colaboracionistas

Portugal é uma Estado independente desde 1143, mas desde então não tem faltado traidores dispostos a venderem os seus concidadãos. Alguns ficaram tristemente célebres, outros foram remetidos ao mais completo desprezo tanto pelo país que traíram, como por aqueles que procuraram servir.


Olivença é desde 1801, um verdadeiro laboratório para podermos observar as formas que pode assumir a colaboração com os crimes contra a humanidade.
 

Antonio A Alves

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Historiadores Falsificadores

Portugal é o único país do mundo onde os historiadores em vez de promoverem os feitos dos seus concidadãos deliberadamente omitem. Chegam ao ponto de apagaram dos mapas territórios que durante séculos foram portugueses. O concelho de Olivença é um dos melhores exemplos deste trabalho de falsificação histórica. Estes concelho desaparece dos mapas de Portugal, nas obras de alguns dos melhores historiadores portugueses da actualidade, como José Matoso (História de Portugal, 7 vols ). Incapazes de explicarem a barbárie que ocorreu durante dois séculos em Olivença, preferiram ignorá-la, fazendo de conta que nunca existiu. O melhor expediente que encontraram foi suprimir este concelho do mapa.
 

Antonio A Alves

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Realismo Político

Uma das forma mais comuns de traição consistiu em secundarizar a questão do etnocídio em Olivença para não ferir susceptibilidades ao invasor. Os interesses económicos, diplomáticos e outros que estavam em jogo sobrepuseram-se à defesa da vida dos cidadãos portugueses, sancionando desta forma a ocultação do etnocído.




Esta posição foi largamente seguida na segunda metade do século XIX, e depois durante a ditadura fascista (1926-1974).De um lado e outro da fronteira os ditadores estavam unidos em silenciar o etnocídio.




história contemporânea da Europa e do mundo está repleta destes exemplos. Foi para não ferir as susceptibilidades da Alemanha que a Polónia foi massacrada durante a segunda guerra mundial perante o olhar cúmplice da Europa. Foi com esta mesma cumplicidade que os nazis empreenderam os extermínio dos judeus e ciganos, e mais recentemente a população de Timor-Leste foi dizimada durante duas décadas pelos indonésios.
 

Antonio A Alves

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Silenciar a Memória dos Mortos

Ninguém ignora que em Olivença estão sepultados milhares de portugueses que deram a sua vida durante séculos para defenderem o país que hoje habitamos. Todos sabem mas todos fingem ignorar. Nenhum tributo lhes é prestado, nenhuma evocação lhes é feita.



Ninguém ignora que a ocupação de Olivença foi uma usurpação que a Espanha fez a Portugal, sem nenhum motivo justificativo que não fosse a mera rapina. Todos sabem, mas todos procuram ignorar.


Ninguém ignorava também, quando o crime do etnocídio se estava a dar no outro lado da fronteira, o que estava a acontecer. Todos sabiam, mas todos procuravam esquecer.



Estamos perante a mesma atitude que afinal tornou possível a ascensão do nazismo na Alemanha e o holocausto de milhões de judeus nos campos de concentração. Apesar de ouvirem, lerem, saberem, todos procuraram ignorar. É este facto que torna justamente actual o caso de Olivença, e por isso deve ser reflectido nas escolas de todo o mundo. Os crimes contra a humanidade nunca prescrevem.
 

avense

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No final de maio já tens mais posts do que eu............
 

Silva51

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No tempo em que a espanha tinha a guerra civil,segundo dizem que havia altas patentes portuguêsas que queria tomar a nossa Olivênça e que o António Oliveira Salazar não concordou com essa posição. Para mim Portugal faz fronteira com dois países Espanha Castela e Galiza. Então quando os Castelhanos pedirem Gibraltar á Inglaterra,que não se esqueça de entregra a nossa Olivênça como as terras anexadas a Marrocos.
 

mjtc

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Silva, as terras anexadas a Marrocos, como Ceuta e Melinde, deveria fazer parte de Marrocos, por estar no seu território. Portugal e Espanha limitaram-se a conquistar os territórios.
 

Antonio A Alves

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Bom dia, sinceramente não vos entendo, nos poucos dias que levo no forum, já me apercebi que ficam aborrecidos com quem não participa mas também com quem participa.




No final de maio já tens mais posts do que eu............

Como este é o parecer da administração, acabou aqui a minha participação.
 

avense

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O teu conceito de participação é diferente do meu....
Não te disse para deixarares de participar fiz um comentário,dei uma opinião se não sabes lidar com ela azar o teu,nao estou preocupado,ate podias mandar uma PM aos admins pode ser que assim vá de vela.....
Passar bem

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